O retorno do Blackjack: Rússia revela novo Tu-160M2
Um bombardeiro estratégico pesado de longo alcance Tupolev Tu-160 – o primeiro produzido desde 1992 – foi rolado para fora do hangar, enquanto a Rússia retoma a produção do maior bombardeiro operacional do mundo que a OTAN designa como Blackjack.
O novo Tu-160, que é apelidado de Cisne Branco na Rússia, foi revelado na Kazan Aviation Factory, uma filial do Tupolev Design Bureau, com sede em Moscou, na quinta-feira. A aeronave foi construída, usando peças armazenadas desde os tempos soviéticos, para estabelecer se a fábrica era capaz de retomar a produção em série dos bombardeiros lendários.
O bombardeiro passará a fazer testes no solo, antes de se dirigir aos céus em fevereiro de 2018. A produção em série de Tu-160s, que permaneceu paralisada desde 1992, será retomada após a aeronave demonstrar que corresponde aos critérios atribuídos, Major-General Sergey Kobylash, o chefe da Aviação de Longo Alcance da Rússia, disse à RIA-Novosti.
Os militares da Rússia anunciaram a decisão de retomar a produção dos Tu-160 na versão modernizada Tu-160M2 em 2015. A produção em série dos bombardeiros provavelmente começará no início dos anos 2020, com o Ministério da Defesa planejando comprar pelo menos 50 aeronaves. Os aviões modernizados receberão novos motores melhorados, além de ver o equipamento analógico a bordo substituído por hardware digital.
“Todos os aviões Tu-160 atualmente em serviço com a Força Aérea Russa serão totalmente modernizados. Tendo em conta o ritmo da produção e o nível de tecnologia moderna, suponho que isso acontecerá nos próximos anos “, disse Kobylash.
O Blackjack é o maior avião de combate no mundo, com peso máximo de decolagem de cerca de 275 toneladas. Pode cobrir uma distância de mais de 12 mil quilômetros sem reabastecimento. A distância recorde que cobriu durante um voo foi de 18 mil quilômetros, passando mais de 24 horas no ar. O bombardeiro está equipado com asas de geometria variável, que se encaixam contra a fuselagem ao mudar para a velocidade supersônica.
O Tu-160 e outras aeronaves de longo alcance retomaram voos de patrulha sobre o Pacífico e o Atlântico em 2007. Os bombardeiros também provaram sua eficácia durante a campanha aérea russa na Síria quando eles decolaram de aeródromos na Rússia para atacar alvos terroristas.
FONTE: rt.com
“[…]Pode cobrir uma distância de mais de 12 mil quilômetros sem reabastecimento. A distância recorde que cobriu durante um voo foi de 18 mil quilômetros, passando mais de 24 horas no ar.”
Esse monstro ficou 1 Dia no ar? Foi um taque externo único?
Apropósito, eu sei que se trata do Tu-160.
“[…]A aeronave foi construída, usando peças armazenadas desde os tempos soviéticos”
– É bizarro o arsenal que restou da Guerra Fria(para ambos os lados).
Fico em dúvida se hoje em dia esse tipo de tecnologia (aviões bombardeiros de grande porte) é eficaz numa guerra moderna, sendo que as tecnologias de auto defesa (radares, sistemas AA, e outras) estão muito avançadas.
Vejo os EUA pesquisando e já prevendo colocar na ativa na próxima década misseis hiper-sônicos e armas a laser, fico imaginando um bombardeiro desse porte, tentando chegar perto de uma região bem protegida se teria realmente alguma eficácia.
Ele pode lançar seus mísseis à 4 mil quilômetros do alvo. Não é um bombardeiro para adentrar no território inimigo como as B-17 faziam durante a Segunda Guerra.
Como pode a mais de 3 decadas se fazer linhas de aeronaves tão lindas como essa.
Um lindo e mortal passaro.
Impressionante.
Quanto a pergunta se ele ainda é eficaz, a resposta é sim. Um bombardeiro estratégico não precisa entrar no território inimigo, ele lança seus mísseis ( convencionais ou nucleares) a centenas de quilômetros do alvo.
Não há provas de que a santíssima trindade da dissuasão nuclear: mísseis, submarinos e bombardeiros, tenha perdido sua eficiência.
Quanto a eficácia e necessidade dessa máquina no cenário de guerra atual e futuro, na minha opinião, se enquadra da seguinte maneira: É melhor ter e não precisar contar do que precisar e não ter.
E tem gente que adora abrir a boca para dizer que a Rússia está quebrada..
O B52 ainda é operacional com mais de 60 anos, ele é tudo menos obsoleto. As defesas anti-aereas, são essencialmente locais ou seja, defende uma região relativamente pequena, mesmo sistemas de radar, possuem “buracos” ou áreas não cobertas então é possível sim que passe aviões pela região. Particularmente creio que os Bombardeiros estratégicos são a última esperança de mostrar firmeza antes de começar uma guerra nuclear, é possível despachar os mesmos para o ataque (obviamente as bases onde os mesmos são monitorados pelos seus adversários), dando tempo para o outro lado repensar e retroceder para evitar o caos pois os… Read more »
XFF 17 de novembro de 2017 at 7:17
A Rússia ainda está em recessão, agravada pelo baixo preço do petróleo, que ainda responde por parcela significativa do tesouro russo. Aquela exuberância que se viu até 2013-2014 deveu-se ao fato do preço do petróleo estar na casa do três dígitos, antes da disputa entre AS x produtores norte-americanos de xisto. E para piorar as sanções advindas da aventura na Crimeia também cobram o seu preço.
Sem dúvida um movimento sábio dos russos pois modernizam sua aviação de longo alcance com riscos baixos e preços acessíveis.
A guerra fria novamente em linha de montagem!
Alessandro, bombardeiros como o Blackjack, vao disparar seus misseis de cruzeiro milhares de km atras da linha de combate.
Alessandro, penso que na dependência do TO esse avião é excelente.
O Tio Sam ainda usa os B.52…
Depois, tem a exportação para os seus ‘satélites’, que ainda persistem.
XFF, E tem gente que adora começar com essa discussão inútil. rsrss – Quanto à necessidade de um bombardeiro supersônico compondo a tríade de dissuasão nuclear eu tenho sérias dúvidas. Se for para ataque nuclear utilizando mísseis de longo alcance (com até 3000 km de alcance, e dizem os russos, com 5000 km de alcance) ele não precisa ser supersônico para isso. Se for, ótimo, mas não é faz diferença e aumenta os custos. Se for para penetrar em ambiente altamente contestado ele até pode ser supersônico desde que isso não interfira com seu alto nível de furtividade, o que… Read more »
Aldo Ghisolfi esse é o tipo de aeronave que não é exportada, nem por Rússia e nem por EUA. Posso estar enganado, mas só 3 países possuem bombardeiros estratégicos, EUA, Rússia e China. E sim ele é efetivo hoje e ainda vai ser por muitas décadas, o B1 Lancer que é o “semelhante” americano, vai ficar em operação até 2030 e sem modernização alguma
Na verdade esse mesmo modelo foi oferecido a india então eu acho que os russos sim exportam ele
A Rússia sacrifica sua população para manter um poder armado, até quando isto vai durar?
HMS Tireless , só uma correção: Esperava-se que o PIB russo tivesse um crescimento de 2.0% ou mais nesse ano, pelo que tudo indica vai a 1.8% de crescimento. Os proventos de petróleo a Gás hoje correspondem por “apenas” 40% dos recursos, pois desde 2014 a economia russa passou a se diversificar (setores como a agricultura, laticínio, alimentício tiverem grande crescimento principalmente por conta das sanções e das contra-sanções russas) e sendo assim, entende-se que a Russia pode mitigar o duro golpe da baixa do preço do petróleo e os efeitos das sanções impostas ao governo russo. Para quem acompanha… Read more »
Roberto Dias 17 de novembro de 2017 at 9:12
A Rússia sacrifica sua população para manter um poder armado, até quando isto vai durar?
.
Em que século você vive?
Inglaterra e França tbm tinham seus Vulcan e Mirage IV, no auge da Guerra Fria…
E o o PAK DA, como fica ?
Passa uma massa aqui. Tira uma ferrugem dali. Dá uma tunada no motor. Coloca um nox. Rebaixa os pneus. Umas tintas “da hora”. Troca a fiação e mete um sonzão. Tá novo para meter o terror no Ocidente e no Sputinik.
Abraço.
Esse é um bichão!!! Espetacular!!
Existem vários nuances sobre esta noticia. A primeira é que muitas modernizações de aeronaves de combate visam também a substituição de alguns sistemas cuja continuidade de suporte em componentes e suporte se encerrou. São as centenas de sensores, válvulas, atuadores, circuitos eletrônicos que compõe a aeronave e foram projetados há 30 anos atrás, cuja fabrica as vezes até fechou. Quando a aeronave possui centenas de células produzidas, há oferta de canibalização ou uma cadeia de fornecimento que se manteve porque era economicamente viável. Então é possível manter um B-52, C-130, 707, F-5, MIG-21 com dezenas de anos de fabricação. Agora… Read more »
No período da assim chamada “Guerra Fria”, os Franceses tinham os seus Mirage IV e os Britânicos tinham os “V bomber” a saber: Valiant, Vicktor e Vulcan – os Valiant foram os primeiros a serem retirados, os Vulcan apesar de belos, se não fosse o conflito das Malvinas (Falklands para os britânicos) teriam sido aposentados, mas forma resgatados para um último suspiro operacional no conflito. Já os soviéticos tinham os Tu-16, Tu-22, Tu-22M2 e no finalzinho os Tu-126 (ou como ficou para a posteridade, Tu-22M3 que na verdade é um projeto muito melhorado do problemático Tu-22M2) e os estratégicos como… Read more »
Apesar de não ser relevante a velocidade supersônico para ataque nuclear com mísseis cruise com milhares de quilômetros de alcance e de ser preciso a furtividade para penetração em território inimigo num conflito de alta intensidade (de modo a atacar com bombas) os russos estão certíssimos em reabrir a linha de montagem do Tu-160. Eles têm limões e estão fazendo limonadas. Eles irão combinar em um só bombardeiro a função de dois. Poderão utilizar mísseis cruise de longo alcance em cenários de alta intensidade e poderão ser utilizados como bombardeiro convencional em conflitos de média intensidade. Enquanto os russos não… Read more »
Os Victor foram posteriormente convertidos como aeronaves de reabastecimento e serviram por muitos anos os britânicos até o inicio dos anos 90. Os soviéticos converteram tanto alguns Tu-16 quanto a totalidade dos “Bison” ainda operacionais para aeronaves de reabastecimento e essas aeronaves serviram por muitos anos na base aérea de Engels na região de Saratov, onde hoje servem os Tu-95 e Tu-160.
Não esqueçam que os bombardeiros tem o fator negociação:
Vc pode mandar uma leva de bombardeiros para o alvo, e em quanto isso, continuar a negociação diplomática.
No caso de ICBMs já não se tem essa opção.
Por isso não acabará bombardeiros por um bom tempo.
Essa discussão da utilidade do bombardeiro na tríade nuclear é antiga. Na verdade todas as pernas da tríade são eventualmente contestadas. Há os que defendem que só os submarinos são suficientes para a dissuasão. Outros que bastariam ICBMs móveis e bombardeiros e que os submarinos não são necessários. A tríade russa e americana tem a vantagem da flexibilidade. Os russos ainda têm a vantagem de ter ICBMs móveis, o que os faz ter na verdade uma “quatríade”. Os bombardeiros tem um fator prático imenso na medida em que podem ser movidos e obrigar o inimigo a ter que realinhar suas… Read more »
Comentário retido pelo cão raivoso.
Roberto Dias – 17/11 09:12 – Sim Roberto, há muitos vídeos no YouTube, “Real Rússia” podemos ver cidades com prédios caindo aos pedaços, supermercados, lojas e sistema de transporte tudo muito básico e rude. A Rússia é potência militar e paramos por aí, não são referência em nada fora da área militar e petrolífera. Literatura e dança não gera muitos empregos, o turismo que poderia ser mais uma fonte de renda é totalmente irrelevante, dificilmente haverá alguma coisa na sua casa made in Rússia. Acredito que fornecedores de armas no mercado internacional, com produtos um pouco mais elaborados, irão roubar… Read more »
“… O Blackjack é o maior avião de combate no mundo, com peso máximo de decolagem de cerca de 275 toneladas…” ???
Afinal ele é bombardeiro ou avião de combate?!? E outra… O comentário do Bosco sobre a tríade de dissuasão nuclear é corretíssima, porém lembro que se houver um acerto sobrenatural do provável inimigo da Rússia nos lançadores de mísseis no continente, haverão os submarinos lançadores de misseis intercontinentais e por que não os bombardeiros que já terão decolado rumo aos alvos pré-determinados!
De qualquer forma, é formidável para os amantes de aviação ver um avião desses voando!!!
É muito assustador esse Tu160
https://youtu.be/TGRTTqQy_Io
Imagina a cena…. 30…160M2 no ar….com misseis x102… é para borrar qualquer país.
O TU160 foi reativado não para combater os EUA, pois não faz o menor sentido reativar um avião tão velho como esse (embora maravilhoso),mas as ameaças terroristas em países árabes, ou, talvez, até a Coreia do Norte, num eventual ataque em conjunto com os EUA.
Pessoal deixa eu tentar ser mais específico, acredito que um bombardeiro desses ainda será muito útil por muito tempo contra potências militares “normais” (França, inglaterra, alemanha, japão etc) Mas sabemos que os EUA estão muito avançados e prometendo colocar na ativa tanto para ataque e defesa lá para entre 2020 ou 2025, armas a laser e misseis hiper sônicos em navios e aviões, tanto é que tem vários testes mostrando isso na internet, já conseguiram até derrubar drone com laser. vamos imaginar que eles consigam com sucesso colocar em prática oq estão falando, isso não mudaria totalmente a forma de… Read more »
completando o meu raciocínio, na matéria diz que eles querem comprar 50 Tu-160m2, a matéria não diz quanto sairá cada um, mas não deve ser barato um bombardeiro desses modernizado, não seria mais útil e inteligente para a Rússia já que eles estão bem longe do orçamento americano, investir essa grana pesquisando outro tipo de tecnologia pra não ficar tão atrás dos EUA ?
A saída da Ucrânia da influência da Russia produziu essa defasagem haja visto que boa parte de peças era feita na Ucrânia, esta correto a Russia reativar seus bombardeiros estratégicos.
Kkk as vezes ate acho graça em alguns pitacos que dao aqui.. Tipo ” nooosaaaa por que fazem não mais útil ,melhor isso melhor aquilo “. Primeiro a Rússia não reativou os Tu160 ..já estavam ativos,o que esta acontecendo e uma atualização completa das células para os moldes tecnológicos de hoje e os novos a ser produzido s seguiram as mesmas doutrinas, apesar de antigos seu design e atual … Quanto a armas modernas tipo laser e mísseis hipersônicos.. Bom laser dificilmente estará operacional antes de 2030 ,derrubar drones e fácil ,agora um avião voando a mais de 1700 km/h… Read more »
Guerra nas estrelas? Fala sério. O vergonhoso projeto do F-35 é o pior exemplo disso.
Tu-160 ainda é uma arma de respeito e assim o será por pelo menos mais 20 anos. Combinar essa criança com mísseis Moskit é uma ameaça a qualquer frota americana.
Paulão,
A ideia é boa mas temo que essa combinação (Tu-160 e Moskit) não exista.
Assustador , maravilhoso ,fenomenal e Bla Bla Bla, quem possui SH ,F15 e Rafales não temem esta copia mal acabada do B 1 , kkkkkkkkkk, os EUA no século 21 e a Rússia não larga o século 20 ,tá na hora de importar cientistas ucranianos ou Israelesses!
Calma gente, “guerras nas estrelas” foi apenas força de expressão rsrs.. mas foram ótimos os argumentos para reflexão de debate, nunca achei que o TU160 seria inútil, apenas dei uma opinião se seria de mais bom senso se os russos usasse essa verba para pesquisar novas fontes de tecnologias mais adequadas para o futuro, nada além disso. Mas acredito tbm que esses “novos” Tu-160 vai dar muita dor de cabeça para a OTAN por um bom tempo ainda.
Paulo ,kkkkkkkkk,conta mais uma piada aí friBoy
Isso aqui fica tão chato quando vira briguinha de fan boys dos EUA contra fan boys da Russia …
Grandes bombardeiros serão sempre um tremendo elemento de dissuasão.
Fala-se muito em furtividade para penetrar defesas inimigas. Mas até chegar nas defesas inimigas um bombardeiro já estará bem dentro do território inimigo e poderá ter sido detectado por outras defesas secundárias, que não os alvos ou suas defesas específicas. Mandar um superbombardeiro para soltar algumas bombas convencionais acho um desperdício. Voar tipo 8.000 km, soltar 20 bombas de 100 kg e ir embora correndo (ou voando) o risco de ser derrubado. Não entendo também como se fazem ataques. Imagino que hoje em dia o míssil é a arma mais moderna e eficiente quando não se tem a superioridade e… Read more »
Nonato, Contra a Rússia e a China é pouco provável que um B-2 (ou no futuro o B-21) vá para jogar 20 bombas de 100 kg. O mais provável é que sejam 16 bombas nucleares B-61 com até 340 Kt visando alvos que não possam ser atingidos por mísseis ICBMs/SLBMs/ALCMs. Contra países que não possuem capacidade nuclear ele iria levar um total de 20 t de carga, que podem incluir cerca de 100 bombas SDBs contra 100 alvos individuais ou até 1 bomba MOP de 15 toneladas contra bunker subterrâneos. E iria de noite a 15 km de altitude, num… Read more »
Nonato 18 de novembro de 2017 at 1:37
Desperdício?
Pergunta isso pra Argentina…. Como foi levar uma saraivada de bomba na guerra das Falklands, de bombardeiros a muitos KM de distância…
O Vulcan mandou um abraço!
Luiz Trindade 17 de novembro de 2017 at 12:58
.
Afinal ele é bombardeiro ou avião de combate?!?
.
Ué… Um bombardeio não faz parte do combate?
Luiz Trindade 17 de novembro de 2017 at 12:58
.
“Afinal ele é bombardeiro ou avião de combate?!?”
.
Ué… Um bombardeio não faz parte do combate?