Trocano, a ‘mãe de todas as bombas’ brasileira
Departamento de Ciência e Tecnologia Aeroespacial confirmou desenvolvimento de arma com grande efeito de sopro
Segundo o relatório de atividades do IAE (Instituto de Aeronáutica e Espaço) publicado em 2011, por solicitação do Estado Maior da Aeronáutica (EMAER) e da Diretoria de Material Aeronáutico e Bélico (DIRMAB), o IAE iniciou no ano de 2004 o projeto Trocano. Tratava-se de um sistema de defesa que poderia ser utilizado para interdição de grandes áreas e para abertura de clareiras que possibilitassem o pouso de aeronaves de asas rotativas em área de mata fechada.
Depois de sete anos de árduo trabalho, a Subdiretoria de Defesa do IAE recebeu do Instituto de Fomento e Coordenação Industrial (IFI) a certificação do sistema Trocano. Em realidade, foram obtidos dois certificados: Certificado de Produto Aeronáutico Aprovado e Certificado de Integração à Aeronave C-130, aeronave cargueiro da FAB, da qual o sistema é lançado.
Este projeto foi desenvolvido seguindo o que preconiza a norma brasileira NBR 15100 (Sistema da qualidade aeroespacial – Modelo para garantia da qualidade em projeto, desenvolvimento, produção, instalação e serviços associados), o que contribuiu decisivamente para tornar o IAE a primeira organização pública no Brasil a receber a certificação NBR 15100:2004.
A produção seriada desse sistema seria custeada pelo EMAER e passada à indústria nacional.
Projeto encerrado
Em solicitação encaminhada ao Sistema de Ouvidoria do Poder Executivo Federal, o Departamento de Ciência e Tecnologia Aeroespacial (DCTA) informou que desenvolveu um armamento cujo nome era Trocano, e que se tratava de uma bomba a ser empregada pelo vetor aéreo.
Como armamento, a Trocano teria como característica produzir um grande efeito de sopro e seria indicada para o emprego em construções constituídas por estruturas de alvenaria e concreto convencionais.
O DCTA informou também que o projeto Trocano foi encerrado no ano de 2011.
COLABOROU: Marcos Aryeh
Existe algum motivo pelo qual esse projeto foi encerrado? Afinal de contas, faz todo o sentido do Mundo a FAB ter um artefato desses.
Porque esse programa foi encerrado?
Meu, caro encerrado ou seja tudo indica que ele obteve sucesso e termo encerrado pelo o que entende não passa de uma analogia.
Não sei se hoje faz sentido a FAB ter uma arma dessas, ou o Irã, pois primeiro é necessários ter os meios para estabelecer o domínio aéreo na região do combate senão será apenas um belo e fácil alvo.
Será que vamos fazer algum intercâmbio militar com o Irã para reativar essa tecnologia?!?!?!?! rsrsrsrsrsrs !!!
Irã? Essa tecnologia é brasileira, desenvolvida e testada no Brasil.
Provavelmente foi encerrado para conter gastos. A descontinuidade no desenvolvimento tecnológico e de defesa é uma característica que a companha o Brasil desde a independência.
Vc quer dizer desde a republica, pq no segundo reinado o investimento nessas era alto, tudo que era novidade o império do Brasil implantava pouco depois.
E usando a minha vasta cultura “via indexador na internet”, deve ser essa a origem desse nome
“Trocano s.m. também chamado de trocana ou torokaná, seria um idiofone que é percutido diretamente, batido, tubular e isolado …”
http://www.ccta.ufpb.br/intrum/contents/categorias/idiofones/trocano
Eu acho que o projeto foi concluído e posteriormente encerrado. Não faz sentido você criar várias bombas apenas para armazenamento. Olha o tamanho desse troço.
Qual o sentido de criar um certificado para depois encerrar o projeto? Acho que o projeto vai ficar inativo até que um cenário de guerra surja para que a sua utilização seja viável.
Se um dia precisarmos nós construiremos e ponto final.
Essa trocamos seria a nossa Moab ?
É, seria um equivalente
Piada pronta…
Trocano as bolas?
Em que raio de cenàrio usaríamos esse trombolho??
caramba esse negócio é gigantesco 9ton! é simplesmente maior que a bomba americana! Um projeto incrível que se deveria ter sido divulgado! Nasceu e morreu praticamente no anonimato, e aposto como a total falta de divulgação ajudou a matar o projeto, uma pena…
“No que concerne à Qualidade, houve outras conquistas importantes em 2011, incluindo a
Certificação do armamento Trocano, que obteve o Certificado de Produto Aeronáutico Aprovado,
o que significa que todos os requisitos foram atendidos e o Certificado de Integração à Aeronave
C-130, significando que o artefato poderá ser empregado nas aeronaves Hércules, da Força”
Aérea. Fonte:
http://www.iae.cta.br/Arquivos/Relatorio_de_atividades_2011.pdf
Usaríamos para:
“interdição de grandes áreas e para abertura de clareiras”, raio de destruição de 1km segundo a wikipedia, usa o mesmo explosivo da MOAB, então é diferente da versão russa…
Thiago:
“Se um dia precisarmos nós construiremos e ponto final.”
O Diabo é precisarmos e não termos na hora…
Pra mim, a mãe de todas as bombas sofreu um impeachment ano passado… 🙂 Falando um pouco mais sério, esse brinquedo aí seria algo interessante para a FAB manter em seu arsenal. Uma pena não haver continuidade no projeto, principalmente no aspecto de aumento da capacidade explosiva.
Antônio Morales, é esta a origem do nome
Bueno 8 de novembro de 2017 at 14:51
Sim, é que havia lembrado do sistema de tiro desenvolvido no Brasil pela Avibrás, o FILA e parece que na época foi divulgado como uma homenagem ou referência à raça de cães Fila devido suas capacidades de caça mas, na verdade seria a abreviação de Fighting Intruders at Low Altitude por isso pensei que poderia ser algum tipo de abreviação para a bomba também ….
Rodrigo 8 de novembro de 2017 at 14:50
… A “Mãe do ‘ PAC ‘ ” ?! kkkkkkkkkk
Antonio Morales 8 de novembro de 2017 at 14:58
Interessante que foi desenvolvido aqui, mas o acrônimo é em inglês kkkk.
Usos diversos. Além da clareira quase que instantânea para pouso de helicópteros e estabelecimento de bases avançadas temporárias para apoio de qualquer operação tanto ofensiva, quanto defensiva e até mesmo de resgate em mata fechada, também pode ser usada para eliminar concentrações de guerrilheiros (FARC vem à cabeça, mesmo que seja uma ameaça atualmente dormente) e seus locais de suprimento, etc.
Acredito que seja por motivo comercial, Carcará.
Antônio Morales, entendi. Totalmente fora do tópico, Referente a raça fila. Um amigo adestrador de cães da PM me disse que a raça Fila é a raça mais burra e não e apto a adestramento, Cão muito forte serve como cão de guarda mas burro.
Abrç
Bueno…. Cão de Fila ah muitos e as variantes que conheço têm mil e uma utilidades para as mais diversas tarefas, nada burros portanto.
https://agendacores.pt/10-coisas-que-nao-sabias-sobre-o-cao-de-fila-de-sao-miguel-top-azores/
Oras, o projeto foi encerrado porque chegaram no produto final. Se precisar do armamento é só fabricar quantos forem necessário. Dominar essa tecnologia já é um grande avanço, um dos únicos no mundo com capacidade de construí-la.
Mestre Bosco cadê você?
Ele veio.
Com o Iran só os nossos impostos que foram surripiados para lá para financiar seu programa nuclear e o terrorismo internacional do hesbollah e do ramhas .
Renato Carvalho 8 de novembro de 2017 at 14:41
Em que raio de cenário usaríamos esse trombolho??
No atual estado das forças, seria só para falar que tem mesmo, ou abrir clareiras, como mencionado… rs
A “TROCANO” possui cerca de 9 toneladas de tritonais uma mistura de TNT (80%) e pó de alumínio (20%). O Alumínio é empregado para aumentar a capacidade de detonação do TNT na casa dos 18%, sua detonação tem um raio de destruição na casa de 1 km.
http://www.gbnnews.com.br/2017/04/trocano-mae-das-bombas-da-america.html
Então basicamente o programa foi concluido. A bomba pode vir a ser produzida em casos de emergência, correto?
Tá certo a FAB, se a bomba já havia sido desenvolvida e testada, não tem o porque ficar gastante mais verba com isso. Talvez uma integração com o KC-390.
Qual o raio de ação das bombas americana e russa?
Uma explosão com diâmetro de 2Km de destruição, haja helicópteros!
Deveriam inventar uma desculpa melhor…
Ficaria bonito desfilando sobre um carro em Brasília no dia da independência.
Projeto concluído e arquivado. Além do mais manter guardada pronta uma arma destas por anos para quê? Além da degradação ainda existe tremendo risco de seu poder de destruição. É possível manter algumas prontas e estocadas? Sim. Mas a que custo mensal e anual os sistemas de segurança de seu paiol? Vale a pena? – Bueno 8 de novembro de 2017 at 15:17, Está havendo uma alteração nas raças caninas em relação a seus temperamentos, com o uso de raças de trabalho para simples companhia, infelizmente o Fila é uma vítima. Assista este bom vídeo sobre o atual Fila: https://www.youtube.com/watch?v=kZUxkyCxogM… Read more »
Mesmo encerrado, imaginem o ganho intelectual oriundo desse projeto. É um exemplo de que quando se quer realmente algo, pode ser feito.
O Brasil é uma potência, pena que nós não somos esforçados.
Será mesmo que não foram construídas umas poucas unidades?
trocano
Significado de Trocano
substantivo masculino
Espécie de tambor guerreiro dos índios, feito de um toro de madeira, inteiriço, escavado a fogo, de uns dois a três metros de comprimento, usado para transmissão de notícias entre as diversas aldeias indígenas de algumas tribos brasileiras.
Etimologia (origem da palavra trocano): do tupi torokána.
Jeff? Ganho intelectual em projetar uma bomba burra gigante?
Ainda bem que alguém teve a coragem de encerrar isso aí.
Já não basta a briga por uma fatia do “gordo” orçamento em pesquisas e desenvolvimento bélico, prefiro apostar em mísseis BVR e armamento guiado por GPS, Veículos Lançadores de Satélites, etc. Isso sim é ganho intelectual.
2017 – 2011 = projeto encerrado.
Fui ….
Mas
https://en.wikipedia.org/wiki/Trocano
Boscoooooooo, é mais potente que a MOAB ?
Cadê o bosco?
Marcelo Andrade
Se fazer uma bomba dessas fosse fácil, todos os países no mundo a teriam.
Seria mais fácil montar kit da Revell , bem mais barato, o engraçado e que o dinheiro sai do bolso deles também….
Carlos,
Pode até ser mais potente mas sendo a MOAB guiada ela tem maior flexibilidade operacional e em tese é mais efetiva. Esta, obriga que a aeronave lançadora esteja muito baixa para que atinja o alvo. A MOAB pode ser lançada de 6000 metros de altura e com alta precisão.
Se a TROCANO utilizava mesmo o método “termobárico” ela deveria ser mais potente que a bomba americana MOAB, que não utiliza esse método, sendo só uma bomba com uma maciça quantidade de alto explosivos.
Se o método não for o “termobárico”, ambas têm quantidade semelhante de explosivos.
Não tenho nenhuma dúvida q hj 2020
essa bomba, pode ser lançada de outras
formas sem precisar do Hércules c130!!!
Como é arma estratégica, não falam
jamais!
Quando é o Irã lançando bomba de um C-130 na sessão de comentários só tem: punhado de incompetentes, fim da picada, desespero, não se pode lançar bomba burra pela rampa de carga. Aí vem os editores e colocam uma matéria da FAB fazendo a mesma coisa. HAHAHAHAHAHA. Que grande ironia.
Prezado Manuel, as diferencas qto ao formato, potencia e efetividade requeridas sao tao dispares , que ate me espanta mesmo eh que vc nao tenha percebido. Observe e pesquise so mais um pouquinho para entender o quao distintas sao as bombas e suas reais prioridades e alvos.
“Marcelo Andrade 8 de novembro de 2017 at 16:56
Jeff? Ganho intelectual em projetar uma bomba burra gigante?”
.
Olha amigo, nem vou discutir com você.
Abraço
Depois da entrega do pré sal, essa bomba só serve para ser usada contra o MST. KKKKKKK.
bomba burra ou não, em uma guerra eu odiaria saber que meu inimigo tem uma dessas. Se estamos falando de 2011, foi bem antes dos EUA e Rússia divulgarem a mãe e o pai das bombas. Politicamente seria muito fácil acusar o Brasil de estar desenvolvendo armas de destruição em massa. Nesse sentido, a estratégia de desenvolver a tecnologia e não produzir oficialmente foi a mais acertada. Acredito que em caso de guerra em poucos meses é possível produzir umas unidades dessas, desde que dominada a tecnologia. Salvo raríssimas exceções nenhuma guerra acaba em meses. Nem os EUA derrotaram o… Read more »
Assim é o Brasil, depois de gastar muitos recursos em pesquisa e desenvolvimento, simplesmente encerra o projeto ou abandona, como fizeram com o vls, o dinheiro não saiu do bolso deles mesmo.
O Thiago está certo, na gerencia de projetos o termo “encerrado” quer dizer concluído. Se o projeto tivesse sido cancelado ele seria “cancelado”. A questão ai deve ter sido só o desenvolvimento, em caso de necessidade o projeto estará pronto para a produção.
Será que um missiil de cruzeiro teria capacidade de ser recheado com uma dessas? Fica a pergunta.
Prezado Celso, uma pena vc não ter entendido meu comentário e nem o teste feito pelo Irã. O C-130 pode transportar até 6 bombas daquela da foto. Vc só viu uma e tirou suas conclusões. E mesmo se tivesse feito esse teste somente com uma bomba de 2000 libras seria válido pois os iranianos afirmam possuir uma bomba de 10 ton. Seria o lógico testar com uma menor para passar para o teste definitivo. Mas é muito mais fácil aqui no nosso país sair criticando e ser seletivo em seus argumentos.