A Lockheed Martin está ajudando o Laboratório de Pesquisa da Força Aérea dos Estados Unidos a desenvolver sistemas de armas a laser de alta energia, incluindo o laser de alta energia retratado nesta renderização. (Cortesia do Laboratório de Pesquisa da Força Aérea e Lockheed Martin)

Por Valerie Insinna

WASHINGTON — A Lockheed Martin criará um laser de alta potência para a Força Aérea dos EUA que será demonstrado em um avião de combate em 2021.

A empresa recebeu recentemente um contrato de US$ 26,3 milhões para projetar e construir um laser de fibra ótica como parte de um programa de Laboratório de Pesquisa da Força Aérea denominado Demonstrador de Laser de Alta Energia de Auto-Proteção, ou SHiELD – Self-protect High Energy Laser Demonstrator. Esse laser será integrado com dois outros subsistemas principais: um pod que irá alimentar e arrefecer o laser e um sistema de controle de feixe, que direcionará o laser para o alvo.

Se bem sucedido, a tecnologia poderia ser um “game changer”. A Força Aérea desejava há muito tempo um laser aéreo que pudesse abater ameaças de mísseis superfície-ar e mísseis ar-ar mais barato do que os métodos de interceptação atuais.

A indústria tem lutado por cerca de uma década para fazer um laser pequeno o suficiente para ser instalado em um veículo ou aeronave que também fosse poderoso o suficiente para ser relevante em um campo de batalha, disse Rob Afzal, pesquisador sênior de sistemas de armas a laser da Lockheed, durante um telefonema na terça-feira com repórteres. No entanto, as melhorias na tecnologia laser de fibra estão permitindo à empresa miniaturizar sistemas mais poderosos.

“Podemos agora juntar um sistema escalável que seja muito eficiente na conversão de energia elétrica em um feixe laser de alta potência, mantendo a qualidade do feixe. E, ao manter a qualidade do feixe, isso significa que você obtém a maior eficácia do seu sistema”, disse ele.

“Porque o sistema é eficiente, exige menos recursos da plataforma. Ele exige a menor quantidade de energia elétrica e gera a menor quantidade de calor residual”.

Então, quão poderoso o laser de Lockheed será? Afzal não disse, exceto que seria nas “dezenas de quilowatts”. Ele também se esquivou de perguntas sobre qual avião de combate irá transportar o laser, o alcance da arma e como a Força Aérea irá testar SHiELD durante a demonstração, dirigindo essas questões à Força Aérea.

Depois que a Lockheed terminar de desenvolver e testar seu laser em uma série de testes no solo, o entregará ao laboratório da Força Aérea, onde será integrado com os outros subsistemas SHiELD antes de outra rodada de testes e integração a bordo de um jato não especificado, disse Afzal.

A Northrop Grumman fabrica o sistema de controle de feixe, que segue o acrônimo STRAFE, que significa SHIELD Turret Research in Aero Effects. A Boeing é responsável por integrar os sistemas SHiELD em um único pod, chamado Laser Pod Research and Development.

Afzal se recusou a comentar quando Lockheed irá entregar o laser ou quando sua revisão preliminar do projeto seria concluída.

A Lockheed tem experiência no desenvolvimento de lasers táticos de alta potência. No início deste ano, a empresa entregou um laser de 60 quilowatts ao Exército dos EUA para ser integrado no Heavy Expanded Mobility Tactical Truck, o maior veículo terrestre do serviço. Ela também construiu um sistema a laser de 30 quilowatts que está em campo há quatro anos, disse Afzal.

FONTE: Defense News

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Bosco

Se já achava em franca decadência a “super hiper manobrabilidade esmaga piloto” sem o laser, com ele então…

carcara_br

Não é so a manobrabilidade, a velocidade perde sentido. E se os laser ofensivos estao melhorando o LADAR vem no rastro junto com toda a sorte de radares de bolinhas, então o stealth atual tb vai embora…

_RR_

carcara_br,

Penso o contrário.

Creio que velocidade ainda será essencial em deslocamentos; no que diz respeito a tempo de reação frente a uma ameaça. E isso se tornará cada vez mais crítico no futuro, onde a furtividade associada a alta mobilidade facilirarão o uso de táticas que farão com que um adversário esponha-se cada vez menos.

Guizmo

Puxa, bem quando chegarem os Gripens…..imagina só, “chegou a 4,5 geração na Fab, pshxiiuuu…….raio laser evaporou nosso caça”

Jeff

Bosco, já estou com outro projeto no forno, vamos colar espelhinhos por todo o gripen… Parece que se usar CDs também funciona.

Alex Nogueira

Como seria um combate BVR com laser? O radar trava o alvo e dispara uma carga de energia e acabou? Tem como fazer o laser ser guiado a longas distâncias?

Bosco

Pessoal,
Já postei esse link algumas vezes mas faço de novo por valer a pena: http://www.xr.pro.br/FC/batalhaespacial.html
Fala um pouco sobre armas lasers.

Sérgio Luis

A luz não faz curva!
Então o laser só é possível até a linha do horizonte!

MadMax

Sérgio, a luz faz curva sim.
A luz percorre uma linha geodésica. Então na presença de campos gravitacionais que causam distorção no espaço-tempo o espaço deixa de ser euclidiano (passa a ser riemanniano) e a geodésica não é uma linha reta.

MadMax

Obviamente na terra o campo gravitacional é fraco.

Bosco

Sergio, Mas os combates BVR se dão acima da linha do horizonte, estando os caças envolvidos em linha direta um com o outro. – Alex, Num primeiro momento os combates com laser deverão se dar a curta distância. Provavelmente serão utilizados inicialmente como armas defensivas, contra mísseis ar-ar inimigos. Também é possível que com a generalização da tecnologia stealth os combates ar-ar se deem dentro do alcance visual (WVR) ou no máximo no NBVR (quase BVR). Se o desempenho do laser num futuro mais distante for efetivo a grandes distâncias vai ser assim como você disse: detectou primeiro, mirou primeiro,… Read more »

Bosco

Carcara,
Não existe “stealth atual”. Ele é dinâmico como toda a tecnologia militar. A tecnologia “stealth” de hoje está na 4ª Geração, tanto em relação aos materiais RAM quanto à técnica de forma. Em vista disso quem garante que as aeronaves stealths do futuro não serão… invisíveis? Aí, adeus LADAR.

Victor Moraes

A luz faz curva sim. Muitas curvas. Um dos tipos de curvas de luz pode ser usado para proteger-se de laser. Se espelhinhos ou CDs não funcionarem, tentem usar materiais transparentes que provoquem a reflação. Quando você coloca um lápis dentro de um copo de água, acontece a refração. O lápis parece quebrado e com uma ligeira inclinação. Esta inclinação é provocado pelo meio mais molecularmente da água do que do ar. O mesmo acontece com o vidro e outros materiais plástico. Esta curva faz o meio absorver calor, mas se você colocar quantas camadas for necessária, com diversos tipos… Read more »

Phisikhreta

Lasers não são eficientes contra superfícies reflexivas, umidade atmosférica, poeira, nuvens, chuva, fumaça,etc. Acredito que um canhão misto elétrico/ laser talvez criaria um feixe de plasma, mais eficiente devido a alta temperatura, mas estaria limitado a cerca de 30 km e necessitaria de um emissor elétrico.
Fotons não possuem massa, portanto são facilmente bloqueados.

claudio

vou mandar espelhar meu carro ,,,vai que um raio erra o alvo kkk

Bispo

Então… gostaria de saber qual a potencia necessária para uma arma laser destruir um míssil ar-ar de forma “quase” instantânea … aquele papo de ficar travado no alvo ate derreter…não rola, mesmo porque o “outro lado” tentara criar um “antídoto”.

Outra questão…o tamanho/peso…para caber em uma avião caça.

E por fim ..qual a fonte de energia…”pilha nuclear”… como tal arma poderá efetuar N disparos…se necessário…. sem uma fonte “robusta e pequena”.

2021 ??…face ao que já vimos F-35… somem 10 anos e 26 com 8 zeros..rs

Marcos

Hmmmm….. LM…. Dessa vez quebram os EUA.

Marcos

E vai montar em qual avião, no F35.?

Marcos

Mais US$ 1 trilhão para colocar o laser no F35.
E outros R$ 2 trilhões para torná-lo operacional.

Renan

Arma inutil
Pois basta ter coberturas refratarias nas estruturas e o laser não tera efeito nenhum. Arma ridicula.
Abraços

JPC3

Renan 8 de novembro de 2017 at 23:20

É que os engenheiros da Lockheed Martin passaram a vida estudando e não tiveram tempo de assistir desenhos para aprender como se desvia um laser.

Renan

Já ouviu falar em fibra ótica?
É só se debruçar neste conceito, poi ela tem uma excelente qualidade de conduzir luz. E seria uma boa iniciativa para começar a desenvolver contra medidas para esta arma e até mesmo absorver esta energia.
Abraços.

Bosco

Bispo,
A fonte de energia será a querosene levada nos tanques.

Pessoal,
Espelhos??? De novo isso?

Antônio

Haha um monte de gênios da engenharia dizendo, é só colocar espelhos!
Não sabem que o espelho derrete com o lazer?

Israel

Kkkkkkk… o negócio vai dar ruim mesmo, quando a tecnologia for igual ao que tem o alienígena do filme “Predador” com Arnold….

Ricardo Da Silva

Daqui a pouco vão começar a discutir Star Wars vs. Star Trek . . . .

Gustavo

a questão é como ter tanta energia embarcada em um caça, na terra não é tão simples quanto parece para disponibilizar isso.

Jacinto

Armas a laser também têm outra vantagem: preço. Lançar um míssil tem um custo de centenas de milhares de dólares; disparar um laser é quase de graça….

André Luiz.'.

Jacinto 9 de novembro de 2017 at 9:11
disparar um laser é quase de graça….” — comparado ao custo de cada míssil, claro…!

Gustavo 9 de novembro de 2017 at 8:42
A fonte energética pode ser o próprio combustível da aeronave. O problema será converter a energia armazenada do querosene (partindo da premissa que ainda seja esse o combustível das aeronaves) em eletricidade para alimentar o laser, ou mesmo diretamente em ‘fótons’, com o máximo de eficiência energética!…

Tiago Jeronimo ☠ (@TiagoJL)

Se não fizer “Pew, pew, pew” eu não apoio.

Bosco

Jacinto,
Outra vantagem é que torna indefinida a persistência de combate. Enquanto houver querosene nos tanques haverá armas para serem utilizadas. O REVO hoje permite uma maior autonomia mas não permite a plena persistência de combate já que não repõe a munição utilizada. Com armas de energia direta isso muda e encher o tanque significará também encher as estações de armas.

Juliano Bitencourt

Quem viver a segunda metade deste século vai ver um mundo com o qual só sonhamos. Nossas scy fi serão a realidade em boa parte. O laser será sim disruptivo.

Bosco

Juliano,
Como assim “quem viver…” ??? Eu tenho um plano de saúde de só morrer depois dos 98 anos de idade, baleado por um marido ciumento.

ADRIANO M.

Virá aí mais um comedor de dinheiro do contribuinte americano?!
Minha dúvida é: De onde virá a energia para o laser?
Pois o Airbone Laser 747 necessitava de 6 módulos de energia para alimentar o canhão que poderia dar cerca de 20 tiros, ou talvez até 40 tiros de baixa potência contra seu alvo.
Enquanto um caça? de onde virá?

GripenBR

Muito interessante! Más, num primeiro momento o laser no combate aéreo substitui o canhão, se for o caso, e só! A energia que demanda para o uso como arma não o tornará viável em pouco tempo.

GripenBR

O LaWS sistema instalado em navios, a exemplo, atualmente não é capaz de destruir mísseis, aviões de grande porte, navios ou objetos submersos. Uma versão instalada em um caça terá energia dirigida de intensidade muito menor comparado a outros sistemas como o LaWS, devido unicamente ao porte do equipamento. Neste caso, tamanho é documento! Ainda.

André Luiz.'.

Bosco 9 de novembro de 2017 at 12:04
Baleado, Bosco?! Que coisa mais ‘ultrapassada’! Você poderia ser “vaporizado por um disparo de laser de alta potência”!…rsrrsrsrs

Jacinto

ADRIANO M. 9 de novembro de 2017 at 12:24,
Naquele 747, o laser era muito mais potente (na casa dos megawatt), o que exigia a utilização de laser gerado a partir de uma reação química. Aqui estamos falando de um laser de potencia muito mais baixa (na casa dos kilowatt) que provavelmente é gerado por semicondutores. São duas tecnologias bem diferentes.

Carlos Miguez _BH

Fonte de energia: estou quase acreditando em um mini-reator nuclear pesando cerca de 1 tonelada. Muito lógico e resolveria 3 problemas: 1) munição interminável; 2) alcance do avião e tempo de missão; 3) custos estratosféricos para saciar o apetite por verbas da indústria.

Juliano Bitencourt

rsrs Bosco não duvido não. E vamos turistar na Lua ou em Marte, classe supereconômica (com direito a amendoins cultivados na próxima Estação Espacial).

André Luiz.'.

Carlos Miguez _BH 9 de novembro de 2017 at 13:09
Como você converte a energia do reator nuclear (de fissão…) em energia luminosa?…

Juliano Bitencourt

ADRIANO M. 9 de novembro de 2017 at 12:24 “Virá aí mais um comedor de dinheiro do contribuinte americano?! Minha dúvida é: De onde virá a energia para o laser? Pois o Airbone Laser 747 necessitava de 6 módulos de energia para alimentar o canhão que poderia dar cerca de 20 tiros, ou talvez até 40 tiros de baixa potência contra seu alvo. Enquanto um caça? de onde virá?” . Acho que terão que correr com a fusão nuclear(e sua extrema miniaturização). E o CERN tem que acelerar os estudos com a antimatéria para o motor definitivo(até que comprovemos a… Read more »

Delfim Sobreira

Há de se ter um gerador, um acumulador e um capacitor.
O gerador captará energia do motor mas o faz de forma lenta, o acumulador a reservará. O capacitor será o responsável pelo pulso de energia elevado e instantâneo, mas que após isso terá de ser reernegizado com energia da bateria.
Lembrando que há outros sistemas na aeronave. E há a questão do peso e dimensões dos componentes.
Ou seja, não é fácil

Bosco

Juliano,
O YAL-1 era fazia uso de um laser químico. Esse será um laser de estado sólido, totalmente elétrico.
A fonte elétrica será via turbina de gás.

GripenBR

Carlos Miguez _BH
Algo neste sentido, por mais incrível que possa parecer, já foi experimentado pela URSS. O bombardeiro movido a combustível nuclear Tupolev Tu-95LAL. Más assim como muitos projetos a imensa criatividade bélica da Guerra Fria, não é viável.
https://en.wikipedia.org/wiki/Tupolev_Tu-95LAL
Assim como já vanguardistas, ensaiavam uso de armas laser em plataformas diversas como veículos e aeronaves, já na décadas de 70 e 80. Como o 1K17 Szhatie (https://en.wikipedia.org/wiki/1K17_Szhatie) e o Beriev A-60 (https://pt.wikipedia.org/wiki/Beriev_A-60). Claro que o colapso da URSS impactou os projetos. Não é nova a ideia.

Bosco

Pessoal,
O laser não tem que desintegrar o alvo não. Um laser que derruba um drone miniatura derruba um 747. Já vemos hoje um feixe laser em terra derrubando UAVs a 5 km com um tempo de emissão de 2 segundos. Ora! Esse mesmo laser teria um desempenho bem melhor a 10.000 metros onde o ar é mais rarefeito.
E claro, não será esse mesmo laser mas daqui a 10 anos quando entrarem em operação serão muito mais capazes. Não precisa de energia nuclear pra funcionar e a defesa não será feita com espelhos.

André Luiz.'.

Bosco 9 de novembro de 2017 at 13:59
A fonte elétrica será via turbina de gás” — ou a QAV, se ainda for o combustível de aviação de então! 😉 (“cuidado, Bosco! Nada de deixar querosene na mão de maridos ciumentos!” rsrrs)

Físico

Prezado Bosco,
Na Aero Magazine tem uma reportagem sobre o “Poder Aéreo da Coreia do Norte”, vale a pena comprá-la por essa reportagem?????

kfir

a ideia nisso ai é colocar vários pequenos lasers, em um canal que os tornem juntos gerando um unico feixe “muito quente”