Concepção do FCAS - Future Combat Air System da Airbus

Concepção do FCAS – Airbus Future Combat Air System

BERLIM — Os países europeus devem intensificar os esforços para desenvolver conjuntamente os aviões de combate da próxima geração para evitar se tornarem dependentes da tecnologia dos EUA, disse o presidente-executivo da Airbus Defense and Space, Dirk Hoke, na sexta-feira.

“Até hoje, os países da Europa se entregaram a soluções nacionais caras e personalizadas ou tornaram seus meios de defesa nacional dependentes dos EUA”, disse Hoke em uma publicação no Griephan Briefe, um semanário alemão especializado em questões de defesa.

Está se tornando cada vez mais caro para os países europeus se virarem sozinhos, disse Hoke, apontando para o “enorme aumento de requisitos técnicos” que as aeronaves militares agora têm que enfrentar.

Mas ao optar por comprar produtos de defesa americanos, como os aviões de combate F-35, que são mais baratos graças a economias de escala, os europeus arriscaram-se a abandonar o controle de suas próprias capacidades de defesa, de acordo com Hoke.

“Queremos nos colocar em uma posição de dependência unilateral para cada adaptação aos nossos cenários de missão, cada procedimento de manutenção, cada atualização?” ele perguntou.

Para combater a influência dos EUA, Hoke pediu a países como a França e a Alemanha que “rapidamente” avançem com os planos de um sistema comum de caça de combate para substituir suas frotas atuais, como anunciado pelo presidente Emmanuel Macron e pela chanceler Angela Merkel em julho.

Ilustração do conceito do Airbus Future Combat Air System

Essa parceria economizaria dinheiro e eliminaria a concorrência entre diferentes jatos atualmente no mercado.

As forças francesas estão usando a última geração do jato Rafale produzido pelo fabricante de armas francês Dassault, enquanto a Alemanha usa o Eurofighter Typhoon e aeronaves mais antigas feitas na Europa.

Hoke disse que o relógio está avançando, enquanto a França e a Alemanha terão que substituir grandes partes de sua frota em “cerca de 15 anos”.

Outros países, como Espanha, Bélgica e Itália, também mostraram interesse no projeto conjunto, afirmou.

“Com o pressuposto de que a vontade política necessária está em vigor, a Airbus está se oferecendo para impulsionar a cooperação com seus parceiros europeus e para moldar este aspecto do nosso futuro europeu comum”, acrescentou Hoke.

FONTE: Agence France Presse

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