Míssil A-Darter será entregue com dois anos de atraso
A Armscor reconhece em seu último relatório anual que o projeto do míssil ar-ar comum do Brasil-África do Sul de curto alcance foi “atormentado” com atrasos e a conclusão do programa é esperada “aproximadamente dois anos depois” do que o planejado.
O projeto A-Darter implica o desenvolvimento do míssil ar-ar para a Força Aérea da África do Sul (SAAF), principalmente para uso nos Gripens do Segundo Esquadrão. O projeto A-Darter é co-financiado pela Força Aérea Brasileira.
O desenvolvimento em escala completa do sistema de mísseis foi concluído em outubro do ano passado, quando a revisão crítica do projeto (CDR) dos restantes subsistemas pendentes foi finalizada e aceita. Isso foi feito simultaneamente com a aceitação e finalização do sistema completo.
Os testes de qualificação no míssil foram conduzidos com sucesso no exercício financeiro de 2016/17. Uma série de voos cativos foi realizada no Overling Test Range da Denel (OTR) no sul do Cabo.
De acordo com a agência de aquisição de segurança e defesa do estado, o foco para a A-Darter agora passa para testes de tiro real finais do míssil completo sob uma série de perfis de voo pré-selecionados.
“A conclusão bem sucedida dos ensaios de disparo significará a conclusão da fase de desenvolvimento de mísseis e a cooperação com o Brasil.
“Em março de 2015, a Armscor contratou a Denel pela industrialização e posterior produção dos mísseis necessários para a SAAF. O progresso na preparação dos processos de fabricação tem sido lento e a fabricação de subsistemas para o primeiro lote de mísseis foi adiada por quase um ano devido a desafios experimentados pela Denel”, afirmou o relatório, acrescentando a entrega do primeiro lote de mísseis (sem especificar um número) e a capacidade inicial de suporte logístico está agendada para o quarto trimestre do ano civil de 2017.
FONTE: DefenceWeb
Meus caros,
uma das grandes sacadas desta parceria para a FAB, foi que havia a perspectiva estratégica, de um principal benefício que seria a SAAF ter o controle total sobre a biblioteca de ameaças contra-contramedidas eletrônicas – no jargão internacional, ECCM (Electronic counter-countermeasures) – e outro fator, seria a cerca dos dados de definição de destino.
Partindo deste ponto de vista já haveria um ganho enorme pra FAB que passaria a dispor de uma ferramenta crucial para operar em futuros TOs.
Grato
Levando em consideração que o Gripen estará em IOC em 2021, está relativamente tranquilo para a FAB.
Seria bom saber, qual o grau de (%) nacionalização do míssil. Tá parecendo que o Brasil vai importar pra ‘montar’ esse treco.
Gustavo, como dizem os mexicanos, quien sabe ? …
Agora vão falar que não tem de desenvolver nada aqui, que tudo que é feito não presta, que o A-Darter é uma desgraça, etc, etc
Pra quê nacionalizar um míssil, se é só um tubo com asas e pólvora dentro? 😉
Li em um outro site de defesa, que os algorítmicos que dão a direção vetorial do A-Darter foi criado por um brasileiro do ITA, e que sua permanência na África do Sul havia terminado, assim com seu trabalho no A-Darter, mas que a Denel pediu ao Brasil para ele permanecer por mais tempo e trabalhar em um outro programa da empresa. O A-Darter vai chegar junto com o Gripen e já vem homologado com o caça, isso se chama busca pela independência tecnológica, e a África do Sul é um país que o Brasil pode buscar boas parcerias, tanto em… Read more »
Alexandre tbm não sei mas é melhor do que só montar algo que vem importado, se for assim é preferível só importar e ser for vdd o que o Antônio falou ganhar dinheiro através de royalties com as vendas. Minha duvida foi porque o Brasil pagou o desenvolvimento do míssil é provavelmente vão quere-lo saindo de fábricas brasileiras
Há muitos anos atrás, quando eu ainda era Sgt da FAB, o Brasil desenvolvia o Piranha, o qual tive a oportunidade de ver um protótipo, no CTA. Que fim foi dado a esse projeto?
kkkkkkkkkkkkkk Galante e sua fina ironia.kkkkkkkkkkkkkkkkkkk
Boa notícia, apesar de tudo.
James Chaves da Silva,
meu caro, o míssil Piranha se encontra operacional na FAB já a algum tempo. Este míssil existe em duas versões até aqui, o MAA-1 e o MAA-1B.
Abraço.
Mesmo que esse atraso coincida com a entrada em operação do Gripen, tem que ver o quanto isso vai influenciar no custo.
Augusto, não temos nenhuma empresa no Brasil pra fabricar o A-DARTER. A Mectron já foi pro espaço, a não ser a AVIBRAS.
Independência bélica é desejável e pode até ser vital, mas não podemos generalizar. Encomendamos caças com TOT, helicópteros com TOT, submarinos com TOT, parcerias para mísseis e lançadores de satélites etc. Agora analisem: Lançador de satélites, qual seria nosso custo/peso por lançamento? Hoje a Rússia nem a Nasa competem com a Spacex, uma empresa privada! Ok, então vamos atuar no segmento de microssatélites… Tomara que sim, só lembrando que a parceria fracassada com a Ucrania custou mais de um U$ 1Bi ! Sobre o A-Darter, considere que não temos grande demanda interna e que há boas opções no mercado oferecidas… Read more »
WFonseca 31 de outubro de 2017 at 19:21
Não estamos fazendo tudo ao mesmo tempo. Estamos priorizando projetos estratégicos. A Coreia do Norte desenvolveu artefatos nucleares e mísseis balísticos, que é a sua prioridade estratégica. Israel tem uma industria de armamentos poderosíssima, tanto é que participam até do FX-2 (tela WADE para o Gripen brasileiro). Israel tem suas particularidades, pode investir nos nichos que achar mais apropriado, pois está sob a proteção (nuclear) do EUA. O projeto do subnuc é vital para o Brasil, assim como o Gripen e o A-Darter. Isso não é muito, isso é o MÍNIMO
Matheus Ugraita 31 de outubro de 2017 at 18:24
Sim existem outras alem dessas mencionadas com mesmo potencial ou mais.
A Mectron ja foi pro espaço?
O Brasil pode esperar pois os grispen a meu ver estão atrasados poderiam ser entregues um pouco antes.mas acho que deveriam ser adaptados para o f-5 e o amx. pois seria uteis manter pelo menos os amx por mais um tempo,pois pelo que sei ele e um bom bombardeiro ligeiro e o custo dele não e caro,e poderia ser usado em treinamento avançado e em missões que não compensasse usar o grispen.Quanto ao f-5 iriamos ir dando baixa a medida que os grispen fossem chegando.Quantos aos misseis só espero que venha em centenas e não em dezenas como é de… Read more »
Praefectus, muito obrigado!
Abç!
Fabio, a Mectron foi para o espaço sim
O que me intriga no A-Darter é seu alcance, enquanto algumas fontes afirmam ser 12km outras dizem ser 20km
O que é Grispen? É de comer?
“Fabio, a Mectron foi para o espaço sim”
Quem disse que a SpaceX não tem concorrência?
🙂
O A darter e superior ou semelhante ao PITON 5 ? digo mesma geraçao ?
Alexandre Galante 31 de outubro de 2017 at 15:04
É bom aprendermos alguma coisa com os contratos dos A-26 e A-29 para os EUA.
A Mectron era da Odebrecht e como toda subsidiária dessa maldita empreiteira, ela vivia de contratos escusos com o GF. Nunca precisou fazer propaganda dos seus produtos efetivamente, nunca precisou se esforçar para vender algo. Bastava apenas ter contatos certos para ter contratos certos.
WFonseca 31 de outubro de 2017 at 19:21 “Tomara que sim, só lembrando que a parceria fracassada com a Ucrania custou mais de um U$ 1Bi !” É um pouco off-topic, mas… Nesse tema do ‘finado’ programa espacial brasileiro, um amigo de longa data (mas ‘louco de pedra!’, e de tempos pra cá metido a ‘Antonio Gramsci’!) soltou um pérola no FB (onde mais?) criticando o arrendamento da base de Alcântara aos Estados Unidos e outros interessados; na cabeça dele (e de muitos…) o acidente de 2003 foi devido a um complô…! (aquela lenga-lenga de sempre: de botar a culpa… Read more »
Se a Mectron definhou o que aconteceu com todos aqueles projetos que estavam em andamento pela empresa, suas pesquisas, desenvolvimentos, conquistas e até produção de alguns itens desta empresa valiosíssima que era chamada de Missile House brasileira. E qual empresa fara a integração e montagem do A-Darter. Se alguem souber…
“Leonel Testa 1 de novembro de 2017 at 8:22
O A darter e superior ou semelhante ao PITON 5 ? digo mesma geraçao ?”
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Python V é um míssil testado, homologado, efetivo, em uso etc
http://www.rafael.co.il/5623-688-en/Marketing.aspx
http://www.airforce-technology.com/projects/python-5-air-to-air-missile-aam-rafael-israel/
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O A-Darter está em fase de testes, promete ser um bom míssil.
Saberemos após o final dos testes.
Fartos tópicos, recomendo leitura dos textos e comentários.
http://www.aereo.jor.br/?s=A-DARTER
fabio jeffer 1 de novembro de 2017 at 11:06
Isso não tem sido muito divulgado, mas parece que a Avibras está assumindo boa parte dos projetos da finada Mectron
Meus amigos, espero que o ADarter venha e em grande quantidades.
Um colega sitou o AMX
Aguem sabe os planos para esta aeronave, por quanto tempo vamos contar com ela? quantos estão operacionais?
e se é possivel modernizalas para extender sua vida?
Nunca vi elas com grande importancia, porem ao estudar suas capacidades, achei impressionante o seu valor estratégico. Abraços.
JT8D
Grato
Vida longa a Avibras então
GeneralSofá 31 de outubro de 2017 at 23:51
O alcance dos mísseis é sigiloso. E os próprios fabricantes costumam dar números contraditórios.
Renan, o AMX é um ótimo avião pro que foi projetado. A FAB pretende/pretendia dar uma sobrevida ao avião com a modernização que é realizada pela Embraer. Mas com os cortes no orçamento não sei como anda…ele deve ser substituído por novos lotes de Gripen. Um avião muito mais moderno, muito mais capaz.
André Luiz.’. 1 de novembro de 2017 at 10:35
Mas o boicote ao programa espacial brasileiro pelos EUA é um fato de conhecimento geral e documentado, vide os documentos do WikiLeaks.
https://www.google.com.br/amp/s/oglobo.globo.com/mundo/eua-tentaram-impedir-programa-brasileiro-de-foguetes-revela-wikileaks-2832869%3fversao=amp
Sobre a suposta sabotagem, houve sim suspeita, mas por parte da França, inclusive não se pode provar o envolvimento da França no caso. O que é diferente de descartar esse envolvimento.
Hélio 1 de novembro de 2017 at 15:49 Bem, Hélio, a gente nunca pode descartar por completo… Mas, pelo que li a respeito, o acidente foi a consequência de uma cadeia de erros, como o é qualquer acidente!: “A comissão de investigação descartou a possibilidade de sabotagem, de grosseira falha humana ou de interferência meteorológica, mas apontou ‘falhas latentes’ e ‘degradação das condições de trabalho e segurança’, entre eles saídas de emergência que levavam para dentro da própria TMI, além de estresse por desgaste físico e mental dos tecnologistas.” http://g1.globo.com/ma/maranhao/noticia/2016/08/maior-acidente-do-programa-espacial-brasileiro-completa-13-anos.html Que o desenvolvimento do programa espacial brasileiro ia na contramão… Read more »
Pessoal, o tópico é A-Darter.
“Manuel Flávio 1 de novembro de 2017 at 13:35
GeneralSofá 31 de outubro de 2017 at 23:51
O alcance dos mísseis é sigiloso. E os próprios fabricantes costumam dar números contraditórios.”
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Como ? Não entendi, pode me explicar ? Sou novato !
Matheus Ugraita 1 de novembro de 2017 at 1:01
O que é Grispen? É de comer?
Kkkkk…..boa!! Pensei a mesma coisa….
Ricardo Da Silva 1 de novembro de 2017 at 9:09
Alexandre Galante 31 de outubro de 2017 at 15:04
É bom aprendermos alguma coisa com os contratos dos A-26 e A-29 para os EUA.
Ricardo, o que você quis dizer com A-26?
Eu achava que esse programa, o A-Darter, havia sido encerrado depois do escândalo da Empreiteira.
“JT8D 31 de outubro de 2017 at 20:03 WFonseca 31 de outubro de 2017 at 19:21 Não estamos fazendo tudo ao mesmo tempo. Estamos priorizando projetos estratégicos. A Coreia do Norte desenvolveu artefatos nucleares e mísseis balísticos, que é a sua prioridade estratégica. Israel tem uma industria de armamentos poderosíssima, tanto é que participam até do FX-2 (tela WADE para o Gripen brasileiro). Israel tem suas particularidades, pode investir nos nichos que achar mais apropriado, pois está sob a proteção (nuclear) do EUA. O projeto do subnuc é vital para o Brasil, assim como o Gripen e o A-Darter. Isso… Read more »
Talvez teria sido mais vantajoso se tivessem investido no desenvolvimento de um míssil de desempenho e características superiores as do Umkhonto, para substitui-lo na atual função.
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Seria um míssil para equipar os navios da MB e solucionar o problema da defesa de média altitude.
Míssil com 20km de alcance hj em dia, eh muito pouco, visto que os mais modernos misseis, como o renomado MICA, tem alcance de 50km.
O alcance de um míssil ar-ar para combate no alcance visual tem que ser observado tendo em vista dois aspectos: a capacidade cinética e a capacidade de software do sistema de busca. A capacidade cinética depende de quão longe o míssil pode ir sob controle do sistema de processamento. Essa capacidade depende das condições externas (velocidade e altitude da aeronave lançadora), da aerodinâmica do míssil, do desempenho do motor foguete, da capacidade da bateria, da reserva de fluídos, da sofisticação sistema inercial, etc. Já a capacidade do software do sistema de míssil o qualifica como capaz de operar no modo… Read more »
O míssil MAA-1 não existe e nem nunca esteve operacional. Ouvi dizer que o MAA-1B funcionou, mas, salvo melhor juízo, nunca teve produção seriada. A FAB não adquiriu.
O ¨engenheiro do ITA¨que corrigiu o projeto na realidade é um Tenente Engenheiro (Iteano, sim) da FAB, que trabalha no GAC-A-Darter, na DENEL, em Johanesburg. Outros oficiais engenheiros nossos também resolveram outros problemas do projeto.
Carlos Alberto Soares 1 de novembro de 2017 at 19:34
Exemplos:
O A-Darter já foi divulgado pelos fabricantes ao longo do tempo com alcance de 8, 12, 18km.
O MAR-1 com 50km, 60km, ou segundo um engenheiro da empresa certa vez ouvido numa matéria quase 100km.
P.S.: Antes de alguém observar que existem diversos fatores que influenciam no alcance, já antecipo que o Universo todo, quiçá outras dimensões, já sabem disso. Estou me referindo aos dados passados por fabricantes.
JT8D e Farroupilha, boa tarde. Embora leigo, tenho uma opinião em relação ao tema e concordo com o colega WFonseca. E por ter opinião convergente com este, não acredito que eu tenha uma visão ou torcida limitadora em relação ao nosso país. Para qualquer projeto na vida, seja pessoal, profissional, empresarial ou estatal, é necessário ter foco. Enquanto humanos, temos duas mãos, em regra, e mal conseguimos alcançar duas coisas ao mesmo tempo, quem dirá várias. Estamos sim, tentando ter tudo e com produção nacional. Resolvemos construir submarinos e também corvetas. Há uma grande intenção de haver alguma (ou grande… Read more »
Felipe Morais 3 de novembro de 2017 at 13:01 Talvez o amigo não tenha entendido meu comentário. Sucintamente, o que quis dizer é que acho que o subnuc, o Gripen e o A-DArter projetos estratégicos e essenciais. Já o caracal é uma aberração, não tem nada de estratégico e gostaria de ver na cadeia todos os envolvidos. Há projetos e projetos. O problema é que, por conta do mau uso dos recursos públicos que ocorre sistematicamente no pais, alguns querem colocar tudo num mesmo saco, dizendo “vamos cancelar tudo e comprar tudo de prateleira”. É com esse tipo de generalização… Read more »
Felipe Morais 3 de novembro de 2017 at 13:01, Boa tarde Felipe, Como não só vc mas outros acreditam que compras generalizadas de prateleira sejam positivas deixo algo aqui para reflexão. Compras de prateleira para o Brasil, que precisa desenvolver montanhas de tecnologias pois somos campeões de perdermos o bonde da História, só servem se foram de material usado. Aí sim pode resolver algumas lacunas, um pouco apenas. Ex: A compra de oportunidade dos Guepards para defesa de ponto de tropas. Já comprar armamento novo de prateleira é simplesmente transferir capital para povos do estrangeiro desenvolverem suas tecnologias e gerarem… Read more »