Hércules C-130 libera cerca de 50 mil litros de água/dia na Chapada dos Veadeiros
No segundo dia de operação, tripulação destaca a grande quantidade de fumaça que dificulta o acesso aos pontos mais afetados
No segundo dia de operação na Chapada dos Veadeiros (GO), quarta-feira (25/10), militares da Força Aérea Brasileira (FAB) iniciaram por volta das 7h da manhã as decolagens do C-130 Hércules para o combate aos focos de incêndio na região. Por dia, estão previstas quatro partidas para a área de preservação ambiental e cerca de 50 mil litros de água despejados para combater o fogo. Anápolis, onde está situada a Ala 2, foi escolhida como a cidade de apoio para a operação.
O C-130 Hércules, do 1º Grupo de Transporte de Tropa (1º GTT), possui um sistema chamado MAFFS, do inglês Modular Airborne Fire Fighting System. O equipamento é composto por cinco tanques de água, dois tubos que se projetam pela porta traseira do avião e pode levar até 12 mil litros de água. A cada saída, são dois lançamentos, com 6 mil litros cada, que conseguem cobrir uma extensão de 500 metros.
A aproximadamente 40 milhas do Parque Nacional da Chapada dos Veadeiros, a tripulação da aeronave já consegue avistar os primeiros pontos de fogo. Uma cortina de fumaça e o alto tráfego de aeronaves na região – que estão ajudando no combate ao incêndio – além do fato de ser uma região montanhosa têm sido os desafios da missão.
Segundo o piloto do Hércules, Capitão Douglas Lopes, a coordenação com toda a equipe é primordial para o bom desempenho da operação. “A área é bem extensa e são muitos focos de incêndio. A fumaça atrapalha a nossa visualização durante a descida e, por isso, a coordenação tem que ser bem feita”, acrescenta.
Ainda de acordo com o capitão, duas tripulações e uma equipe de solo – totalizando 26 militares – estão engajados na missão. Duas piscinas de 22 mil litros de água ficam cheias para que o reabastecimento da aeronave aconteça o mais rápido possível. “A gente prepara a aeronave para abastecer e decolar o mais rápido possível”, afirma o Suboficial André Luiz da Costa Reis, coordenador da equipe de solo.
FONTE: Força Aérea Brasileira
Primeira vez que vejo esse equipamento.
Só a título de informação, já publicamos matérias (não muitas, é verdade) relacionadas ao MAFFS aqui no Poder Aéreo desde o primeiro ano do site, em 2008. Alguns exemplos;
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http://www.aereo.jor.br/2008/11/21/c-130-da-fab-cumpre-missoes-de-combate-a-incendio-na-chapada-diamantina/
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http://www.aereo.jor.br/2014/01/26/nuvens-baixas-atrapalham-aviao-da-fab-no-combate-a-incendios-no-chile/
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http://www.aereo.jor.br/2016/03/24/1-gtt-realiza-exercicio-de-combate-a-incendio/
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Este mesmo equipamento ou outro similar mais moderno que será embarcado no kc-390 ???
Até onde sei, sim.
Que bela ducha corona hein…..
O ideal mesmo são aeronaves próprias para combate a incêndio como o Canadair Cl-415. Havendo um lago com condições adequadas, ele não precisa pousar para encher o compartimento de água bastando 15 segundos de contato com a superfície do mesmo para encher o reservatório.
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https://www.youtube.com/watch?v=cHuoXD_VmBs
Por mim, ideal mesmo seria o Chinook, que faria muito mais que combate a incêndio.
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https://www.youtube.com/watch?time_continue=69&v=QEzyf7gWbLY
Tem um kit que é usado pelo Ka-32 e pode ser adaptado na Kombi que é um canhão que lança a água a até 40 metros de distância. Não se aplica muito em incêndios florestais mas em incêndios em prédios.
Aliás… falando em combate a incêndio. Nós doamos os nossos Sapões… Não poderiam ter aproveitado as aeronaves para isso?
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https://www.youtube.com/watch?v=1Os9TZLHUVA
Pessoal, vocês esqueceram que não há reservatórios de água tão próximo assim do incêndio, está tudo seco. Neste caso a utilização do MAFFS é a melhor solução.
Avisem ao Ricardo Boechart!
Tem um rio que corta praticamente todo o Parque Nacional da Chapa dos Veadeiros. Será que está seco nessa época do ano?
Bardini, seco eu acho que não estaria, mas pelo que me lembro quando fui ao parque, não era largo para reabastecer um avião especifico para combate a incendio sem pousar. Muitas corredeiras e quedas. Bom para passear e nadar.
O KC 390 já foi submetido a um teste real como avião de brigada de combate a incêndio? Seria um bom momento para testá lo em condições reais.
O Rio Preto corta o parque e bem mais próximo do que Anápolis (300Km) tem o Rio Tocantinzinho (100KM) e ele desemboca no Lago de Serra da Mesa. Uma aeronave própria de combate a incêndio poderia encher o reservatório por lá várias vezes antes de ter que voltar a Anápolis para reabastecer.
O KC-390 poderá executar esse tipo de tarefa?
Sim Nunão, pelo Google maps parece um rio pequeno. Mas estava pensando em um helicóptero.
Da-lhes Ipanema, tem as centenas.
Apenas um C 130 está preparado ?
Cadê a colaboração dos vizinhos ?
Quando precisam, nós ….
Me parece que no Brasil e em Portugal falta efetividade nesses combates.
Deixam centenas de hectares serem destruídos antes de combater.
E quando combatem não é algo arrasador…
Precisam melhorar isso, viu.
Se fosse o caso decolar de qualquer lugar onde haja água nem que seja da Amazônia ou do litoral…
Colocar dez aviões desses….
É tornar mais eficiente o uso da água.
Mísseis de água seria ótimo… Não há problema de acesso.
Já imaginaram abastecer o míssil a 2.000 km de distância é disparar a partir de imagem de satélite ou localização radar ou de cargueiros militares mesmo?
Tem um documentário legendado do Martin Mars:
https://www.youtube.com/watch?v=5mtOhJoAdMw&t=23s
Sou mas o avião russo beriev 200
Esse sistema das fotos é o MAFFS I, no C-130 a aeronave opera com a rampa aberta e despressurizada.
Imagina isso em um jato.
O MAFFS II foi concebido para se operar a aeronave pressurizada, a descarga se da pelas portas de salto nas laterais da fuselagem, que tem que ser trocadas.
O KC-390 ainda não tem essa operacionalidade de contra-incêndio.
Mauricio R. 28 de outubro de 2017 at 7:23 Mauricio, na altitude de lançamento da água o avião não estará pressurizado, a principal vantagem do MAFFS II é que pode ter o sistema de água pressurizado em voo o que torna a operação mais rápida, o MAFFS I tem que ser abastecido e pressurizado no solo, tornando a operação mais lenta. Outra vantagem do MAFFS II é o avião poder voar com configuração mais limpa com a rampa fechada e climatizado. Não tem problema nenhum um jato voar despressurizado quando baixo, se fosse assim o KC-390 teria problema ao lançar… Read more »
Esta empresa canadense Coulson, proprietária do Martin Mars tambem faz a modernização e conversão de C-130 em bombeiros com sistema diferente do MAFFS com abertura ventral na fuselagem, um sistema com maior capacidade e velocidade de descarga.
Interessante como pequenas empresas nos EUA e Canada tem a capacidade de modernizar e converter aviões como C-130, B737 e BAE 145, como a Coulson do Canadá.
. http://fireaviation.com/tag/coulson
Interessante também Walfrido é que os EUA com tanto avião-bombeiro, não impediram que a Califórnia quase virasse cinzas!
Não consigo entender como que em um lugar onde todo ano tem incêndios tão destruidores, os americanos não tenham construído um sistema de canalizações pela floresta para manter a umidade mais alta em linha, evitando a propagação. Vou registrar a idéia!!!
Não é bonito mas é bem eficiente.
O estado do RIO também está precisando.
Helicoptero Sikorsky S-64 SkyCrane “Elvis” En Accion
https://www.youtube.com/watch?v=Iq00KVYzKX8
Erickson Air-Crane Urban Firefighting
https://www.youtube.com/watch?v=UYZOrgEU_h8
Natalie Jones, Helicopter pilot for Erickson, Inc.
https://www.youtube.com/watch?v=2F6zV5FmMvU&t=57
Versão mais cara para águas rasas:
Bambi Bucket Demo at Heli-Expo 2012
https://www.youtube.com/watch?v=i2j5LN7IFzM
Demonstração amassou até o teto do ônibus:
Alev Kartalı görev başında
https://www.youtube.com/watch?v=yeH_SYvt1eE&t=188
Concordo com o Nonato, um país como o Brasil deveria contar com mais de meia dúzia desses aviões distribuídos em regiões estratégicas.
Estamos vendo noticiário sobre esses incêndios há vários dias, consumindo boa parte desses parques e reservas.
Apenas um avião de grande porte a mais alguns menores e o pessoal no solo trabalhando com pás. Acho uma vergonha esse descaso.
Mas pra transportar políticos gordos e corruptos temos uma frota imensa e cara.
Para a região o melhor seria a coleta de agua por helicóptero com o Bambi Bucket mesmo. Porém dizem que o mais importante é conseguir levar os bombeiros para o local certo em tempo hábil. O que é muito mais difícil em um terreno como aquele.
O controle desse tipo de incêndio é feito através de aceiro justamente para evitar que ele o incêndio se espalhe, depois de contido pelos aceiros ele termina por falta de combustível. Porque o custo de se apagar o fogo em grandes extensões é imenso.
Marcelo Andrade, o problema da Califórnia não é muito diferente do nosso Nordeste, SECA. Em abril de 2017 o governador da Califórnia decretou o fim dos 5 ANOS de seca no estado e tem gente achando que ele foi muito otimista. Industrias, fazendas e pessoas bebem água adoidado. O outro agravante é que tem pinheiros que produzem uma resina que é inflamável (tem cursos de sobrevivência que ensinam a usá-la para fazer fogo). Imagine então uma floresta com milhares de pinheiros com essa resina explodindo? Voltando à Chapada um dos agravantes do incêndio por lá foi justamente a seca desse… Read more »
Marcelo Andrade, não tem como intervir na natureza em grandes áreas querendo manter úmida uma grande floresta na seca, isso não é possível. Não se pode comparar uma fazenga irrigada com uma floresta toda. . Os bombeiros nunca darão conta destes grandes incêndios, eles amenizam os problemas e freiam o avanço dos incêndios até o fim do periodo seco. Manter no Brasil uma estrutura permanente com aeronaves contra incêndio não seria viável, no máximo os MAFFS que não indisponibilizam os aviões para outras funções como REVO ou Transporte e pequenas unidades como os AirTractor que 3 bombeiros estaduais compraram, qualquer… Read more »
O Bambi Bucket tem a vantagem de exigir pouco investimento e temos helicipteros como o H-60 e o H225M para os utilizar em boa parte do Brasil. Este “cesto” com agua é fabricado em várias capacidades para ser usado até por um Esquilo. Existe agora um Aqualanche Bucket do mesmo fabricante, uma versão melhorada do velho Bambi Bucket. O Bambi Bucket tem um upgrade para ser transformado em um Aqualanche Bucket: One of the latest additions to the Bambi family, the Aqualanche bridges the gap between the Bambi Bucket and the Torrentula. Medium sized helicopters can now have the precision… Read more »