F/A-18F Super Hornet com IRST em casulo ventral

F/A-18F Super Hornet com IRST em casulo ventral

A Boeing concedeu recentemente à Lockheed Martin dois contratos para atualizar seu sistema de sensores IRST21 para uso na frota de F/A-18E/F da Marinha dos EUA.

Os contratos do Block II fornecem até US$ 100 milhões para desenvolver software avançado, realizar atualizações de hardware e entregar protótipos. Esses esforços irão aprimorar ainda mais as capacidades comprovadas de detecção, rastreamento e alcance do IRST21 em ambientes onde não é possível empregar o radar.

“O programa estratégico de atualização do bloco da Marinha dos Estados Unidos nos permite continuar avançando nossa tecnologia e entregá-la rapidamente ao combatente”, disse Paul Lemmo, vice-presidente do Fire Control/Special Operations Forces Contractor Logistics Support Services na Lockheed Martin Missiles and Fire Control. “Estamos entusiasmados em implementar as atualizações do block II e melhorar o desempenho do IRST21”.

O sistema de sensores IRST21 usa tecnologia de busca e rastreamento por infravermelho para detectar e rastrear ameaças no ar. Comparado ao radar, o IRST21 melhora significativamente a resolução de múltiplos alvos, permitindo que os pilotos identifiquem com precisão as formações de ameaças em alcances mais longos. Essa capacidade de “ver primeiro, atacar primeiro” capacita os pilotos com maior tempo de reação, melhorando a capacidade de sobrevivência.

O IRST21 é a próxima geração do sistema de sensores IRST legado da Lockheed Martin, que acumulou mais de 300 mil horas de voo no F-14 da Marinha dos EUA e em plataformas internacionais F-15. Atualmente, o IRST21 voa montado no tanque de combustível externo central do F/A-18E/F.

DIVULGAÇÃO: Lockheed Martin

Subscribe
Notify of
guest

10 Comentários
oldest
newest most voted
Inline Feedbacks
View all comments
Fabio Jeffer

Se não me engano os russos foram os primeiros a adotarem sistemas IRST em larga escala em suas aeronaves, aquelas típicas bolhas no nariz dos fulcrum e dos flanker. E lembro que o ocidente criticava seu uso afirmando não ser eficiente de fato.

hammadjr

Esse sem dúvida é um ícone da aviação militar.

carcara_br

Fabio Jeffer 23 de outubro de 2017 at 20:41 o EOS instalado nos jatos russos estão otimizados para detectar o calor gerado pelo motor (pegam frequência geradas pelo aquecimento de algumas centenas de graus da superfície metálica), Já este modelo, muito provavelmente é otimizado para temperatura inferiores, da ordem daquelas geradas pelo atrito do ar com a superfície da aeronave. Talvez por isso do sistema russo ser considerado “menos” eficiente. De qualquer forma parecem cumprir funções diferentes, sendo este sistema mais focado na identificação e discriminação de alvos a curta/média distância enquanto o russo deve agir como um verdadeiro buscador… Read more »

Clésio Luiz

Fabio, os americanos usaram o IRST em larga escala desde o final da década de 50:
http://pacificcoastairmuseum.org/wp-content/uploads/2016/11/f106-deltadart-pcam-03.jpg
comment image
comment image
.
Até os suecos adotaram:
comment image
.
Foi abandonado no final dos anos 60 porque a tecnologia na época não era muito boa. Quem testou o IRST dos MiG-29 alemães também não ficou muito impressionado. Mas a tecnologia avança e não temos porque duvidar que o sistemas desenvolvidos de 2000 para cá não sejam satisfatórios.

Roberto Messa

A Marinha americana e a prova que jamais foi necessaria a criacao de forças aereas

A marinha consegue fazer tudo o q a força aerea faz e quem tem de realizar aviacao de ataque e apoio a tropas e sao os Exercitos

Leandro Costa

Roberto Messa, acho que você se esqueceu um pouquinho da História para dizer que jamais foi necessária a criação de Forças Aéreas.

Alfredo Araujo

“Roberto Messa 24 de outubro de 2017 at 6:45
quem tem de realizar aviacao de ataque e apoio a tropas e sao os Exercitos”
.
Só falta incluir ai nesse seu pensamento, a superioridade aérea e a interceptação.

Júnior P.

Roberto Messa, De fato, até os anos 40 a aviação de combate norte americana era, na maior parte, subordinada ao Exército. Porém, em seguida viu-se que seria melhor desmembrar essa atividade em uma arma independente. Será que eles erraram em fazer isso? A aviação naval sempre teve suas especificidades, sendo obviamente adequada ao ambiente de guerra a partir do mar. No Brasil ocorreu algo similar. Até o início dos anos 40 a aviação de combate pertencia ao Exército e uma parte à Marinha. Mas, com a criação da FAB, houve um grande incremento em termos de organização e doutrina para… Read more »

Leandro Costa

A arma aérea ganhou independência na maioria dos países quando seu papel estratégico tornou-se evidente, valendo assim uma estrutura independente. Outros podem argumentar sobre a especialização dos ambientes nos quais estão imersos, exército tendo sua especialidade as operações sobre a terra, a Marinha tendo o mar e a Força Aérea o ar. Basicamente a Força Aérea, argumentavam os ‘air power advocates’ executa o trabalho que o Exército executa por terra e a Marinha por mar, atuando em três dimensões. Claro que, há controvérsias. Antigamente esses mesmos caras argumentavam que a aviação naval jamais daria certo, e que as ‘pistas flutuantes’… Read more »

Clésio Luiz

Eu imagino que o US Army se arrepende até hoje de ter aberto mão do componente aéreo. As rusgas com a USAF se arrastam desde a década de 60, se não antes.