KC-390 em voo no interior de São Paulo - foto FAB - Sgt Batista

Com base nas vagas informações não oficiais disponíveis sobre o incidente com o protótipo do KC-390 matrícula PT-ZNF, o Poder Aéreo resolveu fazer uma imagem que ilustrasse o que eventualmente possa ter ocorrido. Muitos dos nossos leitores acabam se perdendo em várias informações técnicas que são lançadas em diversos comentários e não conseguem visualizar espacialmente a manobra.

Destaca-se mais uma vez que a concepção do incidente aqui apresentada não reflete, necessariamente, o que ocorreu. Apenas fornece uma ideia do que eventualmente pode ter acontecido. Somente os envolvidos no incidente e as pessoas que participam do programa podem explicar o ocorrido e o Poder Aéreo não consultou nenhuma dessas pessoas.

A aeronave estava em voo nivelado (A) e num determinado momento reduziu a potência dos motores ao mesmo tempo em que cabrava (elevar o nariz) a aeronave (B) e elevava o AoA (ângulo de ataque – ângulo formado entre a corda média da asa e o vento relativo).

O AoA elevou-se até um ponto onde a aeronave estolou (perdeu sustentação) (C). Neste momento o nariz do KC-390 estava praticamente na vertical (D) e a aeronave começou a cair (exatamente pela perda de sustentação).

A aeronave virou (E) de dorso (“barriga” para cima) embora não se saiba se intencionalmente ou não. A queda prosseguiu e neste momento a força “g” deve ter atingido o valor de -4 (citado em alguns sites da internet).

Para sair de uma situação como essa e com pouca altitude a tripulação possivelmente realizou (F) um meio-tonneau (giro de 180º em torno do próprio eixo longitudinal), recuperando a aeronave (G) e nivelando-a em 2.000 pés (cerca e 300 metros acima do solo).

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