Problemas na revisão dos motores dos MiG-29 da Bulgária
Por Clive Leviev-Sawyer
O Ministério da Defesa da Bulgária aceitou apenas dois dos 10 motores novos e revisados dos caças MiG-29, por falta de informação sobre o equipamento utilizado, disse o vice-ministro da Defesa, Anatoly Velichkov.
Um contrato de 22 milhões de euros prevê a entrega de quatro motores novos e seis revisados pela empresa búlgara Aviostart, que — como o Mediapool informou — é apenas uma intermediária, porque o equipamento deve ser fornecido pelo fabricante russo RSK MiG.
Velichkov disse que todos os 10 motores foram entregues, mas apenas dois foram aceitos, devido a deficiências na documentação. O principal problema é que os formulários originais do fabricante estão faltando, por isso não está claro quando os motores revisados foram produzidos, quanto tempo eles foram usados e, o mais importante, qual a expectativa de vida esperada.
No entanto, o ministro da Defesa, Krassimir Karakachanov, disse que acredita que não haverá problema com o equipamento fornecido e que o caso será esclarecido.
Nos últimos dias, Karakachanov indicou que quer ampliar o negócio de revisar as velhas aeronaves soviéticas da Força Aérea da Bulgária além dos MiGs para outros aviões, como os Su-25.
A questão da reparação dos antigos motores do MiG-29 tem sido complexa. Na época do segundo governo de Borissov, o negócio de revisão dos motores foi transferido da Rússia para um novo contrato com a Polônia. Isso irritou o Kremlin, que disse que a Polônia não tinha licenças para realizar o negócio.
Em 2016, o negócio foi transferido de volta para a Rússia. Enquanto isso, o ministro da Defesa da época, Nikolai Nenchev — um membro do parceiro minoritário do Bloco Reformista no então governo — foi indiciado em conexão com o tratamento do contrato de revisão dos MiG. Nenchev nega as irregularidades.
O processo de revisão dos motores dos MiG é importante para a Bulgária, pois se esforça para manter sua capacidade de policiamento aéreo operacional.
Uma sucessão de governos búlgaros, durante mais de uma década, não conseguiu concluir qualquer acordo para obter novos aviões de combate. Mais cedo em 2017, pareceu que avançava o progresso no sentido das negociações com a Suécia sobre a aquisição de novos caças Gripen, mas isso foi abortado entre as manobras políticas.
Em 2016, a Bulgária recebeu três ofertas — da Suécia para o novo Gripen, feito sob encomenda, de Portugal veio uma oferta de F-16s usados de segunda mão e da Itália, Eurofighters de segunda mão . Em meio ao reinício do processo de aquisição de jatos de combate, o partido GERB do primeiro-ministro Boiko Borissov parece posicionar-se para a Bulgária adquirir os F-16.
Em 18 de outubro, o ministro da Defesa Karakachanov — que é do parceiro minoritário do governo da coalizão Patriotas Unidos — disse em entrevista à televisão que a Bulgária não deve comprometer-se na compra de novos caças.
Karakachanov disse que ele proporia que os três licitantes apresentassem ofertas para uma aeronave nova, e não apenas as de segunda mão (que em 2016, apenas a Saab da Suécia havia feito).
A Bulgária projetou gastar 1,5 bilhão de levs (US$ 902,5 milhões) no processo de aquisição de jatos de combate. O relatório do comitê interdepartamental de peritos analisado pelo gabinete de manutenção Gerdzhikov, no início de 2017, classificou a oferta do Gripen como a melhor por motivos financeiros e técnicos.
No entanto, uma comissão parlamentar especial nomeada por iniciativa do GERB disse que encontrou deficiências no processo que levou à apresentação deste relatório ao gabinete conselheiro. A Assembléia Nacional votou para aprovar este relatório, para recomendar que o Ministério da Defesa volte ao ponto de pedir aos concorrentes que apresentem ofertas novamente.
O processo de modernização militar da Bulgária envolve não só a aquisição de caças a jato que atendam aos padrões da aliança da OTAN, do qual o país é membro desde 2004, mas também navios de patrulha naval e veículos blindados para a infantaria.
FONTE: The Sofia Globe
Melhor coisa que os Búlgaros fazem é se livrar desses aviões e comprarem ou F-16 ou o Gripen.
Bulgarians do not want to buy directly from Rosoboronexport because of politics – that’s why they buy old engines under the guise of new ones in Ukraine and other places)))
rustam bogaudinov 20 de outubro de 2017 at 15:01
Bulgarians are buying engines from Ukraine Rusty?Why They don’t buy this from Belarus?
Ninguém recebe um motor aeronautico sem a referida documentação e o detalhamento de toda sua vida útil em relação a manutenção e panes.
Mas creio que como disse o Ministro, isso deve ser providenciado pata que possa ser feito o recebimento.
Gosto muito dos armamentos Russos mas, como sempre a Rússia não evolui em melhorar o seu pós vendas. Seus produtos são bons mas, as atitudes tomadas em cumprimentos de cláusulas que envolve manutenção, venda de peças de reposição e assistência técnica é muito complicado, abrindo precedentes para a opinião pública martelá em cima. Por exemplo: como uma hipótese – vá que estes 4 motores que seriam entregues como novos nada mais é do que motores recondicionados….! Entregar um equipamento cheio de componentes críticos sem rastreabilidade nenhuma é no mínimo uma atitude primária ou segunda intenções.
Amigo HMS!
Belarus não fabrica os motores.Somente faz manutenção .. E tb não é pais “democraticamente correto”…
Top Gun Sea 20 октября 2017 в 18:31
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Once again I repeat! Bulgaria does not buy directly from Rosoboronexport and Klimov – therefore it receives engines of dubious origin
and this is Russia’s fault? ))
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Mais uma vez eu repito! A Bulgária não compra diretamente de Rosoboronexport e Klimov – portanto, recebe motores de origem duvidosa
e isso é culpa da Rússia? ))
A Bulgária cometeu no passado o mesmo erro do Peru, que foi de não buscar o fabricante original dos motores e o seu representante. Correr atrás sempre é mais complicado.
rustam bogaudinov 21 de outubro de 2017 at 3:30 Top Gun Sea 20 октября 2017 в 18:31 __ Once again I repeat! Bulgaria does not buy directly from Rosoboronexport and Klimov – therefore it receives engines of dubious origin and this is Russia’s fault? )) ___ Mais uma vez eu repito! A Bulgária não compra diretamente de Rosoboronexport e Klimov – portanto, recebe motores de origem duvidosa e isso é culpa da Rússia? ) rustam bogaudinov Dá se a impressão que é uma tendência na Rússia indiferentemente de quem seja. Sempre há um relato com essas características. A Rosoboronexport e… Read more »
Top Gun Sea 21 de outubro de 2017 at 7:14
Problemas apenas aqueles que querem salvar ou fora da política! outros 100 países no mundo, não há problemas!
Top Gun Sea: você pode comprovar que existem empresas polonesas certificadas pela Klimov?
Que eu saiba a Klimov não certificou empresas de reparos na Bulgária, ou na Polônia.
Aliás, não tenho conhecimento de nenhuma planta fora da Rússia certificada pela Klimov, Lyulka/Saturn, ou Aviadvigatel. Caso você saiba, por favor, nos informe.
Eu ficaria bastante feliz em ter informações claras e objetivas ao invés de verve ideológica.
Obrigado.
Esta história de procurar terceiros para fazer revisões e modernizações me lembrou da modernização que a Coreia do Sul e a Indonésia queriam fazer dos KF-16 e F-16A/B respectivamente com a BAE e a LM questionou onde é que a BAE apreendeu a fazer as modernizações no F-16, que a BAE não tinha ferramental nem material para fazer estas modernizações.
Depois de anunciadas as modernizações com a BAE foram canceladas na Coreia do Sul e suspensas na Indonésia.
Vai ficar com os MIG, procurem o melhor ou quem seja certificado pelo fabricante.
Ou vende tudo, vai no AMARG ou sei lá onde e como membro da NATO
pega uns belos F 16 Block 50/52 ou mais, tudo com MRO total e via FMS.
Ai sim.
Acontece que o presidente da Bulgária é fã do MIG 29 e tem seus motivos.
Também gosto desse pássaro, mas sou mais o Viper com um belo MRO.
Mas não era esse o argumento dos que criticam comparar equipamentos do Tio Sam? Que você fica sujeito a embargos, não tem liberdade para integrar nada diferente ou modificar.
Advogam que a verdadeira independência só é conseguida com os russos, os mesmos que como conformou o camarada Rustam, não permitem comprar de terceiros e centralizam toda a manutenção e fornecimento de suprimentos.
Notem que na mesma licitação os Portugueses estão oferecendo seus F-16, sem xiliques da Lockheed.
“Acuse os adversários do que você faz”
Mikhail Bakunin 21 de outubro de 2017 at 22:21
A vantagem dos russos é não ficarem por perto, não somos potenciais adversários muito menos competimos por influência com eles nos países vizinhos. Certamente não teriam interesse em vender o su-27 Mas deixar o R-27 NA Rússia pra não desequilibrar as forças na América do Sul.