Produção e upgrade dos F-35 iniciais podem chegar a US$ 40 bilhões
Por Dan Grazier
O novo Diretor Executivo do Programa F-35, vice-almirante Mat Winter, disse que seu escritório está explorando a opção de deixar 108 aeronaves iniciais em seu estado atual, porque os recursos para atualizá-los para a configuração totalmente capaz de combater ameaçariam os planos da Força Aérea de aumentar a cadência de produção nos próximos anos.
Estas são provavelmente as mesmas 108 aeronaves que a Força Aérea precisava atualizar no início de 2017. Sem ser atualizadas, essas aeronaves se tornariam “órfãos da produção concomitante ou simultânea”, os aviões deixados no ciclo de aquisição depois que as Forças os compraram com pressa, antes de terminar o processo de desenvolvimento.
Não foi dito até agora o que se fará com os 81 caças F-35 comprados pelo Corpo de Fuzileiros Navais (USMC) e Marinha dos EUA (US Navy) durante esse mesmo período. Se eles forem deixados em seu estado atual, quase 200 F-35s ficarão permanentemente inaptos para o combate porque o Pentágono prefere comprar aeronaves novas do que atualizar as aeronaves que os contribuintes americanos já pagaram. O que torna isso particularmente irritante é que as aeronaves que seriam deixadas para trás por esse esquema são os F-35 mais caros comprados até agora.
Quando a conta para todas as aeronaves compradas em um estado imaturo é adicionada, o total chega a quase US$ 40 bilhões. Isso é muito dinheiro para gastar em jatos de treinamento e aeronaves que simplesmente serão usadas como peças sobressalentes.
O Pentágono e Lockheed Martin têm assegurado ao povo americano há anos que o preço para o F-35 está caindo. Grande parte desse esforço fazia parte da campanha para convencer o Congresso a aprovar a Quantidade de Compra Econômica (Economic Order Quantity), ou a compra por bloco de vários anos dos componentes do F-35. Eles alegaram que isso levaria à mais economia de custos. Mas é difícil ficar entusiasmado com a perspectiva de economizar US$ 2 bilhões quando o programa pode ter desperdiçado até dez ou talvez vinte vezes esse montante.
As atualizações são incomumente complexas para o F-35 devido ao processo de projeto que está sendo usado para o programa. O programa está desenvolvendo o F-35 em várias fases, chamados de Blocks. Cada Block possui mais capacidades do que a versão anterior.
De acordo com o site da Lockheed Martin, o Block 1A/1B combinava recursos básicos de treinamento com alguns aprimoramentos de segurança.
O Block 2A continuou sendo uma versão de treinamento, com a capacidade de compartilhar dados entre aeronaves.
Os Blocks 2B e 3I são as primeiras versões com alguma capacidade de combate. A única diferença significativa entre os 2B e 3I é o processador do computador da aeronave.
A primeira versão que se espera que tenha capacidades de combate completas é o Block 3F. Esta versão ainda não foi completada e espera-se que comece testes de combate realistas no próximo ano.
O Corpo de Fuzileiros Navais declarou polemicamente a Capacidade Operacional Inicial (IOC) com as aeronaves Block 2B em 2015. Mas esta versão não está pronta para o combate. O escritório de testes do Pentágono disse repetidamente que todos os pilotos que voam os F-35 Block 2B que se encontram em uma situação de combate “precisariam evitar o engajamento da ameaça e exigiriam auxílio de outras forças amigas”. Em outras palavras, os 108 aviões F-35 em questão, ou qualquer um dos aviões Block 2B, precisariam fugir de uma luta e precisam do apoio de outras aeronaves.
Treinadores muito caros
Chegar ao custo de exatamente quanto dinheiro foi desperdiçado na compra de caças potencialmente incapazes é um pouco de desafio. Existem várias maneiras de calcular o custo dos sistemas de armas. Para torná-lo ainda mais difícil, os números foram deliberadamente obscurecidos pelo Pentágono e pela indústria da defesa ao longo dos anos. Usando os próprios números da Lockheed Martin para entregas de aeronaves, é possível fazer alguns cálculos para começar a ter uma idéia sobre a quantidade de dinheiro que pode ter sido gasto com esses órfãos do desenvolvimento simultâneo em potencial.
A indústria de defesa gosta de usar o custo da “Unit Recurring Flyaway”. Este é apenas o custo do material da célula mais o custo para que ele seja montado. Este número, às vezes, não inclui o custo do motor e não inclui o suporte e equipamentos de treinamento, peças sobressalentes, atualizações de software ou taxas contratuais necessárias para efetivar o funcionamento da aeronave.
Sob o melhor dos casos, as únicas aeronaves que permaneceriam órfãs do desenvolvimento simultâneo são os 108 aviões da Força Aérea, F-35A modelos Block 2B e 3I. Sem saber exatamente quando as 108 aeronaves em questão foram construídas, é impossível saber exatamente quanto foi gasto para adquirí-las. Mas, usando informações publicamente disponíveis, é possível calcular um valor razoavelmente aproximado, uma vez que a Força Aérea adquiriu seus primeiros 108 F-35As em lotes de produção inicial de baixa cadência 1-9 (Low Rate Initial Production lots 1-9).
Usando os números da Lockheed Martin/USAF (que são muito inferiores aos custos reais) para os primeiros 108 F-35A comprados, o povo americano gastou aproximadamente US$ 14,117 bilhões para comprar aviões de combate que nunca serão totalmente capazes de combater, a menos que a Força Aérea gaste o dinheiro para atualizá-los.
Quando você conta com o custo do motor e do equipamento de suporte necessário para adquirir uma aeronave que realmente é capaz de operar, os montantes em dólares são muito diferentes dos anunciados pelo Pentágono e Lockheed Martin. Este número pode ser chamado de custo unitário de aquisição (Procurement Unit Cost).
Ao simplesmente multiplicar o número de aeronaves compradas por lote pelo custo médio da unidade de aquisição para o ano correspondente, os americanos gastaram aproximadamente US$ 21,4 bilhões para os 108 aviões F-35A órfãos. Isso é um pouco mais do que foi gasto em toda a luta de quatro anos contra o ISIS.
O que resta saber é o que acontecerá com todas as aeronaves Block 2B restantes nas outras Forças. Durante o período em questão, o US Marine Corps comprou aproximadamente 53 aviões F-35B Block 2B e a Marinha comprou 28 variantes F-35C Block 2B.
O Project on Government Oversight (POGO) enviou perguntas ao Escritório do Programa Conjunto F-35 e à Lockheed Martin sobre se as aeronaves da Marinha e do Corpo de Fuzileiros serão atualizadas para a configuração de software 3F totalmente capaz de combater, juntamente com as outras modificações de simultaneidade, como reforços estruturais.
Até agora, nenhuma resposta foi recebida de qualquer escritório. Quando os custos de compra de todas as variantes dos F-35 comprados entre 2007 e 2014 (o prazo aproximado, são adicionados os primeiros 108 aviões F-35A), os contribuintes gastaram US$ 39,4 bilhões.
O resultado natural do desenvolvimento simultâneo ou concomitante
O risco de as Forças estarem presas com aeronaves menos que capazes é aquele que o Pentágono adotou conscientemente quando os líderes decidiram sobrepor o desenvolvimento e os testes do programa com a produção. Essa sobreposição é o que é conhecido como “concurrency” ou concomitância.
O programa F-35 é um dos programas com mais concomitância da história. As Forças terão cerca de 800 aviões F-35 na mão ou na linha de fabricação antes que o projeto seja totalmente comprovado através dos testes nos aviões atuais. Isso é algo que o antigo chefe de aquisição do Pentágono, Frank Kendall, chamou de “prática abusiva de aquisição”.
Embora o programa F-35 ainda esteja tecnicamente em “produção inicial de baixa cadência”, isso realmente é verdade somente em um sentido estritamente legalista. A Lockheed Martin deverá produzir mais de 90 aviões F-35 em 2018. Isto, com os 266 anteriormente comprados e contratados (todos os F-35 comprados para os EUA até 2017), parece ir um pouco além do “mínimo necessário para fornecer representantes de produção para teste operacional e avaliação (OT&E) — conforme determinado pelo DOT&E para Grandes Programas de Aquisição de Defesa ou programas de interesse especial — para estabelecer uma base de produção inicial para o sistema e fornecer uma produção eficiente até a cadência total” estabelecido nos regulamentos de aquisição do Departamento de Defesa.
O perigo de comprar centenas de aeronaves antes de um programa produzir um projeto estável e totalmente testado tem sido bem conhecido há anos. A concomitância, como um analista da RAND Corporation explicou em testemunho perante o Comitê da Câmara sobre Reforma do Governo em 10 de maio de 2000, está enraizada “na política do processo de aquisição”. Como o POGO apontou anteriormente, esta prática serve para limitar as opções políticas disponíveis para reestruturação de programas que experimentam falhas de teste significativas ou excessos de custos. Quando o Pentágono faz compromissos substanciais de aprovisionamento bem antes do desenvolvimento ou os testes estarem completos, ele aumenta severamente os custos políticos de cancelar o programa devido a todo o dinheiro já investido e a todos os trabalhos já criados.
O Dr. Michael Gilmore, Diretor de Teste Operacional e Avaliação, já aposentado, avisou que as Forças provavelmente teriam que enviar aeronaves de volta aos depósitos de manutenção para serem modificadas. A lista de modificações já é bastante extensa. A Força Aérea lista 213 itens de mudança em seu pedido de orçamento do ano fiscal de 2018. As modificações necessárias vão muito além de meros upgrades de software. Elas incluem atualizações estruturais sérias, incluindo correções para o trem de pouso, assentos de ejeção e as estruturas da fuselagem da aeronave.
Algumas aeronaves teriam que passar por este processo várias vezes antes de poderem estar na configuração completa de combate.
Este é um processo caro. O Government Accountability Office (GAO) identificou US$ 1,8 bilhão de custos de reajuste para o programa em 2016, com US$ 1,4 bilhão em problemas já conhecidos e outros US$ 386 milhões de correções antecipadas que ainda não foram identificadas. Esses números são quase certamente muito menores do que o custo real para modernizar a aeronave já comprada porque, à medida que o processo de testes continua, é natural que mais e mais problemas sejam revelados.
Espera-se que o programa F-35 custe US$ 406,5 bilhões em custos de desenvolvimento e compras somente. O custo real para atualizar as aeronaves da geração anterior deve ser muito maior do que o que está sendo divulgado publicamente, se o Pentágono considerou mais barato comprar aeronaves novas.
Conclusão
No total, o Congresso autorizou — e o Pentágono gastou — quase US$ 40 bilhões comprando aproximadamente 189 aviões F-35 que, em sua configuração atual, nunca poderão operar da maneira como se esperava quando os dólares dos contribuintes foram usados para comprá-los. Este não é o caminho certo para fazer negócios.
Qualquer programa futuro deve respeitar o verdadeiro espírito do modelo de negócios “voar antes de comprar”, a não ser que, claro, nem o Congresso nem o DoD nem os fabricantes realmente se preocupem com a produção de um sistema efetivo e acessível.
FONTE: The Project On Government Oversight (POGO), publicado em 12 de outubro de 2017
O que vai salvar a USAF e US navy nos próximos 20 anos
Compras de F-15 e F-18 adicionais.
Vão ter que comprar super tucanos ou aquele aviãozinho fraco AT6 e colocar no campo de batalha para reduzir custos.
Infelizmente os F-35 estão levando a USAF para um dos seus piores momentos dos últimos 50 anos.
Vão ter diversos esquadrões e nem lançar um míssel vão poder?
Complicado…
Complicado este desenvolvimento! Caças manequim de vitrine e que pode servir somente para reciclagem, lixo de luxo impagável. Comprados apenas para por dinheiro no projeto. Parece que não houve um planejamento avançado (APQP) para este desenvolvimento. Erros primários irreversíveis que liga nada a coisa alguma.
Um programa com 108 protótipos. O programa com o maior número de protótipos da história da aviação.
Vão ter diversos esquadrões e nem lançar um míssil vão poder?
.
O problema é mais embaixo. Não poderão voar a noite ou perto de CB. Nem para treinamento servem, pois o software será completamente diferente.
40 Bilhões sem mencionar o quanto já foi gasto no programa como um todo. Fico imaginando quantos F-22 já não dariam para ter sido produzidos com toda esta dinheirama. Daí sim a supremacia seria aérea seria ainda mais fortalecida. Evitaria inclusive matérias como aquelas que oficiais americanos afirmam que o avanço tecnológico chinês ou russo poderiam colocar a prova às capacidades aéreas norte americana no cenário Stealth. Se hoje com a quantidade de F-22 ninguém no globo consegue desafiar os EUA imaginem todo centavo gasto nesta joça do F-35 tendo sido aplicado em mais F-22. Este último sim o dono… Read more »
Isso aí é caso de polícia
O que eu tenho raiva do programa do F-35 não é da aeronave em si, mas de como o programa é administrado. Sai governo e entra governo e nenhum tem coragem de acabar com o derramamento de caminhões de dinheiro para a Lockheed Martin. Não falo em cancelar o programa, mas acabar com o ridículo sistema de cheque em branco e fazer o que fizeram com a Boeing no programa KC-46: atrasou, deu problema? É problema seu. Pague a multa e siga em frente. Com a Lockheed não, deu problema, atrasou? Toma mais dinheiro aí pra resolver. . Se os… Read more »
Se no Brasil houvesse tantas pessoas preocupadas com o erário daqui como são com o dos EUA o Brasil não tava essa mxrxa.
Se não servir pra nada, esses 100 F-35 pelo menos deram emprego pra algumas milhares de pessoas e fez o dinheiro trocar de mão.
Uma vez perguntaram para o Roosevelt como ele havia tirado os EUA da Grande Depressão e ele disse que havia dado picareta para uns e pás paro os outros. Ou seja, uns cavavam buracos e outros tampavam.
Bosco 13 de outubro de 2017 at 19:15
Sou a favor de tudo que contribua para o bom emprego dos escassos recursos dos contribuintes brasileiros. E não vejo o que uma coisa tem a ver com a outra. O cidadão pode ser até de Marte e achar absurda a condução do programa F-35. Afinal, isso incomoda os próprios americanos, já que o artigo foi escrito lá.
Noto um certo ranço ideológico no seu comentário, do tipo “calai-vos nativos, não ousem criticar ao grande buana”
Dúvidas : . E os F-35 já exportados para outros países ? . Empresas terceiras poderiam fazer a atualização de tais aeronaves, em território americano ou no exterior, para não quebrar o ritmo de entrega das novas ? . Vender tais aeronaves com deságio e oferecer atualização não seria melhor que ficar com estas e encarar sua sucatização, críticas e até mesmo investigações e processos ? . Se Blocks iniciais e mais caros tem problemas e é antieconômico serem atualizados, como ficará se Blocks mais avançados também apresentarem problemas ? Fatalmente serão descartados ? Então a produção total acabará sendo… Read more »
Nativo JT8D, Você acertou na mosca. É isso mesmo! Moras tu em Pindorama do Sul e fica criticando o Grande Império, insistentemente, havendo dezenas de outros projetos mundo afora para serem criticado, encalhados e que consomem os parcos recursos de outras nações, que não o Grande Império do Norte, fonte de toda virtude. Querias você, nativo primitivo, que um programa que visa substituir 3000 caças em 20 anos custasse baratinho? És acostumado a comprar caiaques e zarabatanas para guerrear com os vizinhos e se assusta com os gastos da Grande Nação? Da próxima vez não vai ganhar espelhinho e nem… Read more »
Isso é normal qualquer equipamento militar americano é caríssimo, o orçamento militar americano é vinculado à economia, então eles podem gastar á vontade até quando eu não sei.
Diferente do Brasil onde o gasto militar gera despesas, nos EUA gera empregos e faz movimentar a economia
Os “do contra” lá na Grande Nação do Norte querem nos fazer acreditar que o tempo é estático e tudo está consumado.
Senhores, se até no Brasil conseguimos fazer velhos A-4 virarem alguma coisa parecida com um caça bombardeiro de defesa de frota, com nossos recursos irrisórios e metas de longínquo prazo, alguém realmente acha que tudo para esses caças está consumado? Que serão sempre um monte de metal enferrujado num canto qualquer?
Fazem-me rir!!!
Bosco 13 de outubro de 2017 at 19:43
Estou sem palavras
Se Israel acredita no f-35 quem somos nós para desacreditado.
Fico com o comentário do Ronilson, 40 bi de doletas, mas em proporção com o PIB dos caras isso aí é mixaria…também concordo que a industria militar deles geram emprego e riquezas.
E tome messingelismo… Israel comprou F-35 por ser o grande oráculo da Cristandade ignara ou porquê depende da América amalequita e só vai ter F-35 para comprar ?
O orçamento militar americano para 2018 será de 700 bilhões de dólares, comparado com o resto do mundo chega a ser inacreditável kkkkkk
Ronilson 13 de outubro de 2017 at 20:08
Pois é, mas eles limitaram a produção do F-22 por causa de custos. Ou seja, eles também não rasgam dinheiro
Então os mais de 100 F-35 já entregues não servem para combate, servem apenas para treinamento. Logo estes são os treinadores mais caros do mundo. Absurdo! Ainda, “Chegar ao custo de exatamente quanto dinheiro foi desperdiçado na compra de caças potencialmente incapazes é um pouco de desafio. Existem várias maneiras de calcular o custo dos sistemas de armas. Para torná-lo ainda mais difícil, os números foram deliberadamente obscurecidos pelo Pentágono e pela indústria da defesa ao longo dos anos.” E, “O risco de as Forças estarem presas com aeronaves menos que capazes é aquele que o Pentágono adotou conscientemente quando… Read more »
Por estas é que eu não consigo acreditar na conversa de que o F-22 era caro demais, não da para aceitar como verdadeira esta tese, dinheiro não faltava.
Só mantiveram o F-22 em baixos números com o fim de resguardar, para si, a última palavra em poder aéreo. Querendo fariam mais e seu custo diluiria, mas os aliados insistiriam mais ainda em comprá-los.
E não vou chegar ao nível da Maria Lacoste que escrevia que haveria um chip que desativaria remotamente os F-35 que sejam usados contra os EUA ou seus interesses, mas algum forma de detecção deve haver.
Como tem gente que defende esse fiasco…. Parecem ¨corno apaixonado¨: peguei tua mulher com outro na cama! – Mentira! Era um clone!
O que mais tem no mundo é “corno manso”: http://www.theaustralian.com.au/business/aviation/us-defence-commanders-praise-f35/news-story/004b6e6a214fc20f3c4156cb8c9051d8
First World problems
Jt8d
Eles não tem dinheiro para f-22, mas tem para gastar com o programa de caças mais caro da história militar
Tem gente que leva foto do F-35 na carteira, poster na parede e foto de fundo de tela.
Imagine uma Lava-Jato na industria militar americana.
Eu não ligo a mínima para o fato do dinheiro do contribuinte norte-americana estar eventualmente sendo mal empregado. Isso é lá problema deles. Eu só acho divertido ver brasileiro elogiando lá o que eles criticam aqui. Ou seja, até corrupção de gringo é bacana.
Esses norte-americanos são mesmo fabulosos
Se houver uma Lava-Jato no Pentágono, quebra o país. São US$ 200 bilhões de desperdício anuais na Defesa, mas deixam como está, o Leviatã não pode parar.
Meu link deu zica. Mas não vou tentar de novo. É inútil.
Amo vocês também!!!
Galante
Mas um dia alguem ali vai se perguntar o por que de tanto gasto e se é realmente necessário.
O F-35 é um projeto futurista em matéria de caças furtivos, foram produzidos aos montes logo problemas ao longo do tempo. Pesquisas, tecnologias reinventadas para elevar um caça a patamares inimagináveis, gastar bilhões é um dever. Outros caças custaram exorbitâncias para a sua época, cito o Raptor por exemplo. Predileções aparte, esse destino ao qual o F-35 foi idealizado não terá mais volta, será atualizada ao máximo. Talvez, outro projeto venha substituí-lo, mas não nesse século, eu acredito.
Bosco, prezo muito seu conhecimento, mas nesse exemplo econômico você está completamente errado. Tirar de um para dar para outro não gera riqueza, apenas gera desigualdade econômica e social. Cavar um buraco para outro tampar pode até gerar emprego, mas nada de útil e produtivo foi gerado para a sociedade, que teve que bancar esses salários através de impostos. Só quem ganha com isso são os mega empresários amigos do rei que recebem esses contratos bilionários. São 108 caças que não servem pra nada e, se por um lado gerou os tais milhares empregos, por outro tirou bilhões de dólares… Read more »
Corrigindo …”será atualizado ao máximo”…
Nem pra treinamento esses caças servem, tem o software/sistema/simbologia diferente, não voam supersônico nem na maior do envelope de vôo operacional, tem logística de manutenção diferente, tudo errado. Realmente 189 protótipos. O produto final pode até ficar ótimo, mas não precisava iniciar a produção ANTES dele ficar realmente pronto.
Bosco 13 de outubro de 2017 at 19:15
“Se não servir pra nada, esses 100 F-35 pelo menos deram emprego pra algumas milhares de pessoas e fez o dinheiro trocar de mão.”
O dinheiro não trocou de mãos, uma troca é voluntária. O dinheiro foi roubado de todos e dado para alguns.
Se isso acontecesse aqui, estes mesmos que estão falando em geração de emprego e elogiando (por que mesmo aquilo que é errado, quando é feito por eles fica bonito) cairiam de pau. Se a Embraer fosse envolvida em algo do tipo muitos aqui cortariam os pulsos. Mas a Lockheed pode …
O pessoal está comentando sobre o tamanho do orçamento militar dos EUA como se fosse uma virtude. Na minha opinião isso é sinal de vulnerabilidade, e representa a conduta perdulária dos EUA pós Breton Woods e, sobretudo, pós quebra do padrão ouro. Se considerarmos que a hegemonia do dólar como moeda de troca está ameaçada pelo Renminbi, e se considerarmos que o petrodolar está fazendo água por todos os lados, fica difícil imaginar quem irá financiar o déficit gigantesco e pagar a conta de buracos sem-fundo, como do F35. Se a máxima capitalista de que não existe almoço grátis está… Read more »
O império romano desmoronou por conta do seu próprio peso, talvez aconteça o mesmo com o americanos, os gastos militares para se manterem como a única super potência mundial estão altos de mais.
Os EUA deveriam ter ficado só com o f-22, e ter seguido o exemplo dos russos com a família su-27, e ter produzido novas versões do f-15.
Só depois que a tecnologia estivesse mais avançanda, eles partiriam par a um projeto tão ambicioso como o f-35.
“……porque os recursos para atualizá-los para a configuração totalmente capaz de combater ameaçariam os planos da Força Aérea…….”
Acho incrível que depois de todo o caminhão de dinheiro que já enterraram nesse avião, ele ainda não seja capaz de enfrentar as ameaças para o qual ele foi desenvolvido!
Esse programa é o maior fiasco da história militar. Os militares e políticos que deram aval a esse projeto em todos esses anos deveriam ser presos por gastarem tanto dinheiro dos contribuintes num avião.
com U$800 BI …para torrar nas forças armadas… fazem e desfazem como e quando quiserem de suas maquinas de guerra….
–
o F-35 nasceu com o conceito de guerra centrada em rede….para mim.. o problema é que os “inimigos” … não dormiram esse tempo todo(mais de 15 anos)…e talvez ele já não será o que prometia ser…não por falta de recursos e sim o cenário que ele encontrara….ao dar de cara com um inimigo que não use …camelo bomba…rs
Não nos enganemos, paixões a parte, uma coisa é certa, quem mais ganhou com tudo isso foram os acionistas da Lockheed Martin, não havia necessidade do governo ter comprado essa quantidade absurda de F-35 quando todo mundo sabia que o projeto ainda não estava pronto, a desculpa esfarrapada é que se comprasse, os custos iam baixar, mentira deslavada da Lockheed que contou com a ajuda de pessoas de dentro do pentágono, pessoas essas que muito provavelmente irão trabalhar nessa mesma Lockheed quando se aposentarem ganhando um gordo salário (isso é mais do que normal por aquelas bandas). Se a justificativa… Read more »
Paixões a parte amigos, na hora dos comentários.
Este é um site de debates. Se , alguém, critica o F-35, é anti-America, se elogia o F-35 é lambe botas…
A pergunta é: Num seria melhor ter investido esta grana no F-22????
A questão de abrir e tapar muros se encaixa na moral protestante weberiana na qual ganhar dinheiro sem trabalho é indigno. Ao contrário de outros países que adotam bolsas-família… e a represa Hoover não parece um reles buraco.
.
A História mostra que a Lockheed adora um e$cândalo.
.
Cadê o Vader ? Ele adora a orquinha !
40 bilhões só e 108 aeronaves? É o preço do desenvolvimento e da vanguarda… Eles orçamento pra cobrir o rombo… Tem perspectiva de reverter o rombo todo em centenas de encomendas… Tiveram o “ok” de Israel e isso conta muito… E o Brasil? Pagou mais US$ 54 milhões num helicóptero (Mi-35) que vale 1/3 disso para outros países… Quis aeronave com capacidade naval para operar num Nae desativado e escolheu a única do short list que não tinha… Pagaremos bilhões numa aeronave moderna e corremos o risco de deixá-la sem armas de ponta ou na quantidade mínima ideal… Os EUA… Read more »
É simples né? Compraram aeronaves antes da aeronave estar pronta. E é bem possível que esta versão atual também precise de correções.
.
Curioso é que este número de 108 é o número mágico da FAB para equipar 6 esquadrões. E dificilemnete conseguiremos chegar neste número.
.
Na minha opnião, deve-se fazer o upgrade para a versão atual, ou pelo menos para uma versão intermediária que torne as aeronaves minimamente capazes. Não é possível que este custo seja maior do que uma aeronave nova.
1 – Matheus – 21:25 – “imagine uma Lava-Jato na indústria militar americana” . Também acho absurdo e difícil de engolir certos gastos americanos, não creio que sejam santos, mas a justiça deles parece funcionar razoavelmente (menor pode pegar perpétua, detentos podem ter que pagar pela prisão e apenas 6 estados permitem algum tipo de visita íntima e muita regulamentada. Advogados fazem diferença, claro, entretanto o que se discute por lá é o custo do rigor excessivo da justiça); quanto à imprensa, parece haver liberdade para investigar qualquer assunto, veja que sabemos mais da força aérea deles do que da… Read more »