Força Aérea Indiana prestes a emitir RFI para caças monomotores
Por Gulshan Luthra e Marechal do Ar VK Jimmy Bhatia (Reserva)
Nova Delhi — A Força Aérea Indiana (IAF) está finalmente preparada para emitir um Pedido de Informação (RFI) para a Lockheed Martin dos EUA sobre o F-16 e para a Saab sueca sobre o Gripen, para adquirir 114 aeronaves de combate monomotores.
Em uma entrevista para o India Strategic e em uma coletiva de imprensa, o Chief of Air Staff Air Chief, Marechal BS Dhanoa, disse que o RFI deve ser emitido em outubro e que ele espera que as capacidades das aeronaves oferecidas agora sejam melhores que as da competição Medium Multi Role Combat Aircraft (MMRCA) de 2007.
“A aquisição está prevista no segmento de aviões de combate do modelo de parceria estratégica (Capítulo VII) do Defence Procurement Procedure (DPP).
Nesse escopo, a IAF adquirirá 18 aeronaves em condição “flyaway” e as 96 restantes serão fabricados progressivamente sob o programa “Make in India” do primeiro-ministro.
Notavelmente, a Lockheed Martin associou-se com a Tata Advanced Systems Ltd (TASL) e a Saab com o Grupo Adani. Depois que um ou ambos forem selecionados em parâmetros técnicos em testes de voo, o Ministério da Defesa (MoD) aprovará o vencedor com base em termos comerciais e quanto à Transferência de Tecnologia (ToT) de equipamentos sofisticados revertidos para a Índia.
De acordo com o Chefe Adjunto da IAF, Air Marshal R Nambiar, a Força Aérea Indiana espera que as duas empresas respondam ao RFI em cerca de três meses, os ensaios de voo demorem cerca de um ano, o contrato devendo ser assinado pouco depois e o processo sendo concluído com as entregas do primeiro lote de aeronaves “flyaway” em menos de cinco anos a partir de agora.
Como as duas empresas já estão associadas com seus parceiros indianos, o processo de instalação da fábrica para a aeronave selecionada deve começar logo após o anúncio do vencedor, e assim que o vencedor completar a entrega das aeronaves “flyaway”, sua produção na Índia também deve começar simultaneamente.
O Marechal Chefe do Ar Dhanoa disse que a IAF está, de fato, com falta de aeronaves de combate, mas que o número de esquadrões deve chegar dos presentes 33 aos 42 esquadrões necessários até o ano 2032.
Notavelmente, a IAF está perdendo rapidamente as aeronaves monomotor antigas da era soviética, MiG-21 e MiG-27, e nos próximos anos, o número de esquadrões de combate da IAF deve diminuir para 28.
Com a introdução dos LCA Tejas (40 mais 83 unidades), Rafale (36 unidades), Su-30MKIs restantes (32 unidades) e, possivelmente, mais 36 Rafales, o número de esquadrões de combate deve aumentar novamente.
E então, é claro, a introdução do F-16 ou do Gripen dará um tremendo impulso ao processo.
O Marechal do Ar, Nambiar, disse ao India Strategic que a IAF tinha um plano pronto para mais 36 Rafales, além dos 36 já encomendados, mas seria enviado ao Ministério da Defesa somente após a disponibilização do compromisso de fundos.
O Marechal Chefe do Ar, Dhanoa, disse que os caças bimotores são importantes e que a IAF manteria uma proporção de 60:40 entre eles e os caças monomotores.
No momento, tanto a Dassault (Rafale) quanto a Boeing (Advanced Super Hornet) ofereceram seus jatos bimotores para fabricação na Índia, se a encomenda for importante para justificar o investimento em uma infraestrutura industrial e ecossistema relacionado.
A IAF está investindo em jatos monomotores, pois são mais baratos.
Um único motor compreende cerca de 10% do custo de um caça, enquanto dois motores representam 30% do custo.
FONTE: Second Line of Defense
Alguém conhece uma força aérea mais “inquieta” que a Indiana?
Dá Gripen e Sea Gripen pra completar a barbada na marinha.
O Tejas morreu. E pela performance que sempre apresentou, vai tarde.
Um contender forte também seria o FA-50…
IAF também conhecida como “zoológico” pela diversidade de vetores.
Seria muito bom para o Brasil se a Índia escolhesse o Gripen.
Eu creio que o Gripen poderia ser o escolhido, até para dar uma agilizada no seu projeto, em relação ao F-16. O NG é em mais atual embora o Falcon tenha a sua capacidade já materializada. Dos caças monomotores concorrentes, digo novamente, para o Brasil seria interessante se o Gripen levasse essa.
Uma questão crucial nessa concorrência é o peso político dos Estados por trás das empresas, é difícil competir com os EUA. Não basta ter o melhor equipamento e a melhor proposta, nós brasileiros sabemos bem disso.
Impressionante como esses indianos não aprendem. Enquanto o restante do mundo opta pela consolidação de suas frotas em poucos modelos eles continuam apostando em uma floresta. Não é à toa que a Força Aérea Paquistanesa, que consolidou sua linha de frente no binômio F-16/JF-17 é bem melhor.
Poggio. Pode ser bom ou ruim, não é? No momento, o Brasil é o principal parceiro estratégico estrangeiro da Saab no projeto gripen NG. Papel que a Índia quase teve antes de outros países escolherem o Rafale. Na hora que a Índia encomendar 120 gripen o Brasil perde importância. Claro que a Saab não descumprira o contrato. Mas a Índia será o foco das atenções. O fato de o Brasil ter escolhido o gripen dá mais moral para ele. Torço pelo gripen e a Saab é boa de parceria. Mas acho que Trump e o Filho 16 vêm fervendo. Por… Read more »
A Índia não para de reequipar. Mal compra um caça e já vai no mercado em compra de outro.
Alexandre Galante, neste sua afirmação a França foi mais competitiva que os EUA por isto levou a melhor com o Rafale ? EUA é competitivo não resta duvida, eu vejo que a IAF esta querendo muito mais que comprar caças,estão buscando desenvolver sua indústria, mais autonomia e segurança para manter em voo seus caças e de quebra ganhar uma grana produzindo algumas peças
Nonato
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Nosso contrato já foi assinado. Nada que fosse acordado entre a Suécia e a Índia mudaria isso.
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O que o Gripen precisa agora é de escala de produção. Somente com mais vendas isso será possível. É preciso manter uma linha de produção do caça funcionando e que os fornecedores continuem entregando os seus produtos, pois uma segunda encomenda da FAB pode demorar.
Permita-me discordar.
Se tem um país que tem a competitividade detonada no fornecimento de caças na Índia são os EUA. Já compraram caças de procedência russa, inglesa e francesa… já os EUA, pelo que me lembre, nenhuma venda relevante nessa área. Não estou falando de transporte ou vigilância, que fique claro.
A Suécia tem chance, principalmente pelo fato de o rival Paquistão operar o F-16, o que enfraquece a proposta da Lockheed.
Sds
essa segunda encomenda por parte da FAB, NAO SEI NAO….
Do jeito que os Indianos são, vão comprar 50/50, metade Suécia e a outra EUA. Kkkkkkkkkkkkkk
Já vi muita gente dizer que, porque o Paquistão já tem F16, seria preferível ter o gripen.
Dá para alguém justificar essa lógica?
Tipo a Venezuela tem SU 30, portanto para o Brasil seria melhor ter Mig 29 ou gripen ou F5?
Até porque os f16 da índia seriam top. Versão 70 ou 100…
Radar aesa, etc…
Alexandre Galante 6 de outubro de 2017 at 12:52
Os indianos têm uma certa autonomia em relação a isso…. e como são gastões… os EUA sabem que mesmo que não levem nessa, podem morder algo mais o futuro… e os EUA não trabalham com essa coisa de transferência de tecnologia… algo que a Índia costuma pedir..
O “nosso” Gripen tem chances…. e acho que dá até para fazer um bem bolado com o KC-390 na parada, já que o MTA foi cancelado.
Não tenho dúvida que os EUA deverão entrar pesados. Até por questão estratégica contra a China.
Se eu fosse a Índia em vez de comprar tantos caças, pediria aos EUA para instalar duas bases aéreas e uma base naval em seu território, com parte dos cursos bancada pela China.
Pelo menos o frango com curry dos pilotos…
Talvez bases compartilhadas.
Os EUA colocariam uns F15. Quem sabe F35 ou 22…
Qual caça a SAAB vai mandar para os ensaios de voo na Índia???? A Lockheed vai mandar um F-16 Block 70 sem duvidas e a SAAB vai mandar o que? Gripen C/D, Gripen Demo? Porque o E/F com certeza ela não vai mandar, tendo em vista que o mesmo fez um voo inaugural a pouco tempo e depois não se ouviu falar mais nele
Esqueça Nonato, a Índia jamais aceitaria uma base de um país estrangeiro em seu território. Vários político Indianos já deixaram isso bem claro quando a um tempo atrás se especulou uma base Russa em território Indiano e olha que naquela época os Russos eram os principais aliados da Índia em contraste com os EUA que puseram um embargos de armas a Índia por causa da questão dos testes nucleares
De vez em quando eu leio que a India não compraria o F-16 porque o Paquistão usa.
Porém o Egito comprou F-16 que Israel usa.
E a Indonésia comprou o Su-30 que a Malásia usa.
Walfrido Strobel 6 de outubro de 2017 at 14:54
O Egito apenas pôde receber o F-16 em virtude do Acordo de Camp David, onde a paz em definitivo com Israel foi selada implicando no reconhecimento pelo Cairo do Estado Judeu e a devolução do Sinai aos egípcios. Ademais, também significou um realinhamento geopolítico do Egito, que passou para a órbita de influência dos EUA.
Acredito que a maior preocupação dos indianos é devido ao colonialismo britânico.
Mas Coreia, Alemanha, Japão têm bases americanas.
Perigo maior é a China.
Por mais que a Índia gaste com armas não tem como competir com a China…
Não são 100 rafales que vai resolver o problema.
Nada como aegis e thaad em seu próprio território…
Seria bom para os EUA e para a Índia.
Fariam com prazos definidos.
Mais perigoso é a China…
Um dragão imperialista…
Exatamente. A Suécia fica atrasando o simples alongamento de um caça para caber mais combustível..
E pode perder uma baita venda.
Desde 2006 com promessas de gripen ng.
Só para mandar fazer uma fuselagem mais longa, que depois a Embraer vai alongar mais para fazer o assento duplo…
Vai gastar um pouco mais de alumínio para fazer a fuselagem.
A Galante resumiu bem!
Ah tá, a versão do Gripen E/F ofertado à India não é a mesma do Brasil, então essa questão de escala, que por ventura pudesse nos ajudar, neste caso, não é toda verdadeira.
Diante das decisões atípicas em comparação a outros países como estratégia armamentista que Índia vem tomando ou seja, uma falta de padronização de meios ou uma salada russa é bem provável que ela dívida o lote e escolha os dois. Com as suas respectivas linhas de montagens made in Índia.
Wellington Góes 6 de outubro de 2017 at 16:06
E em que esse contrato com a Índia ajudaria o Brasil??
E pq não F-35?! Esqueceram dele?!
Sério que tu não entendeste?!?!
Wellington Góes 6 de outubro de 2017 at 18:15
É muito forte pra minha infantaria, cara.
Me ajuda aí…ôôôô..
Nonato 6 de outubro de 2017 at 15:22
Todos sabemos que não é apenas um alongamento de fuselagem. É uma outra aeronave. A configuração aerodinâmica é similar mas o motor é novo, aviônica e radar e, talvez o mais complexo, o software de voo e o de missão. Então, percebe-se que não foram colocadas apenas umas “chapas a mais”, certo?
Suécia comprou 60 e Brasil 36. Se Índia comprar 114, a produção mais do que dobrará, ou seja, há um ganho de escala e consequente redução de custos.
“André Bueno 6 de outubro de 2017 at 18:58
Suécia comprou 60 e Brasil 36. Se Índia comprar 114, a produção mais do que dobrará, ou seja, há um ganho de escala e consequente redução de custos.”
Sem contar que seria uma grande potência militar comprando, o que poderia pressionar um pouquinho os suecos e acelerar o projeto.
737-800 RJ 6 de outubro de 2017 at 19:36
Concordo. Além do mais, no médio prazo poderiam colocar outra encomenda.
André Bueno 6 de outubro de 2017 at 18:58
E para o Brasil, quantos centavos vai diminuir dos 5,4 bilhões de dólares empenhados no contrato de compra dos 36??? NENHUM.
Contrato assinado, não muda nada, eventuais ganhos de de escala terão efeito “ex nunc”.
É isso que o rapaz está confundindo.
Para a SAAB pode ser, mas para o contrato assinado com o Brasil, não.
Apesar dos manjados de sempre, a turma do F16letes… o Gripen tem chances… EUA não curte muito essa coisa de ToT.
Repito, para o contrato com o Brasil não muda, seus efeitos serão “ex nunc”
Antonio de Sampaio 6 de outubro de 2017 at 19:47
De fato, creio que o contrato possivelmente não. Mudaria futuramente, em novos contratos, tanto de aquisição como de manutenção e fornecimento de peças e partes.
HMS TIRELESS 6 de outubro de 2017 at 15:05
HMS T., o acordo de Camp David, onde o “tratado de paz em definitivo” foi acordado entre o terrorista israelense Menachem Begin e três anos depois custou a vida do Anwar Al Sadat assassinafo em público pelos menbros a Jihad Islâmica Egípcia infiltrados no exército por ter traido seu povo no acordo.
Walfrido Strobel 6 de outubro de 2017 at 20:52
Lembro-me bem desse fato. Era uma parada militar e os envolvidos desceram de veículos atirando e lançando granadas contra a tribuna.
Bavaria Lion 6 de outubro de 2017 at 12:34
F 50 da LM + KS ?
A Índia segue a seguinte política com intuito de prover vetores para as suas forças armadas: dois fornecedores distintos, divergentes no campo político internacional, se possível. Esta política visa minimizar os efeitos de um embargo em caso de um conflito por parte do fornecedor.
A questão dos custos é minimizada e pouco peso tem nas decisões.
O motivo para manutenção desta política dá-se em função de cinco guerras com Paquistão, conflitos breves e fronteiriços com a China e governos instáveis na antiga Birmânia, Sri Lanka e Bangladesh.
“Menachem Begin tornou-se o sexto primeiro-ministro de Israel em Maio de 1977. Ele negociou os Acordos de Camp David com o presidente do Egipto Muhammad Anwar al-Sadat, pelo qual ambos receberam o Prémio Nobel da Paz em 1978.”
E até oje o tratado é riggorosamente cumprido, ambas FA’s colaboram no SENAI e ambos SI colaboram nas ações contra o terrorismo.
Esses Suecos estúpidos ….
Verdade mesmo é com o ex-fabiano WS ! rsrsrs
Shalom
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A LM leva como já afirmei, o Galante disse tudo.
Además o G NG não existe ainda.
A Índia quer transferência de tecnologia por completo, coisa que os EUA são intransigentes, a SAAB leva essa.
Engraçado isso. O Menachem Begin explodiu alguns ingleses durante a guerra de independência de Israel e é chamado de terrorista, já o Che quer vara, irmãos castro, Mao, Stalin, etc caterva são apenas revolucionários idealistas que tiveram alguns deslizes por excesso de zelo revolucionário. Só rindo mesmo!
Eu escolhia o Gripen porque o paquistão tem os f —16 saberá a sua perfomance como lidar com gripen è um misterio ,más o f—16 esta melhor adptado ao clima indiano ,pedia o airframe do gripen e colocava exposto ao ambiente…
Sadat foi pragmático, nao traidor, conforme a visao tacanha de alguns.O trigo que o Egito consome é subsidiado pelos EUA. Ideologia não enche barriga, o Egito está melhor hj do que quando estava com URSS.
Veja só, Tito, Michael Collins, e Mandela eram chamados de “terroristas”, num entanto foram presidentes em seus países, e aí o que me dizem disto???
O ódio ao nosso povo judeu, decorre de inveja, de quem não bota a massa. Begin foi um herói, por deixar o radicalismo e buscar a paz.
Pois é Lemes, seu raciocínio está correto. É desta forma mesmo.
Não adianta discutir com esta gente… Acreditam nunha visão distorcida de mundo.
A India segue uma doutrina de multi vetores,que possibilita seus pilotos a serem polivalentes no TO, vital no combate.
Quanto ao vetor o Gripen é o melhor, pois F16 foi uma era que passou, e não apresenta bom offset.
Por mais que tenham seus fans, Menachem Begin e Mandela não deixarão de ser terroristas e Che Guevara e os Irmãos Castro não deixarão de ser assassinos.
Strobel, não conheço o senhor, mas vc parece ver o mundo, por uma lente cor de rosa.
Todos os países sem exceção, cometeram violência. Franco fuzilou milhares na Espanha, Pinochet deu fim a seis mil chilenos, Mão matou 100 milhões.
Engraçado, que não vejo vc criticar os árabes…
É um peso e duas medidas????
Os oficiais da Força Aérea Indiana que são responsáveis pelas peças de reposição e manutenção dos caças devem estar com os olhos juntos e levitando…