Fim da Helibras?
Au revoir Minas
A economia mineira corre risco de sofrer mais um duro golpe. Executivos da Airbus Group Brasil revelaram na semana passada, durante uma reunião empresarial fechada, que o grupo estaria cogitando fechar a sua fábrica de helicópteros Helibras, sediada há 37 anos em Itajubá, por falta de demanda. Isso deverá ocorrer, segundo disseram, se os atuais contratos da empresa com as Forças Armadas não forem renovados.
Orgulho francês
Se os mineiros não ligarem para a Helibras, os franceses se importam. E muito. A indústria de helicópteros é estratégica para eles. Em abril deste ano, durante viagem ao Brasil, o ministro da Economia da França, Michel Sapin, incluiu uma visita a Itajubá em sua agenda para conhecer a linha de montagem e o cento de engenharia da empresa.
Plano frustrado
A Helibras nasceu de uma parceria do governo de Minas com a francesa Aerospatiale e depois passou ao controle da Airbus Helicopters, uma divisão da também francesa Airbus. Em 2014, a Helibras tinha 820 funcionários. O plano era chegar a mil empregados com um programa de desenvolvimento de aeronaves militares. Mas a crise veio e gorou o plano. A empresa passou a demitir. Hoje, tem cerca de 500 funcionários.
FONTE: www.otempo.com.br
Uma montadora a menos!
É total o desmantelamento da economia e das indústrias estratégicas e de suporte às FFAA.
A dialética do lulopetismo vai se implementando dia-a-dia, apesar de tudo o que a mídia (confiável?) apregoa.
E como ficam os H225 ainda a serem entregues? Eu não me conformo com certas coisas que acontecem no Brasil. Aqui, todo mundo vem se encostar no Estado. A fábrica de helis, uma mega-ultra-multinacional só aventa manter as operações com novos contratos com o governo brasileiro. Ora, não tem estratégia de atender a América Latina? Não há busca por demanda civil? Não existe estratégia de fabricação de componentes para outras montadoras fora da América? Tudo gira em torno do dinheiro da viúva, daí entra a mania nacional de colocar o governo em tudo, e a esperteza internacional, de se locupletar… Read more »
Uma forma de pressão política por mais demanda.
Fábio, na industria de defesa, no mundo todo, o principal cliente é o estado . Sem isso, vários projetos mundo afora nem sairiam do papel, pois se leva em conta a viabilidade do investimento.
SRN
que feche logo…
ha helicopteros melhores…
ta na hora do Brasil perder essa síndrome de vira lata e parar de querer produzir tudo por aqui…
se o Brasil não produz munição de canhão vai querer produzir helicópteros ?!?!?! ta na hora de baixar a bola e ser mais humilde… se não ha demanda pra que produzir ?!?! pra enriquecer os corruptos aqui no Brasil ???
Chantagem. Mete um processo por quebra de contrato afinal pagou-se o dobro do valor de mercado na Kombi alegando transferência de tecnologia e geração de emprego.
Fábio Mayer, de que adianta manter filiais em países com poucas vendas?
A Matriz e outros parceiros internacionais que vendem barato podem suprir a produção da Helibrás.
A estatal PT-DI da Indonésia foi contratada para fabricar 125 fuselagens e cauda dos EC-727 para a linha da Airbus na Europa e Brasil na compra das 6 unidades de EC-727 deles.
Mas ja são velhos parceiros e fabricam o AS-332 sob licença, inclusive ja exportaram o modelo.
. http://m.antaranews.com/en/news/103003/pt-dirgantara-indonesia-exports-fifth-helicopter-fuselages-to-airbus-helicopter
Problema da eurocopter que baixou a qualidade do Super Puma pro “super cougar”. A operação do heli é problemática, diferentemente da do Esquilo e do Panther. Agora, qualquer “troco” que sobra as FA mandam pegar Blackhawk/Seahawk, justamente pra viabilizar operações, que o caramujal deveria cumprir e não cumpre. Já a “nova” Airbus vai ter muito, muito, muito trabalho retirando produto podre crônico para voltar a crescer em desenvolvimento de qualidade. Eles deverão matar o Tiger, sair da JV do NH-90 e parar de oferecer o A-400, além do caramujal, todos produtos que têm performance problemática, custos altos de operação e… Read more »
a Imbel eh um lixo… não produz porra nenhuma… empresa cabide de empregos…
a Emgepron eh outra empresa cabide de empregos… não projetam porra nenhuma… são tudo sanguessugas do nosso dinheiro….
A Helibras eh outra sanguessuga do nosso dinheiro… pagamos por uma Van Sprinter da Mercedes e recebemos uma Topic…
e por ai vai…
não vale a pena fabricar aqui…
Bavaria Lion, por qual motivo a Airbus deveria tirar de linha o A400M?
Um produto que vende com muitas encomendas que tem um unico problema identificado que é a caixa de redução fabricada pela Avio Italiana, filial da GE, o problema ja deve estar solucionado.
Amigos, O problema em si não é o caso isolado da Helibrás. Mas de um monte de multinacionais que fazem a mesma coisa: quando acaba o incentivo estatal, caem fora. Mas no caso da Helibrás, que foi agraciada com um contrato de 50 helis bem caros, mais manutenção por um bom tempo e em detrimento da aquisição de vetores muito melhores como os Black Hawks, ela não pode simplesmente dizer que vai embora do país. É certo que operações industriais militares dependem muito dos Estados. Mas também é certo que a Helibrás/EADS não foi obrigada a assumir obrigações com o… Read more »
A questão é sempre a mesma…. não temos condições de produzir nada com preço competitivo. Mais uma Transferência de tecnologia jogada no lixo.
A Engesa (nao lembro se era essa) produziu o ótimo Marruá.
O problema de produzir aqui é a viabilidade de mercado. Pra heli, o mercado nacional não supre a demanda de uma fábrica, bem como, a política econômica não permite que se exporte a preços competitivos.
Aí criam-se os cabides de empregos inúteis, os famosos ASPONES.
Essa fábrica de minas só produz para o mercado brasileiro, nunca vi exportar, quer dizer, o governo tem que estar mantendo esta fábrica da Helibras constantemente, na prática é tecnicamente uma estatal brasileira que gera receita para os franceses e não nos gera nem sequer conhecimento para termos uma industria de helicópteros nacional, sem falar na sempre fraca política (inexistente?) brasileira, a manutenção dos helicópteros Airbus na América latina deveria ser feita no Brasil, mas não é! Querem fechar a fábrica? Ok, não era a Sikorski que já cogitava abrir algo no Brasil? Vamos fechar com eles e ver se… Read more »
Entre perdas e ganhos, acho que essa notícia deve ser comemorada.
Aldo Ghisolfi – Se quem endividou e faliu o Estado foi o próprio lulopetismo, metade da arrecadação do governo vai para pagar juros de dívida interna que fizeram. Agora quer que faça que nem na Venezuela? Deixar a população sem comida, papel higiênico, saúde e segurança (essas duas últimas já estão sempre por um fio no Brasil) para ficar comprando armamento?
Se é por falta de adeus, já vão tarde!!!!
A Airbus e antes dela a Aerospatiale nunca tiveram maiores interesses, do que somente uma reserva de mercado para seus produtos.
Agora que as realidades econômicas estão se impondo tanto lá como aqui, vão sem mais nem menos puxar o carro.
Fechem, passem os ativos para a Embraer, e deixem esta fechar novas parcerias, absorver tecnologias e quem sabe, se for viável, desenvolver seus produtos no futuro.
Lembrem de uma tentativa da Embraer com a Agusta?
wwolf22 4 de outubro de 2017 at 11:03
Eu concordo 100% com você, tem que fechar tudo.
Um país que não produz nem bicicletas, quer fabricar aviões?? isso é uma total loucura.
Temos mesmo é que fechar tudo, a começar pela Embraer.
100% de acordo.
A subserviência parece ser uma pandemia nessas terras tropicais. Tristes tempos.
E lá vão culpando o PT por mais uma…. Esse problema da Airbus vem se arrastando há muito tempo por ela própria: Fabricam-se no país helicópteros que tem concorrentes melhores , oferecem helicópteros de capacidades duvidosas e, quando o mercado cativo deles passou a desmoronar, elas falam em ir embora. Se antigamente era apenas eles no mercado, hoje tem a Leonardo, a Mil, a Lockheed-Martin , a Boeing, dentre outras que, se não fabricam no pais, oferecem bons produtos ou até de qualidade superior. Se eles forem embora, aposto que outra virá a suprir esse mercado, pois tem muita gente… Read more »
Censura, véi?
João Bosco 4 de outubro de 2017 at 12:08
São Paulo tem a terceira frota de helicópteros do mundo, só perde para NY e Tóquio.
Volto a dizer, temos que fechar tudo, tem que acabar com essa brincadeira de fabricar aviões também.
Mabeco 4 de outubro de 2017 at 12:05
Subserviência de quem? Se houve subserviência essa se revelou entre os governos de Minas e brasileiro ao longo desses 37 anos visto que sempre deram tudo para a HELIBRAS no intuito de atender aos caprichos dos franceses, muitas vezes abrindo mão de oportunidades valiosas com empresas como a Agusta-Westland (atual Leonardo), Sikorsky ( que quis montar uma linha de montagem do UH-60) e Rostec (que sempre expressou o desejo de desenvolver um helicóptero com a AVIBRAS)
Antonio, não é censura. Assuntos fora do tópico podem ser deletados sem aviso prévio, como diz o aviso na barra direita do blog. Se não mantivermos o assunto no tópico, vira um samba do crioulo doido.
Sugestão:
Intermedia um acordo com a Chengdu e a Airbus para produzir por aqui um Z-19 “ocidentalizado”.
Ganha a airbus com um “tiger p/ pobre”, ganha a Chengdu com mercado e ganha o brasil com empregos.
Primeiro cliente poderia ser o EB com um helicóptero de ataque e reconhecimento.
“Isso deverá ocorrer, segundo disseram, se os atuais contratos da empresa com as Forças Armadas não forem renovados.”
*
Franceses sendo franceses* com o dinheiro público alheio.
Qual a surpresa nessa aparente pressão?
Isso que não escolhemos o Rafale, senão a “entubada” seria ainda maior.
Sds.
*Não, não temos nada do que nos orgulhar neste sentido, enquanto povo.
Ops !
Corrigindo:
É Harbin e não Chengdu !!
João Bosco 4 de outubro de 2017 at 12:08
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E lá vão culpando o PT por mais uma….
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E as farras que os Irmãos Vianna fizeram por lá?
Alexandre Galante 4 de outubro de 2017 at 12:11 Eu só estava concordando com a opinião e tentando elogiar o comentarista wwolf22. Mas tudo bem…. Quanto a esse caso da Helibras, tá mais do que cara que é um artifício manjado e inútil de promover pressão sobre grupos que detém poder decisório, mas faz parte do jogo, ainda que seja inócuo. Me lembro quando eu ainda estudava no Mackenzie, o pessoal das multinacionais de automóveis ameaçando o governo que iriam deixar o país… lembro do caso específico de uma montadora alemã de São Bernardo, até que alguém do governo tascou:… Read more »
O problema é a criação de falsa demanda. O que mantém o mercado é a quantidade de pedidos feitos pelo setor privado, não no público. Só ver que Boeing e a Lockheed Martin tem como carros chefes a produção de aviões civis, com demanda mundial. Por poderem sobreviver da aviação civil é que são capazes de tocar os projetos militares. No Brasil se tem uma idéia falsa para o século XXI, que tudo deve ser produzida aqui para se ter “independência”, mas não se faz uma análise séria se existe mercado privado para manter a demanda caso o estado não… Read more »
donitz123 4 de outubro de 2017 at 12:26
Também! Mas cabe lembrar que as mamatas concedidas à Helibrás ao longo desses anos foram suprapartidárias.
HMS TIRELESS 4 de outubro de 2017 at 12:36
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donitz123 4 de outubro de 2017 at 12:26
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Mas tem aquela ditado, “Quem nunca comeu melado quando come se lambuza.”
Podem falar mau do indianos, mas é por essas e outras que a grande maioria das empresas de defesa são empresas públicas (estatais) e uma ou outra são sociedades de economia mista (público e privado como controle acionário estatal).
Já foi emitida uma nota da empresa negando a intenção de saída do país.
Buenas! 1- Uma pena que a empresa ficou apoiada nos H225M. A demanda que o país deveria criar seriam helicópteros de pequeno e médio porte, para uso privado e de polícia/bombeiro, como os esquilos e os Dauphin. Essa demanda existe e poderia ser melhor explorada… capacidades melhores associadas com máquinas de sucesso no mercado. 2- Isso nada mais é pressão em virtude do desgaste criado pelo desempenho dos H225M comprados. Foi tanta Pane e tanto custo que o MD cogita não renovar. O preço de 50 H225M compra 114 H60M no FMS, daí se percebe o desgaste criado pelo desempenho… Read more »
Acho que Airbus avaliou o custo de mexer nesse vespeiro agora. Talvez as picadas do Ministério Público fosse dolorida demais. Ao menos por enquanto.
Ricardo Da Silva 4 de outubro de 2017 at 12:41
A esmagadora maioria das empresas de defesa que são estatais são verdadeiros antros de ineficiência e corrupção. Não é à toa que as maiores (LM, BAe Systems, Boeing) são privadas
Eu pago $1 dólar ( eu melhoro a proposta, eu pago 1 Euro) pela Helibras… Eu sempre quis ter uma fabrica de helicópteros!
É uma pena que não tenha acontecido antes, numa hora dessas a Embraer já deve estar fechando com a agusta
A Leonardo, como as demais fabricantes de helicópteros, necessita de demanda para se estabelecer por aqui.
Mas não necessita da Embraer para nada.
Fabrica ou montadora?
Quando uma vai, outras chegam…até 2020 a Augusta deve anuncia uma planta fabril no Brasil…Anápolis em Goiás deve ser a a cidade escolhida para recebe a nova fabrica, o primeiro modelo que deverá ser montado será o Augusta 119K na nova fabrica.
Vá com deus, a Leonardo deve esta estourando champagne e esfregando o dedo na sua sede nesse exato momento, eles sempre quiseram abrir um fábrica no Brasil, primeiramente sozinhos, como eles viram que o lobby da Airbus era muito forte, tentaram depois uma parceria com a Embraer, não deu certo porque o momento não era o ideal crise econômica+acusações de corrupção da mesma na Índia. Se não me engano a Invest São Paulo prometeu facilidades para a Leonardo construiu uma fábrica em Itapevi SP, que fim levou isso?
http://www.leonardocompany.com/-/aw-new-plant-brazil
Walfrido
Foram fazer uma demonstração dele na Noruega (salvo engano), ele pousou, eles viram o avião, quando foi decolar pra demonstrar o vôo… parecia um carro a álcool em dia frio e com o reservatório de gasolina seco.
Como assim? O Brasil não é um dos maiores mercados de helicópteros civis do mundo. Que continue gerando empregos para Brasileiros, ainda que menor número que o previsto. Daí a querer empurrar kombis para as FFAA …
Zé 4 de outubro de 2017 at 15:57
De helicópteros leves onde os produtos da Helibrás tem muita concorrência.
Isso é a típica nota plantada na imprensa pra gerar pressão política na liberação de recursos. Como se já não conhecessemos como funcionam os trâmites em Itajubá.
Luiz Fernando 4 de outubro de 2017 at 11:46
Apoiado, passa os 49% do desgoverno de MG para Embraer, na faixa.
Verás os francélicos mudar o discurso.
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“Tallguiese 4 de outubro de 2017 at 10:24
Uma montadora a menos!”
Quem no planeta terra fabrica ?