Mirage F1

À medida que a Textron Airborne Solutions perseguia o lucrativo contrato Adversary Air (ADAIR) da US Air Force, a empresa no início deste mês adquiriu o 63 Dassault Mirage F1s, disse o chefe executivo da ATAC (Airborne Tactical Advantage Company), Jeffrey Parker, ao site Flight Global.

A ATAC, que a Textron adquiriu no ano passado, tomou posse da antiga frota da França, além de equipamentos de suporte e 150 motores, em 5 de setembro. A Textron planeja usar as Mirages para o próximo contrato da USAF, que exige que quase 150 aeronaves atendam às necessidades de treinamento do “Red Air” do serviço.

“A Textron está planejando modernizar os F1s com sistemas modernos de aviônica, como recursos de interferência de memória de radiofrequência digital (DRFM) e radares atualizados, disse Parker. Os requisitos que estamos vendo a força aérea descreve claramente um radar moderno como o AESA ou um de varredura mecânica altamente capaz”.

Enquanto a frota de 63 aeronaves marca uma aquisição significativa para uma empresa privada, a Textron ainda está procurando por aeronaves adicionais para satisfazer aos requisitos da USAF. No entanto, as opções da empresa começaram a diminuir à medida que procura aeronaves que podem operar por mais de uma década ou têm partes que podem ser suportadas no nível de fabricação, diz Parker. O campo também está se estreitando na Europa, e a Textron efetivamente parou de comprar dos países do antigo bloco do leste por enquanto.

“Há aeronaves da Europa Oriental que nossos combatentes treinariam contra, mas não têm um bom histórico de suporte, documentação e certificação de aeronavegabilidade, que tornou-se importante para a indústria agora”, diz ele. “Quando você começa a verificar as coisas que tornam as aeronaves atraentes, elas começam a se afastar, por essas razões, pela política e para questões do Departamento de Estado onde você não pode comprar aeronaves de diferentes países”.

O contrato ADAIR, estimado em US$ 7,5 bilhões por dez anos, contrataria quase 37 mil horas de voo para fornecer serviços aéreos adversários, preenchendo as lacunas na 57th Wing weapons school da USAF e eventos de treinamento da Red Flag, bem como missões de teste e avaliação operacionais na Nellis AFB, Nevada. A USAF espera lançar um pedido final em janeiro de 2018, com adjudicação do contrato no ano seguinte.

A USAF fechou um contrato de curta duração com a Draken International em 2015, após o encerramento do 65th Aggressor Squadron na Nellis AFB e a desativação dos 19 Boeing F-15 da base, que realizavam missões Red Air. O contrato de um ano e US$ 4,5 milhões indicou uma mudança mais ampla da provisão aérea ambiental orgânica pelos pilotos da USAF para uma capacidade contratada.

“Em um mundo perfeito, teríamos os recursos para manter os esquadrões agressores que costumávamos ter, e faríamos o nosso melhor para trabalhar em casa”, disse o chefe do Comando de Combate Aéreo, Mike Holmes, durante conferência anual Air, Space and Cyber perto de Washington DC. No entanto, ele observa: “No mundo em que vivemos agora, não quero trocar um esquadrão de combate real por um esquadrão agressor por causa dos limites do meu orçamento. A próxima melhor coisa é ver se podemos contratar um pouco desse Red Air”.

No entanto, a contratação de missões aéreas adversárias é uma medida temporária, e Holmes diz que a USAF tem planos em seu orçamento para retornar a uma capacidade orgânica. O contrato ainda provavelmente durará mais de um ano, acrescenta. Uma possibilidade de ampliar os recursos da força aérea é criar um derivado do seu futuro treinador T-X, depois que seu Air Education and Training Command fizer esse programa decolar.

FONTE: Flight Global

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Pedro Santos Jr

63 aviões só para simular inimigo. Se nós tivéssemos isso de F 16 (ou Gripen, ou qualquer outro)…

Bruno

Ansioso pra ver esses Mirage nas cores “Agressor”! Sempre admirei muito as unidades “Agressor” dos USA, ainda acho legal pra caramba.

MadMax

É a mesma concorrência do Gripen?

Alexandre Galante

É sim.

Ozawa

Ainda prefiro os Falcons, Eagles e, especialmente, os Tiger, como agressores, mas, como disse o Air Combat Command, isso seria “em um mundo perfeito…”

Mas que mundo imperfeito esse onde os Estados Unidos vivem em que podem contratar empresas privadas americanas que possuam caças e pilotos para operá-las em número, capacidade de combate, estrutura de manutenção maiores e melhores que muitas, mas muitas, forças aéreas oficiais mundo afora.

Deve ser difícil viver num mundo tão imperfeito assim, mas deve ser melhor que o mundo inexistente onde vivemos, nossa Terra do Nunca, onde nos recusamos a crescer…, como nação…

MadMax

Valeu Galante.

MBP77

Alexandre Galante 21 de setembro de 2017 at 23:22
Galante;

É possível que escolham duas plataformas, ou a concorrência define que esta tenha que ser única?
Um mix de “agressors” Mirage F1 e Gripens ofertaria um leque mais variado de TOs, não?
Sds.

Gustavo

Os Mirage F1 de segunda mão, com horas de voo para gastar, provavelmente vão se esgotar com essa compra. As vezes me vem na cabeça que o F1 ainda tinha lenha para queimar… Que avião…

Walfrido Strobel

A diferença entre o mundo ideal e o real da atualidade em relação aos agressores a gente vê na US Navy com o passar dos anos.
Usaram F-14, depois F/A-18, F-16N e agora usam F-5N ex Suiça.

Tamandaré

Também penso assim Gustavo!! Eu, particularmente, tenho o F.1 como um dos meus favoritos. Já está até na minha coleção… hehehehe

Acho que mesmo nos dias de hoje, Mirage F.1 modernizados, com sistemas e sensores atuais, seriam ainda muito eficazes em cenários como a América Latina, África e partes da Ásia.

DIEGO

Boa compra, se a USAF não quiser eles podem oferecer os F1 advinha para quem?? para os Argens, sempre eles….kkk

Marcelo Andrade

Nossa, a França fez um ótimo negócio vendendo esses aviões que, a meu ver, no TO da AL, modernizados , ainda davam um caldo.

Para mim, antes de aparecer o Rafale, era a mais bela aeronave da dinastia Dassault!

Karl Bonfim

Ai se o bicho se a Dassault tivesse feito o uma espécie de mirage F 2000 junto com o mirage 2000!!!

Carlos Crispim

Belíssimos, por sinal, Mirages são os aviões mais bonitos do mundo.

Plinio Junior

Com a entrada do F-35 em serviço, mutos F-16s serão disponibilizados e poderiam realizar este serviço, mesmo que queiram adotar aeronaves novas, as linhas de F-16s e F-18E/F ainda abertas poderiam proporcionar variantes mais baratas e adaptadas para exercer o papel de agressors…acho muito difícil vetores fora dos EUA levarem este processo

Wellington Góes

10 bilhões de dólares não é pouca coisa, agora entendi os motivo$$$ da SAAB querer emplacar o Gripen C. Rsrsrs
Mas, repito, não acredito que a SAAB leve.

Wellington Góes

Mas se levar, será uma ótima

Pangloss

Se quiserem treinar contra um adversário furtivo, tem essa opção:
http://www.aereo.jor.br/2013/02/02/ira-apresenta-seu-novo-caca-qaher-313/

Nonato

E se a textron não ganhar. Vai fazer o que com esse monte de “lataria”? 63 caças… Não destinados a uma força aérea… Galante falou que é mais dinheiro que o fx2… É muito mais avião também. E ainda querem colocar aesa… Quem sabe a FAB não se interessa com os F5? Com o dinheiro pagaria logo pelos gripen. E os pilotos ganhariam experiência… Quem sabe a Rússia entraria logo com su27 ou a China com j11… Talvez por 50% do preço… Vai que os caras acertam um míssil sem querer querendo… Ou há um toque num dogfight.. Ou algum… Read more »

Nonato

Bem que a Embraer poderia fazer um desenvolvimento relâmpago de um caça agressor
A Saab quer desdentar os gripen.
A textron quer por radar aesa. . hum…

Bavaria Lion

Interessante que os ultimos F1 desativados na frança tinham a capacidade dedicada ar-solo. Não sei se eram como o Tornado que têm variações físicas nas especificações ar-ar e ar-solo (Tornado F3 e FGR4, respectivamente). Pela quantidade de grana que se investe, percebe-se a quantidade de treinamento dissimilar que eles fazem. Provavelmente mais de 200 horas anuais… uma grande parte contra agressor de primeira linha. Se a textron não tiver um lobby bom (parceria com a Lockheed) esse investimento deve resultar em uma dor de cabeça tremenda, porque, especificamente, o Gripen é o melhor avião para testes dissimilares, e, é muito… Read more »

Flávio

Acho os Mirage F1 um dos aviões de combate mais bonitos já feitos…

sergio ribamar ferreira

Concordo com o Sr. Ozawa.

Carlos Alberto Soares

Porquê a FAB não vendeu nossos Deltas, das duas séries ?

Nunao

Porque não vendeu eu não sei, mas no ano passado a FAB pretendia vender os F-2000:
http://www.aereo.jor.br/2016/04/20/aberto-o-processo-para-a-venda-de-pecas-e-equipamentos-do-programa-f-2000/
.
Já os F-103 (Mirage III) na época de sua desativação, na virada de 2005-2006, eu me lembro de notícias sobre interesse do Paquistão. Mas não me lembro de outras noticias de 12 anos atrás sobre isso.

Carlos Alberto Soares

Nunao
Verdade, mas não andou …. ops voou.
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Compensaria vende-los em partes ? Ambas as séries ?
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NÃO HÁ LUGAR NO MUNDO QUE POSSAM REVITALIZA-LOS ? Exceto a França !
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Israel ? Códigos fonte ?

Carlos Alberto Soares

Esses Deltas são lindos.

Nunao

Modernizar Mirage 2000 só na França e, começando agora, na Índia, que pagou o dobro do valor que custaria modernizar na França para se capacitar a modernizar a maior parte da sua frota de cerca de 50 aviões em casa.

Nunao

Mais detalhes nos comentários do link que passei acima.

Carlos Alberto Soares

Verdade, havia me esquecido do caso dos Hindus, ponto.

Ricardo

Eu acho que a Dassault perdeu a mão com o Rafale, antes desse, eles tinham em seu DNA aviões menores, mais baratos de comprar e manter, e extremamente eficientes, vide o sucesso da família Mirage (III, 5, 50 e F-1). Acho que a SAAB hoje é a grande herdeira dessa filosofia da Dassault.