Embraer estuda voltar a produzir aviões turboélice
A Embraer está considerando voltar a produzir um avião de passageiros turboélice, disse a empresa na última quinta-feira, potencialmente voltando a um segmento dominado pela franco-italiana ATR e a canadense Bombardier. Terceira maior fabricante de aviões do mundo, a Embraer disse que recentemente consultou companhias aéreas sobre “potencial oportunidades no mercado de turboélices”, mas enfatizou que qualquer decisão ainda estava longe.
O movimento representa uma inversão acentuada para a empresa que deixou de produzir turboélices em 2001 para se concentrar em jatos regionais — segmento que agora lidera globalmente, gerando mais de metade de sua receita.
A Embraer cogitou voltar a produzir turboélices em 2008, mas desistiu. A empresa lançará a próxima geração da linha comercial E-Jet nos próximos anos, liberando recursos de pesquisa e desenvolvimento para uma nova família de produtos.
O chefe de aviação comercial da Embraer, John Slattery, disse ao Aviation Club em Londres que os turboélices de passageiros existentes têm “décadas de idade”, criando espaço para um participante de uma nova estrutura e motores, segundo o Wall Street Journal, que deu a notícia no dia 14.9.17.
FONTE: Revista Época Negócios
Seria o 1º projeto em anos que poderia combinar os avanços na parte de motores turboélice de nova geração, materiais, Fly-by-Wire e etc. c/ a comprovada capacidade da Embraer entender o que o mercado quer e entregá-lo c/ preço e prazo estipulado. Torço p/ que esse estudo vire realidade.
Se um executivo da empresa revelou a intenção de voltar a produzir turbo-hélices, é porque os estudos iniciais já estão concluídos
Boa ideia voltar com avióes de turboelice tem um mercado em potencial .
É a especialidade da Embraer: encontrar brechas para novos produtos. Ao invés de imitar concorrentes, a empresa cria novos mercados
Teve um participante aqui do AEREO que falou uma vez que esse era um mercado ainda promissor, que a a Embraer deveria voltar para essa faixa de aviões. Só não lembro quem foi, mas todavia o amigo estava correto, pois parece que a EMBRAER esta disposta voltar produzir novos aviões. Agora seria possivel inovar neste segmento, alguém tem alguma opinião sobre o assunto.
Mercado turbo-helices, lucros turbo-helices… Estaria o mercado de jatos regionais entrando em crise?
Eu aposto em algo baseado no CBA-123 ou ATR, e duas versões, 30 e 50 pax.
Jatos regionais em crise não, mas uma renovação da frota existente de turbo hélices sim. mas tem muita maquina boa no mercado! Será que vai rolar?
A anos atrás a Embraer e a Bombardier foram felizes ao entender que o mercado a partir de 40 passageiros queriam jatos e produziram o CRJ e o ERJ, duas famílias de muito sucesso. Hoje nesta guerra de preços com as boas vendas dos Bombardier Q.300/400 e as excelentes vendas do ATR-42/72, a Embraer viu que poderia entrar neste mercado, é uma situação diferente das anteriores onde a Embraer criou um novo avião abrindo um mercado, como o T-27, A-29 e os E-jets, agora ela vai correr atrás de um mercado com dois vitoriosos de projetos antigos, como o KC-390… Read more »
Não lembro de ter falado isso de forma mais enfática. Mas com certeza já defendi aqui antes que a Embraer voltasse a produzir tais aviões. Certamente não dobrará seu faturamento por causa desses aviões. Mas será uma fatia a mais. Cada setor vai segurando as pontas da empresa. O supertucano não vende tanto assim atualmente. Mas foram fabricados uns 100 para a FAB, mais algumas poucas dezenas para outros países, os EUA já compraram uns 20 e talvez comprem.mais 300. O KC 390 pode vender apenas uns 30 ou talvez 500 ao longo dos anos. Em algum momento.os jatos regionais… Read more »
Alex 16 de setembro de 2017 at 23:28 Obrigado pela lembrança. Foram duas vezes que postei isso. A 1ª comentei que viria novidades num anv totalmente novo a 2ª mencionando o anv já em fase de estudos, foram mostrados “desenhos” a diversos operadores e a partirdai colhidas informações, dados, sugestões etc etc Agora já foram para o anv em sí, especificações etc ….. mock-up a caminho, quando ? Essa eu não consegui ainda ! rsrs _______ “JT8D 16 de setembro de 2017 at 23:01 Se um executivo da empresa revelou a intenção de voltar a produzir turbo-hélices, é porque os… Read more »
Eu compreendo que é tudo uma questão de lucro. Se der lucro, perfeito. Eu já falei sobre EMBRAER voltar a construir turboélices. Mas, de qualquer forma, eu prefiro um avião executivo supersônico, pequeno como um Phenom 100, mas capaz de ir a qualquer ligar do mundo em um velocidade supersônica. Alguém me contrariou dizendo que EMBRAER não tem interesse em arriscar uma inovação, entrar em um mercado onde teria 100% dos clientes. Mas, minha opinião não mudou. É possível fazer um supersônico barato. Talvez pelo dobro do preço de um Phenom 100. Seria o primeiro de uma série. E, bem,… Read more »
Victor… Este mercado sugerido de um supersônico executivo do tamanho de um Phenom 100 teria qual tamanho???
Na minha visão seria um avião muito caro, com restrição de voo devido a questões ambientais, com altíssimo custo de operação…
Há motivo para nenhum fabricante ter ainda partido para isso… O motivo é… Não existe um plano de negócios viável, ainda.
A Embraer chegou onde chegou porque sabe identificar o que o mercado deseja, entregando a bom preço e prazo certo. Se identificaram espaço para turbo-hélices, é porque é comercialmente viável e dará lucro. Deixemos o disco voador para as superpotências….
Desde sempre, mas sobretudo atualmente, sobrevive quem se mantém em movimento, inovando e inovação não é fazer disco voador, é fazer o que o mercado quer da melhor forma possível, de preferência maximizando lucros, reduzindo custos, etc.
Acho excelente!!! Pode competir em vendas com os ATR-600 e ao mesmo tempo incentivar novamente a Aviação Regional.
A Embraer precisa fazer vento, o “+ um” não vai a lugar algum e o remendão de E-Jet, ou a 4ª aeronave no mercado a usar o GF da P&W, não disse até agora ao que veio.
No mais a maioria aqui desconhecem as reais capacidades do ATR-72 ou do Q-400 e nem sabem o que vem a ser o turbo-hélice de 90 pax.
Entre o “fuel-burn” do ATR e a alta velocidade de cruzeiro do Q-400, não há tanta margem de lucro que sustente muita inovação.
Mas o vidro de maionese pelo visto, já se encontra aberto.
Somente uma opinião, mas lendo o que Nonato escreveu, realmente aqui no Brasil poderia ter alternativas mais barata n mercado de aviação, pois quem vai de SP para RJ de ônibus em 6 horas, iria tranquilo de avião em 2 horas tranquilo com o preço menos de 150. Afinal temos o povo que quer hora ganha, e outro que que a grana no bolso.
Imagino que eles vão atrás do mercado entre 50 e 70 assentos. Duvido que surja um substituto do Bandeirante/Brasília.
O mercado alvo da Embraer é principalmente os Estados Unidos. Foi vendendo Bandeirantes, Brasilia e EMB 145 para os americanos que a Embraer se tornou viável e lucrativa. É claro que seria ótimo ter um avião que atendesse as necessidades da aviação regional brasileira, mas isso não depende só da Embraer. Depende das empresas aéreas brasileiras e do governo. A Embraer não pode mirar apenas o idealismo, ela precisa da lucro para continuar existindo. E para isso, quanto mais ele se afastar do Brasil, da sua burocracia e dos seus políticos corruptos, melhor
JT8D 17 de setembro de 2017 at 12:11
Totalmente correto, é bem provável que estes turbo hélices, caso venham a se concretizar, e tudo indica que sim, devam ser fabricados em alguma unidade Embraer nos Estados Unidos.
Quem está anunciando essa medida é o presidente da Embraer Aviação Comercial, John Slattery, não por acaso, um norte americano.
Tudo me parece criado para serem fabricados nos Estados Unidos.
De “franco-italiana” a ATR não tem mais nada significativo, o avião hoje é todo produzido na Itália.
Se a embraer realmente voltar a produzir esse tipo de aeronave, que pelo menos fabrique aqui no Brasil
Pois é Roberto, a Bombardier foi inventar de fazer um jato um pouco maior para incomodar Boeing e Airbus e olha no que tá dando, a companhia esta sendo comida viva não só pelas duas gigantes , mas agora também pelo governo americano, e olha que o jatinho da Bombardier nem é intercontinental e sequer concorre com os jatos de ambas as gigantes. O governo canadense teve que injetar uma fortuna na Bombardier para que ela não falisse, 3 bilhões de dinheiro dos contribuintes, a Embraer não vai fazer um jato que concorra com Boeing e Airbus porque diferentemente da… Read more »
Jr 17 de setembro de 2017 at 12:45
Não entendi.
Por que a Embraer teria que se preparar juridicamente de ataques que sofreria da Boeing e Airbus se resolver fabricar um avião grande que concorra com os seus? Qual seria o crime ou ação ilegal?
O que tem a ver o anúncio ser feito por um americano, que é o VP da Av Comercial… Com a fabricação do avião no EUA??
Luiz Fernando 17 de setembro de 2017 at 13:26
Nada
Hummm. Imaginei…
JT8D 17 de setembro de 2017 at 13:29
Nada = Ele manda nos caras.
Quando tu vai resolver um problema ou tomar um decisão com uma empresa, tu fala com um empregado ou com o presidente???
John Slattery é apenas o Presidente da Embraer Aviação Comercial, setor onde estes aviões estão inseridos.
Ou seja, John Slattery é o “nada” neste caso.
Antonio de Sampaio 17 de setembro de 2017 at 14:08
Ele é um alto executivo da empresa. Daí a nacionalidade dele determinar onde será fabricado um avião vai uma grande distância. O CEO da Renault, Carlos Ghosn é brasileiro. Que eu saiba isso nunca influenciou a localização de nenhuma fábrica da Renault. Então a relação entre a nacionalidade do executivo e a localização da fabrica é exatamente essa: nenhuma
Isso aí, JT8D… Uma coisa não tem NADA a ver com a outra…
JT8D 17 de setembro de 2017 at 14:17
Manja tanto que quer comparar bens de altíssima tecnologia como aviões, e com particularidades de produção e marketing distintas e imensas como se fossem exatamente a mesma coisa de um carro.
Ou seja, tanto faz ser um Phenon300, um Legacy500 ou um E2, tudo pode ser colocado no mesmo balaio tecnológico e estratégico de um Renault Clio.
E pensar que um talento desses está sendo desperdiçado pelo mundo industrial e corporativo.
Viajei num ATR da AZUL e gostei muito, ele só é mais barulhento, mas super tranquilo o voo.
Parem com esta viagem de que o CS300 concorre com o Airbus ou a Boeing, o C-Serie que concorreria seria o CS500 que não passou de estudos.
O CS300 é da mesma faixa do E2-195, uma versão anunciada de alta densidade com 160 passageiros apertados que criou esta confusão.
E2-195: 132 passadeiros com separação de 31 polegadas, MTOW 61,500 kg e dois motores de 23,000 lbf .
Cs300: 130 passageiros com separação de 32 polegadas, eles não trabalham com 31 polegadas, MTOW 67,585 kg e dois motores de 23,000 lbf .
Esta é a distribuição interna dos CS300:
. https://encrypted-tbn1.gstatic.com/images?q=tbn:ANd9GcRYfPVRt2pV6NdyUVi89mUbHSAD7Wy1ZdgsfA6h-29yaU7k9jkjnBJP2D98tA
Complementando, esta é a distribuição interna dos E2:
. https://encrypted-tbn0.gstatic.com/images?q=tbn:ANd9GcRTQ5Dbjoo0MWDDLfPVPQ_fbqKBzc0ILpNcLRlfe1YGZzDGPoIeyX4nicpgqA
Antonio de Sampaio 17 de setembro de 2017 at 14:28
Quando começam as ofensas e desqualificações eu saio da discussão. Um abraço
Por outro lado a tentativa da Boeing em entrar no mercado dos regionais foi um fracasso, lançaram a versão encurtada B737-600 em 1995 e tiraram de produção em 2002 com só 69 unidades vendidas, as empresas que compraram declararam publicamente que não valeu a pena.
Teve pouco mais de 1% das vendas dos Boeing 737 Next Generation, não basta encurtar um B737 para concorrer com a Embraer ou Bombardier.
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De onde foi que o Antônio Sampaio tirou essa de que o John Slattery é um americano?
O cara é irlandês, pô!
A FAB além de se dar ao respeito, poderia se inspirar no EB e adotar o C-23 “Sherpa” como substituto para o “Bandeirante” e o “Brasília”.
Putz… Então o avião, que nem existe e não se sabe se existirá, será fabricado na Irlanda!!!
Luiz Fernando 17 de setembro de 2017 at 19:07
Eu preferia que fosse fabricado na Argentina, eles são sócios estratégicos do Brasil.
Quanto às inovações e economia de combustível, algumas ideias ligadas especialmente ao conceito de asa planadora:
1) construir aeroporto específico, com um trilho catapulta alimentado por energia elétrica de origem eólica para dar o impulso inicial ao avião economizando bastante combustível.
A subida seria a turboélice.
Voaria a baixa velocidade e planaria até o destino.
2) talvez a partida de um ponto elevado economizasse com a subida.
3) dependendo do preço poderiam partir aviões com 150 pessoas de 5 em 5 minutos. Um trem bala aéreo de alta densidade, sem custar 30 bilhões.
Matheus Ugraita 17 de setembro de 2017 at 17:44
John Slattery é americano
Pessoal, off topic importante:
http://m.folha.uol.com.br/poder/2017/09/1919322-general-do-exercito-ameaca-impor-solucao-para-crise-politica-no-pais.shtml
Um turbo hélice de asa alta tipo ATR 72-600, capaz de pousar nos aeródromos do interior como motores potentes e econômicos é uma necessidade proeminente no Brasil. Há lugares da Amazônia que na época de seca nem de barco se chega. O turbo hélice é a única salvação. A EMBRAER nunca deveria ter abandonado a sua produção. Sem falar a FAB e agora o Exército que tem uma enorme necessidade desses aviões.
Fresney, uma possível inovação seria deixar o avião mais silencioso…
Talvez interior mais confortável.
Offtopic sobre inovação na área de transporte (estão copiando minhas idéias rs)
https://noticias.uol.com.br/internacional/ultimas-noticias/2017/09/17/projeto-de-trem-que-viaja-a-1200-kmh-preve-viagem-de-orlando-a-miami-em-26-minutos.htm
A Embraer partindo para o desenvolvimento de novos aviões turboélices para a aviação comercial, muito provavelmente devam ser 2 modelos, entre 50 a 70 assentos, ficando entre a faixa que compreende o ERJ-145, com capacidade para até 50 assentos e o Embraer 170, que tem capacidade para até 78 assentos. Com isso, a Embraer sem sombra de dúvidas, se torná a empresa de aviação com o portifólio mais abrangente e completo da aviação regional em todo o mundo. Interessante que ele terá como atender a qualquer companhia aérea regional, dando a Embraer mais folego para competir. Outro ponto a se… Read more »
Já que é para desenterrar defunto, quem sabe algo baseado no projeto EMB-500.
Roberto 17 de setembro de 2017 at 8:53
Parabéns, saúde e paz.
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Empresas não tem coração, tem interes$$e$.
Pergunte ao consórcio ATR
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Anv de grande porte ou acima de 130 PAX, a EMBRAER não entrará nesse seguimento, simples assim e ponto.