Caça Gripen E de nova geração da Saab. A Força Aérea Brasileira encomendou um primeiro lote de 36 aeronaves

Caça Gripen E de nova geração da Saab. A Força Aérea Brasileira encomendou um primeiro lote de 36 aeronaves

O protótipo do Gripen E sobre Östergötland durante o voo inaugural de 40 minutos em 15 de junho de 2017. Entre as mudanças visíveis que distinguem o caça de nova geração do atual modelo de produção Gripen C é a entrada de ar de resfriamento adicional na base do estabilizador vertical. Outras mudanças distintivas são as raízes das asas abauladas para acomodar o trem de pouso principal realocado, o trem de pouso do nariz com uma única roda e as carenagens de lançamento de mísseis das asas ampliadas para conter elementos do sistema de guerra eletrônica

Protótipo de nova geração leva ao renascimento do Gripen

Por David Donald

No dia 15 de junho de 2017, a Saab realizou o primeiro voo de seu caça Gripen E. O piloto de teste do avião de nova geração, Marcus Wandt, decolou da fábrica da Saab em Linköping, às 10h32, hora local, para um voo de 40 minutos durante o qual o controle de voo foi avaliado. Wandt inicialmente manteve o trem de pouso baixado, enquanto uma aproximação simulada e uma volta foram conduzidas, antes que o trem de pouso fosse levantado e o manuseio da aeronave fosse avaliado em modo de combate.

O voo de 15 de junho seguiu-se às provas anteriores de táxi de alta velocidade durante as quais foram alcançadas velocidades de mais de 100 nós. Wandt informou que, durante o primeiro voo, o sistema de controle de voo funcionou “como esperado”.

Sob o cronograma inicial de teste de voo, o Gripen E deveria fazer seu primeiro voo já no final do ano passado. A Saab enfatizou que o atraso de seis meses no primeiro voo do protótipo não se deveu a dificuldades técnicas. Em vez disso, a empresa decidiu revisar seu planejamento de testes e atrasar o início dos testes de voo até que a arquitetura inovadora da aviônica da aeronave tivesse sido totalmente qualificada. Usando um conceito conhecido como DIMA (distributed integrated modular avionics – aviônica modular integrada distribuída), a aviônica do Gripen E segrega as funções críticas do voo de aplicativos não críticos.

Refinar a arquitetura antes do voo deve acelerar o programa de testes, uma vez que novas funcionalidades podem ser adicionadas e testadas sem ter que ser re-qualificadas à medida que as iterações sucessivas da arquitetura básica são introduzidas. Com base nos padrões civis RTCA 1788/C, a arquitetura de aviônica DIMA permite que os desenvolvedores se concentrem em funções de software sem ter que levar em conta como elas podem afetar os sistemas da aeronave — da mesma forma que os desenvolvedores de aplicativos podem conectar funcionalidades aos smartphones. Isso não só agiliza o ritmo de desenvolvimento inicial, mas no futuro permitirá a rápida inserção de novas tecnologias e funcionalidades sem a necessidade de qualificar de novo os sistemas críticos de voo.

Saab Gripen E, versão adquirida pela FAB

Evolução do Gripen E
Ao longo de sua vida, o sistema Gripen foi atualizado através de uma série de atualizações iterativas como parte do programa MS (material system). O primeiro Gripen E (aeronave 39-8) destina-se a testes do veículo aéreo e estruturais e está voando com uma versão do atual software MS20 do Gripen C/D, juntamente com a instrumentação de testes no cockpit. Por enquanto, muitos dos sistemas de missão previstos da aeronave estão sendo testados no demonstrador de tecnologia Gripen Demo (aeronave 39-7), mas as duas aeronaves subseqüentes (39-9 e 39-10) assumirão o trabalho de desenvolvimento do sistema.

As primeiras entregas de aeronaves de produção estão previstas para 2019. A aeronave inicial para a Suécia terá o software MS21 que fornece uma capacidade básica de combate ar-ar, mas, até o final de 2023, o primeiro verdadeiro esquadrão multifunção com a especificação completa do software MS22 está programado para se tornar operacional. A Força Aérea sueca planeja que todos os seis de seus esquadrões de combate operem 60 Gripen E com o MS22 até 2026.

Saab Gripen E na primeira apresentação ao público

Ainda há muitas decisões a tomar em relação ao Gripen E da Suécia, especialmente no que diz respeito ao cockpit. Uma agência que está desempenhando um papel importante é a unidade TU JAS (Gripen OT&E–operational test and evaluation) da Força Aérea Sueca na base aérea de Malmen, que representa o usuário final em discussões com o governo e a indústria.

Trabalhando com a Saab e a FMV (Swedish Defence Materiel Administration), a unidade TU JAS não só forneceu contribuição nos programas de teste e desenvolvimento, mas também está planejando o programa de treinamento e como a aeronave será colocada em serviço. Conceitos táticos como o uso de bases de guerra austeras estão sendo estudados, e também como empregar taticamente o Gripen C e o Gripen E. Os pilotos da unidade já investiram tempo para pilotar a plataforma de testes em terra do Gripen E como parte de um programa de avaliação operacional em andamento, com toda essa experiência sendo alimentada de volta ao processo de desenvolvimento para refinar a aeronave que será entregue a esquadrões operacionais. A TU JAS também está ajudando a definir o roteiro para o desenvolvimento do Gripen E, com o software MS23 já na fase de definição do projeto.

Saab Gripen JAS 39C MS20

Abordagem dual
Embora o foco de atenção seja naturalmente no Gripen E/F, a Saab continua promovendo o atual Gripen C/D e, de fato, oferece ao mercado dois produtos de caça. No ano passado, o padrão MS20 tornou-se operacional com os C/Ds da Força Aérea Sueca, trazendo consigo a capacidade de lançar o míssil ar-ar de longo alcance MBDA Meteor, que agora está sendo empregado em exercícios. As capacidades extras de armas exigiram o desenvolvimento de novas táticas pela TU JAS. Tanto a República Checa quanto a Hungria se inscreveram para a atualização do MS20 para seus Gripen C/Ds.

Além das melhorias introduzidas pelo MS20, a Saab continua a explorar desenvolvimentos adicionais para os C/D e E/F em termos de armas, sensores e opções de autoproteção. No início deste ano, a empresa recebeu um contrato para iniciar o desenvolvimento de uma nova geração de seu míssil antinavio RBS 15 para entrar em serviço no meio da década de 2020 no Gripen E. A nova versão oferecerá um alcance muito mais longo do que a arma atual, e muitos outros aprimoramentos.

Demonstrador Gripen NG com quatro mísseis RBS-15

Enquanto o Gripen E/F é visto como satisfazendo os requisitos de forças aéreas que procuram aeronaves de alto desempenho para realizar tipos avançados de missão, o Gripen C/D destina-se mais a forças aéreas pequenas que exigem caças modernos multimissão, mas que ainda enfrentam restrições orçamentárias consideráveis. Os baixos custos de aquisição e operação dos C/D são vistos como discriminadores fortes neste segmento de mercado, em que os aviões novos enfrentam a concorrência de aeronaves de segunda mão de baixo custo.

Além disso, a Saab está destacando a rapidez com que o novo Gripen C/D pode ser entregue, prometendo um “turnaround” de 18 meses desde a assinatura do contrato até a entrega. Para ajudar a cumprir essa promessa e dar à empresa alguma vantagem competitiva, a Saab iniciou a fabricação de alguns itens de longo prazo para a futura produção de C/D. Embora isso seja muito inferior à construção de aeronaves “white tail”, a empresa “começou o trabalho essencial para reduzir os prazos de entrega” para esses modelos.

Gripen C da República Tcheca – foto Saab

Perspectivas de mercado os Gripen C/D e E/F
Esse investimento pode estar bem colocado, pois os C/Ds de nova fabricação são os que representam as melhores oportunidades de curto prazo para as vendas do Gripen, principalmente em três países. A Eslováquia tem uma necessidade urgente de substituir seus MiG-29 russos e vem conversando com a Saab desde 2015, com um novo pedido no último outono. A Saab propôs um pacote completo, incluindo o treinamento de pilotos e técnicos, e destaca a interoperabilidade da OTAN e a boa experiência do Gripen com o vizinho da Eslováquia, a República Tcheca. O Gripen C/D está competindo na Eslováquia com os Lockheed Martin F-16s portugueses usados e os Eurofighter Typhoon Tranche 1 excedentes.

Se o Gripen for selecionada na Eslováquia, fortalecerá a presença da aeronave na Europa Central e aumentará a possibilidade de estabelecer uma instalação de manutenção na região. Uma nação que poderia se beneficiar é a Bulgária, que também está buscando urgentemente um substituto do MiG-29. Um RFP (pedido de propostas) foi emitido em dezembro do ano passado, ao que a Saab respondeu com um pacote de Gripen C/D completo. A Força Aérea Búlgara anunciou em abril que o Gripen era sua escolha preferida.

Saab Gripen JAS 39C MS20 em voo

Um terceiro prospecto forte de curto prazo é a Botswana, onde as discussões estão em andamento após uma resposta do governo sueco a um RFP emitido em dezembro. No Botswana, o Gripen está competindo contra o KAI FA-50 para uma aeronave que substitua os velhos Northrop F-5s. Se selecionado, a Saab proporcionaria treinamento mais suporte logístico inicial e manutenção para a força aérea do país africano.

Para o Gripen E/F, existem duas grandes oportunidades na Europa. A Finlândia, vizinha da Suécia e parceira de defesa cada vez mais próxima, tem um requisito para entre 48 e 60 aeronaves que substituam sua frota de Boeing F-18 Hornet. O programa está no estágio de RFI (pedido de informação) e o Gripen E é visto como ideal para o tipo de missões avançadas que a Força Aérea Finlandesa está buscando realizar. As sinergias de operar o mesmo tipo de aeronave que a Suécia em uma rede de defesa cada vez mais integrada também fazem parte da atração do Gripen E.

A Bélgica está no estágio de RFP para 30 a 40 aeronaves e o Gripen E está sendo licitado contra o Super Hornet, Rafale, Typhoon e Lockheed Martin F-35. A Suíça é outra perspectiva: enquanto o Gripen foi previamente selecionado pela Força Aérea Suíça — antes que um referendo público rejeitasse a proposta de compra de novos caças — o requisito ainda permanece e está se tornando cada vez mais urgente. Provavelmente é apenas uma questão de tempo antes de a Força Aérea Suíça embarcar em um novo programa de compras, e que provavelmente vai englobar mais do que os 22 aviões da aquisição anterior cancelada.

Saab Gripen E oferecido para a Índia

Provavelmente, a perspectiva mais empolgante para o Gripen, no entanto, está na Índia, que está buscando um substituto para o MiG-21 que possa ser construído no país. O Ministério da Defesa indiano especificou um projeto de um único motor, o que efetivamente deixa o Gripen lutando contra o F-16. Em apoio à sua proposta, a Saab destacou o sucesso da transferência de tecnologia associada ao programa Gripen brasileiro, além de sugerir a parte que a Índia poderia desempenhar no desenvolvimento, como o do próprio radar de combate AESA de nitreto de gálio da Saab.

Em outros lugares do mundo, a Saab está observando atentamente os acontecimentos no Canadá, onde o governo Trudeau sinalizou a intenção de comprar o Boeing Super Hornet como caça interino enquanto adiava uma decisão definitiva sobre o que deveria substituir a sua antiga frota de Hornet. No entanto, a compra do Super Hornet ainda não foi contratada e recentemente passou por um minucioso escrutínio. Para a Saab, uma compra intermediária pode ser vista como uma oportunidade nas mãos do Gripen E/F, uma vez que uma decisão adiada poderia adequar melhor a escala de tempo de entrega.

Outras perspectivas para o Gripen incluem a Colômbia, que está procurando substituir os IAI Kfirs; a Malásia, que vem avaliando Gripen, Typhoon, Rafale e Super Hornet há alguns anos; e as Filipinas, que tem um requisito para um caça multifunção. A Indonésia também tem um requisito para uma substituição dos F-5, para o qual Typhoon, Gripen e F-16 estão oferecendo como uma alternativa ao Sukhoi Su-35. A Saab sugeriu que poderia instalar uma linha de montagem nas instalações de Bandung da PTDI como parte de sua proposta, que também poderia incluir aeronaves AEW em um pacote semelhante ao entregue à Tailândia. (Nota do Tradutor: a Indonésia anunciou em agosto que vai comprar 11 caças Sukhoi no valor de US$ 1,14 bilhão da Rússia em troca de produtos indonésios).

Mockup Gripen E da FAB

Gripens brasileiros

O Brasil encomendou 36 caças Gripen E/F e sua indústria aeroespacial está desempenhando um papel fundamental na aeronave de nova geração. A Embraer lidera o consórcio brasileiro e os principais componentes da aeronave, como seções de fuselagem dianteira e traseira, caixa de asa, cauda e freio aerodinâmico serão fabricadas na instalação Saab Aeronáutica Montagens (SAM) em São Bernardo do Campo. Um centro de montagem final está sendo completado em Gavião Peixoto – SP, onde a GDDN (Gripen Design and Development Network) foi inaugurada em novembro passado. Outras empresas brasileiras envolvidas incluem AEL Sistemas, Akaer, Atech, Atmos, DCTA e Inbra Aerospace.

GDDN em Gavião Peixoto – SP

As atividades de desenvolvimento que estão sendo realizadas no Brasil estão centradas em torno do Gripen F biposto, para o qual uma equipe conjunta da Saab-Embraer foi formada na GDDN. O Brasil também é responsável pelo Gripen marítimo proposto para operar em porta-aviões, para o qual um estudo de viabilidade faz parte do programa de compensação tecnológica.

Grande parte do desenvolvimento do cockpit está sendo realizado no Brasil, com a subsidiária da Elbit AEL Sistemas liderando o esforço. O Brasil especificou um layout do cockpit com uma única tela ampla WAD e uma versão de mira montada no capacete Elbit Targo. A Suécia ainda não decidiu se vai para a tela ampla ou emprega um cockpit semelhante ao encontrado no Gripen C/D, com três monitores grandes multifunções em cores.

Gripen E decolando para o primeiro voo

Para atender ao cronograma de entrega especificado, a montagem do primeiro Gripen para o Brasil será realizada na Suécia, mas essa atividade será transferida para Gavião Peixoto para que mais de 20 das 36 aeronaves sejam montadas no país. Na verdade, o primeiro avião de produção da linha de Linköping é para o Brasil. Programado para entrar na montagem final no final de 2017, e para voar em 2019, permanecerá na Suécia em campanha de testes por alguns meses.

A instalação de Gavião Peixoto também realizará atividades de teste de voo em um centro que espelhará o que é feito em Linköping. Os planos para um programa de teste brasileiro de entre 500 e 900 voos já estão sendo reunidos, com voos programados para começar no Brasil em 2020.

Relatando o programa, o brigadeiro Bonotto, presidente da Comissão Coordenadora do Programa Aeronave de Combate (COPAC) do Brasil, observou: “Estamos no prazo previsto. Embora tenhamos uma crise financeira no Brasil, a Gripen é nossa prioridade. Durante 20 anos, esperamos por um novo caça, e agora estamos muito perto”.

O Brasil declarou um requisito para mais aeronaves seguindo o lote inicial de 36, tendo sido mencionado cerca de 100 unidades. “Nós temos um número em mente, mas depois de ter visto as capacidades da aeronave, esse número pode mudar”, disse Bonotto, referindo-se ao considerável salto de capacidade entre o Gripen E/F e as aeronaves que vai substituir. “É difícil [avaliar] com aviões antigos, como o F-5 e o AMX se os trocaremos um por um. É por isso que não temos a resposta agora”.

Gripen E no segundo voo

FONTE: AINonline / Tradução e adaptação do Poder Aéreo

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Matheus Ugraita

Muito bom, manda logo uns 180 desses pra cá 🙂

JT8D

Ao que parece o programa está transcorrendo normalmente, apesar da ansiedade dos entusiastas. Mas a Saab, como qualquer empresa da área de defesa, tem mais o que fazer para ficar se preocupando em matar a curiosidade dos entusiastas

Bardini

“Nós temos um número em mente, mas depois de ter visto as capacidades da aeronave, esse número pode mudar” “É difícil [avaliar] com aviões antigos, como o F-5 e o AMX se os trocaremos um por um. É por isso que não temos a resposta agora”. . Sei qual é o problema nessa avaliação, $$$… . A verdade é que os 36 Gripens são mais capazes que tudo o que já tivemos, mas podem estar em dois lugares ao mesmo tempo? E o percentual de disponibilidade? . Comprar 36 caças não significa que se terá os 36 operando ao mesmo… Read more »

Sidney

Que acerto foi a escolha do Gripen!

J.Silva

“72? Seria possível.”
.
Na minha opinião seria o ideal, que a FAB faça o possível para chegar nesse número, quatro esquadrões com 18 aeronaves (Anápolis, Santa Maria, Santa Cruz e Manaus) e os 15 A-1M, com um missil anti-navio, em Natal.
Senão não adiantaria em nada mandar tantos engenheiros e envolver tantas empresas brasileiras neste projeto para ficar apenas no primeiro lote. Recursos? A FAB já sabe o caminho, só tem que enfrentá-lo.

Marquês de São Vicente

Excelente! Parabéns ao site por nos trazer as novidades!

Delfim Sobreira

A Suécia está muito bem com seus Gripen C e considerando que podem receber os mesmos sistemas do E, o tamanho de seu território e dos outros clientes, e que a SAAB já está rabiscando seus 5G, compreende-se a disposição “baiana” com os E. Sem falar da versão F e do widescreen de US$ 1bilhão que resolvemos ter. Às vezes penso se tanto esforço num caça de 4G vale a pena. É como se em 1939 a Inglaterra resolvesse aprimorar biplanos Gladiator em vez de investir em Spitfires e Hurricanes. Na verdade o F-39 não é mau negócio, mas quando… Read more »

Nunao

“A Suécia está muito bem com seus Gripen C e considerando que podem receber os mesmos sistemas do E” . Essa premissa está errada. Podem receber alguns sistemas, mas não os mesmos, e nem com a mesma potência, pois a capacidade de geração de energia e de refrigeração do modelo C é inferior à do modelo E. . “em falar da versão F e do widescreen de US$ 1bilhão que resolvemos ter.” . O valor de 1 bilhão incorpora diversas modificações e customizações da versão brasileira, e nesse valor o novo painel responde, se não me engano, por ums 20%.… Read more »

Bardini

J.Silva,
.
Fala-se em 108 caças, que já foram 120. Acho difícil a FAB conseguir.
Seria mais fácil pensar em 108 caças, colocando a demanda da MB na jogada. Mas mesmo assim é complicado.
.
Tenho percebido uma tendência entre FAB, Embraer e SAAB no tocante a dar ênfase a uma UCAV.
Seria essa uma opção para o futuro?
.
Pessoalmente, eu me daria por satisfeito com 72 Gripens E/F na FAB e 18 F-35B na MB, podendo operar a partir de um bom par de NPMs.

José Oscar Fernandes

E temos pilotos para ascender essas aeronaves ao mesmo tempo?

Nunao

Ah, complementando: como eu sei que muita gente tem preguiça de usar o campo busca do blog e fica repetindo esse mantra de “tela de 1 bilhão de dólares”, seguem links que informam que o valor do WAD (a tela de grande tamanho da versão brasileira) equivale a cerca de 2,5% do valor do contrato dos caças. . Se considerarmos o contrato de US$ 5,4 bi (grosso modo, pois é em coroas suecas) o WAD está custando perto de US$ 135 milhões, ou mais ou menos 13,5% do “1 bilhão” repetido como mantra há anos e anos. As informações são… Read more »

J.Silva

Bardini, . Exatamente, o terceiro lote tem um problema de recursos e, a meu ver, um risco de estar defasado se contratado próximo a 2030. Chegar a 108 só se a demanda da Marinha estivesse na conta. . Acho bem interessante trocar esse terceiro lote por um mix de UCAV e caças 5g. . Para a nossa realidade essa composição de 72 Gripen E/F e 18 F-35B na MB seria chegar quase à perfeição, melhor que isso só com mais 18 F-35A para Anapolis. Mas teria que dar tudo certo no Brasil nos próximos 12 anos para que isso se… Read more »

Gallina

Bardini 16 de setembro de 2017 at 15:09 “Pessoalmente, eu me daria por satisfeito com 72 Gripens E/F na FAB e 18 F-35B na MB, podendo operar a partir de um bom par de NPMs” – Na MB esqueça, aquilo vai implodir. Na FAB, torço e acredito que sim. Aliás, é isso que venho falando faz um tempo. Reformula, reorganiza, para permitir que lá pela década de 2030, a FAB possa OPERAR uma força diminuta mas extremamente dissuasória de F-35. Aí teriam que ser examinadas as condições para pouso E decolagem vertical num navio como o Ocean, qual a autonomia… Read more »

Bardini

J. Silva, a SAAB tem experiência com UCAV, participa do projeto do nEUROn e fez os seus protótipos.
.
Eu penso que talvez seria um caminho muito mais amplo e abrangente para o Brasil seguir, do que se pensar em desenvolver um novo caça, seja em paralelo ou depois do Gripen.
.
Seria um desenvolvimento no estado da arte. Mas, esse tipo de coisa tem vida difícil por aqui 🙁

Manuel Flávio

Bardini 16 de setembro de 2017 at 12:30 Na entrevista a revista Segurança & Defesa que está nas bancas o Brigadeiro Bonotto, Presidente d COPAC, disse o mesmo sobre a aquisição de novos lotes Gripen NG (que ainda não há uma quantia certa). ENTRETANTO falou algo mais, e importante: as encomendas serão de um modo que não parará a linha de produção. Aliás é algo que eu venho contrariando os que são excessivamente pessimistas: existem vários motivos que tornam segura a continuação de encomendas do GripenNG para a FAB. O Governo sueco, banco sueco e empresa de defesa sueca não… Read more »

JT8D

Quanta teimosia! Daqui a 20 anos essas mesmas pessoas, se estiverem vivas, continuarão a dizer que o F-18 deveria ter sido escolhido. Isso é que é torcedor fiel !

Manuel Flávio

Alexandre Galante 16 de setembro de 2017 at 14:46 Acrescentando ao seu post, Galante, houve uma sessão na CRE para a FAB justificar o aumento do valor do contrato, em 9 de dezembro de 2014. páginas 32 e 33 (departamento de taquigtrafia do Senado): O SR. JOSÉ AUGUSTO CREPALDI AFFONSO – Hoje, nós pegamos a oferta e aplicamos 20%, como o Ministro descreveu. Como determina o art. 40, acho que inciso XI, da Lei nº 8.666, é preciso aplicar índices setoriais que reflitam a real variação de custos. Isso nós fazemos em todos os contratos nacionais. Então, o que foi… Read more »

Paulo Cesar

Galante,

– e uma solução para minimizar a “assinatura radar” do avião, que impeça a identificação pelos inimigos.

O que poderia ser feito pra conseguir isso? Desculpe minha ignorancia, mas os nossos serao mais “stealths” ?

helio

Saudações,

Ainda se fala em F-18 na FAB? daqui a pouco ressuscitam o Rafale.

Amigos, o Gripen será o caça da FAB, isso é fato. Agora é torcer, rezar e sonhar para que cheguem logo e que sejam 108 (li aqui no PA que este era o número mágico…).

Eu também acho que o GDA deveria ter uma aeronave de 5 geração, mas a realidade é outra. Um esquadrão com 18 F-35 seria formidável, ainda mais se pudessem ser embarcados, mas não acho que nossos políticos sejam capazes de avançar tanto……

Tallguiese

Eu so acho estranho porque concentrar todos os 36 grifos em Anapolis? Dava pra formar três esquadrões com 12 cada em três bases diferentes.

Nonato

Desculpe a ousadia. Mas o título não condiz com a matéria. Não fala o atual estágio nem o que está sendo feito ou será a nível de testes. Apenas no início da matéria falou-se do primeiro vôo e do seu atraso desde o final do ano passado. Mas que a Saab justificou que o atraso do primeiro vôo decorreu de mudança da programação. Preferiram concluir o software (já foi concluído? O que estão esperando? Qual a programação atual? Só vão divulgar já com o avião operacional tipo em dezembro de 2018?). O restante da matéria fala sobre o avião e… Read more »

Manuel Flávio

A partir de 2021 a FAB vwi receber quantidade o suficiente para montar um esquadrao por ano. Vai ser muito aprendizado e que deve ocorrer ao longo pelo menos ao longo da primeira metade da próxima década.
Não deveria mesmo espalhar os esquadrões nesse período.

Guizmo

Pois eu acho que estaria de bom tamanho termos, além dos 36, mais 24 totalizando 60 aviões. 05 esquadrões de 12 avioes cada, baseados em Anapolis, Canoas, Sta Cruz, Manaus e Natal.

JT8D

Levamos quase 20 anos para comprar 36 Gripens e agora querem F-35 também? Esperem sentados

Doug385

Também prefiro a adoção de 12 aeronaves por esquadrão. Somente o fator logístico justifica termos mais de 18 aeronaves na mesma base aérea. Seria interessante um Grupo de Caça no litoral nordestino, em Natal ou Fortaleza.

João Bosco

E impressão minha ou a fuselagem do Gripen E é mais parruda que a do Gripen C ?

Junior

Plenamente Operacional somente em 2023 ? Eu entendi certo ?

Farroupilha

Manuel Flávio 16 de setembro de 2017 at 19:01, Boa leitura, até dá a entender que os senhores deputados estão muito preocupados com o país. Interessante seria eles implementarem uma comissão para pedir a presidência do senado e da própria câmara de deputados todas as justificativas para os gastos e o os aumentos de gastos nos atuais 32 anos de democracia brasileira nestas casas parlamentares. Ahh!.. Neste caso eles ficam quietinhos. Para eles quase tudo. Para o país e as FFAA quase nada, que o restante dos brasileiros se virem com migalhas. – – Pessoal parem com essa estorinha de… Read more »

claudio

do jeito que Banânia trata a questão de segurança nacional serão 36 Gripen até o ano de 2150 ,,, esqueçam F 35..ou mais gripens ,,os políticos disso aqui roubaram TUDO ,,.. incluindo o futuro….

Delfim Sobreira

Galante. Não, não li os relatórios, mas considerando o País que vivo, não tenho ilusões. O que se planeja acaba não sendo feito. O que se faz é para ganhar algum por fora. . Não custa lembrar que o apelido do AMX é “F-32”, o que se gastou para se ter uma produção reduzida, dava para comprar o dobro em F-16. . Suécia vai concentrar a frota em menos bases, o Urso agradece. . F-35 para GDA ? A defesa de Brasília exige um caça de alto desempenho e capacidade de interceptação. Israel usará seus “Adir” mais como caças de… Read more »

Carlos Alberto Soares

Porquê os comentários foram “fechados” sobre a tela WAD do F 39 ?
Assunto muito interessante esse,
____________________________

Sobre a tela:
Antonio de Sampaio 16 de setembro de 2017 at 0:02
Concordo em gênero, números e grau o que comentaste.
Estou convecido agora que é um grande avanço para o F 39 e definitivamente
um ítem muito seguro. Parabéns a FAB, AEL e SAAB.

Nunao

“João Bosco 16 de setembro de 2017 at 22:04
E impressão minha ou a fuselagem do Gripen E é mais parruda que a do Gripen C ?”
.
A fuselagem não, mas a junção asa-fuaelagem é mais “parruda” sim, o que ajuda a dar essa impressão geral. A envergadura aumentou justamente por esse acréscimo de área na junção asa-fuselagem, cujas carenagens maiores, na parte inferior, passaram a abrigar o trem de pouso principal.

Nunao

“Carlos Alberto Soares 17 de setembro de 2017 at 6:48 Porquê os comentários foram “fechados” sobre a tela WAD do F 39 ?” . A) porque alguns comentaristas passaram a usar o espaço como palanque B) porque alguns comentaristas começaram a se xingar C) porque alguns comentaristas que foram advertidos e tiveram comentários apagados passaram a atacar os editores do site D) porque a discussão de alto nível se perdeu por causa dessa postura lamentável desses comentaristas, alguns dos quais já foram até suspensos no passado, por conduta que não combina com os objetivos do site. E) todas as alternativas… Read more »

Wellington Góes

AMX 2 Vive. Rsrsrs . Tem gente que não aprende com os erros do passado. . 108 caças?? Se fosse os Gripens C/D, com aviônica atualizada, os 120 seriam possíveis, além da possibilidade de um caça Hi performance como a ponta de lança da defesa aeroespacial nacional. Mas com esse AMX 2 aí……. . Somos um país continental, que outrora já teve mais de 200 aeronaves de combate (Mirage 3, F-5, AMX e Xavante) e o pessoal se contentando com 72 “super, ultra, power, um quase 5ª geração”. Realmente somos um país medíocre. Putz!!! . Se você pensa pequeno, pequeno… Read more »

_RR_

Tallguiese ( 16 de setembro de 2017 at 19:49 ),

Concentrar os F-39 em Anápolis facilita o treinamento, a manutenção e logística de uma forma geral, no inicio da implantação do modelo. Também pode influenciar positivamente nos custos operacionais.

Por estar no meio do País, a base de Anápolis teoricamente permite desdobramentos para qualquer das bases principais no Território Nacional apenas com os tanques complementares.

E concentrar os caças no centro do País também os deixa teoricamente menos vulneráveis a um ataque.

Bardini

Bom mesmo seriam 36 Rafale, pagando mais de U$ 9 bilhões no pacote. Fazer ToT dele e tals, montar aqui… Depois? Poderíamos comprar 108 Gripen C/D com “avionica modernizada”! Pq dane-se a lógica. Todo mundo tem um Hi-Low mix, temos que ter um…
.
Orçamento?
Isso não é problema!
Vamos pensar grande, dar o passo maior que a perna. Negócio é comprar… Manter e operar? Bullshit.
.
Só rindo…

_RR_

Amigos,

Se chegarmos a equipar cinco esquadrões com o F-39, estendam as mãos aos céus…

E depois disso, esperem apenas os substitutos do A-29 lá pra 2035 e então um novo FX pra 2045. E é isso…

camargoer

Olá Colegas. O “RR” colocou uma questão interessante. Tomando como 2025 como referência para o primeiro lote de F39, eles terão 30 anos em 2055, que seria a data razoável para pensar em sua substituição. Um segundo lote de F39 poderia estar operacional em 2030, quando todos os A1 e F5 já estarão fora de operação. Mesmo considerando uma modernização de meia-vida, o F39 irá operar até 2060 (vida longa aos gripens). Realmente, o grande desafio para a FAB depois do Gripen será o “T30” que substituirá o “T27” e o “A31” que substituirá o A29. Ou será que teremos… Read more »

JT8D

Um país que operou o “poderoso” F-5 por 50 anos e os caras querendo “um mix hi-low com F-35”. Só podem estar usando drogas …

camargoer

Olá JT&D A FAB tem um planejamento defino, discutido por nós em vários momentos. Os primeiros F39 irão para o GDA e substituirão os F5M mais antigos. Por algum tempo a FAB será formada de 4 aeronaves de caça, os F39 novos, o A29 e os antigos F5M e A1M. Um segundo lote de F39 substituirá os “M” remanescentes, e a partir de 2035 (mais ou menos) a FAB terá apenas os F39 e os A29. Os primeiros A29 foram entregues para a FAB em 2004, enquanto o tucano T27 é 20 anos mais velho (1983). Então, a pergunta é… Read more »

JT8D

camargoer 17 de setembro de 2017 at 12:37
Olá Camargoer
Que a FAB tenha um planejamento definido eu não duvido. Por esse plano o FX deveria ter sido concluído 15 anos atrás …

Leandro Costa

Wellington, se você acha que nós caímos, imagina então os EUA, que já tiveram alguns vários e vários milhares de caças e agora tem que se contentar com apenas uma fração do que já outrora tiveram. Certamente estão com pensamento pequeno, bastante limitado e não porque a economia não é mais a mesma para ninguém, ou porque o valor relativo das aeronaves de combate aumentou vertiginosamente devido ao nível de tecnologia embarcada, ou porque essa mesma tecnologia, cara que seja, consegue prover um nível de eficiência no qual apenas uma aeronave consegue fazer o que diversas aeronaves faziam antes, etc…

camargoer

Caro JT&D. De fato, lembro-me de acompanhar o FX na virada de 1999 para 2000 e torcer contra o F16 (riso). Lá naquela época, para mim fazia sentido o Mirage2000 como continuidade do MirageIII ou o GripenC que parece ser o mais moderno. Bem, o fato é que teremos o F39 em breve e ele será o principal caça da FAB. Uma coisa que a gente esquece era que o FX era para substituir o F5E e o A1. Nestes 15 anos, a FAB fez um bem sucedido programa de modernização dos F5, que não teria acontecido o FX tivesse… Read more »

Nunao

Camargoer, o FX original a princípio era para substituir o Mirage III, com apenas 12 caças. Eventualmente novos lotes substituiriam o F-5.

Tico

“A aeronave inicial para a Suécia terá o software MS21 que fornece uma capacidade básica de combate ar-ar”
O que seria capacidade basica de combate ar-ar ? Achei que a aeronave já viria com a sua capacidade de combate totalmente desenvolvida.

camargoer

Olá Nunão. Exato, obrigado por lembrar sobre os detalhes do FX. Inclusive lembro que ele previa a compra simples sem ToT e o limite era de 700 milhões de dólares para um número entre 12 e 24 aeronaves. Mas você tem razão em mencionar que lotes sucessivos do FX viriam substituir o F5. Lembro também da Cruzex 2002 e de como a FAB teve que se reinventar a partir dela. O F5M entrou em operação em 2005, só não lembro quando foi a primeira participação do F5M em Cruzex

Bavaria Lion

Tico

Ao que eu saiba (e os sites sobre isso são especulativos, pois ninguem vai liberar informações sensíveis assim), o software ms21 vai possibilitar multiplos alvos plotados e com possibilidade de ataque no modo ar-ar.

A versão posterior do software de combate vai possibilitar engajamento ar-ar, ar-mar e ar-solo simultâneo, podendo plotar e atacar os 3 ao mesmo tempo.

Felipe Morais

kkkkkkkkkkkkkkkkk Aí disseram que faltavam alguém ressucitar o Rafale, chegou o líder do fã clube. Enfim, acredito que o terceiro lote do Gripen não irá sair se a FAB já vislumbrar algo de 5º geração ou algo como um UCAV ou alguma aeronave específica para substituir os A-1 em conjunto com com algo para a MB. Explico: Estamos falando em algo próximo à 2030. Tendo em vista o que dizem, sobre os “ciclos do capitalismo”, considerando as medidas de “pseudoausteridade” que estão sendo tomadas agora, considerando que, diante dessa “onda de moralidade” (ou pseudomoralidade?) que o país vive, acredito que… Read more »

Leandro Costa

Não vejo qual o benefício em se adquirir Gripen C/D enquanto estamos adquirindo Gripens E/F.