Índia negocia compra de jatos Jaguar da França
O Defensenews informou que a Índia iniciou negociações com a França para a compra de 31 caças Jaguar desativados, que anteriormente foram utilizados pela Força Aérea Francesa.
O governo francês fez a oferta de venda dos aviões há cerca de seis meses, e a Índia está buscando ativamente a oportunidade, de acordo com um alto funcionário indiano do Ministério da Defesa.
A oferta será discutida ativamente durante a visita oficial à França, de 17 a 20 de julho, do chefe da Força Aérea da Índia, o Marechal do ar Birender Singh Dhanoa, observou o oficial do Ministério da Defesa.
O funcionário do governo se recusou a comentar sobre o preço oferecido pela França para os caças Jaguar, mas afirmou que a Índia está ativamente considerando a aquisição deles após uma adequada revisão.
Durante sua visita, Dhanoa inspecionará a produção de licenças do Rafale para a Índia nas instalações de fabricação da Dassault Aviation e fará uma saída em uma aeronave Rafale.
Enquanto isso, a empresa indiana Hindustan Aeronautics Limited está realizando o processo de modernização dos aviões Jaguar DARIN III bipostos. Até agora, três protótipos atualizados do Jaguar DARIN III foram desenvolvidos e cerca de 60 aeronaves Jaguar serão modernizadas em três anos, o que dará vida operacional à aeronave por mais 20 anos.
A HAL fabricou 120 aeronaves de ataque de penetração profunda Jaguar sob transferência de tecnologia da BAE Systems do Reino Unido.
Cerca de uma década atrás, a Índia estava negociando a compra de 12 aviões Mirage 2000-5 usados do Qatar e 40 variantes Mirage 2000, incluindo o Mirage 2000-9 dos Emirados Árabes Unidos, mas as negociações falharam com relação ao preço.
A India compra qualquer coisa
Essa aquisição de caças-bombardeiro Jaguar do Armeé de l’Air pela Índia deve ser pelos mesmos motivos da aquisição de caças F-5 da Jordânia pela FAB: uma parte, para modernização e reposição de aeronaves perdidas, e outra parte, para fornecimento de peças de reposição.
A India vai bater o recorde mundial de caças diferentes em uma mesma Força Aérea.
Juliano Bitencourt (JB ) 18 de julho de 2017 at 21:04
Deve ser uma tática para confundir os inimigos
Parabéns a eles, uma visão diferente da estratégia militar da maioria dos países.
Pois um modelo único favorece a logística e o custo de operação. Isto é bom.
Mas uma vez que o agressor domine a fragilidade deste modelo é questão de tempo para a derrota.
Agora lute contra um força variada. E quero ver como se sai.
Pois cada uma das aeronaves terá uma qualidade específica, e o que vale é vencer, não economizar. Dificilmente um agressor terá êxito.
Apenas uma opinião
Renan 18 de julho de 2017 at 21:17
Essa é uma possível explicação. Outra possível explicação, menos nobre, é que a grana deve rolar solta nesses negócios
Tudo leva a crer que a FAB irá fazer algo parecido com os AMX: serão utilizados os M (modernizados, 15 células sob contrato), junto com os aviões do terceiro lote, que embora não tenham passado por modernização, podem usar o Litening e bombas inteligentes. E o restante serviria apenas para scrapper.
ps: espero que alguém se sensibilize para colocar o cabeamento e tudo o que for necessário, para que esses AMX (os modernizados e do terceiro lote) possam operar com mísseis ar-ar na ponta das asas.
Renan 18 de julho de 2017 at 21:17 A questão não é essa, a finalidade me parece, é evitar problemas com possíveis embargos, seja por qualquer motivo, em guerra ou não. Imagina a França embargando a Índia??? seus Rafales teriam dificuldades em operar, imagina se o Rafale fosse seu único e principal caça??? no limite, eles ficariam sempre a mercê de um país estrangeiro, então o uso de vários modelos de aviões, e de vários países diferentes, tem por finalidade manter sempre uma parte da frota não sujeita a embargos ou outros problemas. Eles operam o Rafale, mas também poderosos… Read more »
Eles devem servir de treinadores para os esquadrões que operam o Jaguar ou de fonte de peças.
É uma aeronave datada, mas tem lá seu potencial se operada em boas mãos e estiver devidamente modernizada, principalmente em mãos de quem detém artefatos nucleares.
Sds.
Roberto Santanna: tunneau? eixo longitudinal?
Conversei com um Major Paquistanês q me disse o seguinte, corroborando com o q já li: A India possui meio de “lados diferentes”, porque não quer depender do lado errado, quando em um conflito. Percebam q Paquistão era muito alinhado com os EUA, e agora está se alinhando com a China. Em 1948, se não me falha a memória, a maioria do CS votou q a Caxemira deveria realizar um plebiscito para escolher com quem ficaria. De maioria muçulmana, fica meio óbvia a tendência para o Paquistão. A Russia ainda veta este plebiscito. De lá pra cá, os interesses na… Read more »
Antonio de Sampaio,
Creio que seria mais sensato para a Índia, a médio prazo, substituir o Mirage 2000 e o Jaguar pelo Rafale e os MiG-21 e MiG-27 pelo HAL Tejas, que poderia ter uma versão LIFT. Assim, para missões de alta responsabilidade, a Índia poderia contar com os Su-30, MiG-29 e Rafale, enquanto o HAL Tejas ficaria com outros tipos de missão, mantendo assim as múltiplas opções de fornecedores, mas com uma logística menos complexa.
Um dos aviões mais lindos já construídos!!! Podemos ver um de perto aqui no Museu Aeroespacial do RJ.
A RAF nos presenteou em 2014!!!
Gosto muito do jaguar e acho que ele foi pouco explorado. . Se os franceses tivessem persistido mais na evolução deste caça as vendas teriam surgido em maior quantidade. . Um exemplo era a versão embarcada em que pese ser um bom avião com caracteristicas stol, os motores careciam de maior potencia….depois decidiram investir no na modernização dos SUE e criar o Rafale e o projeto ficou no tempo… . Se tivessem prosseguido, talvez pudessem abocanhar a fatia de Mig-29K da India e seriam uma opção ao Nae SP…e talvez a China em suas tentativas iniciais antes de se calcarem… Read more »
Um pais com mais de 400 idiomas e dialetos e centenas de deuses não se intimida com meros problemas logísticos
Eu até simpatizo com essa opção Indiana de não depender de um único fornecedor, mas a quantidade de modelos é muito acima do aceitável: Su-30, Mig-29, Mig-21, Tejas, Rafale, Mirage, Jaguar, Su-50(mais pra frente), e ainda procurando Gripen ou F-16. Não há justificativa razoável para isso.
Não dava para reduzir para três categorias?
– um ocidental (Rafale ou Gripen ou F-16)
– um não alinhado (Su-30 MKI)
– um 5ª g com participação nacional (Su-50)
J.Silva 19 de julho de 2017 at 20:40
J. Silva, eu concordo plenamente. Embora a independência em reação aos fornecedores possa ser usada como uma desculpa para essa bagunça, ainda acredito que o motivo principal é o dinheiro por fora que rola nessas compras
Ai que pergunto, teremos só o Gripen?
No meu ver mais dois vetores de diferentes origens
seria bem vindo.
Poderia ter 100 Gripen, mas uns 20 vetores Russos e quem sabe mais 20 dos EUA ou China.
abraços
Amigos, Vamos com calma. . A notícia não fala em aumentar a diversidade de caças e aviões de ataque no inventário da Indian Air Force – IAF (Bhāratīya Vāyu Senā), mas em aumentar o número de jatos SEPECAT Jaguar, já operado por eles com sucesso. . Hoje eles já operam cerca de 130 aviões de ataque Jaguar, inclusive duas ou três dezenas das versões bipostas T. Conforme pode ser checado no link – http://www.aereo.jor.br/2016/11/26/jaguar-darin-iii-indiano-atinge-ioc/ – também disponibilizado na matéria, os indianos devem modernizar 110 dos robustos atacantes. Alguns dos itens da modernização: • Motores mais potentes (substituição dos Rolls-Royce Adour… Read more »