Nesta manhã o KC-390 (matrícula PT-ZNJ) decolou da Base Aérea Prince Sultan da Real Força Aérea Saudita (RFAS), próximo à localidade de Al Karj, e seguiu para a cidade de Jeddah (também na Arábia Saudita), conforme mostra a captura de tela do flightradar acima.

O KC-390 pousou na Base Aérea de Prince Abdullah, que compartilha a pista com o movimentado aeroporto internacional Rei Abdullah Aziz (o aeroporto fica próximo à sagrada cidade de Meca).

A Base Aérea de Prince Abdullah hospeda a 8ª Ala Aérea da Real Força Aérea Saudita (RFAS). Ali estão concentrados os C-130 da RFAS que se distribuem por três esquadrões (sendo um deles de treinamento). Estes são responsáveis principalmente por atividades relacionadas ao transporte de carga e tropas com emprego de aeronaves de médio porte (o próprio Hercules).

Na Base Aérea de Prince Abdullah também são desenvolvidos os trabalhos de manutenção da frota de Hercules de toda a RFAS. Deve-se destacar que atualmente quase todos os c-130 da RFAS são do modelo “H”. Os remanescentes da variante “E” foram vendidos para a Turquia e entregues em 2010.

Além da 8ª e da 6ª Ala (esta última já comentada em post anterior). Há outras unidades que empregam o Hercules na RFAS como O 1º Esquadrão (transporte VIP) e o 33º Esquadrão (Evacuação Aeromédica).

Detalhe da Base Aérea de Prince Abdullah onde aparecem diversos C-130 da RFAS com diferentes esquemas de pintura.
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Clésio Luiz

Proposta do piloto da Embraer para o comandante de um dos esquadrões: “eu aposto com você que entrego 15 toneladas de carga do outro lado do país na sua frente, deixando você decolar com 10 minutos de vantagem num dos velhinhos aí, topa?”

LucianoSR71

Qual é o nome do filme ?
– Um estranho no ninho.

Clésio Luiz

O comandante saudita, para não ficar por baixo, insistiu em apenas 5 minutos de vantagem e agora estão fazendo o pega:
https://www.flightradar24.com/data/aircraft/pt-znj#df8aebf
Seria hilário fazer um pequeno vídeo com um celular da cabine do 390, passando o 130 no ar e o piloto de testes falando “tchau baby”.

Clésio Luiz

Comentário retido.

H.Saito
Paulo Jorge

Os sauditas tem em mãos máquinas soberbas e há quem diga que eles não sabem manusear.

Clésio Luiz

Já são cinco voos desde a chegada dele por lá, 3 só hoje. Acho que não lembro de ter tantos voos numa mesma visita nos países anteriores.
.
E fica a curiosidade: quem fornece o combustível nesses casos: a Embraer ou o país interessado na demonstração?

Clésio Luiz

Está descendo, aparentemente indo para a base aérea de Príncipe Sultan, outra base dedicada a aviação não combatente, com esquadrões de E-3, A-330 e KC-130H.

Antonio de Sampaio

Paulo Jorge 5 de julho de 2017 at 7:22
Sugiro aos responsáveis pela área de comentários do Poder Aéreo que destine um pouco de atenção a este comentarista aqui…. presta atenção nele… já começou a encher o saco faz tempo.

Mauricio_Silva

Olá. Os sauditas são grandes negociadores. Estão avaliando o KC-390 em tudo que o aparelho pode fornecer/exibir. Porém… Não acredito que a Arábia Saudita venha ser um possível comprador do KC-390. Eles já tem uma longa tradição de uso do C-130, em suas diversas versões. Tem uma estrutura logística pronta e funcional para o aparelho, bem como expertise na sua utilização. Agora… Com informações confirmadas do desempenho do aparelho (KC-390), eles tem melhores elementos de negociação com os EUA/Lockheed, em relação a preços e desempenho desejado para as novas versões do C-130. Bom para a Embraer? Talvez, pois pode colocar… Read more »

71

O importante não é vender e sim vir pra FAB, os nossos C-130 estão muito ruins.
Se vai vender ou não para outros países ou não é o de menos, o importante é que chegue logo algumas unidades para a FAB.

Antonio de Sampaio

Mauricio_Silva 5 de julho de 2017 at 10:39 Rapaz, esquece isso de Engesa, o Osório não foi comprado pelos árabes porque uzamericanu malvadu sabotaram, esquece isso. O problema é que estou a guerra Iran x Iraque, países que ficam na fronteira com os sauditas, e eles precisavam de um tanque pesado para ontem, a Engesa não tinha como entregar tantos blindados assim em tão curto prazo de tempo, e outra, nem o EB tinha contrato de compra do Osório, e mais, isso foi no auge da Crise dos anos 80, para muitos essa crise econômica foi muito mais grave que… Read more »

Marcelo Andrade

Gente, não sei porque essa neura!!! Deixem o Comercial da Embraer trabalhar. Se não for os sauditas terão outros. O avião nem foi homologado ainda!! Parece até que estamos desesperados pra vender! O KC-390 já tem seu lugar garantido no mercado, mas o ciclo de negociação desse tipo de equipamento é longo.

Tem gente que não faz outra coisa a não ser ficar seguindo o avião no Flightradar!!!

JOSÉ CARLOS MESSIAS

Ao longo dos anos a EMBRAER tem desenvolvido projetos muito bons, sempre observando qual melhor fatia do mercado poderia inserir tais produtos. Com o KC-390 não será diferente. Acredito que essa aeronave levará uma boa fatia do mercado que ‘era’ da família C-130!

Celso

Alguem aqui ja reparou o que significa essa visita de demonstracao a Arabia Saudita……Ok…seguinte, pode ate ser q a Arabia Saudita nao compre por inumeras razoes ja citadas, mas aqui todos se esqueceram q eles sao mantenedores e financiadores na aquisicao de armamentos e outros meios militares para quase todos os paises arabes em seu entorno….bilhoes de dolares ao ano….Egito incluso.

Gilmar

Pois acho interessantíssimo seguir o aparelho pelo mundo, bem como ouvir as conjecturas dos demais participantes sobre a possibilidade ou não de vendas para determinado país. A quantidade de informações embutidas nos comentários é muito relevante, aprende-se e informa-se demais. Eu sou um dos que ficam com o site do FR24 sempre aberto no meu PC, enquanto trabalho, até pela curiosidade de saber por onde a aeronave se encontra neste exato momento. E não é esse o objetivo de estarmos aqui? Informação atualizada e troca de idéias?

Mauricio_Silva

Olá. Antônio de Sampaio, os americanos não são “malvados, capéticos, sabotadores sistemáticos do desenvolvimento do Brasil”. Mas são negociadores hábeis, que fazem sim valer o seu peso geopolítico. E seria “muita ingenuidade” acreditar que somente as “regras de mercado” ditam as negociações para o comércio internacional. Ainda mais no setor de armamentos. Mas não era este o viés que eu queria ressaltar no meu comentário anterior. O que eu realmente queria dar ênfase, é o fato dos sauditas comumente usarem “testes internacionais” como meio de negociação (“pressão”) para determinados fornecedores oferecerem melhores condições de compra de equipamentos. Isso foi feito… Read more »

Leandro Costa

Também acho difícil uma aquisição por parte dos sauditas, mas o que o Celso postou é bem relevante e acredito que isso seja um facilitador de vendas na região.
.
Claro que se os Sauditas resolvessem adotar o tipo seria um trunfo de vendas épico por parte da EMBRAER, com a possibilidade da venda de um número expressivo de aparelhos e todo o suporte imaginável.

Leandro Costa

Mauricio, mas esse é o mínimo que se espera de cada governo. Promover sua indústria ao redor do Mundo. Todos os países fazem isso. Obviamente que, cada país tem um peso diferente no cenário internacional e isso é levado em consideração. No caso dos EUA com a Arábia Saudita, os EUA podem oferecer algum pacote fantástico para o fornecimento de mais C-130J’s ou algum outro off set em troca da aquisição do avião americano. Eles tem maior pano para manobra, claro. O Itamaraty deveria entrar junto, oferecendo o que quer que o Brasil possa oferecer aos Sauditas, e por aí… Read more »

Alexandre Conde

O KC-390 é melhor que todos os outros competidores, mas que [é lógico], haverá uma investida contra do “deep-state” dos EUA , assim como Lobby dos estadunidenses.

Mas ,caso optem pela família da Lockheed, certamente estarão fazendo compra de material inferior ao excelente KC-390!

Mas sei que o mundo todo está babando pelos futuros KC-390.

A Embraer é não é Engesa, trabalhei lá muitos anos.

E que produzamos e vendamos muitos Gripen NG BR também, superior em muitos aspectos ao defeituoso F-35.

Mauricio_Silva

Olá. Alexandre Conte, com certeza o trabalho da Embraer (em termos de vendas e promoção do KC-390) está sendo feito de forma “muito mais profissional” do que fora feito com o Osório pela Engesa. A Embraer não colocou “todos os seus ovos numa única cesta”, somente para começar. Mas… Tem de se aprender com o passado. A possibilidade de venda do aparelho para a Arábia Saudita é (muito) remota. E eventuais testes e demonstrações locais podem ter como objetivo principal mais “colher dados” para futura negociação com a Lockheed do que uma possível aquisição do modelo. A Arábia Saudita já… Read more »

Nilo Rodarte

Quanto aos EUA fazerem pressão contra o KC, é bom lembrar que a Boeing também é americana, tem algum tipo de acordo com a Embrar em relação ao KC e este tem muitos componentes made in USA. Logo se o produto for bom mesmo e realmente se mostrar um substituto ideal para o C130, como penso que seria, pode muito bem acontecer de ao invés de boicotar eles “adotem” a criança, como parece ser o caminho do Super Tucano.

José Lemos filho

Não é só a galinha assentar sobre o ovos que os pintinhos vão nascendo,, precisam de tempo!!! Paciência, o bolo será saboreado por todo mundo, ele saboroso e tem mta qulidade.Entendo a ansiedade que toma conta de todos nós, isto é positivos. A névoa será dissipada quando a primeira venda interncional for efetuada, aí e só correr para o abraço. Esta camuflagem desértica ficou porreta, dando-lhe uma real característica de predador, pura imponência. !!!

Mauricio_Silva

Olá. Não parece haver uma movimentação por parte das forças armadas americanas no sentido de adquirir ou substituir sua frota de cargueiros médios. Assim, não haveria espaço para o KC-390 no inventário americano. Não haveria razão para a Boeing “patrocinar” o modelo dentro dos EUA. A parceria Boeing – Embraer poderia ter sido muito maior e mais efetiva se o Brasil tivesse comprado os F-18. Como isso não ocorreu, as coisas ficaram meio que em “banho maria”: nada oficialmente desfeito, mas nenhum projeto de “peso” (efetivamente) em andamento ou em perspectiva. Se a Embraer quer vender o KC-390, terá de… Read more »

Jeff

“Tem gente que não faz outra coisa a não ser ficar seguindo o avião no Flightradar!!!”
.
MENTIRA!!! Eles pegam uma cerveja entre o pouso e a decolagem…

Tikuna

A Embraer deve buscar estes mercados maiores e com países com maior capacidade econômica.
Se formos buscar ou esperar compras de países como Portugal ou Argentina, estamos é fritos.
Portugal aliás é peso morto, não creio que agreguem algo de importante a Embraer ou a produtos da Indústria de Defesa.

Jeff

Tikuna, por exemplo, a Africa do Sul poderia ir de KC-390, faz parte dos BRICS. Não sei o que eles usam na linha do nosso KC. Alguém sabe?

Wfeitosa

No meu parco entendimento, ressalvo a nuclear, nenhuma arma sozinha é determinante em uma guerra… . Se fosse um F-35/F-22, SubNuc, certeza teria um peso maior, mas estamos falando de um avião cargueiro… . O quanto é estratégico o ganho operacional da DIFERENÇA das capacidades do KC-390 em relação C-130J??? Muito pouco com certeza… . Mas quanto custa e qual é o peso de se manter um aliado como USA como parceiro concreto neste campo onde se joga pesado e sujo?… . No meu entendimento nem os Sauditas e muito menos os USA querem romper essa relação de décadas, e… Read more »

Antonio de Sampaio

Mauricio_Silva 5 de julho de 2017 at 11:21 Isso é verdade, eles jogam pesado na venda de seus produtos, qualquer produto, de defesa muito mais, não acho que chegam a ser desleais, as vezes são, mas não creio que essa seja a tônica sempre, quando perderam o FX-2, a Boeing emitiu uma nota educada lamentando a derrota, mas parabenizando a SAAB e dizendo que respeitava a decisão do Brasil, e que continuaria a trabalhar em parceria com o Brasil e a Embraer, a Dassault por seu turno saiu atirando, atacando todo mundo, comparou o Rafale a uma Ferrari e disse… Read more »

Clésio Luiz

Off TOpic, mas importante: houve uma grande explosão no McKinley Climatic Laboratory, na Base Aérea de Eglin nos EUA. Esse laboratório é responsável por testes climáticos em aeronaves, e me parece que o KC-390 iria fazer ou já fez testes lá. Se não fez, isso pode causar um bom atraso no programa de certificação.
.
https://twitter.com/TeamEglin

Clésio Luiz
Mauricio_Silva

Olá. Antônio de Sampaio, é para isso existe discussão séria: expor conhecimentos e pontos de vista para ensinar e aprender. Que se forem idênticos, perdem o viés do aprendizado compartilhado. E como já fora dito por um “sábio”, “toda unanimidade é burra”. Embraer e Boeing tem sim envolvimento e compartilhamento de projetos. Mas não vejo nada “agressivo”, um “projeto de impacto mundial”. Ao que parece, a parceria para biocombustíveis de aviação é mais “importante”. Além do fornecimento de peças. Causa bem menos “impacto” que o desenvolvimento conjunto de uma aeronave ou sistema aéreo. No caso específico do KC-390, vejo a… Read more »

Leandro Costa

Wfeitosa, na minha humilde opinião, o ganho estratégico com a diferença de performance e capacidade de carga entre KC-390 e C-130J é absurdamente alto. A capacidade de se transportar mais carga, à maiores distâncias e mais rápido por um custo menor, é algo nada menos que fenomenal. As pessoas, em geral, não dão a devida atenção à capacidade de transporte logístico das forças aéreas e ela é de suma importância, mesmo em se tratando de aeronaves de transporte tático de média capacidade de carga, como é a classe do KC-390 e C-130J. E não estou menosprezando a aeronave absolutamente fantástica… Read more »

EduardoSP

Estamos sempre comparando o KC390 com o Hércules na função de transporte. No entanto me parece que as diferenças entre eles se acentuam na função reabastecimento. Considerando a força de Eurofiighters e Tornados dos Sauditas, um esquadrão de KC390 pode ser bem mais útil do que um esquadrão de KC130.
Embora isso possa significar alguma despadronização em relação à força de transporte, supondo que eles continuem com a LM para essa função, o tamanho das frotas envolvidas e a riqueza do comprador podem minimizar essa questão.

JT8D

EduardoSP 5 de julho de 2017 at 20:26
Bom ponto Eduardo. Eu acho que as pessoas estão meio obcecadas com a concorrência KC390 contra C130. São aviões que podem executar missões similares, mas são suficientemente diferentes para serem considerados complementares. É claro que um país de poucos recursos normalmente optaria por um dos dois, mas no caso da Arabia Saudita é perfeitamente viável operar com ambos

Carlos Presunça

Talvez aqui haja uma “pequenina” diferença entre as duas máquinas, com alguma vantagem para o C-130: o C-130 opera em pistas de terra batida, e o KC390?

Fábio leal

Espero que o departamento comercial da EMBRAER esteja menos ansioso que os comentaristas aqui no Forum do poder aereo! O projecto é novo, o mundo está falido, com excepção dos árabes que nadam em petróleo, e há um gigante no caminho, o c130. As diferenças entre os dois são grandes ou pequenas, dependendo da perspetiva. No preço o kc390 não será perdedor, na capacidade as vantagens compensam os defeitos, no panorama político e na manutenção conservadora do que já se conhece é que estará a dificuldade. Com calma e alguma sorte a coisa vai correr bem, se aparecer uma venda… Read more »

Rafael Oliveira

Fábio leal, Certeza que o departamento comercial da Embraer, por mais que queira vender aviões “para ontem”, sabe que é normal um novo avião demorar alguns anos para começar a vender. Volto a citar o caso do Super-tucano. Para quem não sabe ou não se lembra. o Brasil assinou o contrato de compra do Super-tucano em agosto de 2001 e recebeu sua primeira aeronave em dezembro de 2003. O primeiro contrato de exportação somente foi assinado com a Colômbia em dezembro de 2015 e a primeira entrega em dezembro de 2016. Ou seja, após 3 anos da entrega da primeira… Read more »

Fábio leal

Rafael Oliveira,
Não cheguei a ir ver o avião a Castelo Branco, são quase 200km daqui do Porto. Ainda cheguei a falar com a minha esposa mas a ideia não colou para passeio de domingo a tarde!
Cumprimentos

Rafael Oliveira

Fábio Leal,
Que pena. Talvez uma parada em Covilhã ou em outra cidade da Serra da Estrela ajudasse na decisão dela rsrs. Conheci brevemente a região em 2008. Não cheguei a ir ao Porto.

Rommelqe

Tenho um casal amigo, brasileiros, ela e ele medicos que foram morar em Covilhã (tambem ministram aulas na faculdade de medicina), e tem doisfilhos portugueses. Outro casal, muito amigo mesmo, ele portugues de Castelo Branco, formado em engenharia em Angola, ela advogada brasileira; tem dois filhos brasileiros (hoje engenheiros portugueses) moram em Lisboa. Meu avo é de tras dos montes. O KC390 é mais do que um elo mecanico: é só mais uma pequena demonstração de que o Brasil e Portugal tem muito a ganhar trabalhando em conjunto. Abraços

Rommelqe

Alias, se vcs me permitem mais esse momento voltado ao nosso lado humano, sempre conversava com meu amigo Domingos Magno, grande engenheiro mecanico, a respeito do fx . No fx-2 eles ja tinham voltado pra terrinha. Mas onde que eu quero chegar: ele trabalhou aqui na Ishikawajima do Brasil e outras empresas. Voltou a Portugal onde, em Amadora, na antiga Sorefame, ha tambem um excelente centro tecnologico/industrial. Me sinto em casa quando vou a Portugal. Eles tambem quando vem ao Brasil. E respeito muito a industria portuguesa, tanto quanto sei que nos la somos respeitados tambem. Abs aos amigos lusos.… Read more »