Por que o F-22 Raptor não conseguiu ‘kills’ na Síria?
Por Oriana Pawlyk
SUDESTE DA ÁSIA – Os caças de quarta geração dos Estados Unidos este ano marcaram alguns “kills” históricos na Síria.
Em 18 de junho, um F/A-18E Super Hornet da Marinha conseguiu o primeiro “kill” ar-ar dos militares dos EUA envolvendo um avião tripulado em quase duas décadas, quando derrubou um Su-22 Fitter hostil ao sul de Taqbah. Em 8 de junho e novamente no dia 20 de junho, F-15E Strike Eagles da USAF derrubaram drones Shaheed fabricados pelo Irã em At Tanf, enquanto esses veículos aéreos não tripulados se aproximavam ou soltaram munições perto de forças apoiadas pelos Estados Unidos no solo.
Mas os “geeks” da aviação, ou “AvGeeks”, não podem deixar de se perguntar por que o caça mais avançado de quinta geração — o F-22A Raptor da US Air Force fabricado pela Lockheed Martin — esteve ausente da ação.
Então este repórter colocou essa pergunta para o brig. general Charles Corcoran, comandante da 380th Expeditionary Wing, que abriga os F-22s na Operation Inherent Resolve, o nome do Pentágono para a campanha anti-ISIS.
Sentando-se para uma entrevista em seu escritório em uma base em um local não revelado, Corcoran explicou que, embora os F-22s estejam desdobrados na frente, há um número limitado de aeronaves no teatro e nem sempre elas circulam pela zona de guerra dada as distâncias entre os locais.
“Nós colocamos os F-22s nas áreas de ameaça mais altas, o máximo que podemos, mas não podem estar lá 24/7”, disse Corcoran ao Military.com na segunda-feira.
“Quando essas situações ocorreram”, disse ele, referindo-se às aeronaves do regime pró-Síria que ameaçava as forças apoiadas pelos Estados Unidos nas últimas semanas, “as aeronaves que estavam lá eram F-18 e F-15”.
Corcoran, ele mesmo um piloto de Raptor, mencionou que um aviador de KC-10 disse: “eu ouvi vocês ficarem bravos com os rapazes do F-15E” por terem conseguido o “kill”.
“Realmente, quem te contou isso?” Corcoran perguntou.
O aviador KC-10 respondeu: “os rapazes dos F-15E”.
Corcoran o tranquilizou: “Não, ninguém está triste por não ter conseguido o “kill”. Estamos felizes que todos estejam fazendo seu trabalho “.
FONTE: defensetch.org
imagina por azar um F 22 cair na síria numa área controlada por Assad…
Não conseguiu os kills porque custa caro para operar e tem baixa disponibilidade. Em zonas onde as coisas são tranquilas, a USAF está operando o F-22 e o F-35 sem pintura RAM para aumentar a disponibilidade e diminuir os custos. . Não é que eles não tentem manter as coisas sob controle. O F-15, por exemplo, teve incorporado no seu projeto várias medidas de redução de manutenção preventiva, como menos pontos de lubrificação do que o F-4 (os mais antigos lembram da suspensão dianteira do Fusca…). Isso é fácil de ver nas inscrições de manutenção na fuselagem (nas fotos antigas… Read more »
Matéria fraquinha e que não diz muita coisa. O fato é que o Raptor não foi projetado para esse tipo de TO e, como já disseram, ele custa uma barbaridade para operar fora dos EUA.
No fim das contas, somente os F-16 dariam conta de todo trabalho não Síria.
O fato é que qualidade é excelente, mas quantidade sempre será fundamental. Como escrevi em outro texto, quem quer/precisa estar em 3 ou teatros diferentes sempre precisará de quantidade de aeronaves sim. Obs: os russos e chineses não fazem aviões pensando em superar os americanos. é complicado, levaria décadas e é muito caro (fora que estes dois aí têm que se virar sozinhos em desenvolvimento). Os tijolos do muro que separar os americanos de russos e chineses são feitos de ogivas nucleares. Assim eles podem se dar ao ‘luxo’ de fabricar armas convencionais mais preocupados em quantidade que qualidade. Afinal,… Read more »
Nem precisam do F22, eles tem caças de sobra e modernizados , o F 22 só fica na expectativa .
““eu ouvi vocês ficarem bravos com os rapazes do F-15E” por terem conseguido o “kill”.
“Realmente, quem te contou isso?” Corcoran perguntou.
O aviador KC-10 respondeu: “os rapazes dos F-15E”.” — essa me lembra um ‘causo’ de um amigo (já falecido) que gostava de fazer trilha e que um dia com seu ‘humilde’ Lada Niva 1.6 desencalhou a Range Rover atolada na lama de um colega mais abastado, com direito a filmar a façanha!! Ele vibrava que nem criança!! X)
´´enquanto esses veículos aéreos não tripulados se aproximavam ou soltaram munições perto de forças apoiadas pelos Estados Unidos no solo.´´
No lugar de ´´forças´´, leia-se muçulmanos terroristas. A CIA deixa a KGB no chileno em questão de recrutamento de mercenários.
kfir 29 de junho de 2017 at 12:54
.
imagina por azar um F 22 cair na síria numa área controlada por Assad…
.
Caso não pudessem controlar o local da queda para uma posterior remoção, os destroços seriam bombardeados a exaustão para que nenhum material sensível fosse para na mão de quem quer seja, leia-se Rússia. O EUA já fizeram isso muitas vezes no passado.
a tripulacao do KC-10 sao como frentistas fofoqueiros… 🙂
Eu achei bem fraca a matéria também, como se a Síria fosse um espaço aéreo estilo “WWII” cheio de caças inimigos para se gladiarem. Bom se o caldo engrossar valendo por lá é bem capaz de acontecer isso mesmo.
“Cachorro que mostra os dentes para outro é só gritar “pega” que ambos saem no pau.”
O F-22 já interceptou dois su-24 que se aproximavam de posições dos EUA e os pilotos do su nem se deram conta, se não abateram é porque não foi necessário. Até postei isso mas cedo mas parece que peguei um link proibido… me desculpem não sabia que tinha uma rixinha entre os sites.
donitz123
Obrigado pela sua resposta amigo, mas se eu fosse russo, estaria com uma equipe de ação rápida para tentar recuperar antes disso…
Realmente para que usar o F22 em um ambiente de baixa intensidade?
Senhores,
Quando um caça cai não sobra muita coisa dele. Quem desce de paraquedas é o piloto.
Eu acho que o F-22 se enquadra exatamente nesse cenário. Num ambiente recheado de caças russos, caças sírios, israelenses, turcos, mísseis S-300, S-400, Pantsir, TOR, Hulk, Capitão América, Namor, Surfista Prateado…
A meu ver, os F-22 estao ali para “proteger” os “irmaos menores” (f-16 e f-15), dos Flankers…
.
SE houver engajamento… os F-22 entram na “brincadeira”…
.
“a tripulacao do KC-10 sao como frentistas fofoqueiros… ” – Ri d+…. kkkk
Esse não é um cenário para F-22; o risco de uma perda – ainda que ínfimo e muito mais ligado a uma falha do que a um abate – não vale à pena. Porque usar sua espada de ouro (F-22) se um porrete (F-16) resolve tudo? Acho que os americanos aprenderam muito com o episódio do F-117 na Iugoslávia em 1999. Uma reportagem do Poder Aéreo de 03/02/2010 mostra os restos do avião – bastante inteiro, por sinal – sendo examinados pelos militares. O F-22 é pára um TO de alta intensidade, daqueles de filme, não para a Síria, onde… Read more »
Bem, quem carrega o piano?
“Nós colocamos os F-22s nas áreas de ameaça mais altas, o máximo que podemos, mas não podem estar lá 24/7”
Respondendo minha pergunta: É a quarta geração, e ao que tudo indica estão realizando um excelente trabalho, apesar do aparato de defesa russo eles não ousaram contestar a superioridade da maquina de guerra americana quando foram desafiados.
Então diria que o F-22 pode até não voar, mas cumpre sua missão com louvor….
.
Obs.:Imagino que ocorra o mesmo em relação aos Su-35 russos e as poucas unidades mobilizadas.
Bosco, será que o Surfista prateado iria aparecer no radar de alguém?
Acho um alvo muito pequeno para ser “visto” por qualquer radar.
Abraço.
timuskukii, você que me parece um cara esperto e totalmente idôneo, altamente imparcial, me explica aí. Define para mim. O que é: ‘Terrorismo?’
.
No mais, a matéria poderia ter apenas uma linha para responder a pergunta título: “Porque eles não estavam lá.”
A matéria é mais uma provocação.
É uma pergunta não tão necessária.
Kills? Ora sequer há combates aéreos…
Como a própria matéria deixa bem.claro a derrubada do su24 foi a primeira de uma aeronave tripulada desde 1991…
Esse kill sequer merece o nome porque não houve combate. Tratava-se de um bombardeiro e não de um “adversário”, outro caça…
A matéria foi só para provocar discussões mesmo.
Quanta besteira…
Bosco 29 de junho de 2017 at 21:24 . Senhores, Quando um caça cai não sobra muita coisa dele. . Normalmente isso acontece. Lembra do F-15 que caiu na Líbia durante a intervenção americana para apoiar os “pacíficos manifestantes pró-democracia”? . Pois no local do acidente havia um míssil inteirinho, só não me lembro se era um AIM-120 ou Sidewinder. Qualquer um que fosse tenho certeza que russos e chineses adorariam dar uma olhadinha mais de perto. Os americanos preferiram não se arriscar e bombardearam o local. . Aquele Apache que o vovô iraquiano teria abatido durante a invasão americana… Read more »
Depois da comoção que foi o abate do F-117 em uma simples intervenção nos Balcãs, talvez o Pentágono não queira arriscar tecnologias stealth trilionária$ que estão no momento estão à venda, direta ou indiretamente.
Um F-22 abatido fatalmente impactaria nas vendas do F-35, dado o primeiro ser menos detectável.
Bosco, quando um caça cai não sobra nada dele, mas a fuselagem de um F22 não seria importante para engenharia reversa de seus materiais anti radar?
Continuo defendendo que não há necessidade de uso do Raptor neste tipo de TO. Os equipamentos da Força Aérea Russa que lá estão não representam risco de combate direto, a menos que os caras sejam suicidas. Os S300 e aviões de combate da Síria podem ser monitorados pelo E-3 ou neutralizados pelos EA-18G, com apoio dos SH e F-15 nas interceptações. O Raptor está lá pra justificar a montanha de dinheiro que o contribuinte americano pagou no programa. Eles não se preocupam com o risco de abate ou queda por defeito… em ambos os casos, utilizarão o fato para pedir… Read more »
Donitz,
Eu nunca tinha ouvido falar nisso. Valeu!
–
Costamarques,
Mas esse é um risco que nem bombardeando o local da queda poderá ser mitigado. Sempre vai sobrar uma grande quantidade de material para ser analisado.
Paulo Jorge 30 de junho de 2017 at 10:38
Eu me pergunto em qual TO o emprego do F-22 será realmente justificado… É como meu melhor par de sapatos, que comprei na Itália e me custaram algumas dezenas de Euros: só uso “muuuuuito” de vez em quando, “que é pra pra não gastar!” 😉
É procedimento padrão dos EUA, e na verdade para praticamente todo mundo que desenvolve aeronaves de combate próprias, destruir aeronaves que caíram ou fizeram pousos forçados atrás das linhas americanas. Havia essa preocupação já durante a Segunda Guerra Mundial, e há o caso notório da tentativa de destruição de um F-86 que fez pouso forçado atrás das linhas Chinesas na Guerra da Coréia, mas que eventualmente acabou na URSS.
Eu acho que chegamos perto da verdade nesses comentários, com embasamento técnico porque aqui tem quem entenda bem do assunto. Não há combates aéreos, logo não há que se falar em “kill”… O cenário é de alta complexidade e não de alta intensidade: várias forças operando no local, algumas antagônicas, como EUA e Rússia. Logo, há um grande potencial de escaramuças e tiros disparados sem alvo certo, uma versão high tech das nossas balas perdidas, o que não vale arriscar um F-22… Em um cenário como esse, o F-22 cumpre seu melhor papel estando lá, em prontidão, pronto para intervir… Read more »
Bosco 30 de junho de 2017 at 11:05
.
Mas esse é um risco que nem bombardeando o local da queda poderá ser mitigado. Sempre vai sobrar uma grande quantidade de material para ser analisado.
.
De fato. Sabe-se que fragmentos de Tomahawks lançados contra o talebã ainda na gestão Clinton foram parar nas mãos dos chineses por intermédio dos paquistaneses.
Porque é um caça zoado. É igual iPhone, só preço e status.