JSF_helmet_F35-GEN_III

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HDMS
HDMS

por Guilherme Poggio

Muito já foi discutido aqui sobre os problemas do revolucionário capacete HDMS (maiores informações podem ser obtidas aqui e aqui). O capacete, que está na sua versão Gen III e terá um “filhote” denominado Gen III lite, continua a apresentar deficiências. No texto sobre o canhão do F-35 (clique aqui para ler) foram informadas algumas dessas deficiências. Abaixo são apresentadas outras deficiências trazidas pelo relatório do DOT&E.

A questão do peso do capacete já foi largamente discutida e existem alguns posts aqui no Poder Aéreo sobre o assunto (leia sobre o assunto aqui, aqui, aqui e aqui). No entanto, o programa continua buscando soluções para a redução do peso.

Verdade seja dita, na questão da ejeção o peso afeta apenas uma porcentagem muito pequena da população de pilotos de caça, mas para o program isso tem se tornado um grande tormento.

Parte do programa de redução de peso do capacete HMDS Gen III Lite envolve a remoção de uma das duas viseiras instaladas ( uma escura e outra clara). Como resultado, os pilotos que eventualmente precisarem utilizar ambas as viseiras durante uma missão (por exemplo, durante transições do dia para a noite e vice-versa) terão que armazenar a segunda viseira em algum lugar do cockpit. No entanto, atualmente não há espaço suficiente no cockpit para armazenar a segunda viseira. A solução para este problema ainda não foi encontrada e o programa está trabalhando nisso.

Col. Tomassetti’s walk around for his first flight in a F-35 (BF-01).

O programa espera introduzir a versão Gen III Lite juntamente com a entrega dos aviões do Lote 10. Isto deve ocorrer lá para novembro desse ano. Sendo assim, o programa não aceitará a inscrições de pilotos com menos e 136 libras (pouco menos de 62 kg) de peso até, pelo menos, dezembro dese ano.

Embora o capacete HMDS Gen III tenha demonstrado melhorias quando comparado à versão anterior ele ainda apresenta deficiências, principalmente em relação á capacidade de visão noturna.

Os pilotos que empregaram esta versão do capacete em operações noturnas informaram que a acuidade visual do mesmo é inferior à dos óculos de visão noturna tradicionalmente utilizados em caças mais antigos, tornando a identificação dos dos alvos mais difícil e, em certos casos, impossível.

Há também gestões envolvendo o efeito “green glow” (quando há fuga de luz nas bordas do display em noites muito escuras tornando difícil a leitura da simbologia projetada pelo capacete) que ainda não foram totalmente sanadas e que influenciam fortemente as condições de segurança durante operações noturnas embarcadas.

Na maioria dos lançamentos de bombas do tipo JDAM efetuados pela equipe de avaliação ocorreram grandes discrepâncias entre entre as informações do ponto de lançamento (Launch Acceptability Region – LAR).

As informações passadas para o piloto via HDMS eram diferentes daquelas mostradas nos displays da painel que, por sua vez, não eram compatíveis com as informações do sistema da JDAM. Como resultado final o artefato pode não atingir o alvo, causar danos colaterais (em função da imprecisão) ou expor demasiadamente a aeronave (porque precisa lançar o artefato mais próximo do alvo para garantir que ele o acertará).

Para finalizar, não há previsão de realização de testes de descontaminação química ou biológica do capacete, que é parte do programa de ensaios de descontaminação do equipamento de proteção do piloto.

Para ver outros artigos da série DOT&E FY16AR clique nos links abaixo:

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