Voa o primeiro jato Scorpion na configuração de produção
O primeiro avião em conformidade com a versão de produção do jato de reconhecimento/ataque/treinamento Textron AirLand Scorpion fez um voo inaugural bem-sucedido em 22 de dezembro de 2016 na base da Força Aérea McConnell, em Wichita, Kansas. Os pilotos experimentais Don Parker e Dave Sitz realizaram uma série de testes no jato bimotor multimissão biposto, durante o voo de uma hora e 42 minutos para verificar a aviônica e o desempenho de voo da aeronave, bem como outros sistemas.
O Scorpion tem gerado comentários nos círculos da aviação desde o voo do seu primeiro protótipo em 2014. Desenvolvido em parceria entre a Textron e a Airland Enterprises, o avião bimotor em tandem foi concebido e desenvolvido em segredo em 2011 num projeto para criar “os aviões a jato táticos mais acessíveis do mundo”.
Ao contrário de outros aviões militares, o Scorpion foi desenvolvido com uma ênfase implacável em manter os custos baixos, confiando em componentes “off-the-shelf” (de prateleira) e projetos existentes na construção de jatos executivos Cessna, bem como usando pesquisa de mercado e não especificações do governo como uma forma de identificar necessidades não atendidas pelas aeronaves atuais.
A empresa prefere chamar o Scorpion de um jato de inteligência, reconhecimento e reconhecimento – ISR/ataque/treinamento, em vez de um jato de ataque leve, porque é destinado a forças aéreas menores ou missões que dependem de uma aeronave mais barata e mais flexível, no lugar dos sofisticados jatos como o F-35 Lightning II ou o chinês J-20.
Estas missões incluem ataque leve à superfície, controle aeroespacial, segurança nas fronteiras, combate a narcóticos, resposta a desastres, segurança marítima e guerra irregular, como as que as forças de coalizão realizam no Iraque e no Afeganistão. Para este fim, o Scorpion conta com sensores avançados e a capacidade de operar a cerca de 15.000 pés (4.500 m) para evitar o fogo antiaéreo.
Embora projetado com assentos em tandem, o Scorpion pode ser voado por um único piloto. Tem um custo esperado de US$ 20 milhões por unidade, com um custo operacional de US$ 3 mil por hora de voo. Suas asas de 14,4 m (47 pés) têm muito pouco enflechamento e contam com seis pontos duros com uma capacidade de carga útil de 2.200 kg (6.200 lb). Seu design modular permite que as asas sejam substituídas por outras com desenhos diferentes.
Para manter o peso e os custos baixos, o Scorpion tem uma fuselagem toda de material composto com apenas o trem de pouso, acessórios do motor e suportes feitos de metal. No interior, há uma seção de carga útil de 3.000 lb (1.400 kg) para transportar várias munições e equipamentos de reconhecimento. Para simplificar o projeto, a célula não inclui sistemas fly-by-wire.
O Scorpion é propulsado por dois turbofans Honeywell TFE731 com 8.000 lb de empuxo para uma velocidade máxima de 450 nós (518 mph, 833 km/h) e um teto de serviço de 45.000 pés (13.700 m). A autonomia é avaliada em cinco horas orbitando a 150 milhas (241 km) da base.
A Textron diz que a nova versão de produção do Scorpion foi melhorada com base nos comentários dos clientes e 800 horas de voos de testes, incluindo exercícios de treinamento militar e operações em 10 países. Estas atualizações incluem novos aviônicos, uma estrutura modificada, quatro graus de enflechamento adicionados às asas, trem de pouso simplificado, um Heads Up Display (HUD) de próxima geração e controles Hands-On Throttle And Stick (HOTAS).
Além disso, a Garmin agora está fornecendo ao Scorpion o avançado sistema integrado de voo G3000 com um display de alta definição e dois controladores de tela sensível ao toque de alta definição, bem como sistemas de navegação melhorados no cockpit traseiro.
De acordo com a Textron, o voo do exemplar de produção segue-se ao exercício de capacidade de armas bem-sucedido do Scorpion em outubro. A nova versão de produção começará agora seu programa de voos de teste em cooperação com a Força Aérea dos EUA para avaliar sua aeronavegabilidade.
FONTE: Textron / Tradução e adaptação do Poder Aéreo