KC-390 pode ser usado no combate a incêndios em Portugal
Em Monte Real, o primeiro-ministro português definiu claramente essa opção. Isto resulta de vários elementos: de estarmos no momento em que o Estado, através da Lei de Programação Militar, vai ter de investir na substituição dos helicópteros Alouette III, que a partir de 2017 já não podem voar,depois de estarem a operar desde 1978. O processo aquisitivo vai ser lançado em breve.
Vão ser comprados os Lynx?
Vai haver um concurso. Estamos a falar de um modelo similar ao Alouette III, de helicópteros pequenos que podem ser dotados, com investimento muito baixo, de meios de combate a incêndios. Seria incompreensível que, feito esse investimento, não se dotassem os helicópteros dos meios que mais directamente representam uma das vocações reconhecidas constitucionalmente das Forças Armadas, que é a participação de acções associadas à protecção civil e ao bem-estar das populações.
Nessas compras também está o substituto do C-130?
Temos de os substituir. A questão torna-se mais premente depois do que tragicamente aconteceu a 11 de Julho [acidente do Montijo]: perdemos três militares e um C-130. São processos de encomenda com prazos bastante alargados e era inaceitável que os C-130 continuassem a voar nas condições em que estavam, não por questões de segurança, mas por não respeitarem os novos standards da NATO.
A hipótese de substituição é a dos KC-390?
Uma hipótese forte, com certeza, é a do KC-390, avião brasileiro da Embraer com uma incorporação tecnológica nacional relevantíssima. Foi um projecto iniciado há seis anos, nasce de um acordo entre o Estado português e a Embraer, na qual esta se comprometia a investir e a criar emprego, com tradução nas actuais instalações de Évora e na robustez que hoje têm as OMGA [Indústria Aeronáutica de Portugal, SA]. Em contrapartida, o Estado português financiava a investigação aeronáutica para o desenvolvimento do modelo. Foi desenvolvido um avião [KC390] com uma incorporação nacional de 56%, com uma produção muito significativa da fuselagem externa superior a 50% e com a criação de um cluster aeronáutico que Portugal não tinha, numa área tecnológica de concorrência feroz.
O KC-390 é adaptável na luta contra incêndios?
Perfeitamente adaptável, pela montagem de um sistema de captação de águas por abastecimento através de cisterna.
O Governo Zapatero criou a Unidade Militar de Emergência, para combater incêndios e acudir a calamidades naturais. É um exemplo a seguir?
Há que ir por capítulos. A presença das Forças Armadas na vigilância e rescaldo, que não substitui nem é ofensiva [para outros corpos], é importante. Este ano, a previsão de pelotões que podiam ser activados foi superada, com 39 pelotões de 20 homens, num total de 780, em rotação, o que significa vários milhares de militares envolvidos. No ano passado, o máximo de pelotões foi 15. Foram canceladas licenças de férias e cerimónias, com um tempo de empenhamento de cada soldado na fase mais crítica de 72 horas consecutivas. Ao ponto de termos estado no limite do equipamento de que eram dotados. Fomos até ao limite sem violar as regras de segurança. O pedido de ajuda do Ministério da Administração Interna foi facilitado em dois dias.
FONTE: www.publico.pt / COLABOROU: Henrique Carvalho
Off-topic:
Embraer respondeu um RFI da Nova Zelândia para 5 KCs, e pode desenvolver uma variante de patrulha marítima do 190-E2, pra concorrência que irá substituir os P-3 da Nova Zelândia.
http://www.defensenews.com/articles/embraer-responds-to-new-zealand-rfi-for-airlift-surveillance-aircraft
Cara, oferecer o KC é uma coisa, o avião já está desenvolvido, agora, desenvolver do zero uma versão MPA do 190, apesar de haver este projeto na empresa, para uma concorrência de poucas unidades? Sei não. A não ser que a FAB já esteja olhando lá pra frente pois os P-3 não são eternos.
Portugal, tá de c* doce, só pode. Ainda com esse papo de talvez? Hipótese forte?!?! Tá de sacanagem!!!
Quanto a notícia postada pelo Lucas Emanuel, show!!! Não disse que era questão de tempo para que uma versão militar do E-190/95 aparecesse?!?! Era o caminho natural o desenvolvimento do um P-190. O resto é só questão de tempo. É por estas e outras que não acredito no prolongamento de vida útil dos P-3AM FABianos. – A Argentina acabou de esticar a vida dos seus e o Chile também, mas uma hora terão que dar baixa, este podem ser futuros operadores de uma versão P-190. Claro, se tiverem alguma participação industrial no processo, assim como o KC-390. A África do… Read more »
Marcelo Andrade E só chamar a Ericsson para participar do projeto.
Caro Lucas Emanuel, no link que postou tem 2 coisas que p/ mim são novidade :
– Negociações c/ um “global civil customer” p/ o KC-390 ( chutaria a FEDEX ), isso seria algo concreto não aquelas histórias aventadas desde o lançamento do projeto, inclusive venda p/ o Correios do Brasil.
– Uma versão de patrulha do KC-390 c/ sistema de missão paletizado, permitindo que a aeronave não fique dedicada exclusivamente p/ este emprego, podendo uma vez retirado, desempenhar missões de transporte de cargas, passageiros ou fazer evacuação médica. Nunca tinha ouvido falar dessa possibilidade.
Luciano Baqueiro 17 de novembro de 2016 at 21:05 Ainda não tinha lido o link postado, se for isso mesmo, é algo bastante alvissareiro. Vamos torcer. ______________ Quanto a um E-190 AEW&C, não há problema, a Embraer já tem experiência nesse trabalho com o reconhecido E-145, segundo consta, a próxima aeronave de Alerta Aéreo Antecipado e Controle da FAB, terá como base o E-190. O E-190E2 tem um alcance muito maior que o E-145, além de mais espaço para tanques internos, creio que seu bagageiro, que deve ser de bom tamanho, possa se tornar reservatório de combustível também, dando ao… Read more »
Taí uma comparação interessante, o que cada um oferece de vantagens : KC-390 Patrulha ‘Flex’ – polivalência, poderia operar em pistas mais rústicas e de menor comprimento, além custo e prazo de desenvolvimento menor, pois, por exemplo não precisaria desenvolver um sistema Revo, já nasceu c/ ele. E-190 E2 – poderia ter maior autonomia ( diria até que certamente c/ tanques extra no porão isso não seria difícil ) e menor custo de operação já que derivaria de uma aeronave civil c/ grande nº de unidades vendidas, além de provavelmente menor consumo de combustível ( sua aerodinâmica e diâmetro da… Read more »
Essa de um “P (190/5)” remonta a ideia de similaridade com o existente, então lá vão:
1- Porta Bombas, p/ “as próprias” e torpedos – Como aplica-las na falta de “expertise”? via Boeing? mas tem o P-8!
2- Cabide nas asas p/ misseis e foguetes?
3- Isso contando com similaridades, mas a adoção de sonda reabastecedora, pois espaços p/ sonobóias também terão ocupação dos porões, eliminando espaço p/ combustivel.
Bem ! É uma viagem a um projeto contando com a visão do que temos na atualidade.
Esta ai a resposta da EMBRAER das possíveis vendas do KC e do E-190 AEW&C
http://www.defensenews.com/articles/embraer-responds-to-new-zealand-rfi-for-airlift-surveillance-aircraft
e os portugas continuam achando que inventaram o KC.
A Ericson não existe mais. Foi adquirida pela SAAB. Os porões do E190 só permitem, aproximadamente, 3.000 kg de querosene. Isso significa 01:30h horas de vôo a mais. Já postei isso 4 vezes noutras matérias.
Mestre Luciano Baqueiro,
Quer um KC-390 Flex assim?
https://projetosalternativosnavais.wordpress.com/2016/02/10/embraer-kc-390-bomber-emprego-de-container-drone-planador/
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Bem, agora se o E190 MPA for construido será sensacional….
Amigo carvalho2008, quem sou eu p/ ser um mestre, fico feliz c/ a possibilidade de ser um aluno aplicado dos verdadeiros mestres que muitas vezes passam pelos bons sites do ramo, rs. Não posso ler agora o artigo c/ atenção, mas pelo que eu sei o B-52 tem uma parafernalha eletrônica capaz de reduzir bastante sua vulnerabilidade, então o KC-390, no meu modo de ver, teria que fazer algumas ‘mágicas’ p/ ser menos vulnerável também.
Caro Rinaldo, creio que vc esteja considerando a 1ª geração do E-190, não sei se muda muito, mas a E2 possui nos motores mais eficiente e novas asas – isso já determinou um incremento de autonomia p/ cerca de 5.200 Km na versão padrão civil, então sua conta pode ficar melhor.
ivo 18 de novembro de 2016 at 9:23 Sou português (portuga se assim o preferir) e não acho que inventei o KC-390. O que o primeiro ministro português disse, pode não estar rigorosamente correcto nos números (os quais desconheço), mas no essencial ele não disse nenhuma mentira. O que ele pretende com este tipo de afirmação é apenas fazer campanha junto da opinião pública (contribuintes) pelas virtudes da eventual escolha do KC-390 para substituto do C-130 na FAP. Se a saída da USAF da BA Lages se concretizar será bem mais fácil a opcção pelo KC-390. Os norte-americanos tem uma… Read more »
Notícia importante: KC390 recebe certificado de tipo provisório por parte de autoridades brasileiras: https://www.flightglobal.com/news/articles/brazilian-military-validates-kc-390-certification-co-431634/
Olá Carlos Gil! A questão é que este estica-encolhe do governo português já vem de algum tempo, inclusive chegou a cogitar a compra de mais C-130 em substituição/complementação da atual frota. Se a questão é não melindrar o governo estadunidense, então que o façam através da aquisição de outros vetores, justificativas e necessidades é o que não falta. Não é preciso de todo este lenga-lenga. – É só dizer “desculpe, iremos substituir nossa frota de cargueiros C-130 por unidades do KC-390, por entendermos que ele atende às nossas necessidades e porque investimos no seu desenvolvimento, ou seja, temos compromissos indústrias… Read more »
Afora os C-295 MPA, ou C-235, ou C-212, qual outra aeronave de transporte de carga é usada como aeronave de patrulha e esclarecimento marítimo?! – Amigos, aeronaves MPA são, normalmente, aeronaves com perfil aerodinâmico mais esguio, por isto as aeronaves comerciais (no caso russo, bombardeiros com grande raio de ação) são as preferidas para o desenvolvimento de versões AEW&C, RS/ELINT e MPA. O KC-390 pode até ser ofertado na versão de patrulha marítima, mas afirmo quase que total certeza, dificilmente venha existir alguma unidade desta versão, mesmo que com sistemas paletizados (fico imaginando a dor de cabeça e o trabalho… Read more »
“Casa” de novo ?
Eu e o Juárez vamos infartar (no meu caso será a 2a. vez).
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R Nery
Não adianta, o pessoal não lê e não pesquisa.
Çaco.
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Os Portuga nã vão comprar nada.
Os C 130 “véios” estão indo para MRO, o parlamento já aprovou.
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Combate a incêndio ?
España, França, Russia e a QPQ dão suporte, portanto ……
http://www.tsf.pt/sociedade/interior/fogos-russia-envia-dois-avioes-para-portugal-5335405.html
https://www.youtube.com/watch?v=ble4cEdOee8
“Foi desenvolvido um avião [KC390] com uma incorporação nacional de 56%…”
Por favor. O KC-390 é um projeto da Força aérea brasileira em conjunto com a Embraer, com investimentos de 4 bilhões de dólares só do governo brasileiro, sem contar a parte da Embraer. É um avião fabricado no Brasil. A participação total de Portugal no projeto não passa de 5%, como fornecedor de aeroestruturas. Se não me engano, o governo de Portugal investiu algo entre 150 e 200 milhões de dólares se muito.