e-3_raf

A frota britânica de aeronaves AWACS E-3D Sentry está impossibilitada de voar. A frota de seis aeronaves está no chão faz semanas e como resultado os aliados britânicos estão se virando como podem para cobrir a ausência desse tipo de avião sobre o Iraque e a Síria.

Normalmente a RAF possui um desses Sentry‎ baseado na ilha de Chipre como parte da contribuição para a “Operation Shader”, como os britânicos se referem ao combate ao ISIS.

Na verdade elas não estão tecnicamente “groundeadas”, mas sim impossibilitadas de voar. No começo do ano o ministro da Defesa informou que duas das quatro aeronaves da frota estavam passando por manutenção nível parque, ou seja, processos longos e demorados.

Um porta-voz da RAF informou que “foram identificados problemas no cabeamento elétrico e no sistema de ar condicionado durante ma inspeção de rotina numa das aeronaves E-3D da RAF. Por questões de segurança a aeronave voará somente quando a questão for resolvida”. Esse problema afeta apenas as aeronaves britânicas.

com informações do Defense News

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Maximus

Existe a possibilidade, ou seja, seria interessante/viável, para a EMBRAER fazer uma versão do KC-390 AWAC para operações como descritas no texto, para a FAB e outras forças aéreas?

Sds

Ederson Joner

Sim existe, mas um E 190 poderia ser mais lógico para esta operação, dadas suas coedições como autonomia. O KC 390 tem uma estrutura reforçada e pesada, o que seria desnecessário para este tipo de missão.

Clésio Luiz

Para vocês verem como é difícil manter aeronaves antigas operando. A FAB aposentou os KC-137 mesmo as células ainda tendo horas e voo disponíveis. Já USAF opera os KC-135 e E-3 mas com certeza não está saindo barato.

Maximus

Obrigado Poggio e Ederson. É verdade, lendo a matéria, o E-190 é o melhor custo/benefício para este tipo de operação.

Abs

Leandro Costa

Não consegui encontrar a matéria. Alguém poderia disponibilizar o link, por favor?

mbp77

“A frota de seis aeronaves…
*
Normalmente a RAF possui um desses Sentry‎ baseado na ilha de Chipre… (-1)
*
… o ministro da Defesa informou que duas das quatro aeronaves da frota estavam passando por manutenção nível parque, ou seja, processos longos e demorados…. (-2)
*
… durante uma inspeção de rotina numa das aeronaves E-3D da RAF…” (-1)
*
Bom, ou a matéria está mal redigida, ou pela minha conta tem duas aeronaves “sobrando”, não?
Estão em manutenção também?
Sds.

Iväny Junior

Editores
.
Acredito que cabe uma matéria sobre a histórica do AWACS e AEW&C, bem como os primeiros e os principais vetores nesta função.
.
Saudações.

Matheus Henrique

o E190E-2 seria perfeito. inclusive uma versão Marítime Patrol Também com sistema de REVO Tipo BOOM só não curto esse Erieye da SAAB poderia ser aquele radar do E-7. Saudações!!

Rinaldo Nery

A idéia não partiu da EMBRAER. Foi sugestão da FAB (2°/6° GAV). Em 2009 levei essa idéia na Terceira Subchefia do EMAER. Mas o radar Erieye necessita de um incremento no alcance, o que foi informado à engenha da SAAB em 2008. Parece que a SAAB já efetuou essas melhorias, de acordo com a matéria que foi publicada aqui, sobre a plataforma Gulfstream equipada com o Erieye. Acho que a EMBRAER perdeu o bonde da história. Como curiosidade, em 2008, o 2°/6° GAV recebeu a visita do oficial general da RAF, Comandante do Grupo 2 (ou 5?), responsável pelas UAE… Read more »

Rinaldo Nery

Matheus, você pode não curtir mas é muito mais moderno e eficiente que os radares giratórios dos E-3 e do Hawkeye. E é imune à interferência eletrônica.

Iväny Junior

Eles devem estar operando via rádio codificado com algum AWACS da USAF ou da marinha francesa. Igual ao brasil desde sempre (sem datalink).

Rinaldo Nery

Todos na OTAN usam o Link 16. Inclusive a RAF, a USAF e a US NAVY.

Carlos Alberto Soares-Israel

Sem RAF ?
Tem USA, França, Itália, NATO, SA (?) e a torcida do Flamengo.
Vale como notícia, mas a área está coberta por AWACS.
________________________________

Cel R Nery
O Senhor já comentou tudo isso e mais de uma vez com certeza.
Ou o pessoal tem preguiça de ler ou são ruim de pesquisa mesmo.
Pena que a plataforma 190 não foi adiante, o Senhor inclusive mencionou sobre limitação de geração de energia nos 99 e isto seria solucionado na “nova” plataforma.
Se não me engano inclusive foi sua NT (Nota Técnica) junto a FAB e a SAAB.
Saudações.

Iväny Junior

Rinaldo Nery
.
Não sabia que os datalinks eram integrados. Imagino que deva ter modos de criptografia para missões autônomas e missões dentro da OTAN. Grato pela informação.
.
Saudações a todos.

Matheus Henrique

Não me refiro ao radar do E-3 nem do hawkeye, Mais modernos e mais eficientes que os radares giratórios? só as potências utilizam radares giratórios, EUA, UK, RÙSSIA, CHINA Justamente pela sua eficiência e superioridade dos radares Fixos. você não conhece o E-7A Wedgetail? A RAAF tem ele…se os ingleses não tiverem E-3 nas malvinas são os melhores AWACS abaixo da linha do equador. Abraço!

Rinaldo Nery

Matheus, acho que entendo mais de AWACS que você. Os EUA não conseguiram, por muitos anos, fabricar radares phased array para aeronaves AWACS. Só a ERICSSON (hoje SAAB), na Suécia, sabia fazer. O radar do Wedgetail levou muito tempo para ficar plenamente operacional. Por isso todos utilizavam radares giratórios. Não porque eram melhores.

Bueno

Muito legal o relato do Rinaldo Nery. Obrigado por nos presentear com este relato
Que pena a EMBRAER não ter ousado e investido nesta plataforma, se tiver mercado ainda há tempo com o E-190E2.

Bardini

Rinaldo Nery,

A FAB pretende 108 caças, se um E-190 AEW&C vingasse, quantos seriam necessários a força?

hamadjr

Não lembro de ler algum comentário mas os Russo estão fazendo uso de algum AWACS na Síria?? porque se a OTAN o faz imagino que eles também façam, ai vem outra questão se estão fazendo mais recente tipo depois da Turquia ter abatido o Su-24. Mistério.

Matheus

hamadjr 8 de novembro de 2016 at 15:28

IL76/A-50

Rinaldo Nery

Bardini, 06 aeronaves seriam mais q suficientes.

Matheus Henrique

Então a USAF vai usar o E-7?

Matheus Henrique

Porque não um E190 E-2 pra substituir o P-3 também? 🙂

Rinaldo Nery

A USAF não vai utilizar o E-7, ainda, porque possui uma frota enorme de E-3, que tiveram seus sistemas aeroembarcados modernizados recentemente. Quando a plataforma atingir o seu limite da vida útil, e outra modernização não for mais economicamente viável, eles substituirão por outra coisa qualquer melhor que o E-7. AWACS custa muito caro.

Fresney

Não entendo como os ingleses tem esse poder militar, país pequeno e ainda com um monte de bases espalhadas pelo mundo. Lá sim a defesa é levado a sério mesmo eles bancando as mordomias reais, sem falar que eles tem a câmara dos lordes e não essa loucura de senadores e deputados que corrompem nossos impostos.

edimur

Embraer E-190 baita aviao gostoso de viajar, muito top

Maximus

Rinaldo Nery 8 de novembro de 2016 at 13:21

Cel. Nery,

Em caso de necessidade e/ou guerra, o data link dos caças/aviões da FAB, pode ficar “lincado” com os aviões da OTAN atuando como um grupo único?
.
Em tempo, obrigado ao senhor por nos proporcionar os seus relatos, na visão de quem vive o dia-a-dia da FAB; na prática da vida, a teoria é outra mesmo.

Abs

Mateus

A EMBRAER dormiu e quem abocanhou foi justamente sua rival Bombardier com o Global Eye:

http://www.aereo.jor.br/2016/02/17/globaleye-da-saab-redefine-o-mercado-de-vigilancia-aerea/

Marcelo Andrade

Pessoal, na época do Projeto Sivam, a plataforma seria o EMB-120 Brasília AEW, mas a fuselagem era pequena e o alcance tb. Estava surgindo o EMB-145 e ele veio a calhar. Ainda não havia o projeto do ERJ-170 e 190.

Está aí o Cel Nery para nos ajudar na informação!! Grande abraço!!

Marcelo Andrade

Agora, acho impressionante é embaraçoso uma força aérea como a RAF ficar sem nenhuma plataforma AWACS!! Se fosse aqui na FAB os urubus estavam fazendo a festa, mas é a RAF né??
Chamem os E-99 da Grécia!!!

Ádson Caetano Araújo

É, vão me crucificar e novo. A melhor opção em termos de custo de aquisição, operação, confiabilidade é o P-3.
https://www.flickr.com/photos/md11forever/4839688909

Iväny Junior

O P-3 hoje não é mais uma plataforma viável de uso multifuncional. Tem um problema crônico de asas e tem que reabrir a produção pra substituir. A FAB já tá tendo uma certa dor de cabeça com eles…
Seria algo bom fazer um P-190 também, porém, deve sair bem caro…

Rinaldo Nery

Maximus, infelizmente não. O Brasil optou pelo Link BR2, que é um link desenhado somente para as nossas FFAA. As aeronaves poderiam, tecnicamente, possuir um segundo link (que poderia ser o 16), mas, não foi a nossa opção. Acho (XO poderia confirmar) que as nossas fragatas possuem o link 11. Participei, em 2009, de uma reunião no EMAER sobre a implantação do link BR2. O assunto é bem complexo. É um salto tecnológico enorme para o Brasil. Data link nada mais é, simplificando, que um chat. Os “informáticos” dirão que não é tão complexo. Mas, para o emprego militar, há… Read more »

Maximus

Rinaldo Nery 8 de novembro de 2016 at 21:02

Muito obrigado, Cel. Nery.

Grande abraço

Matheus Henrique

A Boeing é parceira de vendas da Embraer pro KC-390 será que ela ia gostar de um P-190 rivalizando o P-8?

Ádson Caetano

Ivãny,
A linha de montagem das asas já foi reaberta por ser um avião ainda em operação pelo Chile, Austrália, Canadá, EUA, e outros que não recordo agora. Os P-3 já viriam com asas trocadas. Além disso tem um alcance de 16 horas de vôo sem tanques estras, um 190 tem quantas?

Ádson Caetano

Extras*

E.Silva

Cel Nery,

Por falar em LinkBR2:

Quando se fala da operação de aeronaves não ocidentais na FAB um dos problemas levantados é como esta aeronave iria se comunicar com os sistemas ocidentais que são adotados hegemonicamente na FAB. O LinkBR2 integrado a ambos os sistemas seria capaz de resolver essa comunicação ou a coisa é muito maior que isso?

Caerthal

O 190 E2 possui um alcance aumentado com relação ao 190 E1. Se usar as asas do 195 E2, um pouco maiores, aí talvez o alcance aumente umas 400 nm. Sem falar que o novo turbofan GTF é quase 20% mais econômico em cruzeiro. Taí a receita para as futuras versões de longo alcance (Lineage 1000 E2, 190 AEW&C, Patrulheiro, ..).

André Bueno

Caerthal 9 de novembro de 2016 at 11:44

Além disso, adaptar um tanque no porão de carga.

Caerthal

André,

Os Lineage 1000 possuem tanques no porão, o que permite que o alcance praticamente duplique com relação ao 190. Lembro também que de toda linha 175/190/195 E2 o 190E2 é o de melhor performance na decolagem/aterrissagem.

Wellington Góes

Poggio e Cel Nery,

Com a aproximação da SAAB com a Boeing e Gulfstream, a possibilidade de um AEW&C, conforme o proposto pela Embraer na plataforma EMB-190, subiu no telhado, ou ainda tem chances?! Como dito, esta proposta é de 2013, de lá para cá sabemos da proposta da SAAB usando os aviões da Gulfstream, aliás, com divulgação em feiras e tudo mais, será que a Embraer ainda teria algum interesse em usar o Erieye?!

Faço a pergunta porque não tenho tido informação a este respeito já algum tempo.

Grande abraço e até mais!!! 😉

Rinaldo Nery

E. Silva, basta que instalem rádios Rhode&Schwarz. Wellington, um projeto desse teria que ser disparado pela FAB ou por outra FA. O radar Erieye é um dos melhores custo/benefício na sua classe. Caerthal, os porões do E190 tem capacidade de 1.850kg e de 1.440kg (dianteiro e traseiro), respectivamente. O que permitiria um incremento máximo de 3.000kg de combustível, aproximadamente. Isso permite, somente, um aumento aproximado de 01:30h de vôo. Não duplica. A capacidade de combustível do E190/195 é de 13.120kg de querosene. Considerem o consumo médio de 2.100kg/h (em cruzeiro). On station esse consumo poderia cair pela metade.

cfmonteiroLuiz Monteiro

Prezado Nery,

A MB utiliza o Link YB e Link 11.

Abraços

Iväny Junior

Adson
.
O perfil de missão de um patrulheiro/AEW&C a jato é bem diferente de um turbo-hélice. Nominalmente os alcances dos modelos turbo-hélices e sua autonomia são sempre maiores. Porém, como alvos de alto valor em um conflito, eles devem ter maneiras de se evadir da área caso necessário, e neste âmbito, um jato é bem melhor.

Rinaldo Nery

De fato. Já fiz uma “safe escape” fugindo de um F-5EM, na Operação Poraque, em 2008. Se fosse num P-3 era caixão.

Justin Case

Amigos, Sobre a pergunta de E.Silva 9 de novembro de 2016 at 10:09 Tecnicamente, qualquer avião que opere duas redes (Link BR2 e Link16, por exemplo) poderia usar as informações recebidas por uma delas para alimentar a outra rede. Isso porque os dados recebidos, mesmo que sejam provenientes de uma transmissão criptografada, independente do meio de transmissão (banda de RF, salto de frequência, etc) têm que ser decodificados para uma linguagem clara antes de serem usados operacionalmente pela aeronave receptora. Imaginando um contato radar recebido via data-link BR2, contendo dados de posição e time-tag, por exemplo. Essa informação vai para… Read more »

Caerthal

Rinaldo,

Verdade. Para conseguir duplicar o alcance (190: 2400 nm vs Lineage 100E: 4600 nm), além do maior volume de combustível, há que se considerar que na decolagem o Lineage estará com umas 8 toneladas a menos, mesmo que vazio pese umas 4 ton a mais). De qualquer forma o novo PW GTF é bem mais econômico em cruzeiro. Isso, juntamente com asas com elevado aspect ratio em tese prometem que o 190 E2 será uma aeronave bem melhor para missões de grande duração que o seu irmão mais velho.

E.Silva

Cel Nery e Cel Justin Case,

Obrigado pelas respostas.

Justin, no Gripen a coisa deve ser bem por aí mesmo. Minha dúvida seria mais em relação a um sistema não ocidental, por exemplo:

Um T-50 russo seria capaz de operar integrado com um Gripen e/ou um E-99 via link BR2? Ou seria necessário desenvolver um software que transformasse os dados do datalink nativo da aeronave russa para o sistema comum brasileiro (linkBR2).