Boeing apresenta novo conceito de caça de 6ª geração
A Boeing apresentou uma nova arte conceitual para o avião de caça da próxima geração da Força Aérea dos EUA (USAF), um design elegante e sem cauda com entradas de motor conformais e o que parece ser uma cabine tripulada.
A última imagem, fornecida à Aviation Week em 1 de novembro, parece mais um caça-bombardeiro do que um caça puro. A fuselagem sem cauda, asas finas e moldagem conformal sugerem uma aeronave furtiva que pode ser capaz de voar supersônico. A silhueta de um piloto dentro do cockpit indica que a Boeing busca uma plataforma opcionalmente tripulada.
A nova visão da Boeing surge quando a Força Aérea começa a consolidar um plano para a próxima geração de superioridade aérea, também chamada de “sixth-generation fighter”, “next-generation air dominance”, e mais recentemente “Penetrating Counterair” (PCA). A USAF acabou de lançar um estudo do Conselho Consultivo Científico da Força Aérea (AFSAB), que começará a identificar as capacidades-chave necessárias para lutar no campo de batalha de 2030, antes de uma análise formal de alternativas (APA) para PCA.
A iniciativa “Air Superiority 2030” da Força Aérea identificou uma capacidade de PCA híbrida como chave para assegurar a superioridade aérea em futuros espaços de batalha negados caracterizados por sofisticados sistemas de defesa aérea e tecnologias contra-aéreas. Mas até agora, a Força Aérea só descreveu o PCA em termos relativamente amplos.
Sabemos que o PCA será uma “família de sistemas”, e provavelmente incluirá algum tipo de caça furtivo da próxima geração para operar ao lado e eventualmente substituir os F-22 e F-35 da Lockheed Martin. Também pode incorporar o novo conceito de avião arsenal, onde vários caça com sensores direcionam os disparos de um avião maior carregado de mísseis.
O estudo do AFSAB, anunciado 27 de outubro, começará a definir as principais características operacionais de uma capacidade PCA. O esforço anterior ao AEA examinará os adversários prováveis, identificará e avaliará as tecnologias relevantes e determinará os prazos e os investimentos necessários para amadurecê-los. O estudo pretende fornecer um roteiro tecnológico para apoiar o desenvolvimento e colocação de uma capacidade inicial PCA em 2030.
O AFSAB planeja informar os principais executivos da Força Aérea sobre os resultados do estudo em julho de 2017 e publicará um relatório em dezembro de 2017. O estudo apoiará um Acordo de Negócios formal, que deverá começar em janeiro.
FONTE: Aviationweek.com
Parece que os americanos, apesar dos radares de bolinhas fotônicas, não vão voltar aos caças com RCS de Titanic carregado de penduricalhos debaixo das asas.
Nos anos 80, antes do aparecimento do YF-22 e YF-23, foram divulgados pela Grumman, McDonnel Douglas, Lockheed, Northrop, Rockwell e Boeing muitos conceitos do que seriam as propostas desses fabricantes para o programa ATF.
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No fim das contas, os desenhos, mesmo os divulgados pela Lockheed e Northrop, não tinham nada a ver com o que foi apresentado depois.
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Eu não levaria esses desenhos a sério, especialmente o segundo com tomadas de ar sobre a fuselagem.
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Quem dita o formato da aeronave são os requerimentos operacionais, não a imaginação dos artistas gráficos dessas empresas.
Concordo Clésio!
Mas ainda assim acho que não vão voltar a ter RCS de Titanic com um monte de penduricalhos.
rrsrss
Na visão dos “antistealthianos” um caça ideal vai ser parecido com o Su-35 pelo menos até metade do Século XXII. RCS pelado na faixa de 1 m², Mach 2.5, manobrabilidade de andorinha puxando 10 g com TVC, capaz de carregar 8 t de penduricalhos debaixo das asas, 11 t de combustível interno, custo de 50 milhões de verdinhas, capaz de ser produzido aos milhares.
Evoluir pra quê se vai ser pega por uma dessas “bolinhas” mágicas uma hora??
Parece aqueles desenhos do meu velho livrinho “Guia de Armas de Guerra – Aviões do Futuro”…
Sempre achei que a sexta geração seria mais do tipo do piloto combater a distância como um UAV.
Kkkk Hawk, tb sou colecionador desta série de livros, tenho vários e de vez em quando gosto de folhear para lembrar os bons tempos da Guerra Fria!!!
Bosco, 10gs??? Mas o ser humano só aguenta no maximo 6gs!!!!!
É, eu tenho aquele livrinho também. Previu muita coisa que acabou aparecendo na década de 90.
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Marcelo, os pilotos de acrobacia aérea da categoria Unlimited discordam de você 🙂
Alem da Boeing a Grumman ta no páreo pra este projeto.
Quem sabe a Grumman desenvolva uma caça de 6º geração tão famoso e espetacular quanto o seu TomCat dos anos 80?
Eu achava que todo avião precisasse de estabilizador vertical. Por acaso é uma espécie de fly-by-wire e software que permite o bichão voar? O caminho dos EUA, ao meu ver, tem que ser esse. Evoluir logo pra sexta geração e voltar a fazer caças dedicados. Talvez o primeiro seja o de superioridade aérea.
Mas quais são as características que definiriam um caça de 6ª geração?
Manuel Souza, veja o B-2.
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2030??? Tão com pressa!!! O F-35 nem ta operacional (e eu seu daquele super/hiper/mega IOC) e eles colocam pra 2030? 10 anos depois de quando saberão, mais ou menos, o que querem? Se for um prazo sem compromisso e sabendo que vai ser esticado, ai eu concordo!
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PS: O pessoal da USAF deve estar muito preocupado, devem estar pensando: nossa!!! O Delmo não gostou do nosso planejamento!!!
Olá.
O Jacinto Fernandes fez uma pergunta bem pertinente: o que define um caça de 6ª geração? Pelas especificações dadas (generalistas demais) não dá para concluir muita coisa.
Como bem falou o Clésio Luiz, parece ser somente “arte conceitual” e não verdadeiros estudos baseados em especificações definidas.
Também tenho os dois volumes do “Guia de Armas – Aviões do Futuro”. Lembro-me de ficar particularmente impressionado com o “estudo” para o futuro bombardeiro estratégico americano. O desenho em nada lembra o B-2.
SDS.
Sexta Geração será AI + Robotica = caças sem pilotos.
Senhores, que saudades de comentar aqui. Pois bem, esses conceitos me lembram as linhas de caças futuristas, como o F-37 Talon, do filme Stealth (2005). Alguém já assistiu? Além do F-37 havia a geração seguinte, provavelmente a 6ª, o EDI, um caça com inteligência artificial, UCAV e também tripulável — se necessário. Tirando as bizarrices de um filme de ficção pipoca para entreter leigos, o conceito é bem interessante.
Galante, libera o link, por favor.
F-37 Talon
http://media.moddb.com/images/groups/1/3/2044/MVC-026S.jpg
?h=rJqHTFGzTcVZXf9aM0YwXA
EDI
http://vignette4.wikia.nocookie.net/fictional-flying-machines/images/7/76/EDI_stealth_UCAV.jpg/revision/latest?cb=20160227180037
http://www.writeups.org/wp-content/uploads/EDI-Stealth-Movie-h2.jpg
Um grande abraço a todos.
Marcelo, O comum para caças é até 9 g já que eles utilizam traje anti-g mas já vi algumas fontes citando caças que “puxam” 10 g. O traje anti g ajuda mas esses 9 g (ou 10 g) são por um tempo extremamente curto sob pena do piloto desfalecer. Talvez esses 6 g que você citou seja sem o traje anti-g. – Jacinto, Os caças de 6ªG devem ser; 1 -stealth nível VLO-2 (banda larga e all-aspect). Inclusive a falta de superfícies verticais sugere que seja furtivo em relação aos radares VHF e pode ser até “invisível” literalmente; 2- capacidade… Read more »
“Clésio Luiz 7 de novembro de 2016 at 8:18”
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“Quem dita o formato da aeronave são os requerimentos operacionais, não a imaginação dos artistas gráficos dessas empresas.”
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De fato. Mas ocorre que alguns dos desenhos não fogem do conceito aerodinâmico e eficiência stealth. Ficará o mais desejado pela especificação e pelo custo x benefício. Sem falar que o F-23 era superior ao F-22, mas foi preterido pelo fato do F-22 ser mais “tradicionalzão”.
As “limitações” dos caças de 6ª G:
1- Não terão canhões;
2- serão pouco manobráveis;
3- não puxarão mais que 6 ou 7 g;
4- terão TVC que ajudará nos pousos e decolagens e para manobrar, mas não para prover “super manobrabilidade” já que eles não dependerão dela nem do ponto de vista ofensivo e nem defensivo.
Manuel Souza 7 de novembro de 2016 at 9:03 . “Eu achava que todo avião precisasse de estabilizador vertical. Por acaso é uma espécie de fly-by-wire e software que permite o bichão voar?” . Os ailerons, assim como no caso do B-2, agem como substituto dos estabilizadores e lemes, pois esses aileros se abrem duplamente (para cima e para baixo, a mesmo tempo), servindo para aumentar o arraste de um dos lados ou de ambos os lados, estabilizando o avião. Provavelmente o fly-by-wire deve usá-los automaticamente no voo. . Detalhe: não sei quem inventou, mas esse sistema também está presente… Read more »
Bosco, aqui você citou: . “4- dotado de armas de energia direta, tanto ofensivas quanto defensivas, tanto na forma de lasers quanto de feixes de micro-ondas;” . Aí eu pergunto, é possível tecnicamente o uso lasers para cegar os sensores IR de mísseis quando atacados? Aviões de 5ª e 6ª geração não são pensados como combatentes BVR, mas destruidores de sistemas inimigos, além de seus caças no céu. Pendo haver conflito direto ou indireto entre eles, seria interessante esse tipo de contra-medida? Não sendo nem um laser, mas uma espécie de farol de IR para cegar mísseis que se aproximem.… Read more »
Como os americanos não brincam em serviço com sua Defesa suas especulações sobre novos equipamentos não param. Certo eles. Quanto ao novo caça americano acredito que será da Boeing mesmo. Já deu para a bolinha da LM. Bacana se fosse fruto de uma produção conjunta Boeing-Saab-Embraer. Afinal… Sonhar não custa nada! – E pelo jeito vai ser muito mais stealth ainda, e sem estabilizadores verticais. Sua identificação pelas técnicas tradicionais de radares talvez seja quase impossível. E aí países com tecnologias que são lentamente substituídas (Brasil etc) simplesmente não terão defesas contra ele. – Bosco (deixando para lá o tal… Read more »
Daqui a trinta anos, ja deveremos ter atingido a Singularidade. A Inteligencia Artificial ira substituir os homens no circuito de decisao (Man in the Loop) e tambem nos campos de batalha em pelo menos entre 40% a 60% das tropas. Favor nao confudir com Terminators.
Pelo menos isso e o que pensa a DARPA, e alguns projetos experimentais ja estao em andamento.
https://www.youtube.com/watch?v=rVlhMGQgDkY
Meus caros,
O ser humano não está dando conta nem de se manter consciente num F-22, quiçá nessas coisas aí do futuro. Se for tripulado vai ser igual carro esportivo, vai ter um “chip” para limitar as manobras que dão blackout no piloto. No mais é muita viagem desses caras. O caça do futuro já existe (ou quase) que é o F-35. No dia que ele estiver voando e com todas as tecnologias prometidas (inclusive aquele bizarro sistema que cega IR e o capacete 4D) aí pode se pensar mais além.
Sds!
Bruno, Laser que cega o seeker de míssil guiado por IR já existe há algum tempo. São conhecidos no geral como DIRCMs. Estão sendo implantados primeiro nos aviões civis e nos helicópteros de combate pensando na defesa contra manpads e só agora serão implantados em caças tendo em vista o combate aéreo de curto alcance. Tanto o T-50 quanto o F-35 terão lasers defensivos contra mísseis de curto alcance. O problema é que eles só servem para mísseis guiados por IR e não contra mísseis guiados por radar, daí ser interessante um laser de alta energia capaz de realmente destruir… Read more »
Bosco, sobre o uso do TVC, Paul Metz, que foi piloto de testes do YF-23 e do F-22A, disse que um dos usos mais importantes do TVC é a possibilidade de manobrar em velocidades supersônicas com mínima deflexão das superfícies de comando (no caso do Raptor os estabilizadores), o que reduz consideravelmente o arrasto durante manobras e provavelmente tem algum benefício na invisibilidade.
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Por causa disso eu imagino que o F-22 seja o caça com melhor taxa de curva sustentada em velocidades supersônicas.
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Vale a pena ler a entrevista na íntegra:
http://www.ausairpower.net/API-Metz-Interview.html
Clesio se não me engano vc está certo. F-22 tem a melhor curva sustentada em velocidade supersônica .
Tem esse da Northrop Grumman
https://www.youtube.com/watch?v=cITKk-DqYWE
Clésio Luiz 7 de novembro de 2016 at 13:38
O TVC do raptor permitiu que ele fosse a primeira aeronave não estável capaz de manter a estabilidade sem o uso de superfícies de controle aerodinâmicas. Assim o arrasto e a RCS ficaram ainda menores.
Até agora todos os conceitos de sexta geração perderam a cauda.
O Pentágono encaminha aos fabricantes pedido de informações do que seria uma aeronave de sexta geração. Com as respostas, junta tudo e a partir dai vê o que é útil e viável e então faz os requerimentos da nova aeronave.
http://www.aereo.jor.br/2013/04/08/boeing-revela-conceito-atualizado-do-fa-xx-de-sexta-geracao/
a Boeing já tinha um conceito mas para a Marinha e era pra ser o substituto do F18
Sejamos realistas…USAF 6ª geração operacional … 2030 talvez…
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novo video do SU-50 disparando míssil da baia interna.
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https://www.youtube.com/watch?v=YCTG5cIEKwI
Esse caça “arsenal” é algo que eu já tinha imaginado.
Duas limitações dos caças são o combustível e a quantidade de mísseis.
Até imaginei a possibilidade de reabastecer de mísseis.
O KC 390 se encaixaria nesse conceito, talvez.
20 tonelada de mísseis.
Mas na matéria se fala em um “, cargueiro” mais distante carregando mísseis de alcance maior, ficando mais distante dos inimigos.
Gripens acompanhados de KC 390 seria uma boa.
Nonato, Já houve uma tentativa de desenvolver uma versão do B-1 antiaérea. Seria designado B-1R e levaria mais de 20 mísseis ar-ar e teria 10.000 km de alcance e Mach 2.5. Do jeito que você gosta!!! rsrsss Esse projeto foi cancelado. – Quanto ao rearmamento de caças no ar isso já foi pensado há algum tempo mas nunca foi levado adiante. http://defense-update.com/images/ABRA.gif Talvez quanto da utilização de drones com grande autonomia esse conceito possa voltar. Uma maneira de rearmar caças no futuro será colocar mais combustível, desde que ele tenha uma arma laser de alta energia de estado sólido que… Read more »
Não conseguiram nem aprontar um caça de 5ª geração que preste e já falam em 6ª. Em tempos de guerra firam se houve cada notícias.
Farias, Esse tipo de tecnologia tem que ser antecipada em pelo menos 15 anos antes de começarem ao desenvolvimento de fato. Outros países não estão deitados em berço esplêndido esperando a volta de Cristo pra reagir. Se começarem a delimitar a tecnologia agora podem começar a desenvolver em 2030 e lá por 2040 tê-los operacionais ou quase. Quanto a um de 5ªG “que preste” não me consta que haja arrependimento em relação ao F-22 e todo mundo fala mal do F-35, menos quem vai usar, portanto, não creio que sua observação seja muito precisa. – Nonato, Outra arma de energia… Read more »
“todo mundo fala mal do F-35, menos quem vai usar”
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Isso não é completamente verdade Bosco. O Canadá, por exemplo, é o comprador mais vocal nas críticas aos problemas do projeto. Outros países já manifestaram insatisfação também. Até Israel está brigando para fazer as coisas do jeito que eles desejam.
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Mas é verdade que se achassem a aeronave um porcaria não estariam comprando, obviamente.