Embraer E-Jet 195-E2

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ClippingNEWS-PA Empresas brasileiras como a Embraer e a Marcopolo buscam maneiras de fechar acordos bilionários para vender aviões e ônibus ao Irã, num esforço para contornar as sanções financeiras dos EUA ainda em vigor contra o país do Oriente Médio, segundo disseram autoridades.

A Embraer está em negociações avançadas para vender ao menos 20 jatos E195 com preço listado total de mais de US$ 1 bilhão. A fabricante de ônibus Marcopolo negocia o fornecimento de parte das 27 mil unidades necessárias à renovação da frota urbana iraniana, segundo Mahdi Rounagh, alto funcionário do Ministério das Relações Exteriores do Irã e até recentemente vice-embaixador do país em Brasília.

O problema é que os bancos brasileiros relutam em negociar com o Irã por medo de sofrer penalidades dos EUA, mesmo após Washington ter levantado restrições a bancos não americanos. A preocupação é que seus ativos e subsidiárias nos EUA poderiam classificá-los como bancos americanos, de acordo com dois executivos de bancos em Brasília. Empresários e integrantes do governo dizem que o Brasil precisa se esforçar mais para encontrar alternativas, como por exemplo usar bancos europeus menores que não operem nos EUA.

“Estamos em contato com diversos bancos para explicar que é possível encontrar soluções que podem beneficiar não somente empresas brasileiras, mas também os próprios bancos”, disse Rodrigo de Azeredo Santos, diretor do departamento de promoção comercial e investimentos do Ministério de Relações Exteriores, em entrevista. Ele não citou os bancos porque as discussões não são públicas. “Estamos falando de grandes contratos.”

“Não temos nenhuma objeção e não bloquearemos o caminho de bancos estrangeiros que fazem negócios com bancos e empresas do Irã, obviamente desde que esses bancos e empresas não estejam na nossa lista de sanções por razões não nucleares”, disse o secretário de Estado dos EUA, John Kerry, em declarações feitas antes da reunião com o ministro das Relações Exteriores iraniano, Mohammad Javad Zarif, em abril. As transações financeiras com o país não podem ser feitas em dólares americanos nem envolver o sistema financeiro dos EUA.

A Embaixada dos EUA em Brasília não respondeu a reiterados pedidos de comentário sobre as sanções ao Irã e suas implicações sobre a agenda comercial brasileira.

“É claro que temos todo o interesse em promover o comércio com o Irã, é um mercado atrativo”, disse o ministro das Relações Exteriores do Brasil, José Serra, à Bloomberg, nos bastidores de um evento em Nova York, em setembro. “Estamos trabalhando duro nesse sentido.”

“A Embraer tem grande interesse em desenvolver uma relação de sucesso com as operadoras de companhias aéreas iranianas”, disse a fabricante de aviões por e-mail. A companhia também pediu uma licença de exportação a Washington para vender seus jatos, que contêm peças fabricadas nos EUA, ao Irã.

Para se manter competitivo na disputa pelo mercado iraniano, o Brasil deve buscar maneiras criativas de contornar o problema do financiamento, disse o senador Armando Monteiro, que liderou uma delegação empresarial a Teerã no ano passado, quando era ministro da Indústria e do Comércio. “Poderíamos usar petróleo como moeda de troca ou receber pagamentos por meio de investimentos na área de refinarias no Irã”, disse Monteiro.

Bancos brasileiros estão em contato com autoridades do Tesouro norte-americano e buscam maneiras de estabelecer transações triangulares por meio de bancos pequenos na Europa, segundo Azeredo.

O Banco do Brasil, responsável pela maior parte das operações de comércio exterior brasileiro, disse, em nota, que “respeita toda a legislação e acordos internacionais que tratam sobre o tema” de eventuais transações comerciais com o Irã.

“Os brasileiros precisam garantir que têm condições de concluir estes negócios rapidamente. Nossas necessidades são urgentes. Se não chegarmos a um acordo, compraremos aquilo que necessitamos de outros países”, disse Rounagh, o diplomata iraniano.

FONTE: Bloomberg, via UOL

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mbp77

Fica a pergunta:
Vale a pena diante do risco?
Tenho minhas dúvidas.
Sds.

Luiz Fernando

Risco do quê?

mbp77

Leu o texto?
Sds.

Delfim Sobreira

Quaisquer instituições que possuam filiais e ações nos EUA estão sujeitas a determinações do Tio Sam. A regra é clara e passada com antecedência.
Lógico, outras empresas vão tentar “bombardierar” o negócio… bancos alternativos podem cobrar juros maiores…
.
Na Guerra Fria os EUA ofereciam vantagens em participar do seu bloco. Hoje na época do Império único passam a fatura.

Humberto

Todos estão fazendo a sua parte Os bancos querem uma taxa de juro maior pelo risco Iraniano ou com alguma seguradora apoiando a transação (sem contar que é mais vantajoso emprestar no Brasil que para fora). As empresas (Embraer e Marcopolo) querem vender o mais rapidamente possível, a Embraer para abrir definitivamente o mercado Iraniano (a Boeing beira o impossivel, a Airbus talvez) e a Marcopolo para ter um oxigenio nesta crise que o pais passa. Os Iranianos querendo receber rapidamente e com um juro menor. O problema é que quem está no meio é o Governo Federal com o… Read more »

Jr

mbp77, a Boeing não vendeu aeronaves para companhias aéreas Iranianas? Essa venda não foi aprovada pelo governo americano?Então qual seria o risco da Embraer e da Marcopolo fazerem o mesmo?

Carlos Alberto Soares-Israel

Off
Furacão na Flórida
Lockheed WP-3D Orion – NOAA
Monitorando entre sul da Flórida e Bahamas.
NOAA43

Carlos Alberto Soares-Israel

Marcopolo, componentes 100% nacional,

Quer ganhar um belo contrat0, talvezo maior da Empresa em toda sua vida ?
Exporta em CKD via BNDES e monte-os em terra Irani, pronto.
Vai papar acima de 60% desse pedido ou muito mais.
Capacidade de produção e expertise para isso eles tem.
Lembro das outras unidades da Marcopolo no exterior que podem se integrar ao pct.

Carlos Alberto Soares-Israel

Embraer
Componentes USA
Mas eles querem vender também.
BNDES com taxas internacionais, moeda Euro ou Franco Suíço (melhor),
conversão no BC para USD, há que se pagar os fornecedores.
Garantias:
Carta de embarque do Petróleo Irani, usa se precisar.

Mauricio R.
mbp77

Jr 6 de outubro de 2016 at 15:36
*
Dê uma lida com atenção no 3º parágrafo.
Só ali vejo dois riscos: bancos europeus menores que não operam nos EUA – qual a solidez destas instituições? – e consequente aumento nas taxas de financiamento (preço final maior).
Isso sem falar que uma negociação envolvendo nações com regimes totalitários não costumam ser exemplo em transparência.
A recente imobilização de módicos US$ 200M no balanço da Embraer é um bom exemplo. E olha que nem era negociação com uma nação democrática, salvo engano.
Sds.

mbp77

Corrigindo: … era com uma nação democrática…
Favor desconsiderar o “nem”.
Sds.

Luiz Fernando

Mas aí qual o risco? De não fechar o negócio?

danilojfsn

Nenhuma seguradora confia o suficiente no Irã para financiar o acordo na moeda deles, ainda mais sem garantias de que podem pagar, eles querem comprar de quem quer que seja, a solução seria a troca de comodities no momento a unica coisa que o irã tem de sobra e poderia entrar no acordo é petroleo e gas natural, o problema será custos de transporte e logistica e vender isso pra quem e com qual lucro, lembrando que os abusados querem juros baixos ainda.

camargoer"

Olá Carlos. Esse tipo de exportação pode ser financiada pelo BNDES sem problemas. Ou o jornalista se equivocou ou inventou.

augusto

Pelo que eu sei o BNDES esta quebrado a via de ser privatizado

Alves

O BNDES não está “quebrado” e nem vai ser privatizado, mas isso não significa que há linha de crédito disponível ou que o negócio seja bom para o Banco.

mbp77

Luiz Fernando 6 de outubro de 2016 at 17:07
*
Sugiro ler de novo o texto, o meu comentário de 6 de outubro de 2016 at 17:00 e o do colega danilofsjn a seguir.
Se mesmo assim não vislumbrar algum risco, bom… aí não posso fazer nada.
Sds.

Luiz Fernando

Risco de negociar com uma nação não democrática? Boeing e Airbus estão negociando, ATR também. Todo negócio envolve riscos.
Existem riscos… Claro. Sempre tem. Só queria entender exatamente quais você acha que daí relevantes.
Se o risco for muito alto, não se fecha o negócio e pronto.
Mas não vejo um risco alto assim não.

André Bueno

O risco é o de não recebimento das parcelas do empréstimo. O Irã, apesar dos fatos recentes, ainda é instável e em uma região instável. Se surgir uma crise o país poderá se recusar a pagar ou, então, se declarar incapaz disso. É uma hipótese e uma possibilidade. Pode acontecer com todos mas com o Irã a percepção de risco é maior do que a média.

Seria isso mbp77?

Carlos Alberto Soares-Israel

camargoer” 6 de outubro de 2016 at 21:44
Com certeza Camargo, tem que se movimentar e forte.
É que as questões internas são tão horríveis que o Samyr está sem tempo para viajar.
Por isso eu sempre defendi FHC no Itamaraty no Ministério das RE e o
Zé Vampiro no Min do Com Exterior.
Dupla frente com o peso Internacional do Fernandinho.
E ele fala Inglês e Francês (rs).

André Bueno

Carlos Alberto Soares-Israel 7 de outubro de 2016 at 21:03

Serra? Tá de brincadeira…
FFHH vá lá.

O Brasil não tem quadros, essa parece ser a realidade.

RatusNatus

O país não troca de regime há mais de 30 anos….já o Brazil…..
Risco de recebimento é daqui, não D e lá.