O Poder Aéreo Argentino na Guerra das Malvinas
A Argentina possuía quase 200 aeronaves de combate no início da Guerra das Malvinas/Falklands em 1982, entre elas:
- 9 bombardeiros Canberra
- 19 Mirage IIIEA
- 26 Dagger (cópia israelense do Mirage V)
- 68 jatos A-4 Skyhawk
- 45 Pucará bimotores turboélice
O restante da Força Aérea Argentina era formado por treinadores, transportes e helicópteros.
No final de abril de 1982, diversas unidades da FAA começaram a ser movimentadas para as bases ao sul do país, que ficavam mais próximas das ilhas.
Oito bombardeiros Canberra foram para a Base de Trelew, juntamente com jatos Learjet de reconhecimento.
Dez IAI Dagger foram para San Julian, acompanhados de 15 Skyhawk A-4B.
Rio Gallegos recebeu 24 Skyhawk e 10 Mirage IIIEA dos Grupos 5 e 8.
Comodoro Rivadavia recebeu outros Mirage e Rio Grande recebeu 10 Dagger, além dos jatos Super Étendard da Armada Argentina (ARA) e os A-4Q que desembarcaram do porta-aviões ARA 25 de Mayo.
Nos primeiros encontros entre jatos argentinos supersônicos (Mirage e Dagger) e os subsônicos Sea Harrier ingleses, ficou patente a grande superioridade do pequeno caça inglês equipado com mísseis guiados por infravermelho Sidewinder AIM-9L, cedidos pelos americanos. Até o final do conflito, os Sea Harrier disparariam 26 mísseis Sidewinder, com 18 vitórias, sem nenhuma perda em combate aéreo.
A grande maioria dos disparos foi em engajamentos pela retaguarda contra aviões de ataque que não manobravam ou nem sabiam que estavam sendo atacados.
Com a manutenção da superioridade aérea, os ingleses passaram então a atacar os aeródromos nas ilhas com bombardeio naval e aéreo, empregando bombardeiros Vulcan (a partir da Ilha de Ascensão) e jatos Sea Harrier e Harrier GR3 embarcados. Também empregaram forças especiais SAS e SBS, que realizaram missões de reconhecimento e destruíram várias aeronaves argentinas no solo.
Entretanto, a reação argentina foi feroz: aeronaves da FAA e da ARA conseguiram afundar ou avariar seriamente diversos navios britânicos: o HMS Sheffield (afundado em 4 de maio), as fragatas HMS Ardent (afundada em 21 de maio) e HMS Antelope (afundada em 23 de maio), os navios de desembarque RFA Sir Galahad e Sir Lancelot (avariados em 24 de maio), o destróier HMS Coventry e o MV Atlantic Conveyor (afundados em 25 de maio) – este último com um míssil Exocet. O RFA Sir Galahad foi finalmente destruído no dia 8 de junho, quando o RFA Sir Tristan foi seriamente avariado. No dia de 12 de junho, o destróier HMS Glamorgan foi avariado por um míssil Exocet MM-38 lançado de terra. No dia 14 de junho, as forças terrestres britânicas ocuparam Port Stanley e as forças argentinas assinaram a rendição.
No total, a aviação argentina conseguiu afundar 7 navios britânicos e avariar (levemente ou seriamente) cerca de 20 unidades. Mas o preço foi alto: a FAA perdeu ao todo 47 aeronaves e 55 tripulantes (somando os feridos, o total de baixas chegou a 101):
- 10 Douglas A-4B Skyhawk
- 9 Douglas A-4C Skyhawk
- 2 Mirage IIIEA
- 11 IAI M-5 Dagger
- 2 BAC BMK-62 Canberra
- 11 FMA IA-58 Pucará
- 1 Lockheed C-130H Hercules
- 1 Gates LR-35A Learjet
Algumas lições dos vencidos: as limitações materiais e humanas
As ilhas Malvinas tinham 3 pistas de pouso, mas a maior não tinha comprimento para operar caças a jato. Ela precisaria ter sido ampliada logo após a invasão argentina (incluindo suas áreas de escape) para poder receber jatos A-4 e Mirage/Dagger, o que não aconteceu.
Somente os bombardeiros bimotores Canberra tinham alcance para voar até as Falklands e voltar, sem reabastecimento, mas eram também mais vulneráveis à interceptação dos Sea Harrier. Os Mirage e Dagger, por sua vez, só podiam realizar PAC na área das ilhas em altitudes elevadas, ou atacar evitando o emprego do pós-queimador (afterburner). Isso porque precisavam economizar combustível, por serem aeronaves desprovidas de capacidade REVO (reabastecimento em voo) e as Malvinas estavam no limite de seus raios de ação, com o combustível que podiam carregar nos tanques internos e externos.
Os A-4 Skyhawk possuíam sonda REVO e podiam alcançar as ilhas após realizarem reabastecimento em voo, mas somente levando uma carga menor de bombas.
As aeronaves argentinas disponíveis foram projetadas para missões de curto alcance e para operações de apoio aéreo aproximado. A FAA tinha se especializado mais, nos últimos anos, em operações de contrainsurgência (empregando os turboélices Pucará) e não contra um inimigo externo.
Faltou também efetiva coordenação com as outras duas Forças, pois o Exército e a Marinha mantiveram a Força Aérea fora dos planos de invasão das Malvinas até a véspera.
Com a invasão, a FAA ficou com a maior responsabilidade na defesa das ilhas. Justamente a Força que, antes da guerra, era proibida por lei de praticar operações sobre o mar, missão que era de exclusividade da ARA.
A maioria das aeronaves da FAA não tinha equipamento de navegação nem radar, itens necessários para operações sobre o mar.
A FAA não sabia como ajustar corretamente as espoletas das bombas para missões antinavio (60% das bombas que acertaram os alvos não explodiram). A ARA sabia como ajustar as espoletas, mas não passou as informações para a FAA, que também não solicitou sua ajuda.
Decisões táticas ruins
Durante o grande desembarque anfíbio realizado pelos britânicos na baía de São Carlos, no dia 21 de maio, os aviões argentinos atacaram os navios de guerra (que podiam se defender e que não levavam tropas), ao invés de concentrarem os ataques nos navios de transporte e de desembarque. Atacaram em pequenas formações espaçadas, ao invés de grandes formações de ataque que chegassem aos alvos num só momento. Isso facilitou as interceptações pelos caças Sea Harrier ingleses.
O único radar Westinghouse AN/TPS-43 instalado pela FAA nas ilhas foi de importância fundamental, mas não foi acompanhado por outra unidade similar, para instalação em outra posição.
A instalação do radar foi feita num local ruim, o que permitia aos ingleses se aproximarem das ilhas sem serem detectados, mascarando-se no terreno.
A ARA tinha uma boa quantidade de mísseis antinavio instalados em suas belonaves, mas a FAA não possuía mísseis antinavio. Quando a guerra começou, a Aviação Naval só tinha 5 mísseis ar-superfície Exocet AM-39, quantidade claramente insuficiente para uma campanha contra um inimigo forte.
Balanço final
A Guerra das Malvinas pode ser considerada um conflito essencialmente marítimo, que foi decidido parcialmente no primeiro embate de forças navais entre os dias 1º e 2 de maio de 1982. Foi um conflito clássico, com um campo de batalha bem definido, com forças reconhecíveis, sem guerrilhas e praticamente sem populações civis envolvidas nos combates. O ambiente ideal para estrategistas.
Uma vez alcançados dois objetivos, a vitória sobre a Armada Argentina (onde se destacou o emprego do submarino nuclear de ataque) e a conquista da superioridade aérea com uma combinação aeronave / armamento superior (Sea Harrier + Sidewinder AIM-9L), o desembarque anfíbio tornou-se possível, mesmo diante da forte oposição aérea argentina.
A vitória das forças terrestres britânicas, mesmo enfrentando duros combates, foi apenas uma questão de tempo, já que a qualidade dos seus soldados era superior e as tropas argentinas não tinham mais uma linha de suprimentos que vinha do continente.
Apesar da bravura dos combatentes argentinos, principalmente de seus pilotos, o preparo militar inglês prevaleceu no final.
FONTE: Revista Forças de Defesa número 4
Como os Editores coloram esse post provavelmente pela discussão do outro post que “chegou” ate as malvinas, vou terminar meu comentário aqui.
Muitos dizem que a Argentina quase ganhou dos britânicos,”só não ganhou porque foi amadora”, o que discordo a Argentina quase ganhou porque os britânicos foram amadores e subestimaram os los hemanos qualquer um que conhece sobre o conflito sabe que a operação britânica foi porcamente planejada
Pois é amigo, só que a operação argentina pelo que sabemos ate aqui foi ainda mais porcamente planejada, aí perderam mesmo
excelente post. livra lá o outro e é o tema mais cachaça de guerra da 2 gg para cá, porque foi um conflito em terra, mar e ar.
Augusto, de fato não se pode só ressaltar as falhas hermanas. O conflito na época fez a OTAN tremer nas bases. Porque um bocado de ‘miguelitos’ chefiados por um bando de bravateiros fizeram uma invasão que parecia mais um desfile alegórico,mandando um monte de recruta mal treinado e equipado, com apoio de marinha e força aérea de segunda linha (na época eram equipamentos novos, mas não eram o top do que havia no mundo) e quase deram uma taca na mais poderosa força armada européia. E isto tudo numa ilha distante para todos. Foi provado que a superioridade tecnológica, que… Read more »
Eu respeitosamente divirjo. Pra mim “porcamente planejada” foi a ação argentina. Eles é que tiveram a iniciativa, eles é que tiveram tempo de planejamento. E deu no que deu!
O texto fala em desorganização!Com certeza não se começa uma guerra sem as 3 forças(aérea, marinha e exercito) se comunicando!Não saber colocar uma espoleta em uma bomba burra, é no mínimo um despreparo!Poderiam ter afundado muitos outro navios, se as mesmas explodissem!Uma guerra tem que ser planejada com antecedência e em junção com as forças armadas!
abs
Paulão
“Força Aérea , antes da guerra, era proibida por lei de praticar operações sobre o mar, missão que era de exclusividade da ARA.”
Limitações como essa existem no Brasil? Isso demonstra o tanto que a falta de integração e o excesso de rivalidades entre as três forças armadas podem ser um grande problema para doutrina militar de um país.
No Brasil, não faz muito tempo não que a marinha foi autorizada a ter sua própria força aérea, essa autorização inclusive coincide com a compra dos caças Skyhawk de segunda mão kuwaitianos. Mas bom, pra uma marinha que tem um porta-aviões totalmente inútil como é o caso do São Paulo, ter aviões não adianta nada.
Não havia como os britânicos fazerem diferente com o equipamento defensivo que dispunham. A defesa de ponto da maioria dos navios britânicos não era muito melhor do que a utilizada na SGM e não estava apta a enfrentar mísseis sea-skimming e nem caças a jato a 1000 km/h a 3 m de altitude. A percepção que se tinha sobre guerra naval era que um ataque a uma força tarefa da OTAN seria repelida pela USN, e seria efetuada por bombardeiros lançando mísseis supersônicos. O primeiro míssil antinavio a mostrar sua efetividade, o Styx, voava a 100 metros de altitude e… Read more »
Bosco mas pra você atacar tem que localizar, os argentinos localizaram a frota britânica com a maior facilidade usando aviões extremamente antigos como o p-2 neptune, é uma vergonha pra Royal Navy isso, esclarecimento marítimo é umas das tarefas mais difíceis na guerra e a argentina não tinha capacidade nenhuma e ainda conseguia localizar os navios da Royal Navy que podia muito bem usar a sua mobilidade pra se esconder. Se isso não é falta de planejamento eu não sei o que é
Destaco: “A maioria das aeronaves da FAA não tinha equipamento de navegação nem radar, itens necessários para operações sobre o mar. A FAA não sabia como ajustar corretamente as espoletas das bombas para missões antinavio (60% das bombas que acertaram os alvos não explodiram). A ARA sabia como ajustar as espoletas, mas não passou as informações para a FAA, que também não solicitou sua ajuda.” ******************************************************************************************************* “A ARA tinha uma boa quantidade de mísseis antinavio instalados em suas belonaves, mas a FAA não possuía mísseis antinavio. Quando a guerra começou, a Aviação Naval só tinha 5 mísseis ar-superfície Exocet AM-39,… Read more »
Eu também discordo. O desembarque na bacia ocorreu com muita segurança e velocidade, pegou todo mundo de surpresa e foi bem ousado. No limite do ousado, beirando a arrogância. Foi um desembarque à moda inglesa 😀 Os pilotos da força aérea argentina deram um show. A intendência daquela força mostrou o quão importante esse braço pode ser para vencer ou perder uma guerra. Acho que todos concordam que o desembarque poderia ser frustrado se pedrão ajudasse os meninos no convés do 25 de Maio. Também acho que é unânime que o desembarque teria sido aniquilado se as espoletas das MK17… Read more »
Nossos 99 fazem muita diferença, que o MRO se cumpra logo !
Lembrando, data link imprescindível com os Mike, A 1 e A 4M (AF 1).
Mais adiante, F 39 !
mk82, antes que me corrijam.
A Argentina tinha mais caças operacionais em 1980 do que a FAB em 2016. Nem a FAB sabe por que existe.
Bruno,
Sem dúvida! Tivesses AEWs operando na época e provavelmente nem os Exocets teriam surtido efeito.
https://www.youtube.com/watch?v=CMBIV212yZs
A ação inglesa de modo alguma foi mal planejada. De fato, foi muito bem planejada dentro das limitações às quais lhes foram impostas. A Inglaterra estava concluindo uma fase de diminuição dos meios militares. O próprio HMS Hermes estava para dar baixa do serviço ativo em 1983, e inúmeros navios haviam sido descomissionados desde o final da década de 1970, incluindo o HMS Ark Royal, que caso ainda estivesse operando com seus Gannets, Buccaneers e Phantoms, poderia ter feito uma diferença absurda durante o conflito. . A Frota inglesa foi reunida às pressas, e os navios foram recebendo suprimentos de… Read more »
A partir de 0:39 Seg contradita o 1º parágrafo do Leandro, afirmação by Ingleses:
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https://www.youtube.com/watch?v=9cxIq0ysaak
Acho como todo conflito, que surgiram desempenhos elogiaveis e desempenhos sofriveis… . RFA Royal Fleet Auxiliary: Nota 10….fizeram um trabalho excelente em menos de 10 dias de reação e preparação…. . Harrier : Nota 7….para a maquina…..o avião demonstrou ser insuficiente para as CAPs, foi exigido ao seu extremo. Subsonico revelou-se lento para chegar na hora certa e perna curta…trabalho para CDF é dificil….embora tenha com seus radares, excelentes angulos de ataque nas manobras de interceptação… . Pilotos Britanicos + Sidewinder: Nota 10 na interceptação….e enquadramentos, o treinamento e o missil propriciaram a superioridade tão necessaria. . Pilotos Argentinos no… Read more »
Em Goose Green (Pradera del Ganso) há um cemitério argentino muito bonito. Lá, também, foi enterrado um oficial da RAF, piloto de Harrier GR3, abatido durante um ataque aquela localidade. Em Goose Green havia um aeródromo onde operavam os Pucará. Nesse ataque, com 3 Harrier GR3 empregando bombas lança granadas (BLG), o Tenente Daniel Jukik foi atingido enquanto se amarrava na sua aeronave Pucará. Na localidade ocorreu maior batalha terrestre do conflito.
augusto ( 4 de outubro de 2016 at 17:13 ); . Os meios eles tinham para localizar a frota… E usaram-nos durante todo o conflito. . Haviam os P-2 Neptune ( que não estavam em muito bom estado, mas poderiam ser usados ), além dos Tracker do ’25 de Mayo’. Usaram também um Boeing 707 de transporte da FAA. E já durante o conflito, também receberam duas aeronaves ‘Bandeirulha’ da FAB. . No caso dos Tracker, houve pelo menos uma vez na qual os argentinos haviam acertadamente identificado a posição da força britânica antes que esta adentrasse o perímetro das… Read more »
“Reinaldo Deprera 4 de outubro de 2016 at 18:17”
Concordo em boa parte.
Discordo no ataque Nuc ou botas no chão e explico:
Durante o inicio do conflito o Gal J.B. Figueiredo esteve em visita oficial a Londres e deixou bem claro a M.T.
“Não coloquem tropas no continente, jamais …..”
Foi um duplo recado, possíveis SAS em solo Chileno e invulnerabilidade do solo Argentino,
o Brasil entraria na Guerra.
No meio Militar na época essa frase do Presidente foi levada a sério.
Basta imaginar as consequências dos Ingleses em solo SA.
Certa vez fiz uma provocação e gostaria de exercitar novamente…. . Fosse a força aerea argentina hipoteticamente tomada com o mesmo inventario da FAB a época? teria resultados similares ou superiores? . Pergunto face uma situação peculiar….os Xavantes… . Embora sendo um treinador com capacidade secundaria de ataque e muito inferior a um A-4, poderia ter ocorrido uma ficha de serviço mais satisfatoria que o proprio A-4? . Sendo um avião mais simples e menos exigente, o equipamento permitiria tolerar BURRADAS ? Tal como o não complemento da pista de Port Stanley? O A-4 precisaria desta preparação da pista de… Read more »
talvez tivéssemos que lançar grandes quantidades de Xavantes e perderíamos muitos, mas o cenário teria sido diferente se os nossos F-5 entrassem na coisa, na escolta…aí eu não sei pq as nossas táticas sempre foram excelentes, um F-5 do Gavca é muito melhor que qualquer caça Argentino em combate aéreo…porém o tal míssil Sidewinder L é o x da questão, ele é all aspects, pode ser disparado de qualquer ângulo, faz muita diferença!
Leandro os britanicos pra ticamente “estacionaram” sua frota lesta das ilhas os argentinos por muitas vezes tiveram a oportunidade de atacar a frota da marinha real tanto com o 25 de maio quanto com submarinos nao atacou por falta de preparo e má estado dos equipamentos. Eles substimaram a recao dos argentinos e nao se preparam para o que vinha sorte deles que a Argentina tambem estava despreparada o proprio texto fala isso.
Ai não mestre augusto…..esta foi uma guerra em que ganhou quem errou menos….aqueles piquetes radar foram sofriveis….não acertaram um misero torpedo anti submarino….gastaram todo o estoque e tiveram de ser supridos as escondidas pelos estoques americanos….os sistemas antiaereos pareciam cegos…foram despreparados de fato, mas ai tem de dar o desconto do tempo que tiveram….10 dias? não é mole não…mas as doutrinas foram um fiasco…
Carvalho, os Argentinos usaram o MB.339, um Xavante levemente mais moderno durante as Falklands à partir de uma base nas ilhas. . Há um link do próprio poder aéreo sobre isso: http://www.aereo.jor.br/2010/04/30/combates-aereos-sobre-as-malvinas-2/ . Há uma explicação do por que a atividade não funcionou como gostariam, e foi o fato de que nunca haviam treinado para enfrentarem armas ocidentais, como por exemplo o próprio Exocet. Estavam preparados para enfrentarem ataques dos Soviéticos, mas não de uma nação ocidental equipada com equipamento utilizado pela OTAN, inclusive muito equipamento inglês. . Augusto, novamente, é o que puderam fazer com os meios e o… Read more »
OBS.: Os Argentinos possuíram os MB.326, os mesmo aviões que os Xavante, mas de fabricação italiana. Foram posicionados em bases ao longo da costa. Posteriormente o Brasil supriu 11 Xavantes para a Argentina para recompletamento ante à perda dos MB.339 nas ilhas.
Posso dizer para vocês que aqueles pilotos Argentinos tinham muita coragem, olha pessoal voar mais de 200MN mar adentro, gelado, sem REVO, em uma aeronave monomotor, sem poder se posicionar taticamente para se defender tem que ser macho.
Conheci duas tripulações de C 130 da RAF, que reabasteciam durante a noite na BACO para fazer a pernada até as ilhas, treinamento refinado, doutrina apurada e coragem, voando com bússola magnética proa tempo, mas nos rostos ficava estampado a dúvida se conseguiram voltar vivos.
G abraço
Tudo isso graças ao sapatão de ferro Inglês e um bando de mentecapto disfarçados de general Argentino que a sua maneira encontraram nesse conflito uma maneira de distrair seus problema domésticos, pelo os nossos mentecaptos não embarcaram nessa nóia, bom oficialmente né
Cojones de aço dos pilotos argentinos, com certeza. Se não me engano nem RWR eles tinham.
Não, não tinham, os pilotos ingleses se valiam da vetoração radar dos navios.
G abraço
Boa noite Carlos Alberto Soares-Israel diz: Durante o inicio do conflito o Gal J.B. Figueiredo esteve em visita oficial a Londres e deixou bem claro a M.T. “Não coloquem tropas no continente, jamais …..” Sério essa informação? Não acho inteligente esse posicionamento do Figueredo. Eu como Presidente jamais ficaria do lado da Argentina diante dessa situação. Situação: Guerra ocorrida por motivo estritamente politiqueiro (teatro político). Coisa de burro ao extremo. Qualquer pessoa com o mínimo de inteligência sabe que não se começa uma guerra sem ter 120% de certeza que irá vencer. Uma guerra sem sentido algum, não há elementos… Read more »
Organizar uma Força de invasão às pressas… navegar cerva de 8.000.MN… manter-se operando tão longe de suas bases em um local de clima severo… e impor a derrota ao inimigo… se isso não for exemplo de planejamento… anyway, na dúvida, recomendo o clássico “One Hundred Days”… é bom lembrar que as lições aprendidas no conflito resultaram na mudança de design dos Navios da RN, aprimoramento da doutrina de CAv e incorporação de sistema de defesa de ponto melhores (e bye bye para o ZéCat)… Outros bons livros pra entendermos a perspectiva dos marinheiros… “Four Weeks in May – The Loss… Read more »
Ivan alguns milico assim como a esquerda petralha a anos tentam fazer uma doutrina monroe versão tupiniquim na America do Sul, pra mim é puramente coisa de idiota
Opa, lembrei de outro livro… “Los Halcones de Malvinas” do então Cap. Carballo… excelente…
Amigos, . Creio que o conflito, como um todo, deixou evidente a distância entre um país que é mentalmente ( ou culturalmente ) preparado para um conflito ( embora apresentasse falhas estruturais importantes, que eram responsabilidade de administrações políticas irresponsáveis e que cobraram caro em vidas ), e um outro país cuja mentalidade “inocente” para conflitos ficava evidente na estratégia ( ou a ausência dela ) e nas táticas claramente defasadas. . Digo “mentalidade inocente” baseado no depoimento de personagens desse drama. Houve um caso, se bem me recordo, de um capelão militar argentino que ficou horrorizado porque “os bombardeios… Read more »
tem o livro do Roberto Lopes também, código das profundezas
https://www.youtube.com/watch?v=RoqY4LlO-Kk
antecedendo o conflito, a Argentina devia ter aumentado no seu inventario o numero de Exocet. Teria também ter preparado a logística para assim que houvesse a invasão preparar duas pistas para recebimento de seus caças e transportes, além lógico de ter resolvido o caso das espoletas.
Se a 2a Seção tivesse funcionado, saberiam dos cortes na RN, em especial os anfíbios… mais alguns meses e os Tommies não teriam capacidade de retomar a ilha… sem contar que o clima ia ficar ruim… enfim, foram pra dentro com as informações que tinham… e apostaram que os EUA iam tomar partido da causa deles… perderam…
Eu também não acredito que os ingleses fariam uso de ataque nuclear no caso de insucesso na retomada das Malvinas. MAAAAASSSSS, se isso ocorresse, nada me tira da cabeça que o Brasil iria sim entrar na guerra.
A Argentina ainda deveria receber mais AM-39 e Super Etendard (havia recebido apenas 5 dos 14 encomendados à França). Portanto, se tivessem esperado mais tempo, teriam mais aviões e mísseis com os quais atacar os navios britânicos, ao passo que os britânicos provavelmente teriam menos navios para enviar ao TO.
Off topic mas nem tanto.Vou levar pancadas de novo. Acredito sim que no caso dos nossos A-4M nossa Marinha não errou. Vejam com os Harrier, também subsônicos tiveram exito sobre os Mirage, mesmo sendo trinta anos atrás pode-se notar como uma melhor tecnologia fez a diferença. Bem, ai vão me dizer “os A-4 são ultrapassados”, eu digo que os MIKE não o são, podem não ser o estado da arte, mas são, ou serão, modernos e com capacidade BVR. Embarcados ou em bases aeronavais, armados com misseis de longo alcance ar/ar ou antinavio, causariam grandes danos a qualquer força latino-americana.
Ivan da Silveiraa 4 de outubro de 2016 at 20:25
Errado !
Ele não ficou ao lado dos Argentinos.
Ele ficou ao lado do Brasil ! Reflita …..
Se a Argentina esperasse todos os Super Etendard e mais misseis exocet , e um treinamento e estrategia maior , seria uma batalha aeronaval épica .
Agora o Brasil entrar?
No que podíamos ajudar?
Nossa Força aérea e Marinha em questão de armamentos não era inferior aos que os Argentinos tinha na época ?
O que poderíamos acrescentar na época desse conflito ?
Off topic… S-300 na Siria!!! E agora, como fica???
https://www.rt.com/news/361586-russia-s300-supplied-syria/
Isto foi em 2016…
Os israelenses apertaram o f… pra estes S300 e sempre que precisam entrar na Síria, entram e saem de boa.
Não entenderam ainda a posição do Gal J.B. Figueiredo, questões de Geopolítica etc etc etc ….
Contestações com pensamento simplista.
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O Gal J.B. Figueiredo teve a mesma conversa com R.R. quando visitou os USA na época do conflito.
http://internacional.estadao.com.br/noticias/geral,figueiredo-ameacou-apoiar-argentina-militarmente-se-britanicos-a-invadissem,856698
Desconsiderando os submarinhos britânicos, as bombas lançadas pelos Harrier e os Exocet da RN conseguiriam afundar o Cruzador Belgrano?
O míssil Kormoran penetra 90mm de blindagem antes explodir. Será que o Exocet também penetra isso? Não tenho os dados. O Belgrano tinha 127mm de blindagem de casco. Na Segunda Guerra a aviação sempre teve dificuldade em afundar couraçados e cruzadores e as bombas MK não foram feitas para penetrar blindagem. As bombas britânicas de emprego geral tem o invólucro um pouco mais espesso.
Carlos Alberto Soares-Israel 4 de outubro de 2016 at 21:31
Eu sei disso. O Figueredo ficou com o Brasil, apenas usei a sua explicação anterior para refletir sobre um “possível” posicionamento brasileiro.
Abraço.
Bom, eu discordo de muitos comentários. Faltou dizer que os muy machos, maricones, visaram o Brasil antes de se aventurar com a Inglaterra. Chegaram a fazer uma série de reivindicações, através do Gen Galtieri. Isso foi um militar que me explicou uma vez. Mágoas guardadas do conflito histórico de 1851, pelo qual tropas brasileiras desfilaram em plena Buenos Aires. O contrário nunca aconteceu. O fato é que o Brasil poderia atingir o coração da Argentina. E tínhamos uma frota de submarinos de respeito, que efetuaria um bloqueio naval total a Buenos Aires. O furo seria mais embaixo. Aí optaram pela… Read more »
Até que enfim alguem apareceu por aqui pra lembrar dessa informação – a ditadura de Galtieri pensou em atacar o Brasil, só não veio incomodar pro lado de cá porque sabia que não tinha a menor chance de nos vencer