Primeiro voo do PC-21 do programa Air 5428 de formação de pilotos da Austrália
A Lockheed Martin (NYSE: LMT) e a Pilatus Aircraft Ltd realizaram com êxito o voo de teste inicial de produção da primeira aeronave PC-21 destinada à Força de Defesa Australiana no âmbito do Programa do Sistema de Formação de Pilotos AIR 5428.
Sob um contrato assinado em dezembro de 2015, o programa inicial de sete anos está avaliado em AU$ 1,2 bilhão. Opções baseadas em desempenho para até 25 anos irão proporcionar a oportunidade para estender a duração e aumentar o valor do contrato total. A Lockheed Martin lidera o fornecimento de uma solução integrada personalizada para todos os futuros pilotos da Royal Australian Air Force, Royal Australian Navy e Australian Army.
O primeiro PC-21, registrado como A54-001, será entregue à Royal Australian Air Force em East Sale em junho 2017 após a conclusão dos testes e trabalho de verificação na Suíça e Austrália.
“Este voo inicial do primeiro Australian PC-21, apenas sete meses após a assinatura do contrato, é uma conquista notável e ilustra o compromisso da Pilatus e do trabalho árduo de todos os envolvidos no projeto”, disse Oscar J. Schwenk, Chairman da Pilatus.
Sob o contrato principal, a Lockheed Martin fornecerá gerenciamento total do projeto para o sistema de formação de pilotos e entregar uma família de tecnologias integradas de formação baseadas em terra. A Pilatus Aircraft irá fornecer aeronaves de treinamento PC-21 turboélice e suporte de engenharia e aeronavegabilidade. A Hawker Pacific irá fornecer serviços de manutenção e suporte de frota e alavancar a sua cadeia de suprimentos estabelecida na Austrália.
Os PC-21 para a Austrália irão formar a espinha dorsal da futura formação de pilotos para a Força de Defesa Australiana para os próximos 25 anos.
FONTE: Lockheed Martin
Avião interessante. E a FAB ainda não decidiu o que fará com os T-27, que já estão atingindo o limite da vida em fadiga.
Nery, o A-29 não seria o substituto natural para os T-27 da FAB, poderia ser feito uma versão “especifica” para treinamento, ou seria o ST igual aos que a FAB já opera, apenas com atualização de aviônicos, o que o Sr. acha?
Caro Col. Nery, Haveria como atualizar o projeto do T27 para a FAB? Ou seria mais apropriado um projeto a partir do zero?
O A-29 tem outro comportamento aerodinâmico, fazendo com que sua pilotagem seja mais difícil. Não acredito ser uma aeronave para instrução básica, para Cadete inexperiente. Se dois Capitães da Fumaça morreram realizando um looping, imagine um Cadete do 4° ano. O T-27 é outra aeronave, um avião que aceita erros. Comande um parafuso e largue os comandos que ele sai sozinho. Inclusive o parafuso invertido. O mesmo não ocorre com o A-29. Ben Hur é operacional no A-29. Se ler este post poderá dar mais informações.
o A29 já serve para o papel de treinador não é preciso partir do zero para nada, no máximo fazer adequações
Camargoer, pra mim, o melhor substituto do T-27 é outro T-27. Com uma nova avionica digital, assento zero/zero e um grupo motopropulsor um pouco mais potente. O PT6-25C possui 750 SHP. O T-27 é um dos melhores aviões do mundo na sua categoria. O T-6 Texan é inferior em qualidade de vôo.
E a asa do Tucano França, com 10.000h de vida em fadiga (se não me engano).
Fabricar novos T-27 com as melhorias apontados pelo Nery não tem grandes problemas técnicos, basta que a decisão seja tomada, muito se fala sobre ferramental, mas hoje em dia, com CNC computadorizado e a atual fase dos desenvolvimentos e modelagens em 3D, em poucos meses haveria T-27 novinhos saindo da linha de montagem, seria uma aeronave totalmente atualizada e com a consagrada aerodinâmica, será que mais alguns países se interessariam…
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Ainda sobre o ST ser mais “arisco”, será este o motivo do ST perder algumas para o PC-21?
O A-29 não concorre com o PC-21. O A-29 é uma aeronave de ataque leve, e o PC-21 é um treinador básico. Não confundir formação de piloto de caça com “treinador” (escola de formação).
A Embraer, que ocupou um lugar importante no mercado de treinadores básicos com o T-27, abandonou esse mercado, certamente por achar que haveria lucros maiores em outros lugares.
Mas agora, 35 anos após o primeiro vôo do T-27, quem poderia substituí-lo?
Será que a Embraer toparia reabrir uma linha de produção de um T-27 modernizado, voltando a disputar esse mercado? Qual seria o custo disso para a FAB?
Imagino que seriam necessárias não mais do que 70 novos T27 para a AFA, já que o AT29 substituiu a maior parte dos AT27. Mesmo que algumas forças que usam o T27 também escolherem no novo T27, acho que seriam produzidos algo entre 100 e 150 deles. Nesta escala, o melhor seria mesmo atualizar o modelo. Acho que nunca mais seria alcançado o sucesso dos 600 tucanos das décadas de 80 e 90.
OFF Topic:
USAF está considerando 2 tipos de aeronaves para complementar e depois substituir o A-10, um tipo leve já em produção para missões em locais permissivos e outra para locais com forte oposição terrestre/aérea :
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http://aviationweek.com/defense/10-warthog-replacement-us-air-force-considers-two-step-approach
Um bom avião seria o Shorts Tucano!
Na mosca Marcos !!! Concordo em grau e Gênero …
Clésio Luiz 22 de julho de 2016 at 20:18
Que boa notícia para Sierra Nevada.
Save Ferris!
Porém… Todas sabem que o ferramental para o Tucano não existe mais. Não acho isso nem bom nem ruim. Fossemos colocar um Tucano em linha de produção novamente, modificações existiriam e, consequentemente, haveria necessidade de novo ferramental. Não acho que o caminho seja esse. O caminho seria partir para um novo avião, partindo do zero. Esse novo avião seria para hoje o que foi o próprio Tucano para a década de 80. Observem o trem de pouso de PC-21. Verão que a concepção dele é semelhante ao do novo E2. Trem de pouso com uma ideia nova? Não! Novo projeto… Read more »
A Embraer faria um New Tucano em carbono?
Capacidade de fazer ela tem, mas depois do KC-390, com contrato e tudo, o GF dando calote, acredito que ela não entraria nessa.
Para alegria de uns e de outros, a FAB irá adquirir aviões lá fora. Com direito ToT irrestrito,
Sinceramente, acredito que nem precise desenvolver um novo treinador… Basta reativar a produção do T27 apenas atualizando para os dias atuais… o avião entrega o que precisa.
Marcos, quem disse que não existe mais o ferramental do tucano???
Só um exemplo… A Colômbia está modernizando seus T27, e parte da modernização éa troca das asas originais pelas asas do tucano-França. Para isso a Embraer reativou a linha de produção e montagem das asas, e fabricaram novas asas para os tucanos colombianos, sendo a última finalizada s pouco tempo.
Ferramental? O que seria isso especificamente? São formas para fazer a fuselagem, asas, etc?
Fabricam-se tantos aviões, de tão diferentes tipos (ejets, phenoms, legacy, kc390), qual a dificuldade de fabricar um mero avião turboélice?
Um novo avião. O Judas escariotes… Pilatus. Isso é nome de avião…
Nonato 23 de julho de 2016 at 14:56
É o gabarito. O custo para se fazer moldes, ferramentas e estruturas de produção e apoio, específicos para a produção de um determinado modelo de aeronave, são maiores do que o custo de várias delas prontas.
Save Ferris!
Não se fala mais na Novaer e seu avião T-Xc, nomeado Sovi.
A modernização dos T-27 poderiam ser feita facilmente na Colômbia com apoio da Embraer. Só precisa ver se é isso que a FAB deseja, ou se o melhor seria outro tipo de avião
A modernização da Colombia inclui tambem novos trens de pouso, fabricados no Brasil.
Como offset pela compra dos ST a Colombia recebeu da Embraer toda tecnologia para modernizar os T-27, o Brasil entra com nova asa e trem de pouso.
Como parte do offset só a Colômbia pode aplicar esta modernização padrão Embraer nos T-27, é exclusividade.
Vejam como ficou bonito o T-27 modernizado na Colombia.
http://www.webinfomil.com/2014/09/embraer-t-27-tucano-modernizado-colombia.html
Uma observação: Na modernização do T-27 só é trocado o trem de pouso nas unidades onde for necessário, após realização de testes não destrutivos realizados.
Eles estão bem na Instrução, T-27M na avançada e o Calima T-90 na primária e básica.
O T-90 é baseado no licenciamento do Lancair Legacy, com asas 20% maiores e cauda nova para aumentar segurança na instrução.
http://elaviadorsv.net/colombia-construye-su-primer-avion-militar-el-t-90-calima
O papel da instrução primária e básica poderia ser desempenhado pelo avião da Novaer, mas já não se fala dele há algum tempo. Deve ser pela penúria em que atualmente vive a nossa força aérea
O Novaer chegou antes do tempo, o T-25 ainda dura uns anos.
Os T-25 já deveriam ter sido desativados. Estão com quarenta e cinco anos e operam com restrições. A instrumentação está completamente obsoleta.
Quanto aos T-27, não sei qual a situação das células, portanto não vou opinar.
Quanto ao ferramental do T-27… foi-se, já era, by-by. Uma coisa e fabricar algumas peças e componentes, outra é produzir uma aeronave completa.
O T-25 já deveria ter sido desativado. Está com 45 anos e opera com restrições.
Sua instrumentação é um atraso sob o ponto de vista de adestramento.
O ferramental do T-27 foi-se, não existe mais. Uma coisa é fabricar componentes, outra coisa é fabricar uma aeronave toda. Aliás, o trem de pouso que tem sido entregue, até onde sei, é outro projeto.
Não sei qual a situação das células dos Tucanos da FAB. Sem essa informação, não dá para dar qualquer opinião.
Marcos 23 de julho de 2016 at 23:22
O ferramental do T-27 foi-se, não existe mais.
Luiz Fernando 23 de julho de 2016 at 14:41
Marcos, quem disse que não existe mais o ferramental do tucano???
…
Vamos entrar num acordo. O ferramental do Tucano existe ou não?
Parece que não.
Essa modernização colombiana é o que eu imagino para os nossos T-27.
Existe sim… Talvez não todo ele. Todo o ferramental da asa com certeza existe (o que já é quase meio avião). O restante consta estar em poder da FAB.
Mas esta discussão é inútil. Mesmo que ser fosse produzir um novo tucano, ele seria outra aeronave, e portanto seriam outros ferramentais.
Não, eu não tenho um carta da Embraer, da FAB, do GF informando que o ferramental foi destruído. Também não tenho um vídeo do Fantástico mostrando o ferramental sendo destruído.
Este artigo mostra com detalhes a modernização, além da asa nova reforçada a Embraer criou 14 reforços(fitting) que no total deixam o Tucano 40 kg mais pesado.
http://www.aviacol.net/noticias/modernizacion-de-los-at-27-tucano-de-la-fuerza-aerea-colombiana.html
Fico muito boa essa modernização. Faltou só a remotorizacao. Gostei da aviônica Rockwell Collins.
Um grupo de 4 instrutores da AFA, do qual eu era o mais moderno, ministrou a instrução aérea para esses 8 pilotos colombianos, nas instalações da EMBRAER, em São José dos Campos, em 1992. Os 12 T-27 colombianos tinham acabado de sair da linha de produção, novos em folha. Fizemos um vôo de reconhecimento da área de instrução, e como estava voando com meu chefe, ex Fumaceiro, aproveitamos a oportunidade para que eu aprendesse a realizar o lancovak, que já estava proibido nas aeronaves brasileiras.
https://www.youtube.com/watch?v=GEavPCwUA3w
Era isso mesmo. Tem que comandar acima de 1.500 ft de altura, a fim de prevenir a recuperação de um parafuso invertido.
Comentários:
1) A Colômbia está modernizando os seus. Aqui não dão conta de fazer porque não tem verba. Uma vergonha!
2) Estava olhando aquele trem de pouso do PC-21 lá em cima. Sei não, mas acho que ele não consegue operar em pistas onde o ST opera.
Nery, boa noite!!
Como estão as entregas dos Airbus para a Azul?
O primeiro em setembro.
fala-se demais em ferramental. por que jogar no lixo? se for uma versão mais moderna e talvez até diferente, mais longa, por exemplo, não precisaria de novos ferramentais? é tão complicado isso? hoje em dia, em época de virtualização, impressoras 3d, por que a preocupação com ferramentais? o computador define o tamanho, fazem formas do tamanho que quiser e pronto… como é que a novaer, que mal começou a funcionar, que mal tem dinheiro para se sustentar teria “ferramental” e uma empresa consolidada que fabrica ejets, jatos executivos de diversos tipos, tucanos, kc teria dificuldade de fabricar um avião das… Read more »
Marcos, o PC-21 é um instrutor avançado, o segundo avião do aluno, depois que ele recebe a instrução primária e básica.
Não tem que voar em pistas não preparadas, da mesma maneira que a AFA usa um um T-27.
O A-29 já é de outra categoria, contra insurgência, pode vir a ser utilizado em pistas não preparadas.
Fonseca… o buraco é muito mais embaixo do que você imagina. Ferramentais para produção de aeronaves demandam sim um alto investimento. Coisa de muitos milhões de USD. Uma aeronave é formada de milhares de peças. Cada uma tem um ferramental… Alguns não são caros, outros são, e muito (novos aviões implicarão em novos ferramentais). Mas os que realmente contam são os gabaritos de montagem. Estes são grandes, caros e dedicados. Todo projeto novo vai precisar destes ferramentais (que são apenas um tipo de recursos de produção). Além disso existe o fator obsolescência. Os ferramentais ficam obsoletos e não se adequam… Read more »