Xingu na Força Aérea Francesa: veja treinamento para desfile aéreo de 14 de julho
Vídeo divulgado ontem (13/7) pelo Ministério da Defesa da França mostra treinamento realizado para o desfile aéreo na data nacional francesa celebrada hoje, 14 de julho (Queda da Bastilha), em bimotores Embraer Xingu utilizados pela Força Aérea Francesa no treinamento multimotor de seus pilotos militares de transporte.
Clique no vídeo acima e sinta-se como um tripulante na cabine de um Xingu, sobrevoando a capital francesa. Abaixo, algumas cenas capturadas do vídeo.
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NOTA DO EDITOR: infelizmente, nesta noite de 14 de julho, foi noticiada a ocorrência de atentado na cidade francesa de Nice, vitimando dezenas de pessoas que celebravam a data nacional francesa. Prestamos aqui a nossa solidariedade ao povo francês.
Uma pena a Embraer ter abandonado este tipo de aeronave, acredito que ainda teriam bastante mercado!!
Eles passaram por algum prossesso de modernização? O cockpit esta bem moderno para uma nave antiga nao? Apesar que é lindão o xingu tem um jeitao de ser bem rapido…
Sim, esse PFD e EICAS não são originais de fábrica.
Uma modernização bacana, gostei muito.
Lindos mesmo.Deve ter tido um ótima modernização em todo seu sistema avionico. Um pais de primeiro mundo que sabe como cuidar de ótimos aviões.
Em 2012 foi contratada a EADS para modernizar os Xingu para voar até 2025.
http://www.deagel.com/library/French-Air-Forces-Embraer-121-Xingu-upgraded-cockpit_m02008050700002.aspx
Excelente aeronave! Infelizmente não teve sucesso no mercado, mesmo sendo em muitos aspectos superior ao King Air C90 (além de ser muito mais bonito).
Cesar, não da para comparar a família Beech King Air(90 e 100) com o Xingu que só teve 106 aeronaves fabricadas, o Beech King Air voou 10 anos antes do Xingu e teve 3000 aviôes construidos, a família Super King Air(200 a 350) teve 3100 unidades fabricadas até hoje.
Os fraceses simplesmente amam esta aeronave. Na época foi feita uma concorrência para as forças armadas fracesas, que encomendaram 41 Xingu… Para a Embraer da época não tinha como concorrer com a Beech, mesmo sendo seu produto melhor em muitos aspectos.
Na verdade o Xingu foi para a Embraer um produto considerado um passo intermediário para o seu produto principal o Emb 120 Brasília.
Mas o Xingu foi o primeiro avião totalmente desenvolvido pela Embraer, e também seu primeiro produto pressurizado.
Luiz Fernando,
O Xingu foi offset dos helicópteros comprados pelo EB, não?
Rafael, é isso mesmo, o avião apesar de belíssimo tinha seus problemas e o fato de ter reprovado na certificação da FAA selou seu destino no mercado civil.
O Poder Aéreo tem matéria sobre isso. Seu grande mérito foi ter sido degrau para o EMB-120 Brasília que apesar de ter perdido em vendas para o SAAB 340 foi um grande passo para a Embraer, com trezentas e algumas unidades vendidas justificou seu projeto. Ainda sendo degrau para o ERJ.
Os motores devem os mesmos dos tucaninhos, acho que sim pois vi um desses em Goiania e fazia aquele barulho bonito dos turbohelices.
Ja o Brasilia poderia ter sido o substituto natural do Bandeirante na aviação de transporte com mais unidades pra Fab. Parece que so ha umas poucas unidades na fab. Sera que pra manter os Brasilias custa mais caro?
Gustavo, o problema do Brasília é não possuir a porta de carga, que o C-95 possui. Tentou-se encontrar uma solução, mas não foi possível. É a única falha do projeto do Brasília.
Interessante e o francês pronunciando Xingu!!! É difícil para eles este xis no início!!
Nossa é uma pena pois a aeronave é muito bacana!
Não deu para colocar uma grande porta de carga nos EMB-120, mas a conversão de velhos Brasília de passageiros em cargo usando a porta traseira original com 1,30 m de largura é comum a anos mundo afora.
A FAB só converteu o primeiro em 2014.
http://www.aircraft-charter-world.com/cargo/EMB120.htm
Pergunta. Com essa conversão a aeronave militarmente ficaria mais operacional. A Fab nao teria mais interesse em faze lo ou nao necessita tanto assim do Brasilia pois o bandeirante ainda é pau pra toda obra!
O EMB-120 não é mais produzido a um bom tempo… Mas existem muitos exemplares fora de operação que poderiam ser adquiridos caso fosse interesse da FAB.
Tanto Xingu quanto Brasilia fazem parte de um processo transitório para a Embraer, cujo objetivo era adquirir know-how em fuselagens pressurizadas, por isso a produção limitada; o Saab-340 apanhou do Brasilia enquanto o mesmo esteve em produção, houve inclusive denuncia de espionagem industrial por parte da Embraer contra a Saab, a Embraer evoluiu para os jatos regionais que era o objetivo principal e que lançou a empresa a patamares maiores e mais lucartivos, a Saab não evoluiu neste segmento, focando seus esforços no caça Gripen, ironicamente hoje são parceiras, bom para a FAB, eu aprovo o Gripen …
Gustavo, com esta conversão que mostrei e a usada pela FAB o Brasília pode transportar carga, o que é útil aos ETA. Mas não é uma aeronave de tropa com capacidade de lançar paraquedistas.
Ainda existem muitos Brasília com horas disponíveis mundo afora, mas o Brasil está modernizando os C-95A/B/C e comprou os Cesnna Caravan, C-98 na FAB, por isso não deve precisar adquirir e converter mais Brasília, C-97 na FAB.
Rinaldo Nery 15 de julho de 2016 at 12:39
Olá Rinaldo Nery, não sou conhecedor do assunto, entretanto nesta imagem parece-me que a Air France conseguiu a tal “porta de carga” ou estou redondamente enganado?
https://www.planespotters.net/photo/034306/f-gtsj-air-france-embraer-emb-120-brasilia
Saudações;
Eparro, esta é a porta de carga(bagageiro) traseira normal dos Emb-120 que só tem 1,30m de largura. Serve para a conversão do Brasília para transportar malotes ou pequenas caixas como usado hoje nos ETA.
O que seria necessário como porta de carga para a FAB seria esta grande que abre para fora como nos C-95A/B/C. Fonte da foto:Aviação Floripa.
Eparro: veja ainda que esta grande porta de carga do C-95A/B/C que abre para fora no solo tem uma porta menor que abre para dentro em voo e permite o lançamento de cargas ou paraquedistas.
O que não pode ser feito na pequena porta de carga do Brasília.
https://encrypted-tbn1.gstatic.com/images?q=tbn:ANd9GcRnTlzKQeONwgQB6ltctb1cFDe5Bo8E7Nziz1z-PYAD8w1Cy2WS86w92k5h
Walfrido Strobel 16 de julho de 2016 at 14:32
Walfrido Strobel 16 de julho de 2016 at 14:41
Percebi Walfrido Strobel! Agradeço a atenção e o esclarecimento.
Prezado Walfrido, não poder comparar aviões semelhantes, com funções semelhantes só por causa da idade do projeto ou a quantidade de produção é uma impropriedade. Ainda mais quando ambos operaram em uma mesma época, para realizar as mesmas tarefas. Ou seja, concorreram. Pode estar certo, no Brasil, na década de 80, aqueles que compraram um ou outro compararam. Certamente a Aeronavale fez isso. Seria inapropriado comparar um C90 recém saído de fábrica com um Xingu fabricado em 1980. Aí tenho que concordar. Além disso, esta comparação sempre é feita quando o assunto é Xingu. Particularmente, nunca voei King. Então não… Read more »
Escrevi no sentido de que com o sucesso da família King Air e o fracasso do Xingu a comparação ficaria prejudicada.
Mas realmente estavam na mesma categoria. Foram 6000 x 106 unidades fabricadas.
Quanto a aparencia antiga dos primeiros King Air, é devido ao mesmo ser uma modernização da família Beech Queen Air de 1960, que usava motores a pistão e teve 930 unidades fabricadas.
A FAB usou o Beech Queen Air no GEIV. Crédito na foto.
Para finalizar, considero o Xingu uma aeronave excelente. Muito elogiado por todos que o voaram. Poderia sim, a exemplo da família King Air estar em produção até os dias atuais e ter colocado muitas mais unidades no mercado, mas me parece que a EMBRAER ansiava por produzir aeronaves maiores e sabiamente evitar concorrência direta em seu início.
Concluindo, não faltou qualidade ao E121. Sua condição se deve tão somente a decisão estratégica do fabricante.