Farnborough 2016: MBDA promove o míssil ar-superfície SPEAR
Em nota à imprensa, a fabricante europeia de mísseis MBDA destacou o desenvolvimento do míssil ar-superfície SPEAR, um de seus produtos exibidos na edição 2016 da feira aeronáutica de Farnborough, na Inglaterra. A arma de nova geração recebeu recentemente um contrato de desenvolvimento de 411 milhões de libras, por parte do Ministério da Defesa britânico, que prevê a sua operação a partir dos caças Lockheed Martin F-35 a serem operados pelo Reino Unido.
Também há uma opção para equipar os jatos Eurofighter Typhoon , em futuras fases de aprimoramentos. Segundo a empresa, no caso do F-35 o míssil permitirá explorar completamente as capacidades avançadas de sensores e rede do caça.
O desenvolvimento do míssil SPEAR leva em conta o engajamento, com precisão, alvos móveis em longas distâncias, assim como a capacidade de relocalizar alvos em todas as condições climáticas, dia e noite. Também se espera conseguir essa capacidade de engajamento na presença de contramedidas e camuflagens, ao mesmo tempo em que se procura garantir uma distância segura entre a aeronave lançadora e as ameaças.
Antes do contrato de desenvolvimento concedido pelo ministério, segundo a MBDA o míssil passou por extensas atividades de testes, como parte de um contrato prévio, tendo como resultado o atendimento de todos os critérios-chave do requerimento britânico “SEAR CApability 3”. Os testes focaram na cadeia de guiagem, que inclui a cabeça de busca e o enlace de dados (data link), a carga explosiva e sua espoleta.
Esses testes culminaram, ainda segundo a empresa, no primeiro lançamento aéreo para demonstração de voo controlado, envolvendo a célula e os sistemas de navegação e propulsão da arma. O lançamento foi realizado em março deste ano, a partir de um Eurofighter Typhoon de testes, conseguindo sucesso em todo o processo de separação, início do voo propulsado, manobras e mergulho terminal para o ponto de impacto, atingindo os objetivos determinados.
O SPEAR pesa menos de 100kg, tem comprimento inferior a 2 metros e diâmetro de 180mm, com propulsão por motor turbojato e alcance além do horizonte, segundo a MBDA.
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Parece um mix de bomba guiada com missil de cruzeiro…Se atinge alvos móveis, seu preço deve ser compativel com um hellfire, eu acho.
Os americanos irão adotar a bomba planadora SDB II que é mais apropriada para aeronaves stealths, que podem lançá-la de grande altitude.
Esse míssil Spear propulsado pode ser lançado de baixa altitude sem prejuízo do alcance.
Deve ser bem mais caro que um Hellfire. É um mini míssil de cruzeiro.
A Turbomachine apresentou um conceito de porte semelhante na laad 2015, o Cabure 300.
pesa menos de 100 kg? e a ogiva pesa quanto? é baixo poder explosivo, não? há bombas de 250, 500, 1.000 kg…
Fonseca,
Tudo indica que a ogiva é a mesma do míssil Brimstone DM, que é de 9 kg. Ele foi feito para neutralizar alvos táticos.
Ele também utiliza o seeker deste míssil, que combina radar de onda milimétrica com laser semi-ativo.
Suas dimensões e peso são comparáveis aos da bomba planadora SDB, mas devido ao motor têm o dobro do alcance e pode ser lançada a baixa altitude sem prejuízo do alcance.
Em compensação a SDB II tem uma ogiva na faixa de 48 kg.
Bosco sempre antenado…
Essas sdb parecem ser o bicho, já que nem motor têm…
são na verdade mísseis planadores…
mas qual é melhor? míssil ou sdb?
e umas fotos do typhoon, com três mísseis/sdb em cada ponto duro?
o menor tamanho facilitaria o transporte deles?
Fonseca, São seis Brimstones e seis SPEAR 3. Quanto ao qual é melhor, se míssil (propulsado) ou bomba planadora, como os britânicos não terão todas os seus caças stealths pra eles o míssil é melhor já que não precisam se expor para lançá-lo. O alcance da SDB é em torno de 180 km independente da altitude e velocidade de lançamento, já a SDB tem um alcance de 80 a 120 km na dependência a altitude e velocidade de lançamento. Ou seja, para o F-22, o F-35 e o B-2 uma SDB é ideal porque eles a lançam de grande altitude… Read more »
gastar 411 milhoes de libras pra desenvolver um misseis com cabeça explosiva de 9 kilos apenas… caro demais… parece que esses caras começam tudo a partir do zero… com o conhecimento adquirido em outras armas e com ferramentas digitais nao da pra reduzir esse custo não…
O BOL mostrou a reportagem sobre a feira de Farnborough e não citou a Embraer em nenhum momento, assim fica difícil.