Farnborough 2016: Embraer informa pedidos firmes e intenções de seus jatos comerciais
Kalstar Aviation assinou pedido firme e direitos de compra para 10 aeronaves E190-E2, Nordic Aviation Capital fez pedido firme para 4 jatos E190, e Arkia assinou carta de intenções para até 10 aviões E195-E2
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Na segunda-feira, 11 de julho, dia de abertura da feira aérea internacional de Farnborough 2016, a Embraer anunciou em sua página de notas à imprensa a assinatura de três acordos com companhias aéreas para pedidos firmes e intenções de seus jatos comerciais E190 (atual geração dos chamados E-Jets), E190-E2 e E195-E2. O evento aeronáutico, realizado na Inglaterra, vai até o dia 17.
Kalstar Aviation – A operadora regional da Indonésia, assinou pedido firme para até 10 jatos E190-E2, segundo a empresa, divididos num pedido firme para cinco aeronaves e cinco direitos de compra para o mesmo modelo, elevando o potencial total do pedido para até dez jatos. A encomenda tem valor estimado de USD 582 milhões, a preço de lista atual, se todos os direitos de compra sejam confirmados.
Nordic Aviation Capital – A empresa Nordic Aviation Capital (NAC), que atua no mercado de leasing, fez um pedido firme para quatro jatos E190, geração atual dos chamados E-Jets da Embraer. Estas novas aeronaves, cujo contrato é estimado em 199 milhões de dólares (no atual preço de lista) se somarão a 69 E-Jets atualmente gerenciados pela NAC, globalmente. Os pedidos foram incluídos na carteira do segundo trimestre deste ano da Embraer.
Comentando esse pedido, John Slattery afirmou que “os E-Jets são uma ferramenta muito flexível, com uma vasta gama de aplicações, o que os torna muito atraentes tanto para as companhias aéreas como para empresas de leasing.” Um exemplo destacado pela empresa em sua nota à imprensa foi a entrega recente pela NAC, sob arrendamento, de um jato E190 à BA CityFlyer do Reino Unido, que elevou para dois o número de aeronaves da NAC atualmente operando sob leasing com a companhia aérea britânica.
O CEO da NAC, Søren M. Overgaard, afirmou que “os E-Jets em geral, e o E190 em particular, têm uma aceitação de mercado muito, muito boa”. Overgaard complementou: “Como líder no mercado de leasing, estamos sempre buscando o melhor avião para atender às necessidades dos nossos clientes e o E190, em virtude de seu excelente custo operacional, conforto para os passageiros e confiabilidade, é o avião ideal.”
Arkia Israeli Airlines – Também em 11 de julho, a Embraer anunciou em Farnborough uma Carta de Intenções (Letter of Intent – LoI) da companhia Arkia Israeli Airlines para até dez jatos E195-E2. Segundo a nota divulgada pela Embraer, a encomenda consiste em seis pedidos firmes e quatro direitos de compra, num contrato potencial de USD 650 milhões, se todos os direitos de compra forem exercidos, de acordo com o atual preço de lista.
Ainda segundo a Embraer, a Arkia irá configurar todos os E195-E2 em um confortável layout de classe única com 134 assentos. A companhia aérea opera atualmente quatro aviões da atual geração de E-Jets, sendo dois E190 e dois E195.
Nir Dagan, presidente & CEO da Arkia Israeli Airlines, afirmou sobre o negócio: “Com a melhor economia no segmento, o E195-E2 será o complemento perfeito para nossa frota. O alcance do E195-E2, de 2.450 milhas náuticas, permitirá à Arkia cobrir todos os seus destinos na Europa e lançar novos em todo o continente. Adicionalmente ao alcance, o E2 mantém o mesmo nível de conforto inigualável na cabine, o qual é muito apreciado pelos nossos passageiros.”
A Embraer ressaltou que, nos últimos anos, a Arkia aumentou a estrutura de rotas regionais e internacionais ao mesmo tempo em que introduziu os E-Jets para substituir a frota de turboélices servindo o popular resort de Eilat, no Mar Vermelho. Para a fabricante, os E-Jets são os aviões perfeitos para abrir novas rotas e os únicos jatos comerciais que operam em Dov, no aeroporto da cidade de Tel Aviv, o que é possível graças ao excelente desempenho de pista, a capacidade de manobra no solo e ruído reduzido.
Estimativas de mercado – A Embraer também divulgou em Farnborough as suas perspectivas de mercado (Market Outlook) de 2016 a 2035, detalhando as previsões da demanda de mercado para novos jatos nos próximos 20 anos. A empresa projeta demanda de 6.400 novos jatos no segmento de capacidade de 70 a 130+ assentos (2.300 unidades no segmento de 70 a 90 assentos e 4.100 unidades na categoria de 90 a 130 assentos), cujo valor é de aproximadamente USD 300 bilhões, até 2035.
Notícias boas, mas não tão expressivas. Uma pena. Se você quiser um A320 NEO ou 737 MAX precisa entrar em uma fila de anos, mas o E-Jets são de entregas no curto prazo, a produção é flexível, não está o tempo todo no máximo. Esses E-190 são um exemplo, a encomenda foi feita agora, em dois anos teremos no mercado uma versão com desempenho bastante superior à atual geração, quando será a entrega e por que não vale a pena esperar? Menos de dois anos pow!!!
Não é bem assim…. note que os E190 de primeira geração foram encomendados por uma empresa de leasing, e deverão ser destinados, principalmente, a operadores atuais que desejem ampliar suas frotas (Não valeria a pena incluir apenas poucos E2 numa frota de E1).
Mais para frente estes operadores podem optar então pelos E2.
Até agora esse é o Farnborough mais fraco dos últimos 5 anos em relação a vendas, ninguém tá comprando nada.E como os grandes anúncios geralmente são feitos logo nos dois primeiros dias, parece que a coisa vai ficar mais ou menos por ai. Parece que o Brexit assustou muita gente
Demo Almeida
Caraca, simples assim né, como esse monte de executivos não pensaram nisso? Devem ser despreparados de certo, né não?
off topic
Entrevista que o Jackson Schneider deu para um jornal Sueco em Farnborough, parece que a parceria saab/Embraer vai além do Gripen, no último parágrafo da entrevista ele da uma dica
http://www.svd.se/gripen-ar-ratt-plan-for-alla-flygvapen-i-latinamerika/om/gripenaffarerna
Jr, obrigado pelo ótimo link.
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Estou fazendo matéria a respeito agora.
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Peço que os demais aguardem a mesma entrar no ar para comentar sobre o assunto trazido pelo Jr.
OFF – as 20 melhores companhias aéreas do mundo :
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http://economia.uol.com.br/album/2016/07/12/conheca-as-melhores-empresas-aereas-do-mundo-em-2016.htm
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A primeira ocidental só aparece em 11ª lugar.
OPs, uma australiana em 9ª e uma alemã em 11 [
Falha nossa.
Bombardier detonou com a venda dos seus novos C-series para a Bombardier… li um texto de jornalista estrangeiro que dizia que os e-jets tinham “interior parecido com os velhos 727” e, assim, como Comac e Sukhoi não eram páreo para os Cseries. A guerra pela aviação regional de 100 a 160 lugares com corredor único embolou feio com este C-300 da Bombardier chegando no filão da Boeing e Airbus… teremos Boeing e Airbus passando a próxima década tentando refazer o caminho perdido pelos anos de concorrência miníma. A Embraer tem que ir para outros ares e diversificar, sim, o seu… Read more »
Paulo Dias ….diversas vezes ja foi falado aqui que microfone, papel e teclado aceita tudo. Voce misturou algumas coisas e não ficou bem claro, mas uma crítica tem que ter embasamento técnico, e se for de midia comprada essa que não tem valor mesmo. Bombardier bem que ta precisando pagar propaganda para ela pois as coisas la não andam bem, espero que não queira vender seus produtos detonando concorrentes e sim mostrando a qualidades dos seus.
Renato, vc tem razão… é o que eles têm feito… disse que o texto é do jornalista estrangeiro, não a minha…só acho que a Bombardier está embolando… ninguém sabe, mas há um certo dumping de mercado. Todos receberam dinheiro governamental (Boeing, Embraer, Bombardier), mas no caso deles acho que foi além… agradeço e retirarei o post.
A Embraer postou hoje um vídeo sobre o KC390 no Farnborough Airshow 2016
https://www.youtube.com/watch?v=OkRRUZbeSwM
É Paulo Dias, na verdade todas devem em maior ou menor número, todas recebem subsídios aqui ou acolá, mas a Bombardier possivelmente enfrentará um novo processo junto a OMC porque a ajuda foi em demasia. A Bombardier tava num atoleiro danado com os sucessivos atrasos e os custos estratosféricos do projeto dos novos CSeries, felizmente agora um pouco mais aliviada pela ainda recente encomenda da Delta Airlines de 75 CS100 e com opções para mais 50. No mais é isso, tanto o sol quanto a sombra podem ser para todos, basta saber trabalhar e se ajustar as mudanças, espaço e… Read more »
A questão que as entrelinhas demonstram é que a Bombardier está mexendo com os lobos (Boeing e Airbus), querendo comer antes deles contando com dinheiro do contribuinte canadense. A Embraer é bela empresa, mostrou sua competência ao sair de uma empresa praticamente falida na década de 90 para os níveis atuais. Daí a vejo como uma queridinha da Boeing, pois a Embraer não quis brigar com os lobos, comeu sabiamente pelas beiradas. O fato é que me preocupa o fato da Boeing englobar a Embraer para prepará-la para “fulminar” a Bombardier… Veja que há uma intensa parceria Boeing-Embraer nos últimos… Read more »
Colaboração da Boeing com a Embraer num campo estratégico: aviões de baixo consumo de combustível
http://www.gizmag.com/boeing-ecodemonstrator-testbed-embraer/44236/
Paulo, bom dia.
O Poder Aéreo já publicou notícia sobre o assunto do Ecodemonstrador, dias atrás.