Rotação do contingente português de policiamento do Báltico
A nota foi acompanhada de foto (acima) de caça F-16M da FAP. Em sua página no Flickr, a FAP também divulgou imagens do embarque desse contingente (abaixo), informado como a terceira rotação dentro do desdobramento na base de Siauliai.
Segundo a nota, até o final do mês passado os caças F-16M da Força Aérea Portuguesa desdobrados na Lituânia já haviam realizado cerca de duzentas horas de voo. A nota também informou que a Força Nacional Destacada (FND) é composta por 89 militares. Esse contingente apoia o alerta permanente e a operação de quatro caças F-16M, no espaço de interesse estratégico da OTAN (Organização do Tratado do Atlântico Norte) sobre os países bálticos – Estônia, Letônia e Lituânia.
A OTAN realiza um rodízio de forças aéreas de países membros para o policiamento aéreo do Báltico. Desde maio essa missão vem sendo realizada pela Força Aérea Portuguesa, e outra força deverá assumi-la em agosto.
Para saber mais sobre esse revezamento da OTAN e outros contingentes destacados em Siauliai nos últimos anos, clique nas matérias da lista a seguir (que são uma seleção de algumas das dezenas de matérias que já publicamos sobre o tema).
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Que bela foto essa do F-16 da FAP.
Sds.
Posso estar falando besteira… Mas já não passou da hora desses países do Báltico terem suas próprias Forças Aéreas?
Quem sabe em um futuro próximo, estas missões possam ser a bordo um outro cargueiro, concebido sessenta anos mais tarde.
E que imagem linda esta do F-16, muito show.
Pois é Anker, acho que eles têm condição de ter pelo menos 1 esquadrão de caças…. comprar e manter 12 unidades do F-16, por exemplo, não é de um custo absurdo. E se for, talvez as 3 nações possam se juntar para operar conjuntamente a defesa aérea….
Boa tarde a todos!
Os três países Bálticos (Letônia, Lituânia e Estônia) até têm forças aéreas, mas não têm mais caças (tinham na época da URSS), e suas forças aéreas estão focadas no momento em investimentos nas áreas de transporte e asas rotativas. . O acordo para entrarem na OTAN incluiu investimentos gradativos em áreas prioritárias de suas forças terrestres e das aviações que citei, ficando os caças, que impactam bastante no custo operacional total de uma força aérea, para um outro momento em que os passos anteriores estivessem consolidados (lembrando que para esses países a saída da URSS teve um impacto econômico imenso,… Read more »
Anker 6 de julho de 2016 at 15:51
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Eu concordo contigo. Mas se a OTAN faz tanta questão de ter os países bálticos em sua aliança, eles vão aproveitar isso até o fim.
Mas o.problema talvez não seja nem tanto a falta de caças. Mas a presença da OTAN tentando pressionar a Rússia.
Por exemplo, não há bases americanas na Alemanha e Polonia?
Caças F15 americanos estavam até recentemente pelo menos na Turquia?
Nunão, acho que vai demorar muito mais! Os orçamentos de defesa não estão crescendo, os preços dos caças novos estão cada vez mais altos e o festival de usados em liquidação parece estar acabando. As forças estão tendo que usar até o osso o que possuem devido aos constantes atrasos nos novos caças, a diminuição no número de novos caças comprados e a diminuição no ritmo de entregas pra equilibrar as contas. Os caças que foram desativados aos montes foram aproveitados (uma parte), canibalizados e os que sobraram estão parados faz muito tempo. O tempo sempre cobra seu preço e… Read more »
Uma coisa interessante dessa bela foto que eu só reparei agora. O F-16AM em questão está com 2 AIM-120 AMRAAM nas pontas das asas e dois AIM-9 Sidewinder sob as asas!!! Normalmente é ao contrário, os mísseis IR vão nos trilhos das pontas…
Não no caso do F-16, Delmo. O AMRAAM na ponta das asas e o Sidewinder sob as asas é absolutamente comum no Fighting Falcon.
Realmente, agora que você falou eu lembro de já ter visto no FF… Nunão, a maioria dos caças possui limitação quanto ao uso dos trilhos, correto??? Poderia me dizer alguns que só levam os IRs e alguns que também levam os mais pesados BVRs nas pontas das asas??? No caso do Rafale, por exemplo, sei que os dois tipos de mísseis MICA vão na ponta das asas, mas não sei sobre o Meteor.
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Quanto mais exemplos melhor…
Delmo, creio que o F-16 seja a exceção à regra de instalação de mísseis mais leves nos trilhos de pontas de asas (para o caso, evidentemente, dos caças que têm estações de armas ali) e mais pesados sob as asas ou fuselagem. Sinceramente, desconheço outros que levem mísseis do porte do AMRAAM nas pontas das asas. Quanto a Meteor nas pontas das asas de algum caça, imagino que tanto o porte do míssil quanto a posição de suas características tomadas de ar sejam incompatíveis com instalação ali, pois teria que ficar “de lado”, o que talvez não seja muito bom,… Read more »
O fato do míssil BVR ser instalado na ponta das asas têm a ver com o fato deles, em tese, serem lançados primeiro, o que iria deixar o caça mais manobrável para o combate de curto alcance se a maior massa do caça estiver mais concentrada.
Creio que essa é a razão, salvo engano. Essa tese foi mostrada aqui no Aereo por um participante há uns 8 anos.
Delmo,
Apesar dos dois tipos de Micas terem basicamente o mesmo peso eu acho que só a versão IR é instalada nas pontas das asas do Rafale.
BELA IMAGEM!!! Apesar de ser fã do F35 (o gordo) e pensar que ele vai ter um papel importante no futuro das forças aéreas ocidentais, o F16 é um caça de uma beleza incomparável. vi-o ao vivo numa demonstração em Lisboa, em 1984, no Autódromo do Estoril, antes do grande prémio de Fórmula 1. Estreava-se nesse ano um jovem brasileiro na F1, Ayrton Senna. Hoje os países Bálticos respiram liberdade e democracia, regressaram ao seio da Europa Ocidental onde sempre pertenceram mas para terem uma força aérea seria melhor associarem-se os três. Portugal na final do campeonato da Europa…!!! se… Read more »
Em pensar que a FAB relegou o F-16. Bela foto e Ótima matéria.
Bosco, eu vi por aí (alguém da USAF se não me engano) que são 2 motivos:
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1 – Anti-flutter: o AMRAAM na ponta da asa ajuda a diminuir vibrações por causa do maior peso, isso ajuda a diminuir a fadiga e aumenta a via útil da asa;
2 – A posição é de menor arrasto e AMRAAM na ponta e Sidewinder embaixo é melhor do que o contrário, do ponto de vista aerodinâmico.
Esses dias saiu uma notícia que os argies tinham desistido de operar o F-16 usado dos estoques americanos porque o custo de hora de voo é muito alto. A julgar pela experiência chilena, pela venda de parte da frota de Portugal e pelos valores divulgados pela USAF da frota deles, o negócio é caro de operar mesmo.
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Para quem gostou da primeira foto, aqui vai uma versão maiorzinha pra salvar no HDD:
http://www.emfa.pt/www/conteudos/galeria/noticias/2016/abril/15275881555-3d1ea066a9-o_2284.jpg
Possivelmente o Brasil teria conseguido o F16 na versão 40 ou 60. Agora acho que por razões politicas o Brasil nunca o teria feito… andaram de braço dado com o Chavez, o Puttin (na versão tardia em que já mostrava alguns tic de ditador), a China… com a mania dos BRIC!!! Complexo de inferioridade dos USA. Mais valia serem parceiros a sério, respeitados.
Um abraço
Fidalgo, boa noite. . O F-16 Block 50/52 já era um competidor do primeiro F-X, com relatório finalizado em 2002, quando o governo brasileiro ainda não andava de mãos dadas com Chaves, Putin etc. . Na ocasião, era minha opção preferida, seguida de perto pelo Gripen C. . Resta saber qual teria sido uma possível decisão que o então presidente em fim de mandato poderia tomar, frente ao relatório da FAB, caso tivesse a coragem necessária para decidir, ao invés de tomar a pior decisão de todas (na minha opinião) que foi a de não tomar decisão alguma e passar… Read more »
Fernando, Aí está! Se tivessem decidido nessa altura pelo F16 50/52 continuariam ainda hoje a ter um caça fantástico. Será que o atual Gripen é melhor? Também estou farto de dizer, comprar armamento não se faz apenas por caraterísticas técnicas mas também por razões de confiança geo – politica. Vejam como os USA estão a mudar o foco politico do Paquistão para a India! Com todos os sistemas de armas que isso implica. Portugal se não fosse um aliado de sempre dos Estados Unidos teria capacidade para ter F16 nos anos 80? Pois, mas a Base das Lajes ajudaram os… Read more »
Fidalgo, minha opinião é que, para hoje (tanto quanto era 14 anos atrás), o F-16 Block 50/52 é um ótimo caça. Ainda deverá ser bom nos próximos 10 anos, o que é notável. Porém para um caça que precisará continuar competitivo e em evolução para cenários de daqui a 15, 20, 30 anos, o Gripen E é melhor.
“o Brasil teria conseguido o F16 na versão 40 ou 60. Agora acho que por razões politicas o Brasil nunca o teria feito… andaram de braço dado com o Chavez, o Puttin (na versão tardia em que já mostrava alguns tic de ditador), a China… com a mania dos BRIC”
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Se isto fosse verdade teriamos os sukhois, como os venezuelanos, mas por mais contraditorio que possa parecer, o governo brasileiro odeia mais a Russia de Putin que os EUA,
Kolchak, é vero… Na política internacional devemos ser amigos de todos, para poder barganhar com todos. O alinhamento incondicional nunca trouxe vantagem nenhuma para ninguém. O F-16 quando foi comprado por Portugal não era um grande caça como se tornou na década de 1990 e anos 2000, eram as primeiras versões com capacidades muito deterioradas, o que os EUA perceberam ser um erro. Vargas era muito bom em flertar com todo mundo pra conseguir vantagens e só pular do muro na hora certa.
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COMENTÁRIO EDITADO. MODERE O LINGUAJAR.
Bosco, acho que já vi a outra versão na ponta das asas, mas não é muito usado, pois o buscador IR pode ser usado durante todo o voo para dar mais uma fonte de informação aos sistemas.
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Nunão, também pensei nas entradas de ar, mas queria saber…
Interessante que, mesmo o Eurofighter não tendo trilho na ponta das asas, o último ponto é exclusivo para míssil IR.
Que vulgaridade. Apaguem isso. E esse post meu também.
Delmo,
Eu já li algo sobre o MICA-IR ser utilizado como um IRST mas duvido que isso ocorra na prática tendo em vista que mesmo tendo um sistema de refrigeração de longa duração ainda assim é por tempo limitado, sem falar que no caso do Rafale ele tem um IRST integrado.
O dia que os sistemas de orientação por imagem IR de mísseis ar-ar estiverem utilizando seekers não refrigerados até pode ser, mas até lé tenho dúvidas.
Bosco, bom dia.
O que já li sobre uso do MICA-IR como IRST é em Mirage 2000-5, que não tem IRST integrado.
Bosco, qual é o ângulo que o IRST pode procurar os alvos? Qual é a limitação?
https://www.youtube.com/watch?v=rK-gH72qwTA
Amigo Delmo!
Pelo que lembro o coordenador da AIM-9X tem 180 graus (+/- 90) de escaneamento.Os ângulos de +/- 60 (ou ate 75) são praticamente padrão nos modelos de hoje.
Em relacao das “forcas aéreas dos países balísticos” sou muito cético pois bastava a Rússia aplicar sanções que o PIB deles começou “chorar”. Nesta situação quando setor da agricultura, turismo e transito de cargas estão pedindo socorro gastar dezenas ou centenas de milhões com aquisição dos aviões e preparação dos pilotos fica tão para traz que nem vale a pena de cogitar..
Um abraço!
Delmo, Depende do modelo mas é por volta de uns 120 a 140 graus. – Nunão, Eu já li sobre isso mas na prática acho difícil de funcionar. Um míssil é descartável e se utilizar como um sensor provavelmente obriga que ele seja disparado. Pode ser que o Mica tenha algo novo que o habilite a ser reutilizado e até que receba energia elétrica do caça e não de sua bateria térmica, que é limitada, mas acho difícil. E há a questão da refrigeração do sensor. Mesmo ele não precisando de fonte de refrigeração externa ela é limitada e o… Read more »
Scud,
Na verdade a questão do Delmo é relacionada ao FOV (ângulo de visão) dos IRST e não dos mísseis de 5ªG.
Vale salientar que o F-35 tem 6 sensores fixos relativo ao DAS que cobre todos os ângulos ao redor do caça.
Clésio Luiz 6 de julho de 2016 at 20:24
Obrigado pela foto!
Devidamente salva em HD! 🙂
Sds.
Delmo Almeida 6 de julho de 2016 at 18:07
(…) Pangloss, esse apelido vem do filósofo do livro de Voltaire ou é estou enganado???
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Você está certo. É uma auto-ironia com o meu pessimismo sobre os temas de defesa, no Brasil.
O brasão da ONU é outra ironia: só mesmo um otimista panglossiano acredita que a ONU consegue cumprir sua missão institucional.
Amigo Bosco!
Falha minha.
Em relação dos IRST posso citar OLS-35 de SU-35 que tem +/-90 graus de azimute ou OSF (Thales) de Rafale – +/-60.
Um abraço!
Pangloss, esses dias descobri que os nomes dos principais personagens estão sendo utilizados em uma novela. Cândido, Cunegundes, Pangloss eu acho que não ficou igual, mas ficou parecido.
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PS: Interessante que o próprio Voltaire escreveu o livro como ironia de uma teoria de um alemão (não lembro o nome).
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Editores, recado entendido.
O que eu me lembro sobre o acordo dos países do Báltico com a OTAN era a de que eles inicialmente iriam trabalhar para modernizar suas forças terrestres e posteriormente partiriam para a modernização de suas forças de caça. Apesar de serem países pequenos, eles são considerados pela Rússia como ponto de honra, tendo em vista que (pelo menos a Letônia, que é o que eu conheço um pouco mais sobre pelo fatos dos meus avós terem vindo de lá) os russos sempre projetaram seu poder e invadiram-na em diversos momentos da história. A relação desses países com a Rússia… Read more »
Delmo Almeida 7 de julho de 2016 at 18:09
(…) PS: Interessante que o próprio Voltaire escreveu o livro como ironia de uma teoria de um alemão (não lembro o nome).
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O “homenageado” foi Leibniz, que afirmava que vivíamos no melhor dos mundos possíveis.