Eurofighter Tranche 2 espanhol lança bomba GBU-48 pela primeira vez
Lançamento da bomba também conhecida como ‘Enhanced Paveway II’, guiada por GPS e laser, visa aumentar a capacidade e autonomia da frota espanhola para ataques de precisão em qualquer tempo. Centro de testes que realizou o lançamento também lançou míssil IRIS-T em modo digital
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Em nota divulgada na última sexta-feira, 1º de julho, a Força Aérea Espanhola informou o seu primeiro lançamento com êxito de uma bomba EGBU-16 (denominação local da GBU-48 Enhanced Paveway II) por um jato Eurofighter Tranche 2 espanhol. O lançamento foi realizado pela equipe de ensaios em voo do CLAEX – Centro Logístico de Armamento e Experimentação do Ejército del Aire (Exército do Ar – Força Aérea Espanhola).
A GBU-48 Enhanced Paveway II é uma bomba de 454kg com kit de guiagem de modo dual – GPS e Laser (o nome ‘Enhanced’ se refere ao fato que é uma versão aprimorada da GBU-16 Paveway II, de mesmo peso, guiada apenas por laser).
Capacidade todo o tempo – Segundo a nota, acompanhada de fotos do teste, o caça C.16 (denominação local para o Eurofighter Typhoon) realizou o lançamento na semana de 20 a 24 de junho, no Golfo de Cádiz, com lançamento guiado por sinal GPS e iluminação laser na fase terminal por pod designador de alvos Litening III, instalado no próprio avião lançador.
A Força Aérea Espanhola considera o evento de apoio à certificação para emprego desse armamento um “notável incremento nas capacidades ar-superfície da frota de C.16, permitindo levar a cabo ataques ‘todo tempo’ e de grande precisão de maneira totalmente autônoma”, assim como a realização de “ataques simultâneos sobre vários alvos terrestres”.
IRIS-T em modo digital – A nota também informou que, combinado à avaliação da integração do armamento ar-superfície, foi realizado também o lançamento do primeiro míssil ar-ar IRIS-T em modo digital, por Eurofighter Tranche 2 da Força Aérea Espanhola. Esta se segue, segundo a nota, à integração feita em 2015 pelo CLAEX para a frota do lote anterior (Tranche 1), adiantando-se outros usuários do caça. Espera-se ter em breve essa capacidade (lançamento de IRIS-T em modo digital) disponível em toda a frota espanhola de Eurofighter.
Ainda segundo o informe, esses testes “manifestam a firme vontade do Exército do Ar em maximizar as capacidades do sistema de armas C.16 no menor tempo possível, adiantando a entrada em serviços de aviões Tranche 2 de novas capacidades desenvolvidas pelo programa internacional e implementando, paralelamente, desenvolvimentos orgânicos em aviões do Tranche 1.”
NOTA DO EDITOR: embora os testes de emprego de GBU-48 Enhanced Paveway II por Eurofighter Typhoon sejam uma novidade na Força Aérea Espanhola, na Força Aérea Real Britânica (RAF) essa arma já foi utilizada por caças Typhoon em operações reais no conflito da Líbia, com primeiro lançamento em combate realizado em 25 de maio de 2011, conforme noticiado aqui no Poder Aéreo (veja matérias sobre o assunto e outras de temas relacionados na lista abaixo).
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Alguém saberia informar quantos Eurofighter Typhoon a Força Aérea Espanhola possui?
E quais destes estão operacionais?
Em 2014 eram 41 aviões, divididos entre duas alas (uma com dois esquadrões, outra ainda com um só), com alguns exemplares no CLAEX (centro de testes mencionado na matéria).
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http://www.aereo.jor.br/2014/03/04/frota-de-eurofighter-da-espanha-chega-a-25-000-horas-de-voo/
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Há informações de que hoje esse número de caças entregues chegou a 60 exemplares. Há também outras informações sobre o assunto na lista da seção “veja também”, ao final da matéria, da qual consta o link que coloquei aqui.
Já dados sobre quantidade realmente operacional normalmente são informações classificadas na grande maioria das forças aéreas. Esses dados vazam para a imprensa, vez por outra, quando isso costuma ser do interesse da própria força aérea (como forçar a liberação de verbas de manutenção por parte de governos, aceleração de programas de reequipamento etc).
Me incomoda o Typhoon não ter um ponto duro mais adequado para transportar um casulo designador, quando seus primos europeus projetados na mesma época, o tem. – Na situação atual se ocupa o valioso lugar de um tanque externo, aumentando a necessidade de revo em missões de ataque. – E não é por falta de planejamento, porque desde o começo tensionava-se usar ele em missões de ataque, embora sempre houve ênfase nas missões de superioridade aérea. – Um local mais adequado para o casulo seria ao lado do trem dianteiro ou no lugar de um dos AMRAAM dianteiros. O Phantom,… Read more »
Clésio, tenho a mesma opinião, mas me disseram aqui que isso foi corrigido (não sei se é verdade).
Salvo algumas exceçoes, caças bipostos são mais bonitos que os monopostos, apesar de o Eurofighter ser um caça feio….
Flamenguista, eu discordo nos dois. Acho os monopostos muito mais bonitos (visual mais agressivo) e o Euro lindo (dependendo do ângulo da foto)
O Rafale é mais bonito monoplace, na minha opinião…..