Dois dos três aviões A400M alemães são ‘groundeados’ por problemas no motor

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A Alemanha “groundeou” dois de seus três aviões de transporte militar A400M entregues pelo Airbus Group SE devido a problemas de caixa de velocidades recém-descobertos em seus motores turboélice, informou um porta-voz do Ministério da Defesa alemão na quinta-feira.

A Airbus, a maior empresa aeroespacial da Europa, prevê substituir um dos quatro motores do primeiro avião nos próximos dias, disse o ministério. O problema com a segunda aeronave foi descoberto na quinta-feira, confirmando notícia relatada pela primeira vez pela revista alemã Spiegel.

A400M, C-130 e C-17
Da esquerda para a direita: C-17, C-130 e A400

Kieran Daly, porta-voz da Airbus Defense and Space, disse que a empresa estava trabalhando com a Alemanha para resolver os problemas.

“Confirmamos que foram descobertos em duas das três aeronaves A400M alemãs problemas de craqueamento na caixa de velocidades da hélice, e vamos apoiar o cliente na correção do problema”, disse Daly à Reuters.

Ele não informou quantos dos 27 aviões de transporte de tropas e de carga A400M entregues pela Airbus até agora, tinham sido afetados pelo problema, que envolve uma caixa de redução feita pela unidade italiana da General Electric Avio Aero.

Autoridades europeias ordenaram inspeções após cada 20 horas de voo depois da descoberta da quebra da caixa de velocidades no início deste ano.

FONTE: Reuters

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Marcelo Pamplona

Reinventar a roda = rainha de hangar.
Sds.

Alex Faulhaber, RJ

A legenda da foto está correta?

Fernando "Nunão" De Martini

“Alex Faulhaber, RJ em 01/07/2016 às 13:07
A legenda da foto está correta?”

.
Quanto aos nomes das aeronaves na foto, estava correta sim. Mas alteramos agora para indicar melhor a posição certa de cada uma, para facilitar. Agradecemos o aviso.

Guilherme Poggio

Eu chuto que este é o mais avançado motor turboélice do mercado. Estão pagando por isso.

Marcelo Pamplona

Poggio;

Mas não dava para equiparem o bichão com um motor de concepção mais tradicional?
Não seria melhor?
Sds.

Bardini

Uma coisa é certo, “Gearbox” não é o forte da Airbus…

TEREU

o problema não seria a airbus….com ec725…a400m…será que não seria um problema interno??

Ederson Joner

Boa Bardini, muito boa.
Esta foto com as três aeronaves é muito boa, eu queria ver uma assim, com o KC-390 ai no meio!

kfir

Penso que estão no caminho certo…já estão aparecendo os defeitos de fabricação, o que se faz pensar, que economizaram nos ensaios de voo…vão conseguir resolver, e terão um senhor produto…visto que o motor proporciona grande economia 20% com velocidade alta…para um turbo hélice..

RRCOSTA

gostaria de saber se o k-390 da embraer tem o mesmo tamanho do c-130 hercules?

Fernando "Nunão" De Martini

“RRCOSTA em 01/07/2016 às 15:32
gostaria de saber se o k-390 da embraer tem o mesmo tamanho do c-130 hercules?”

.
RRCOSTA, boa tarde.
.
A resposta à sua pergunta está nesta matéria abaixo, do Poder Aéreo:
http://www.aereo.jor.br/2014/10/21/nao-o-kc-390-nao-e-um-aviao-pequeno/

Alfredo Araujo

“Marcelo Pamplona 1 de julho de 2016 at 13:06
Reinventar a roda = rainha de hangar.
Sds.”
.
O problema não é reinventar a roda, o problema é não ter dinheiro para bancar uma atitude dessas…
Se a humanidade não se reinventasse de tempos em tempos, não estaríamos no atual estágio tecnológico.

ivo

não bastasse os helicópteros, agora é o A400. os franceses vão pirar!

Guilherme Armond Côrtes de Araujo

É culpa do ______________________ Brincadeira. Isso não é exclusividade da Airbus, todos os projetos novos tem risco, se você usa tecnologias de ponta os riscos sobem vertiginosamente. Existe um numero enorme de problemas registrados desde o inicio da aviação, o caso mais emblemático foi o do DeHavilland Comet britânico, recentemente a Boeing teve um problema enorme com as novas baterias do 787, toda frota chegou a ser paralisada. Hoje ninguém mais se lembra que o nosso Tucano, um avião excepcional, teve um colapso estrutural catastrófico, prototipo 1301, literalmente partindo-se em dois, durante um teste de mergulho em alta velocidade, posteriormente… Read more »

Jonathas Gagliardi Madeira.

Prezados Leitores desse importante informativo sobre aviação, eis a minha modesta colaboração que certamente levará um esclarecimento a cerca da capacidade e dimensões dos cargueiros atualmente no mercado mundial. Lembrando que ainda faltam alguns exemplare,s que não consegui em um quadro comparativo como este. Obs: aproveito a oportunidade para convidá-los a fazerem uma visita no meu tradutor chamado “UniFrases” (www.unifrases.com), que possui 35 idiomas diferentes e é de uso aberto e livre, inclusive com o uso do “Chat”, que vocês podem aproveitar para fazerem novas amizades, nesses idiomas, mesmo que não falem sem línguas, pois o sistema traduz e basta… Read more »

Jonathas Gagliardi Madeira.

CORREÇÃO!
Peço desculpas pela digitação errada, então por favor corrijam essa frases: “mesmo que não falem essas línguas”. Obrigado pela compreensão, pois não consegui re-editar o post! Att. Jonathas Gagliardi Madeira.

mbp77

Alfredo Araujo 1 de julho de 2016 at 15:54

“O problema não é reinventar a roda, o problema é não ter dinheiro para bancar uma atitude dessas…”

Então, se não tinham capital para isso (algo que duvido), não deveriam ter dado um salto tão à frente.
Uma coisa é evolução, como você citou na complementação da sua mensagem, outra é entrar num quarto escuro sem lanterna.
Sds.

Delfim Sobreira

A Alemanha vai ter 53 A-400M, uau.

Marcelo Andrade

A história da aviação está repleta de acontecimentos relativos ao pioneirismos tecnologico, desde o De Havilland Comet I. Sou suspeito pra falar como apaixonado por Cargueiros Militares e acredito que , como o A400 ainda é um projeto novo, os problemas serao resolvifos com o tempo.

Rommelqe

Os quatro motores do A-400 são,praticamente identicos; os fans e as turbinas giram no mesmo sentido. Agora, quanto às helices, em dois dos motores elas giram no sentido horario e nos outros dois elas giram no sentido antihorario. Para tanto, ha uma caixa de engrenagem que torna isso possivel. Invertendo o sentido de rotação. Essa solução é muito engenhosa, possibilita uma grande otimizaçåo na estrutura pois executa inversão no sentido de rotação em dois ,motores én que a caixa de engrenagens de dois deles possibilita com que os propulsores giremem sentidos opostos; o craqueamento se da noperfil de contato,dos dentro… Read more »

Rinaldo Nery

Guilherme, permita-me duas correções: o colapso catastrófico do protótipo do Tucano ocorreu justamente no ensaio de VNE. O piloto ultrapassou o percentual de segurança previsto no projeto e acabou ” descobrindo” a VNE real. Eu era cadete na AFA, e o piloto esteve lá nos brindando com uma palestra e contou sobre o ocorrido. Quanto ao esforço no eixo da hélice, ela ocorre somente na manobra acrobática lancovak, que a Fumaça executava. Com o acidente do Vilarinho, quando a hélice saiu na manobra, a EMBRAER proibiu esse tipo de acrobacia. Aliás, a aeronave não foi feita pra isso, não é… Read more »

Guilherme Armond Côrtes de Araujo

Nery, obrigado pelas correções. É sempre bom ter informação correto e mais detalhadas vida de quem viveu a operação dessas máquinas voadoras. O que eu quis enfatizar, nesses casos que citei, é que projetos aeronáuticos, assim como outros de alta tecnologia, tem muitas limitações, e com isso podem apresentar problemas não previstos, o que não significa incompetência, falta de investimentos ou cuidados. A complexidade dos projetos, construção e operação de aeronaves é uma coisa pouco compreendida de forma geral.

Rprosa

Esta eterna desculpa de que a gênese do problema ~e da inovação não cola, pois desde 2014 são relatados problemas no A-400, apenas como exemplo em 2014 a Alemanha relatou 875 defeitos, no A-400, desde falhas no isolamento de cabos eléctricos a vazamento de óleo hidráulico e problemas de motor, também há de se afirmar que a Turquia recusou seus A-400 em função de discordâncias com o produto, ou ainda que em janeiro de 2015 Tom Enders CEO da AIRBUS solicitou uma coletiva de imprensa para rebatera s críticas efetuadas pela Alemanha e reconheceu a existência de falhas no projeto,… Read more »

Rinaldo Nery

Rprosa, também vou por essa linha de raciocínio. Esse argumento da “inovação” é o mesmo que usam para o F-35. Concordo em erros desse naipe para indústrias incipientes. Não é o caso das indústrias aeronáuticas européia e norte americana. A EMBRAER teria o direito de errar no KC-390, e parece que não errou. Ainda.

rprosa

Nery, seria admissível este raciocínio nas fases iniciais do projeto, mas nunca num produto acabado e em linha de produção, principalmente em se tratando de um produto desenvolvido pelas maiores industrias bélicas na Europa em regime de consórcio e que praticamente já nasceu com todas as características definidas e delimitadas entre os participantes. Gostaria de ver estes defensores da inovação ser a causa dos problemas do A-400 e de outros produtos militares, aceitarem esta desculpa ao mandar o carro novo para conserto em uma autorizada e o técnico afirmar que não pode resolver pois o motor é inovador e o… Read more »

Rommelqe

Concordo. Tambem acho que as inovações tecnológicas não devem ser usadas como desculpa. Por exemplo, a conceito aerodinamico, inclusive no que diz respeito as influencias na estrutura, foi previamente definido, ainda nos estagios iniciais. A dificuldade na adaptação ao reabastecimento de helicópteros me parece, hoje, um problema que não se deveria esperar da Airbus. Apesar de ser uma estrutura inovadora, etc, os patticipantes do programa tem em seu portfolio outras aeronaves de grande porte, ferramentas analiticas bem consolidadas, recursos/experiencias compartilhados em outros programas de colaboração conjunta (vide, por exemplo, o A-380, mesmo com varios dissabores que, na realidade e por… Read more »

Rprosa

Segundo alguns sites o problema dos A-400 esta intimamente ligado a liga de alumínio escolhida, posto que já foi confirmado que esta liga não resite a pressão, vibração e a temperatura geradas pelos motores contra rotativos, sendo que a AIRBUS aconselha inspeções de 100 horas, e após esta inspeção uma inspeção a cada 20 horas voadas, bem como se planeja uma nova liga metálica que aumente o intervalo de inspeções para 600 horas, porém, uma solução definitiva somente é esperada pra final de 2018 início de 2019, impondo a substituição de todos os motores contra rotativos o que encarecerá o… Read more »

Jr

Rprosa, que lambança que esse pessoal da Airbus fez, o mais engraçado é que a Antonov ofereceu ajuda para eles e os mesmos negaram, se não me engano o AN-70 que é uma aeronave do mesmo tamanho do A-400, também tem motores com hélices contra rotativas pelo que vi em vídeos de internet. Fico imaginando os usuários do A-400 no meio de uma guerra tendo que inspecionar o avião a cada 20 horas voadas, isso é simplesmente patético. E o mais grave disso tudo é saber que quem foi chamado para resolver esse problema e o pessoal da Airbus Helicopeter,… Read more »

Bardini

O sistema de propulsão do An-70 não é o mesmo usado no A400M. Um usa hélices contra-rotativas, o outro usa o conceito Down Between Engines.
.
http://www.airpower.at/news08/1221_a400m/dbe.jpg

Heyarth

O turboprop gira sempre em um mesmo sentido e para que as hélices girem no sentido oposto eles utilizam um “gearbox”.
Pergunta de leigo:
Seria viável um turboprop girando em sentido contrário sem gearbox? O que isso implicaria?

Bruno R.

“Heyarth 8 de julho de 2016 at 16:57 O turboprop gira sempre em um mesmo sentido e para que as hélices girem no sentido oposto eles utilizam um “gearbox”. Pergunta de leigo: Seria viável um turboprop girando em sentido contrário sem gearbox? O que isso implicaria?” . . Isso implicaria em fazer um novo motor, que no caso é um turbojato grande, complexo, mais do que qualquer motor turbo-hélice. Teria que ser feito outro desse, mas para girar em sentido anti-horário, o que seria mais caro ainda, por isso optaram por usar uma gearbox para fazer a hélice girar em… Read more »