A-1 e RA-1 no Exercício Sabre e na Operação Ágata 11
Caças A-1 treinam combate em cenário simulado. Exercício Sabre ocorre em Anápolis até dia 30 de junho
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Durante o Exercício Sabre, os esquadrões equipados com aeronaves A-1 participam de ações de ataque e supressão de defesa aérea inimiga. O objetivo é atacar os alvos defendidos por unidades de defesa antiaérea, equipadas com mísseis IGLA S. Mais de 30 aeronaves de caça estão envolvidas na operação, que vai até dia 30 de junho, na Base Aérea de Anápolis (BAAN), em Goiás.
Para cumprir as tarefas, os strikers, como são conhecidas as aeronaves que realizam missões ar-solo, podem estar equipados de armamento, simulando o emprego de bombas guiadas a laser ou, também, realizar o emprego convencional adentrando no território inimigo em navegação à baixa altura.
A segurança dos ataques e das aeronaves é garantida pelos caças F-5M, responsáveis pela patrulha aérea de combate e que fazem a escolta do A-1. A missão é auxiliada por controladores de voo, baseados no Primeiro Centro Integrado de Defesa Aérea e Controle de Tráfego Aéreo (CINDACTA I), situado em Brasília.
Segundo o Capitão Rodrigo Perdoná, piloto do Esquadrão Adelphi (1º/16º GAV), o exercício em conjunto é uma oportunidade de aprimorar todas as técnicas de combate desde o planejamento, que é executado durante o dia para que todas as equipagens e os pilotos envolvidos na missão se conversem e acertem uma tática adequada. “Todo o treinamento é bem-vindo. Só aumenta o nosso preparo e a confiança de entrar num possível conflito”, declara.
Para o Capitão Felipe Galvão, piloto de F-5M, o grande ganho de um exercício como esse é o aumento do número de aeronaves, que conseguem criar um cenário bem próximo de uma situação de possível conflito. “Conseguimos juntar um número grande de caças e o treinamento fica ainda mais complexo do que a gente consegue fazer em sede. As ameaças são pensadas de modo a refletir a realidade”, acrescenta o militar do Esquadrão Pampa (1º/14º GAV).
RA-1 realiza missão de reconhecimento aéreo na fronteira do Brasil com o Paraguai. A operação contou com o apoio da aeronave RA-1 AMX
A Força Aérea Brasileira (FAB) realizou, no último domingo (19/06), missão de Reconhecimento Aéreo em apoio à Marinha do Brasil e ao Exército Brasileiro durante a Operação Ágata 11. A ação foi cumprida pelo Esquadrão Poker (1°/10°), com a aeronave RA-1 “AMX”, na região oeste do Paraná, entre as cidades de Guaíra e Foz do Iguaçu, na divisa com os países do Paraguai e Argentina, uma área de relevância econômica e turística na região sul do País.
O objetivo foi colher dados acerca de locais de difícil acesso terrestre e fluvial, potencialmente utilizados para o contrabando e descaminho de mercadorias, tráfico de drogas e crime organizado. As imagens foram analisadas por técnicos do próprio esquadrão, gerando relatórios que servirão de auxílio para as autoridades de segurança responsáveis pelo combate aos crimes na tríplice fronteira.
“A aeronave RA-1, além de amplo alcance e penetração, possui capacidade de coletar imagens a qualquer hora do dia ou da noite, através de modernos sensores aeroembarcados óticos e infravermelhos”, comentou um dos pilotos envolvidos na operação.
Operação Ágata – A ação da FAB com as demais Forças Armadas e órgãos federais demonstra o uso conjunto das capacidades de cada instituição, principal característica da Ágata 11. Um dos objetivos da operação é intensificar a presença do Estado brasileiro junto à faixa de fronteira, com países sul-americanos, contribuindo para combater ações ilegais, como contrabando, tráfico de drogas, de pessoas, de armas, entre outras. A operação engloba 710 municípios, sendo 122 limítrofes, e envolve mais de 11 mil pessoas.
FONTE / FOTOS: FAB (Agência Força Aérea)
NOTA DO EDITOR: reunimos aqui duas reportagens publicadas no site da FAB na terça-feira, 21/6. Os subtítulos são os títulos originais das matérias.
Nossa nossas aves podem até ter idade mas tenho certeza que funcionam bem! Como é bom ver a força em ação e saber que nossos guerreiros mesmo com essa crise danada treinam e muito. Gostei de ver vai la fab!
É isso ai!!!!! Pegando os limões e fazendo uma limonada!!! Parabéns FAB!!!
Mais de trinta caça em ação, bem que podia aproveitar e no final do exercicio juntar todas elas na pista e tirar uma foto daquelas sabe! Como é que chama mesmo esse tipo de foto? Ha igual a USAF faz….
Elephant Walk, presumo.
http://www.aereo.jor.br/2012/05/14/elephant-walk-em-dose-dupla/
Isso mesmo Nunão. Fala se não ia ficar bacana heim?
Elephant Walk,
https://en.wikipedia.org/wiki/Elephant_walk_(aeronautics)
Nada.
Roberto F Santana 22 de junho de 2016 at 13:02
Em detrimento do radar, o AMX brasileiro tem duas bocas de fogo cuspidoras de ameixas quentes de 30 mm.
O modelo italiano tem um canhão de 20 mm.
Me parece mais adequado para a doutrina de emprego deste avião pelo Brasil, ataque ao solo e apoio as tropas em terra.
um excelente caça o a-1
Não tem nada? E como atacam? No olho?
Outra pergunta. Com os meios de que dispõe, a FAB conseguiria atacar o EI na Síria e no Iraque, como a Rússia e os EUA fazem?
Tucanos e AMX?
Em que ficariam devendo? Reconhecimento? Pontaria?
Esse treinamento com igla é bem básico porque qualquer país tem defesas aéreas bem melhores.
Igla é curtíssimo alcance.
Tá peguntando sobre a aquisição do alvo? Sim, é visual. Igual aos israelenses quando atacaram a usina de Osirak, no Iraque . A navegação é por inercial, e a pontaria e lançamento via CCIP, ou lançamento CCRP. Se for LGB usa o pod de designação (esqueci o modelo).
Radar com capacidade A-G somente o modernizado tem. Caso não me falhe a memória, é um radar projetado que remonta à década de 80 e deve estar sendo ensaiado ainda nas primeiras células modernizadas que já se encontram voando pelo 16.
Roberto, o radar SCP-01 também cumpre a função de telêmetro, informando a distância exata do alvo, aumentando, dessa maneira, a precisão do bombardeio no modo CCIP. Sim, a aeronave cumpre a missão de ataque estratégico, embora nossa Constituição “proíba” iniciativas ofensivas. Por isso nunca tivemos um “Comando Estratégico” na FAB. O radar é fundamental, também, nas missões de ataque naval, caso empregue algum míssil ar-mar.
Colocando em escala de complexidade (do mais simples para o mais complexo) temos os seguintes modos de ataque (com exemplos em parênteses):
a) lançamento sem auxílio computacional (F-5 antes da modernização)
b) modo CCIP/CCRP (esse é o estágio do AMX nacional antes da modernização)
c) telêmetro (esse é o estágio do AMX italiano)
d) radar (este é o estágio do AMX e do F-5 modernizados no Brasil)
Aproveitando a matéria sobre o RA-1, no próxima dia 26 comemoramos o Dia da Aviação de Reconhecimento. Já há um vídeo sobre a data no site da FAB.
É uma pena que a falta de recursos não não possibilite a modernização da frota de A-1 patão padrão A-1M.
Nonato, Mesmo um avião não tendo radar ou um telêmetro laser ele pode atacar utilizando o HUD e o computador balístico de bordo, que recebe informações do sistema inercial, GPS (??), altímetro, etc. Do modo mais simples, utilizando bomba burra de dia, quando num voo nivelado e o piloto “enquadra” o alvo no HUD o computador entende que ele esteja no mesmo nível do solo abaixo e com os dados referentes ao avião (altitude, velocidade, etc) e ao armamento selecionado (arrasto, razão de planeio, etc) ele faz um cálculo (triângulo de bombardeio) indicando o ponto de lançamento ideal para determinada… Read more »
https://www.youtube.com/watch?v=P5aaCJ3vt-0
Sendo de noite ou o alvo estando encoberto (montanha, nuvens, etc.) e o caça não tendo radar nem pod de designação de alvos ai obriga a utilização do modo CCRP, onde o lançamento é feito contra alvos com coordenadas conhecidas.
A quinta foto mostra claramente a antena do data link sob o Reccelite, a FAB tem capacidade de recepção ou tem que esperar pelo cartucho de imagens?
Nonato,
Um HUD funciona como aquelas miras holográficas de fuzis onde deve haver um alinhamento para o PIP (ponto de impacto) aparecer (aquele ponto vermelho). O HUD produz um PIP (piper) que o piloto sobrepõe sobre o alvo.
Obrigado Bosco. Não consegui digerir nada. Mas tudo bem. Sou leigo. Pensei que jogar bomba sem equipamentos fosse coisa da segunda guerra. Se bem que, pelo que vocês estão falando, o radar não é a única forma de localizar um alvo e “apontar” a bomba, foguete ou míssil. Se a trilogia puder fazer matéria específica a respeito (se bem que daqui a pouco vão me mandar olhar lá em cima e fazer busca aqui no smartphone…)
“Nonato em 22/06/2016 às 20:05 Se bem que, pelo que vocês estão falando, o radar não é a única forma de localizar um alvo e “apontar” a bomba, foguete ou míssil. Se a trilogia puder fazer matéria específica a respeito (se bem que daqui a pouco vão me mandar olhar lá em cima e fazer busca aqui no smartphone…)” . Nonato, boa tarde. . Parafraseando você mesmo, posso atestar que “olhar lá em cima e fazer busca aqui no smartphone” é “a coisa mais fácil do mundo”. . Você vai lá onde tem o ícone da lupa, digita o que… Read more »
Nonato, Se você está num A-10 (sem radar e sem um pod designador de alvos) que tem um HUD , um sistema de navegação inercial, um altímetro radar e um computador balístico e quer lançar uma bomba de 250 lb e você está a 2000 metros de altitude e a 850 km/h a simbologia no HUD irá gerar um ponto onde está bomba irá cair. Pra acertar um prédio no meio da selva basta que quando esse ponto (PIP) estiver sobre o tal prédio você lance a bomba. Quanto mais alto estiver de mais longe você poderá lançar a bomba… Read more »
Nonato, vai no You Tube e digita Esquadrão Grifo, Esquadrão Escorpião ou Esquadrão Fecha, que você encontrará vários vídeos dos Esquadrões de A-29 realizando emprego ar-solo em Cachimbo. Vídeos muito bons feitos pela tenentada, onde você poderá ver essa simbologia HUD que o Bosco falou. Que é igual a do F-5 e do A-1.
Tem o modo Jedi também onde você desliga o “HUD” e “use the force” pra atacar a estrela da morte… =D
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Gente desculpe a piadinha, só pra descontrair um pouco…
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sds a todos e obrigado pelas explicações, sempre aprendo muito aqui!
Mas o teatro de operações sul americano já conta com sistemas mais elaborados que o AMX teria que enfrentar, como BUk e S-300. Nenhum exercício? Igla é ameaça para os A-29 que inclusive já teve uma vitória contra a FAB nas mãos de narco-terroristas , não??
Billy,
A maneira de enfrentar esse tipo de defesa antiaérea é penetrando a baixa altitude e quando a onda de ataque aparecer no horizonte radar subir a média altitude utilizando maciçamente ECM e fazendo uso de chaffs e flares, soltar as bombas e se evadir com o pós-combustor ligado e mantendo a mão no disparador do assento ejetor. rrsrsss
Basicamente o HUD opera contra alvos em terra de duas maneiras: CCIP e CCRP. No modo CCIP o piloto seleciona a arma e o HUD gera a simbologia indicando onde a arma irá cair, levando em consideração uma série de informações a respeito da aeronave (velocidade, altitude, etc.) e a respeito das características da arma (peso, arrasto, etc) e do meio externo (pressão externa, velocidade e direção do vento, temperatura etc). No modo CCRP o piloto seleciona a arma e determina as coordenados do alvo e o HUD gera uma simbologia que determina o exato momento do lançamento da arma.… Read more »
Também o HUD tem um modo ar-sup interessante que é o DTOS, que possibilita um caça bombardeiro implementar um bombardeio no modo “toss”.
Ahhh…daí a necessidade de treinar contra o IGLA, entendi. Muito Obrigado.
Vitória do narcotráfico contra a FAB usando IGLA? Onde e quando foi? Acho que eu estava dormindo.
Poder Aéreo 04 mar 11. Só uma pergunta provocativa!
Uma diferença do CCIP em relação ao CCRP diz respeito que no primeiro caso a simbologia mostra onde a bomba vai cair a qualquer momento. Ou seja, se o piloto quiser que a bomba atinja um alvo ele tem que colocar o PIP (ponto de impacto previsto) em cima do alvo. Já no CCRP (ponto de lançamento continuamente computado) primeiro se determina o alvo inserindo as coordenadas geográfica ou os dados da telemetria laser ou radar, e a simbologia no HUD determina quando lançar a bomba. O CCIP projeta no HUD um “alvo” na superfície, já o CCRP projeta no… Read more »
Bosco, não creio que isso possa ser considerado off topic nesse caso, pois está diretamente relacionado a características básicas dos jatos A-1, e veio como resposta a questionamentos de outros leitores. Prossiga o quanto quiser.
Valeu Nunão! – Essa imagem mostra o modo CCIP, sendo o círculo com um ponto no meio logo no final da linha vertical o PIP (ponto de impacto previsto) para a arma escolhida. ) – Já essa outra imagem mostra o modo CCRP, sendo o grande círculo no meio do HUD a “janela” de lançamento da bomba. O piloto deve manobrar o avião de modo que as duas verticais fiquem sobrepostas e quando o círculo pequeno com um ponto no meio sobrepor ao ponto no meio do círculo grande a bomba pode ser lançada e deverá atingir os alvos programados.… Read more »
Bosco, uma questão que me deu branco agora: . No modo CCIP sem uso de radar ou telêmetro, quando se coloca o pipper do HUD sobre o alvo, a distância em relação a esse alvo num dado momento (seja o triângulo completo calculado a partir da hipotenusa formada na diagonal entre o nariz da aeronave e o alvo, ou o cateto formado da “sombra” no solo ao alvo na horizontal) é totalmente uma estimativa continuamente computada, baseada nos sistemas de navegação, projetando-se a distância estimada a partir de dados do “moving map”? . Ou é possível inserir uma coordenada conhecida… Read more »
Nunão
Sem um telêmetro pelo menos não dá para seguir um alvo aéreo no visual. No AMX italiano, que possui telêmetro, o alvo a ser adquirido precisa estar no campo visual do HUD.
No modo CCIP sem uso de radar ou telêmetro, quando se coloca o pipper do HUD sobre o alvo, a distância em relação a esse alvo num dado momento (seja o triângulo completo calculado a partir da hipotenusa formada na diagonal entre o nariz da aeronave e o alvo, ou o cateto formado da “sombra” no solo ao alvo na horizontal) é totalmente uma estimativa continuamente computada, baseada nos sistemas de navegação, projetando-se a distância estimada a partir de dados do “moving map”? Sim. O computador do avião fará os cálculos baseando-se nos dados de voo do avião (altitude, velocidade,… Read more »
Nunão, É como disse o Poggio. No modo CCIP não interessa a distância do alvo, sendo só uma previsão de onde a bomba vai cair. Já há dados sobre as características da arma selecionada (claro, cada avião deverá ter no computador os dados das armas ao qual está integrado, tais como massa, arrasto, etc.) e o computador a todo momento recolhe os dados relativos ao movimento e a posição do avião no espaço (altitude, velocidade) e dados relativos ao meio externo (pressão, temperatura, velocidade do vento, direção do vento). Combinando todos esses dados ele projeta no HUD o PIP, que… Read more »
Nunão e Bosco. Seguem duas imagens do manual do AMX. reparem na tabela que sem o telêmetro não tem como lançar mísseis AGM. Também não é possível usar o modo CCRP e nem o canhão no modo ar-ar sem telêmetro.
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Se o piloto seleciona o modo CCRP sem que o avião tenha pelo menos um telêmetro (é o caso dos nossos AMX não modernizados), ou se tiver e o mesmo não estiver funcionando, o sistema automaticamente volta para o modo CCIP.
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Bosco, e Poggio, obrigado. Eu estava raciocinando na ordem inversa, de se calcular a partir da designação do alvo, mas pelo que entendi o que é projetado primeiro é o ponto de impacto (PIP) da bomba a partir dos dados momentâneos já conhecidos pelo seu peso, aerodinâmica, combinados a dados como a velocidade, altitude, o vento etc, continuamente recalculados e que projetam esse PIP no HUD. . E aí cabe ao piloto fazer esse PIP coincidir com o alvo que ele vê e assinala no HUD, e o sistema vai recalculando conforme o avião se aproxima e a altitude diminui… Read more »