Gripen M - cutaway - destaque imagem folheto Saab abril 2016

Diferentemente do Gripen E, cujo trem de pouso dianteiro mudou para uma só roda, o projeto da versão naval Gripen M, também chamado de Sea Gripen, mantém as duas rodas que caracterizam a versão C. Mas as mudanças apresentadas vão além

Para quem é familiarizado com trens de pouso de caças para emprego em porta-aviões CATOBAR (dotados de catapulta e aparelho de parada) a ilustração do projeto do Gripen M (naval, também chamado de Sea Gripen) acima mostra o padrão consagrado de trem de pouso dianteiro – e também indica que, com o perdão do jogo de palavras, a Saab entende que nessa área não vale a pena “reinventar a roda”.

Antes de aprofundarmos essa questão, vale lembrar ao leitor que nossa cobertura sobre a apresentação da nova versão E do caça Gripen da Saab, evento realizado em 18 de maio e que o Poder Aéreo presenciou na Suécia, já abordou tanto a nova geração da aeronave quanto as atualizações do Gripen C – mesmo porque o próprio foco da empresa, nos três dias de apresentações voltadas à imprensa internacional antes, durante e após o evento, manteve-se nesses dois polos: o novo Gripen E e a continuidade do Gripen C.

Mas e o projeto da versão naval da nova geração, o Gripen M? Esse assunto esteve longe dos holofotes durante o evento. Apesar de constar da pauta de questões que pretendíamos abordar em nossa visita à Suécia (embora não como item prioritário), o fato é que a agenda lotada de apresentações e discursos tornou curtíssimos os tempos para perguntas, tanto ao final das longas exposições comerciais e técnicas quanto nas rápidas brechas para conversas de bastidores. Assim, este editor optou por aproveitar estas oportunidades exclusivamente para questões relacionadas ao Gripen E – e as respostas a nossos questionamentos já fazem parte de matérias publicadas e estarão em outras ainda a publicar, mas não abordaram a versão naval.

Porém, não nos esquecemos da necessidade de mostrar aos leitores ao menos algumas curiosidades e atualizações, para fomentar o debate sobre o Sea Gripen / Gripen M, mesmo que a matéria-prima para isso venha de folhetos de divulgação distribuídos na ocasião pela empresa.


Tres vistas Gripen C - E - M - adaptado de Saab

Comparando os trens de pouso – Compusemos a ilustração comparativa acima, a partir de três ilustrações de três vistas publicadas pela Saab em diferentes materiais de divulgação, para facilitar ao leitor a percepção da principal diferença entre as versões do Gripen: os trens de pouso. O Gripen C, à esquerda, possui trem de pouso principal que recolhe na fuselagem e trem dianteiro (também chamado de bequilha) composto de duas rodas. O Gripen E, ao centro, possui trem de pouso principal que recolhe sob as raízes das asas e trem dianteiro composto de uma única roda. Já o Gripen M, que deriva do E, possui trem de pouso principal que também recolhe nas raízes das asas, porém com design diferente e mais robusto, e bequilha composta de duas rodas.

Pode-se perceber, também, que a bequilha /  trem dianteiro do Gripen M possui perna com comprimento significativamente maior que o de sua contraparte no modelo E, proporcionando um maior ângulo de ataque do caça para operações de pouso e decolagem em porta-aviões. A bequilha também incorpora uma barra de reboque / catapultagem à sua frente, para conexão à catapulta do navio-aeródromo, e seu projeto inclui uma haste de retração na parte de trás, necessária tanto para retrair a longa perna do trem quanto reforçá-la nas cargas às quais é submetida. Esse conjunto se assemelha bastante ao do caça naval Super Hornet, visto na foto abaixo, porém proporcionalmente a altura do equipamento no Gripen M é maior – o que também o torna parecido com a bequilha do Rafale M (naval).

EDA 60 anos - detalhes parte inferior de Super Hornet em exposição estática - foto Nunão - Poder AéreoQuanto ao trem principal, quando comparado ao do Gripen E do centro da imagem (das três vistas), é possível perceber que a posição das rodas em relação ao comprimento da aeronave não muda em relação ao M, mas o ponto em que a perna do trem se conecta à estrutura do avião está mais adiante, sendo o projeto desse conjunto mais complexo e em formato de “L”. Também nesse caso, há algumas semelhanças com o trem de pouso principal do Super Hornet, visto na imagem acima, e que também segue o formato geral de “L”  (embora se perceba consideráveis diferenças em detalhes).

Concepções artísticas mostrando o projeto do Gripen M com esse conjunto de trens de pouso já haviam sido publicadas há alguns anos (caso da imagem abaixo), porém as ilustrações em três vistas e do tipo “cutaway” (raio-x) mostradas neste material de divulgação recente da Saab ajudam a perceber melhor esses detalhes que o diferenciam bastante do trem de pouso do Gripen E – e a padronização dos desenhos em três vistas e em raio-x, no material divulgado agora, torna ainda mais fácil essa comparação.

Sea Gripen

Comunalidade de 95% e velocidade máxima menor – Ainda que as diferenças nos trens de pouso, que geralmente também implicam em reforços estruturais significativos, apontem para mudanças consideráveis em relação ao novo Gripen E, a Saab informa um elevado (e até surpreendente, na opinião deste editor) índice de comunalidade entre o caça terrestre e o caça naval da nova geração: segundo material de divulgação datado do mês de abril, o Gripen M “tem as mesmas excelentes capacidades multimissão do Gripen E e 95% de suas partes são comuns ao Gripen E e ao Gripen F” (versão de dois lugares do modelo E, que é monoposto).

A empresa publicou folheto em português com as informações básicas do Sea Gripen / Gripen M (para acessar, clique aqui). As dimensões externas, 15,2m de comprimento incluindo tubo de pitot e 8,6m de envergadura, são as mesmas, mas as (poucas) projeções de desempenho divulgadas para o Sea Gripen mostram uma variação na performance global. A velocidade máxima em elevada altitude, que no Gripen E é informada como Mach 2, no Gripen M cai para Mach 1.8. A altitude máxima de serviço também cai de aproximadamente 52.500 pés para cerca de 50.000 pés. Já a velocidade máxima ao nível do mar mantém-se nas duas versões: acima de 1.400 km/h.

Apesar do peso vazio e máximo de decolagem serem divulgados para o Gripen E nesse material mais recente (respectivamente 8  e 16,5 toneladas, valores que são os mesmos de divulgações dos últimos anos), no folheto do Gripen M não constam essas informações. É de se esperar que o peso vazio estimado do Sea Gripen seja superior ao do Gripen E, no mínimo devido ao trem de pouso mais complexo e pesado, mas a não divulgação dá margem a se entender que esse acréscimo não esteja totalmente definido – ou, caso tenha sido estimado com precisão, não seja do interesse da empresa divulgá-lo no momento de forma pública, mas apenas de forma restrita a possíveis clientes. Já dados como empuxo máximo (98 kN), limites G (-3G / +9G) e número de pilones para cargas externas (10) são comuns ao material de divulgação das duas versões.

Para facilitar aos leitores perceberem todas as diferenças e embasar o debate sobre o Sea Gripen / Gripen M, seguem abaixo as três “cutaways” simplificadas das versões C, E e M apresentadas no material recente de divulgação da Saab. Um detalhe final e interessante a ressaltar é o grande suporte externo do gancho de parada do Gripen M mostrado na ilustração, que “emenda” com o pilone central da fuselagem. Matérias publicadas anteriormente sobre o projeto do Sea Gripen, tanto no Poder Aéreo quanto no Poder Naval, estão na lista ao final. Boa discussão a todos!

 

Gripen C - cutaway - imagem folheto Saab marco 2016

 

Gripen E - cutaway - imagem folheto Saab abril 2016

Gripen M - cutaway - imagem folheto Saab abril 2016

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Luiz Monteiro

Prezado Nunao,

Reportagem excelente. Obrigado.

Vou colar abaixo meu comentário do outro post para trazermos ao debate.

Abraços

Luiz Monteiro

Nunão, Agradeço pela resposta. Minha principal dúvida sobre o Sea Gripen diz respeito ao payload de uma possível versão naval. Não sei qual será o peso do Gripen E, nem a capacidade de transporte em seus pilones. Certamente, a aeronave navalizada seria mais pesada que o Gripen E. Isso trará uma redução na capacidade de transporte de cargas. Sabemos que, em missão real de ataque naval, sendo a aeronave capaz de lançar um ou dois ASM, e levar 4 AAM , sendo 2 BVR, além de 1 ou 2 tanques, cumpriria integralmente a missão e, ainda, seria capaz de prover… Read more »

Luiz Monteiro

Nunao,

Nos foi dito pela SAAB, que o prolongamento da fuselagem do Sea Gripen permitiria alocar mais combustível, aumentando, assim, sua autonomia. Fator importantíssimo na arena naval.

Abraços

mauriciosilva2014

Olá. A SAAB está fazendo a “lição de caça”: apresenta um modelo “novo” (em termos de utilização) mas com elevado grau de comutabilidade com o modelo E. Isso faz com que a produção e a logística para ambos modelos possam ser praticamente as mesmas (vantagens para quem fabrica e para quem utiliza o modelo). Porém… O referido “Sea Gripen” tem um mercado bastante restrito (Brasil, Índia e Tailândia) e não será adotado pela país fabricante (Suécia). Desses potenciais compradores, creio que a Tailândia seja o “mais forte candidato” a adquirir o Gripen M (já opera o Gripen C e tem… Read more »

Luiz Monteiro

Explicando melhor meu último comentário, se o Sea Gripen derivasse da versão F, que poderá ter comprimento maior que a versão E, seria possível aumentar a quantidade de combustível interno, tendo em vista que a versão M seria monoposto.

Abraços

Bardini

A SAAB vai implementar um pilone “duplo” para misseis BVR ou WVR no Gripen? No meu entender isso traria mais maleabilidade em suas configurações, por exemplo:
.
1) Python – Meteor + Meteor – Combustível – Meteor – Meteor – Meteor – Combustível – Meteor + Meteor – Python
.
2) Python – Meteor + Meteor – Meteor + Meteor – Combustível – Meteor + Meteor – Meteor + Meteor – Python

Luiz Monteiro

Nunao, Obrigado pela respostas. Também acho serem possíveis as configuracoes que você mencionou. Quanto à possibilidade de obtenção pela MB, entendo que somente seria possível na próxima década, com entrega das primeiras aeronaves após 2025. A crise econômica atual, não impede o planejamento futuro, ainda mais, quando falamos de um horizonte de uma década. Se pensarmos como eram as condições em 1996, em 2006 e em 2016, veremos que as coisas podem mudar drasticamente em 10 anos. Forças Armadas devem ser planejadascom anantecedência mínima de 10 anos, justamente. O ideal é que se consiga planejar com 30 anos de antecedência.… Read more »

Felipe Maia

Não é estranho esse “empty weight” do Gripen E ser de 8 ton. Numa apresentação feita pela FAB a parlamentares já constava um “playload” de aprox. 5.2 ton. Uma pena. Ainda que a capacidade total dos pilones seja de 7.2, esperava que o caça levasse ao menos 6 ton de “playload” sem ultrapassar o “MTOW”.

Iväny Junior

Muito interessante a discussão.
Em relação ao comentário do Mauricio, se comprado um lote de Gripen M para a marinha sueca, mesmo que para utilização em bases terrestres e litorâneas, dada a oportunidade de testes e, comprovando maleabilidade nos modos CATOBAR e STOBAR (lançamento por catapulta e ski jump, com aterrissagem por cabos de parada), o Gripen M já nascerá como um player de respeito no mercado…

Saudações.

Leandro Costa

Eu sempre tive dúvidas pesadíssimas acerca do Projeto Sea Gripen. Simplesmente não via como pudesse ser viável um projeto de aeronave de alta performance naval dependendo apenas de compras de baixa monta da MB, caso não fossem bem sucedidos negócios com a Marinha Indiana. Eu simplesmente achava que não seria economicamente viável. Tinha confiança que a SAAB conseguiria soluções de engenharia para tornar o Sea Gripen tecnicamente viável, mas jamais financeiramente rentável. . Agora sabendo dos 95% de comunalidade com o Gripen E, vou ter que reavaliar esse meu pensamento e pensar um pouco mais à respeito. Pode ser que… Read more »

Farroupilha

Pois é Índia, Brasil ou Tailândia?… Mas e os EUA? – Quais serão os substitutos dos Super Hornets, por volta de 2025-30-35? Reparem nestas medidas: SH – comprimento de 18,3m e envergadura de 13,6m contra as do Gripen-M – comprimento de 15,2m e envergadura de 8,6m. Se o Gripen-M também tiver as pontas das asas dobráveis, é capaz de 2 deles corresponder a um SH de asas abertas guardado, lado a lado, no hangar do porta aviões. Quanto a 6 SH de comprimento perfazem 109,8m, mas 109,8/15,2 (comprimento do Gripen-M)= 7,2 unidades de Gripen-M. Ou seja: Numa fila de apenas… Read more »

Rui Chapeu

E pra quem eles pretendem vender esse “M” ??
Brasil??? hoeaoiaehehaoiehoiehaohe
India?? Acho difícil.
Algum outro país??

mauriciosilva2014

Olá.
Prezado Farroupilha, bom dia.
Acho muito pouco provável a substituição do SH pelo Gripen M, mesmo imaginando-o como um “caça de segunda linha” para a marinha americana. Seria um “retrocesso”, tanto logístico como de doutrina, pois a US Navy deve padronizar o uso do F-35C como seu único caça.
Missões que não possam (ou devam) ser cumpridas pelos F-35, serão feitas por drones ou outros meios, que não um caça tripulado. É assim que parece.
Levo em consideração, também, que os necessários cortes de custo já foram feitos. A US Navy não precisa mais “economizar”.
SDS.

Ricardo Da Silva

E + F + M = Br ?

control

Srs

Em princípio, haja visto os Migs e Sukhoy,nada impede a operação de um Gripen M em um NAe com sky jump e cabos de parada, como também não é uma impossibilidade, considerando a tecnologia hoje disponível, a adoção, em navios como o Juan Carlos, de cabos de parada.
É certo, que para a MB, um Cavour estendido com cabos de parada e rearranjo do convés, seria uma solução mais de acordo com as necessidades estratégicas do Brasil.
E um conjunto Cavour NG – GripenM seria uma solução bastante satisfatória, ainda mais pelas questões financeiras e de logística.

Sds

Rogerio Rufini

Eu li um tutorial muito interessante, e que poderia ser levado em debate, que diminuiria os custos de operação e manteria maior prontidão de caças navais e baseados em terra. digamos que o custo de 24 Gripen M seria de 50 milhões ( apenas hipoteticamente) pelo fato de ter um custo maior por versão diferente e com pouca escala de produção, mas digamos que se essa encomenda de 24 caças M, se transforma-se em 60 caças? Nesse artigo, se fala sobre a integração de pilotos da Marinha e da Força Aérea, tendo a MB 24 caças, e a FAB com… Read more »

Nonato

Ninguém falou sobre o esforço maior na decolagem. Exigiria menor payload para conseguir decolar, não?

Rogerio Rufini

Fernando “Nunão” De Martini, essa questão eu acho muito interessante, ate mesmo para doutrina operacional das forças, sim com o F-35B seria interessante, mas os custos de operação dele estão as alturas, te sua capacidade superior aparente ao Gripen, talves no futuro não justificaria um custo superior de 3/5

Bruno W.

Bom dia, Em relação racionalização de meios, eu trocaria nosso porta-aviões atual por navios multipropósito estilo Juan Carlos I, com F-35B(?) (Como Nunão sugeriu em um comentário anterior) espalhados ao longo da costa e uma super base aeronaval na ilha da Trindade, que em sua posição estratégica seria fundamental para mantermos a soberania no Atlântico sul. Sei que este assunto já foi discutido anos atrás, quando então foram expostas as dificuldades para se construir uma pista de pouso na ilha dado seu relevo desfavorável. Mas acredito que, se construíram a mais de 40 anos, uma ponte Rio-Niterói 13km mar adentro,… Read more »

Farroupilha

Caro Nunão, O SH com as asas dobradas é bem menor, mas 2 Gripens-M com asas dobradas (também seriam bem menores do que seus 8,6m de asas estendidas, quem sabe algo em torno de 6m) poderiam ainda se aproximar do espaço ocupado por essa configuração menor de asas dobradas do SH. Porém, claro que fazer um Gripen-M com asas dobráveis (o deixando menor ainda) seria um requisito a ser encomendado por um comprador muito especial, e para um grande número de caças dessa versão a serem produzidos, o que não seria nosso caso. Quanto a compra de Gripens pelos americanos… Read more »

Ricardo Da Silva

Ou melhor
F + M = Br ?

Antonio Cançado

Bom dia a todos.
Acho ótima idéia, a do Sea Gripen, pelos motivos já debatidos. Concordo com o Nunão, no que tange ao binômio ‘Juan Carlos/F-35’, solução moderna e funcional, do ponto de vista tático/logístico.
Porém, na versão convencional CATOBAR, me parece também bastante interessante e viável.
Apenas acho que não se discutiu DE ONDE um eventual Gripen M operaria? Não quero crer que alguém esteja considerando o NAe São Paulo para este fim, pois seria algo como tentar dirigir um carro esportivo de primeira linha em uma das estradas esburacadas do nosso querido país…

Jefferson Bertoncini

Minha pergunta o nosso NAe A-12 São Paulo tem estrutura para Receber a Versão M do Gripen e como anda o processo de modernização do nosso porta-aviões

Antonio Cançado

Como anda? Adivinha!…rsrsrsrsrss

Antonio Cançado

E alguém acha que vale a pena torrar uma fortuna pra modernizar um navio de mais de 50 anos de idade?

CAL

Acho que para nossa realidade, seria mais interessante pensarmos em um modelo de aviação naval baseado em terra, pois é complicado dependermos do A-12. Assim teríamos uma disponibilidade imediata dos meios de defesa.

Rinaldo Nery

Não entendi a necessidade de os Gripen FAB operarem a bordo do NAE. Princípio da massa? Em qual cenário? Quantas aeronaves cabem no São Paulo?
Apesar da experiência do passado, do 1° GAE, acho que cada um no seu quadrado. Operação a bordo é muito complexa.

robertobozzo

Nunão, excelente matéria… por acaso a SAAB teria informado os prazos para a conclusão do projeto Gripen M ? Pergunto pois, seu desenvolvimento poderia “casar” com o fim da reforma do A12, por isso (entre outros, como falta de verbas atualmente) estão considerando uma reforma mais “abrangente” no SP (é o que eu observei pelas postagens espalhadas na internet), o que demandaria mais tempo, mas poderia ser uma “quase coincidência”….

Por fim, sua visão de utilizar o F35B num Juan Carlos é interessante, mas quem faria a função AEW, helicópteros ? Ou possíveis V22 AEW (hehehehe, sonhei alto) ????

Bardini

Na minha opinião, a MB deveria olhar para o passado, rever o que deu errado nos seus planejamentos, contabilizar as suas séries históricas de orçamentos e reestruturar suas pretensões para que fiquem dentro do que pode ser mantido. Se e somente se for possível operar um Porta Aviões, que se inicie-se pela obtenção de um NAeL voltado a guerra ASW, quando o GF sinalizar a ajuda. Não adiantará de nada comprar um PA CATOBAR de 45.000t se não poderá se fazer uma semana de mar com o navio e sua ala aérea. . Um NAeL ASW, algo parecido como a… Read more »

Antonio Cançado

COMO? aviação NAVAL BASEADA EM TERRA? Gripen DA FAB operarem EMBARCADOS? E no São Paulo? Na boa, acho que muitos não entenderam O QUÊ se discute aqui…

Antonio Cançado

Bardini, dois comentários: primeiro, não acho que uma eventual força aeronaval deveria operar apensa guerra ASW, mas guerra aeronaval em todas as suas possibilidades. E segundo, orçamento minguado HOJE, o que não significa que essa realidade não possa mudar nos próximos anos, o que justificaria os estudos AGORA…

Bardini

Antonio Cançado 31 de maio de 2016 at 14:17 . O NAeL seria ASW, sua ala aérea, se composta de F-35B, ou outros meios de asa rotativa poderia ser aplicado a enumeras outras missões. . Quanto ao orçamento, se a Marinha não conseguiu operar a contento com as melhores séries que teve nos últimos anos, não há nada que sinalize que no futuro a coisa irá melhorar. Ainda mais se você levar em conta todo o aumento do contingente e necessidades de reposição dos seus meios que estão sendo postergadas. Até um NAeL é utópico demais se levarmos a cabo… Read more »

Marcelo

Essa ideia de uma base aérea na ilha de Trindade nunca tinha ouvido falar, no começo achei loucura, mas depois…. até que seria interessante. Mas acho que isso acabaria com a necessidade de um porta aviões e as aeronaves baseadas lá poderiam ser da FAB mesmo. Gripens E e P-3 Orions.

Antonio Cançado

Bardini, SE os recursos provenientes das melhores séries dos últimos anos não tivessem sido mal alocados e/ou roubados, talvez os resultados tivessem sido um pouco melhores.
Quanto ao resto, se bem administrados pelo Alto Comando, todos esses itens listados podem ser equacionados e os problemas solucionados.
Já sobre os tais ‘PROs’, na boa, só vi serem bem sucedidos, pelo menos até aqui, o ______________

COMENTÁRIO EDITADO. NÃO PARTIDARIZE DESNECESSARIAMENTE O DEBATE PARA NÃO GERAR UMA BOLA DE NEVE DE DISCUSSÕES POLÍTICO-PARTIDÁRIAS

Bardini

Na Ilha da Trindade é impossível fazer uma pista de pouso.

Antonio Cançado

Bom, Bardini, acho que que se os recursos advindos das melhores séries dos últimos ano não tivessem sido mal alocados e/ou roubados, talvez os resultados tivessem sido diferentes.
Recursos, quando bem administrados por gente capaz e competente, podem ser extremamente positivos, mesmo em relação às possibilidades que você listou no teu comentário.
Já sobre os programas do governo passado, só vi muita papo furado e muita frustração, muito PROisso, PROaquilo, e nada de concreto…

Antonio Cançado

Os P-3 já nasceram mortos, Marcelo…

Luiz Monteiro

Prezados, A modernização (ou não), e a extensão dos trabalhos a serem realizados no NAe “São Paulo” ainda não foi decidida. Neste momento, as prioridades da MB são: recuperar a capacidade operacional dos meios da Esquadra; obtenção, por construção das corvetas da classe “Tamandaré”; o PROSUB; e pagamento de compromissos assumidos. O Período de Modernização de Meio (PMM) do NAe “São Paulo” e obtenção de aeronaves de alto desempenho, não serão decididos no curto prazo. O que estamos fazendo nesta matéria é debater uma possível versão naval do Gripen e uma eventual aquisição por parte da MB. Quanto às perguntas… Read more »

Jefferson Bertoncini

Bardini para os chineses isso é possível fazer eles estão fazendo ilhas artificiais como bases militares desafiando seus vizinhos e deixando a US. NAVY em estado de alerta

Antonio Cançado

Luiz Monteiro, em minha humilde opinião, o Plano de Articulação e de Equipamento da Marinha do Brasil (PAEMB), de 2009, criado em razão da Estratégia Nacional de Defesa (END), de 2008, simplesmente deixaram de fazer qualquer sentido, por motivos mais que óbvios.
Da mesma forma, não faz sentido também modernizar, seja lá de que jeito for, um navio OBSOLETO, de mais de 50 anos em operação, para operar aeronaves moderníssimas, de última geração, ou faz?

Rinaldo Nery

Antonio, acho que o Luiz já postou a decisão da MB, acima. O resto é ilação ou especulação.
Adquirir o F-35B… E manter com que dinheiro?

Adriano

Nossa marinha não tem verba para modernizar um A-4 semi-completo….essa conversa de gripen M e A-12 reformado.. Porta-aviões “é muito pra nós” rs

Antonio Cançado

Modernizar, a custos astronômicos, aeronaves e navios velhos é, no mínimo, um equívoco.
Se isso tivesse sido feito, digamos, dez anos atrás, ok, fazia sentido, mas AGORA?!

Antonio Cançado

EU defendi a aquisição de F-35, Rinaldo? ONDE??
E ‘ilação’? Na boa, acho que você não sabe o quê é isso…
Já sobre especulação, ela cabe perfeitamente bem no que se discute aqui…

Rinaldo Nery

Antonio, não disse que você falou sobre aquisição de F-35B. Essa frase não foi dirigida à sua pessoa. Não postei pra ofender ninguém.

Antonio Cançado

Ok, Rinaldo, legal, mas você disse “Antonio, acho que o Luiz já postou a decisão da MB, acima. O resto é ilação ou especulação.”.
Abraços.

Nonato

Para que um porta aviões? Se não se vai atacar outro país. Para proteger o litoral vai das bases em terra mesmo.

gengisduEduardo Pereira

Antônio veja o exemplo do que <se não me engano, fez a China que modernizou um PA de mais de trinta anos e que hoje opera seus caças navais que são tao modernos quanto os da US Navy ou qualquer outra força naval . Havendo condições e dindin ,na minha opinião, é totalmente viável a modernização do São Paulo par que este segure as pontas até a chagada de seu sucessor (que queira Deus seja novinho).

Sds.