Ataques de A-29 da Força Aérea Afegã matam comandantes insurgentes

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A-29 Super Tucano na chegada ao Afeganistao - foto USAF

Missões de aeronaves A-29 Super Tucano foram realizadas à noite, no nordeste do Afeganistão, segundo reportagem do IHS Jane’s

Na segunda-feira, 18 de abril, o site IHS Jane’s publicou reportagem sobre ataques aéreos realizados por aeronaves de ataque leve A-29 Super Tucano da Força Aérea Afegã, contra alvos insurgentes na província de Badakhshan, no nordeste do Afeganistão.

Diversas fontes informaram ao IHS Jane’s que os ataques, realizados em 15 de abril a partir de Kabul, marcaram a primeira missão de combate confirmada do Super Tucano no Afeganistão.

A-29 Super Tucano na chegada ao Afeganistao - foto 3 USAF

Três comandantes insurgentes morreram – Foram três ataques realizados à noite no vale Khostak, no distrito de Jurm, um dos principais pontos fortes de insurgentes na região, e que tiveram como resultado a morte de três dos comandantes insurgentes, dois locais e um natural do Tajiquistão. No ataque a este último, toda a família foi morta, num total de 12 pessoas, segundo fonte do Exército Nacional Afegão.

Ainda segundo o IHS Jane’s, uma fonte diplomática com familiaridade com assuntos da Força Aérea Afegã afirmou que os alvos foram atingidos com sucesso pelo A-29, que utilizou bombas para atacá-los.

A-29 Super Tucano - missao treinamento Afeganistao 6-4-2015 - foto USAF

Os alvos foram designados por coordenadas fornecidas por plataformas ISR (inteligência, vigilância e reconhecimento) não especificadas pela fonte. No momento, oito aeronaves A-29 Super Tucano estão em serviço no Afeganistão, recebidas nos primeiros meses deste ano, e em 2018 deverá ser finalizada a entrega de todos os 20 exemplares encomendados.

Afghan Tactical Air Controllers call-in an air strike at a training range near Kabul, Afghanistan, March 27, 2016, while a Train, Advise, Assist Command-Air (TAAC-Air) Czech Republic air advisor assists from the rear. The Afghan National Army and Afghan Air Force coordinated live-fire training for A-29 Super Tucano and MD-530 “Jengi” attack aircraft. The ATACs coordinate requests for air casualty evacuation, close air support, aerial resupply and airlift. They also deconflict air-to-ground fires from ground-to-ground fires for ANA operations. (U.S. Air Force photo by Capt. Eydie Sakura/released)Treinamentos em março – Apesar de fotos da missão ou detalhes sobre a designação dos alvos não terem sido revelados (e, mesmo que tivessem, vale destacar que as informações falam de surtida noturna), o site da missão Resolution Support (RS) da Organização do Tratado do Atlântico Norte (OTAN), que sucedeu no início do ano passado a Força Internacional de Assistência em Segurança (ISAF), trouxe no final do mês de março algumas fotos e informações sobre treinamentos que vinham sendo feitos com o A-29 Super Tucano.

As imagens ao lado e abaixo são de treinamento realizado com munição real em 27 de março, segundo o site da RS, e envolveram aeronaves A-29 Super Tucano (asa fixa) e MD530F “Jengi” (asas rotativas), operando em coordenação entre o Força Aérea e o Exército Afegãos.

Afghan Tactical Air Controllers train near KabulO treinamento contou com a assessoria de pessoal da OTAN, mas nesse caso (segundo a nota da RS), apenas assistindo ao trabalho dos controladores táticos aéreos afegãos, que coordenaram os ataques em campo de treinamento próximo a Kabul.

A foto ao lado (do capitão Eydie Sakura da USAF – Força Aérea dos EUA) mostra a explosão de uma bomba de 250 libras lançada por um A-29 Super Tucano no treinamento de 27 de março. Os controladores coordenaram não só pedidos de ataques, mas também de evacuação aérea de feridos, apoio aéreo aproximado, ressuprimento e transporte aéreos. Também diferenciaram ataques superfície-ar dos ataques superfície-superfície, para as operações do Exército Afegão.

A-29 Super Tucano na chegada ao Afeganistao - foto 4 USAF

FOTOS: USAF, meramente ilustrativas da chegada de aviões A-29 ao Afeganistão e de missão de treinamento do início de abril;  OTAN (Afghanistan Resolute Suport), de treinamento realizado no final de março.

COLABOROU: Delmo Almeida

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Baschera

Palmas aos afegãos.

Será que usaram o FLIR e os óculos de visão noturna…. ou “apenas o designador laser” mais bombas guiadas ??

Sds.

by mauro

Caraca, vai super tucano mostra sua força. Logo logo o KC- 390 estará também mostrando estar preparado para operações e com muitas vendas. O governo que vira bem que poderia investir em jatos modernos nacionais supersônicos ai sim uma FAB moderna não o que temos agora, sonhar não custa nada.

Carlos Campos

Baschera também estou curioso

daemonblackfire

Tucanão, o terror do taliban kkkkkkkk

shambr

como eu ja falei ta na hora do pau neguin o super tucano na sua primeira missao tudo funcionou normalmente gracas a deus

lucas emanuel

Qual a função dessa antena(?) preta, na parte acima do prefixo?

Junior

LINDO.

Bueno
Daniel Dutra

Nosso tucanao mostrando que a industria belica brasileira tem chance de se torna grande

Ulisses Gonçalves de Assis

Tucanão, o terror do Talibain [2]

gengisduEduardo Pereira

Três vivas para o Tucanão, viva, viva ,viva !!!! O terror dos insurgentes !!!!

Lucas Lima

Parabéns, creio que depois desta, surgira novos clientes para Super Tucano,

Brasil poderia realizar um acordo com OTAN, para o fornecimento de alguns brinquedinhos destes sobre o acordo (ISAF)

Cristiano.GR

Lucas Samuel,

A antena preta em cima do prefixo é para sintonizar em rádios fm do Brasil. kkk

Alex Faulhaber, RJ

Legal que parece em uma foto que o avião está sorrindo.

Renato de Mello Machado

Estou comentando, com os pés.Pois com as mãos estou aplaudindo.

Ednardo de oliveira Ferreira

para este tipo de missão, o Tucano faz o mesmo serviço que um F35 ou A10 com um custo 1/10 menor.

cenário de completa superioridade aérea, ataque à distância com alvo iluminado, com cobertura SAM limitada a MANPAD’s de curto alcance e no máximo canhões de 20mm, de curto alcance.

Ednardo de oliveira Ferreira

Correção: “com um custo abaixo de 1/10”

ivammc

O piloto tem que ser muito desapegado e corajoso para voar em combate com A-29, ainda mais no Afeganistão.

Joao Henrique

Realmente o super tucano não deixa a desejar em nada para os A-10.Obviamente em um espaço aéreo já dominado.

Jakson de Almeida

Os pilotos do Afeganistão podiam vir ensinar a FAB a usar o ST.

sucesso

Não vai dar Jackson pois o nosso A29 é peladão!!!

Delfim

O pessoal do MST que pensa em solução armada pra manter a esquerdalha no poder devia dar uma lida nesta matéria.

wfeitosa

Piloto Afegão ensinando piloto da FAB a lançar bombas?? … tsc tsc tsc…

Bosco

Lucas, É uma antena de comunicação que opera nas bandas VHF e UHF. Em geral é vertical mas pelo jeito os afegãos pediram que fosse horizontal. O fato da antena ser horizontal ou vertical tem a ver com a montagem das antenas que são utilizadas pelo sistema como um todo. Uma antena que irradia na horizontal é recebido por outra antena horizontal. Uma na vertical é recebido por uma antena vertical. Não sou especialista na área mas é mais ou menos assim. Tem a ver com as propriedades de irradiação das ondas de rádio. Uma antena deve ter a metade… Read more »

Marcelo Bastos

P A R A B É N S .. Embraer vai comendo pelas beiradas e logo logo chega la, existe uma lacuna muito grande neste nicho de mercado de aeronaves leves de ataque, a Embraer com o Super Tucano esta bem qualificada para liderar este setor, este e o selo de qualidade que faltava para dar visibilidade e credibilidade ao Tucanão, nestes tempos de crise, onde a prioridade e a redução de custos, o cenário não podia ser melhor ..

Fred

Se o ST atuar bem nesse teatro vai ter chance de vender muito no oriente médio, norte da áfrica…

Ednardo de oliveira Ferreira

Porque ainda há espaço (por não muito mais tempo, talvez 15 a 20 anos) para aviões como o Super Tucano: 1) Entre potências nucleares, a dissuasão mesmo está nas armas nucleares. O que evita um conflito entre EUA, China, Rússia, etc… são as nukes. Não são as dezenas de milhares de jatos, blindados e navios que eles têm. Paisecos como a Coréia do Norte querem tanto 2) Os equipamentos de 1 linha, como os F35, Sukhoi, Rafale, Typhoon estão ali para confrontos de média intensidade, contra inimigos de poderio mediano. Uma Síria, Irã, etc… E ainda assim os conflitos modernos… Read more »

Bosco

Ednardo,
Não há ambiente mais perigoso a uma aeronave que a linha de frente num conflito de alta intensidade. É na linha de frente que encontramos veículos como o Tunguska, Osa, Strela, Tor, mísseis manpads, etc.
Um Super Tucano não sobrevive em conflitos convencionais. Sua única função é em relação às operações COIN (contra insurgência) e mesmo assim de preferência sendo utilizado à noite, como foi o caso. De noite ele até pode se dar ao luxo de adotar munição burra.

ederjoner

Geralmente vai ser assim, um sucesso, pois vai operar da forma que deve, além do alcance dos MANPAD’s, usando bombas guiadas quando possível, e as burras nestes casos de alvos estáticos. Contra os QG’s dos terroristas o ST vai ser formidável, é só não se expor.

Ednardo de oliveira Ferreira

Bosco, A tese não é que um Super Tucano substitui um avião de ataque alto desempenho. Sem dúvida a guerra tem ficado cada vez mais perigosa e imprevisível. A tese é que ainda há serviço sujo para ele, em condições restritas (no fim das contas, COIN). Se as armas de defesa têm ficado mais sofisticadas e de fácil acesso, também tem havido novas possibilidades para os atacantes, como a própria matéria aponta (um ataque com alvo iluminado). Nos últimos 26 anos têm sido cada vez mais comuns cenários assim. Além disso, há países que não têm acesso a tecnologias como… Read more »

Bosco

Ednardo, Eu entendi bem o seu ponto. Minha colaboração foi só no sentido de somar e alertar a alguns menos avisados que a capacidade do Super Tucano em relação às operações de CAS é limitada ao cenários de baixa intensidade, que concordo ser hoje a maioria não havendo nenhum cenário de alta intensidade em prosseguimento ou previsto. Mas eu citei porque muitos podem pensar que o Super Tucano é apropriado para CAS de alta intensidade e que pode substituir caças bombardeiros como o A-10, o F-16 ou o F-35 nesses cenários. O que é um absurdo sob qualquer aspecto. Por… Read more »

Ednardo de oliveira Ferreira

Bosco,

Agora te entendi. Alógica de “em vez 1 de F35 comprar 20 Super Tucano” não funciona mesmo. Não adianta ter 20 braços curtos. melhor 1 comprido e forte.

Bosco

E quando se fala do Super Tucano ser vulnerável é claro que há um certo preciosismo.Não obrigatoriamente um Super Tucano tem que operar de noite ou utilizar bombas guiadas para se manter a salvo dos manpads. Claro que depende do planejamento da missão tendo em vista informações da “inteligência”. Há também fatores ligados à oportunidade. Há missões que devem ser feitas num momento especifico e aí o jeito é apelar para o que se tem. Por exemplo, é plenamente válido um ataque diurno em baixa altitude fazendo uso do lançamento de flares e utilizando armas burras (metralhadoras/canhão, foguetes ou bombas… Read more »

Juarez

Muito em breve em uma NAS do Marine Corps perto de você……….

G abraço

ederjoner

2000 dólares por um manpad!!!! Ai o bicho pega mesmo cara, qualquer organização terrorista pode adquirir alguns equipamentos destes, pondo em risco varias aeronaves, seja de asa fixa ou rotativa, até mesmo aeronaves de alto desempenho podem ser atingidas se entrarem no raio de ação destes sistemas.
Com manpad a este preço, não dá para arriscar a baixa altura….

Mauricio R.

OFF TOPIC…, mas nem tanto!!!
.
Isto é algo que fortalece a “general aviation”, no Canadá e EUA, pq no Brasil, crí, crí, crí… Não temos iniciativas deste porte.
.
“Zenair, Canadian developer of the CH-family of piston-singles, will offer a factory-built version of its two-seat CH 750 kit plane, seven years after its production line for the type was shut down.”
.
“Sales of the kits have remained consistently strong over the last decade, he adds, with over 1,000 aircraft sold to date.”
.
(https://www.flightglobal.com/news/articles/factory-built-zenair-ch-750-piston-single-returns-424309/)

Rinaldo Nery

Sucesso, por que o nosso A-29 é “peladão”? O que o afegão tem a mais?

Duanny D.

Fez o estão fazendo na Colômbia há anos. Nenhuma novidade na eficácia dele em matar guerrilheiros.

Bosco
Bosco

Esse outro estudo também é bem interessante. Aliás, há vários outros disponíveis na internet que demonstra o perigo real dos manpads.
http://www.dtic.mil/dtic/tr/fulltext/u2/a432299.pdf

Maria do Carmo Lacoste

Será que essa missão foi levada a cabo por tripulação de afegãos mesmo? e a designação dos alvos?
Estão tão avançados assim para atacarem a noite?

Jefferson Bertoncini

Bom só vou dar um único resumo a que veio o SUPER TUCANO A-29 Nacido para matar

Rafael M. F.

Fernando “Nunão” De Martini
19 de abril de 2016 at 9:50

Deviam mudar o nome da capital do Afeganistão para “Cabum”. Terra de Marlboro aquilo lá…

Caio Romão

Joao Henrique 19 de abril de 2016 at 9:38 Realmente o super tucano não deixa a desejar em nada para os A-10.Obviamente em um espaço aéreo já dominado —————————————————————————————————————————————– Deixa sim, João. O A-10, como bem sabemos, pelo diferencial na motorização já que se trara de um bimotor a reação, pode atingir uma velocidade de 830 Km por hora enquanto o ST atinge cerca de 590 Km por hora, o que poder fazer a diferença na evasão, porque mesmo com o espaço aéreo “dominado”, quando a aeronave realiza vôos a baixa altitude fica suscetível a “artilharia” antiaérea comum, como metralhadoras… Read more »

Fernando

Bosco, mas supondo que algum insurgente lá trave e dispare no A-29 enquanto este está bombardeando a localidade, um vilarejo ou QG inimigo… a aeronave não é dotada de contra-medidas? o disparo de um manpad seria fatal? a porcentagem de acerto é muito alta? Sei que contra veículos AA as chances de sobrevivência do A-29 são bem pequenas mas contra manpads a aeronave deve apresentar meios de se contrapor a isso.

Bosco

Fernando, Há variáveis em relação à eficácia dos mísseis manpads. Uma delas diz respeito à geração tecnológica do míssil, com mais ou menos efetividade principalmente em relação às IRCMs. Esses mísseis mais baratos são de primeira geração e são velhos, mas nem por isso deixam de representar uma ameaça real. Também há variáveis relativas ao planejamento de missão. Por exemplo, é interessante que um ataque a baixa altitude se proceda num horário em que a posição do Sol sirva de pano de fundo para a esquadrilha de ataque. Excluindo os casos de defeito, onde o míssil sequer é lançado ou… Read more »

Arthur Duval

Olha Bosco seus comentários são verdadeiras aulas até eu que sou leigo e muito burro aprendo um pouquinho obrigado por tanto.

Mauricio R.

Desde 1991 o avião é usado p/ tudo e mais um pouco relativo a interdição, ataque ao solo, apoio tático e apoio aéreo aproximado, até “sandy” o avião já fez, mas alguns ainda insistem naquela pecha de “tank killer” da Guerra Fria. Atualiza ai, pô!!! . Pra quem acredita que contra medidas são sinônimo de invulnerabilidade, na 1ª Guerra do Golfo o USMC sustentou pesadas perdas de AV-8B devido a manpads que travavam em um único ponto na fuselagem central da aeronave, o motorzão Pegasus fica exatamente ali, não havia flare que chegasse, o míssil ia seco, direto e reto.… Read more »

Saulo

Parabéns a Embraer! E que venham mais clientes!

Ocidental Sincero

Essa aeronave é ideal para o que foi projetada, ataque ao solo, apoio tático e apoio aéreo !

Será que ela também pode ser equipada com mísseis Hellfire ou Vikhr-M?

Se sim, imagino que ela seria muito mais efetiva contra tanques e veículos leves..