Esquadrão que voava F-7P termina conversão para JF-17 na Força Aérea do Paquistão

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JF-17 - foto 3 PAF

Agora são quatro esquadrões equipados com o JF-17 Thunder na Força Aérea do Paquistão, após o reequipamento completo e a introdução formal do caça no Esquadrão Multitarefa No 2, que tem entre suas missões a defesa das áreas costeiras

Em nota divulgada na última segunda-feira, 11 de abril, a Força Aérea do Paquistão (PAF – Pakistan Air Force) informou que o caça JF-17 Thunder foi formalmente incorporado ao Esquadrão Multitarefa No 2, que conta com grande prestígio na PAF. A unidade é abrigada na Base Aérea de Masroor.

Com essa introdução do caça no Esquadrão No 2, a PAF passa a operar a aeronave em 4 esquadrões, engajados em todos os tipos de operações, segundo a nota.

Reportagem do jornal paquistanês Dawn sobre o evento informou que as outras três unidades equipadas com o JF-17 na PAF são o Esquadrão No 26 (Black Spiders) de Peshawar, o No 16 (Black Panthers) de Kamra e a Escola de Comandantes de Combate de Sargodha.

JF-17 - foto PAF

25 anos com o F-7P – Conforme informações disponibilizadas pela PAF, o Esquadrão No 2 foi ativado em Mauripur em junho de 1956, inicialmente como uma unidade de conversão para a caça, tendo realizado também missões de apoio aéreo aproximado nos conflitos de 1965 e 1971. Em agosto de 1990, foi renomeado Esquadrão de Superioridade Aérea No 2, ganhou o código fádio “Minhas” e recebeu caças F-7P de fabricação chinesa.

Durante o quarto de século em que voou com o F-7P, a unidade cumpriu também missões de prontidão operacional na segurança marítima, e participou em diversos exercícios com a Marinha do Paquistão, além do Exercício “Inspired Alert” com a Marinha dos EUA.

F-7 - foto PAF

F-7 - foto 2 PAF
Nas duas imagens acima, caças F-7P, modelo que equipou o Esquadrão No 2 entre 1990 e 2015, unidade que agora foi reequipada com o JF-17 Thunder- fotos PAF

A reportagem do jornal Dawn acrescentou que no Esquadrão No 2 o JF-17 substituiu alguns dos mais antigos caças F-7P do inventário da PAF, e que o processo de substituição pelo JF-17 Thunder, iniciado em agosto de 2015, permitiu transformar a unidade de um Esquadrão de Superioridade Aérea para um Esquadrão Multitarefa.

JF-17 - foto 2 PAF

JF-17 é prioridade – A cerimônia em Masroor, que formalizou a incorporação do JF-17 ao Esquadrão Multitarefa No 2, contou com a presença do marechal do ar Sohail Aman, chefe do Estado Maior da PAF. Em seu pronunciamento, ele reiterou que o JF-17 “continua nossa mais alta prioridade”.

JF-17 no Esquadrao Multitarefa 2 - quarto da aeronave na PAF - autoridades na cerimonia - foto PAF
Cerimônia de incorporação oficial do JF-17 no Esquadrao Multitarefa 2, a quarta unidade da Força Aérea do Paquistão (PAF) a ser equipada com o caça. Na imagem, as autoridades presentes à cerimônia. Foto PAF

O reequipamento do esquadrão com o JF-17 ajudará, segundo a nota da PAF, no equilíbrio estratégico. A unidade possui entre suas responsabilidades a garantia da proteção das comunicações marítimas e a defesa das áreas costeiras, com total apoio à Marinha do Paquistão em suas operações ofensivas.

Segundo a reportagem do Dawn, o JF-17 tem capacidade de ataque além do alcance visual, podendo empregar dois mísseis de cruzeiro antinavio do tipo C-802A.

JF-17 - foto 4 PAF

FOTOS: Força Aérea do Paquistão (exceto a penúltima imagem, da cerimônia oficial, as demais fotos das aeronaves JF-17 e F-7 estão em caráter meramente ilustrativo)

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Tiago Silva

Bom barato e moderno com uma linha de produção em plena atividade, o JF-17 Thunder representa o êxito da parceria sino-paquistanesa e vem como uma opção muito atraente devido ao seu custo unitário ser baixo perante outros modelos de aeronave equivalentes. Seu rival o Tejas depois de 30 anos de desenvolvimento ainda não se tornou plenamente operacional, sendo assim o mercado fica voltado para o Thunder que já obteve a sua primeira venda internacional. Vejo muito potencial nesta aeronave principalmente em países com orçamentos mais modestos porém que necessitam de um vetor tecnologicamente avançado, um equívoco neste programa ao meu… Read more »

André Luiz Duarte de Queiroz

Tiago Silva 12 de abril de 2016 at 15:21
Mas o motor do JF-17 é produzido onde mesmo?… E os aviônicos?
Quanto ao TEJAS, creio que os indianos nunca tiveram por meta desenvolver um produto para o mercado internacional, e sim capacitar a própria indústria aeronáutica. Por mais atrasos e custos extras que o programa possa ter acumulado, é fruto de uma estratégia de desenvolvimento tecnológico do país, uma decisão política ousada! Quisera eu que tivéssemos condições políticas no Brasil para também investir no desenvolvimento a longo prazo de nossa capacidade de defesa!

ivammc

Olha a chance da FAB adquirir uns 100 JF-17 Thunder a U$ 3 bilhões, e sobra uns U$2 bilhões ainda para investimentos.
É melhor comprar agora o Thunder porque depois ele poderá custar bem mais caro.

Renato de Mello Machado

Bom avião, e faz um papel descente,para uma força aérea modesta em um vetor novo. Bom para a sociedade pois não onera, e mostrando sua planilha de custos, para os políticos e comparando com outros vetores,com certeza os olhos deles se voltariam para o caça.Aí sempre tem alguém para falar ” Há mais isso não presta”,mas ter e não operar é melhor isso quê nada.

Ocidental Sincero

Frankenstein.. Um pouco de f-16..de f-18..mig 21.. su-22 ..e de mirage III… Ele é bom no que exatamente?

Ivan

No preço.

Fernando

Frankenstein? se for ver por esse lado que você falou todo avião se parece um pouco com algum outro. Queria eu que a FAB tivesse uns 3 esquadrões desse caça. E esse projeto sino-paquistanês é louvável, espero que a Embraer alcance patamar semelhante em breve nesse tipo de aeronave.

Wellington Góes

Falta ao Paquistão um vetor com mais capacidade, mas para não ficar atrelados apenas a dois fornecedores (chineses e russos), eu trocaria os F-16 pelos F/A-18 Super Honets (com alguns Growlers de lambuja).

Clésio Luiz

Sempre achei muito interessante a modificação chinesa na asa do MiG-21. Os soviéticos testaram um MiG-21Bis contra um F-5E vietnamita e descobriram que o Tiger tinha vantagem em curvas sustentadas. Imagino que esse F-7P deva pelo menos igualhar a performance em curvas com o bicudo.

João Paullo S Conceição

Se eu fosse a força aérea do Paquistão aperfeiçoaria duas coisas no caça: aumento da capacidade de 2 para 4 mísseis BVR, e mandaria adicionar mais pod, específico para reconhecimento

Alfredo Araujo

Nossa Wellington… que salada de @#$ vc fez… rs
Para não ficar atrelado a russos e chineses, vc trocaria os F-16 pelos F-18 ?? kkkk

Gustavo

36 gripens + 36 JF-17, e nenhum outro engraçadinho da america do sul se metia com a gente. Hum exagerei!

Wellington Góes

Desculpe Alfredo, não entendi o motivo da gargalhada. Tu podes explicar melhor?! Até mais!!! 😉

Tamandaré

Focar-se no JF-17 e depois adquirir mais alguns F-16 é a melhor estratégia para a PAF. Essa dupla aí já é suficiente (por hora).

Seal

Sem dinheiro em caixa, os caras estão buscando o que é mais barato. Não sei até que ponto esta troca por caças chineses influenciará na capacidade de doutrina e ataque da PAF. Segundo oficiais da Força Aérea do Paquistão, o país precisa aposentar 190 aviões da sua frota até 2020. Além disso, a PAF quer um outro lote de 10 caças F-16 dos EUA. Se a venda dos 8 exemplares novos de fábrica não for realizada (devido a pressões políticas internas nos EUA), o Paquistão irá procurar adquirir F-16 excedentes dos estoques da USAF.O Paquistão está interessado em 10 caças… Read more »

BrancoF-16

Acho que os 10 F-16 novos vão sair os americanos precisam de mais encomendas para manter a linha de produção aberta por mais tempo.

sergio ribamar ferreira

Boa noite a todos. 1ª pergunta: por que não comprar pelo menos entre 18 ou 36 o JF 17? 2ª pergunta: por que menosprezar a produção tecnológica de um país que pelo menos busca àquela independência? 3ª pergunta: será que não temos capacidade de nossos técnicos e engenheiros militares para melhorar a aeronave? 5ª pergunta: por que não investir em consórcios entre empresas,( sabemos que tudo isso gera oportunidades de trabalho direto e indireto)? O que possuímos de Força Aérea e MB? Temos projetos maravilhosos que não saíram do papel por várias razões. Nossa CF proíbe guerra de intervenção, mas… Read more »

Carlos Campos

Nós temos q olhar para o futuro fazer Gripen aprender mais sobre a construção aviões de combate e se unir a Suécia e fazer um novo caça furtivo custo\beneficio

Wellington Góes

Alfredo, cadê você meu filho?!?!?!

lucas RS

Não que seria uma boa idea Gripens e JF-17 voando aqui no Brasil, talvez na ocasiao do fx2 se o JF-17 tivesse concorrido talvez seria uma boa escolha pelo custo beneficio, mas como n concorreu e o vencedor foi o girpen e\f que é uma excelente caça e tem um otimo custo beneficio, acho que que a FAB deve se dedicar de momento exclusivamente para gripen como caça, para facilitar a logistica e a doutrina… Com a chegada dos primeiros 36 gripen, deveria ser feito a encomenda de mais 72 gripen… Totalizando 108 gripen, 6 esquadroes de 18 aeronaves! Na… Read more »

Jeff

sergio ribamar ferreira, respondendo a todas as suas questões, a resposta é uma só: Não há vontade política para fazer nada disso.

Bardini

JF-17? Na FAB?
.
Que Deus nos livre disso…
.
Pelo preço, tem coisa bem melhor e mais útil no mercado se for o caso.

Tamandaré

Meu caro Bardini,

Quais seriam os vetores na mesma faixa de custo/benefício no mercado internacional?

Grande abraço 😉

Bardini

Tamandaré 13 de abril de 2016 at 14:48 . FA-50, por exemplo. . No super trunfo, leva vantagem na maioria dos pontos chave, conta com motorização GE, que poderia vir a ser manutenida no país com o advento do Gripen e que tem muito melhor custo x benefício que a RD-93. Compartilharia armamentos com o Gripen sem problemas e não é muito mais caro que o block 3 do JF-17. Poderia vir a ser empregado com Treinador avançado se necessário. Logística poderia ser via LM… E por ai vai. . Ps: Por mim, nenhum dos dois citados tem espaço na… Read more »

carvalho2008

JF-17 Até block II não tem um desempenho Ar-ar tão superior a um Mike. Então, se fosse para combinar um Pé de Boi BVR com o Gripen, a espécie de um Hi-Low a brasileira, melhor seria o JL-9 que tem a metade do preço deste ou menos. Alem disto é biposto, ocupando assim um lugar mais coerente nas fileiras da FAB sem risco de concorrer com o prorpio NG ao tempo que no combate ar-ar ele é quase igual ao JF-17 O JL-9 encaixaria melhor porque ele poderia substituir uma fração dos 82 Super Tucanos.., fazendo-se assim uma escadinha perfeita…ao… Read more »

carvalho2008

Bardini,

o FA-50 como os mesmos similares eletronicos é bem mais caro….só a turbina é mais que o dobro do preço….agora se for no mercado de usados retrofit realmente tem muitas opções….todos estes ai dão mais de US$ 30MM a US$ 35MM…com com isto, dá realmente para fazer outras opções…

Delfim Sobreira

Vamos ver como fica depois de 17/04.

ivammc

FAB, bora comprar uns 50 Thunder.

sergio ribamar ferreira

Boa noite a todos. Sr. Jeff tenho de admitir eu o Sr. está certo. Porém poderíamos imaginar algum vetor dentro da nossa realidade antes da chegada dos possíveis “Gripens” para 2020? Obrigado pelos esclarecimentos.( A todos também, agradeço)

sergio ribamar ferreira

Erro: …admitir eu…?

Iväny Junior

Eu prefiro imensamente o F-7 chinês (da última versão).

Jeff

Brasil deveria entrar em um projeto similar ao Neuron. Huahuahua sonha sonha que não custa nada.