Suecos querem aumentar frequência do treino de apoio disperso aos caças Gripen
Capacidade, que vinha sendo exercitada apenas em grandes operações, deverá voltar a ser treinada várias vezes ao ano pelas unidades. Métodos de dispersão utilizam veículos veteranos, adaptados, e seis técnicos por aeronave–
Em nota publicada em 30 de março, as Forças Armadas Suecas divulgaram informações e fotos sobre testes de conceitos e métodos para apoio a seus caças Gripen, durante atividades diurnas, visando aprimorá-los e aumentar essa prática.
No inverno passado, a Ala Norrbotten (F21) de Luleå já havia treinado a dispersão das aeronaves e do apoio, realizado por pessoal de terra, em locais diferentes dos que se usa no dia a dia da base. Agora vem a nova fase, de praticar o apoio disperso em outras bases militares.
- Gripen na Suécia: treinamento de tiro ar-solo e de operação fora da base
- Lançamento de GBU12 por Gripen em campo de tiro no norte da Suécia
- Gripen na Suécia: com chegada do outono, novos treinamentos noturnos
- Enquanto isso, no norte da Suécia…
- Exercício reunirá todas as unidades da Força Aérea Sueca
Fantástico. A necessidade de sobreviver a um ataque russo realmente fez a Flygvapnet desenvolver uma doutrina bem peculiar. Em 2008 visitei uma Base Aérea construída dentro de um morro, em Gothenburg, 30 metros abaixo do nível do solo. A construção é de 1954, e, embora hoje seja um museu, tudo funciona! Impressionante.
Em 1998 realizamos uma operação em rodopista, na BR-364, próximo à Aruana, caminho pra Rio Branco.
Rinaldo Nery 7 de abril de 2016 at 19:32
Rinaldo esse trecho de pista teve alguma preparação? Ou apenas apresenta características favoráveis, como comprimento, largura e inclinação, além de livre?
Fui ao local com um oficial do 5° BEC (Batalhão de Engenharia de Combate). Escolhemos um trecho plano e reto com aproximadamente 1.500 metros de extensão. Havia um acostamento ampliado, onde as aeronaves podiam estacionar. O pessoal do 5° BEC pintou as “zebras” de ambas cabeceiras, cortou uma árvore, tirou algumas placas e tapou alguns buracos. O DTCEA-PV montou uma torre móvel. Levamos uma ambulância e um caminhão contra-incendio. A PRF interditou aquele trecho de rodovia, durante os pousos e decolagens.
Rinaldo Nery 7 de abril de 2016 at 20:16
Ótimo, realmente muito bom saber disso.
Na Suécia, esses trechos já são preparados durante a construção das rodovias. Há dezenas de trechos preparados ao longo do País. O 4° ETA realizou uma operação em rodopista na Anhanguera, próximo à divisa com MG. O 4° ETA opera o C-95.
Rinaldo, não é preciso dizer que esses exercícios são fundamentais, tanto para o combate quanto para eventual apoio em catástrofes. Você citou a base encravada no morro. Eu me lembro de já ter visto fotos a respeito e é impressionante o esforço que fizeram. Nada como um urso rugindo nos seus calcanhares para estabelecer uma doutrina de resposta. Mas nós, mesmo sem um urso, poderíamos estar bem melhor, não fossem os desgovernos que brincam de política.
No Uruguai, na Ruta 9 junto ao parque Santa Teresa, a rodovia se transforma em uma pista de pouso de emergência. Há inclusive um aviso para não ficar parado na pista.
http://1.bp.blogspot.com/-58kacHquLW4/UsnOXpFvsVI/AAAAAAAAAqI/8SnA5sbXRn4/s1600/Uy+avion3.jpg
Me admira que nunca tenham feito algo assim no Brasil.
Não me lembro bem se é isso que vou relatar. Há um bom tempo li que em pistas de dispersão suecas [não sei se em todas e ainda eram utilizados os Viggen] haviam sinaleiros que ao acender o vermelho, indicava ao motoristas estar o tráfego bloqueado para o uso pelos jatos. Pode ser que tenha misturado algo mas é mais ou menos isso. Ou seja, a pista não era bloqueada para o exercício, mas apenas no momento de pouso e decolagem.
Bela imagens só nós deixar cada vez mas ansioso.
Amigo Rinaldo! Lendo o comentario sobre possível ataque dos soviéticos nao pude de resistir de perguntar : Houve algum comentário sobre isso da parte dos suecos pois nos documentos que tenho no meu arquivo e links NUNCA foram mencionados possíveis ataques da região Escandinávia pela parte de USSR num possível conflito com OTAN devido a insignificância completa da direção (fora dos agentes da KGB naturalmente plantados em toda regiao podendo explodir qualquer gruta ou estrada na hora H). Sabe responder? Ou vou deixar como uma hipótese? Ja tenho varias (maluquice minha , me perdoa 🙂 ): – sobre a Romênia… Read more »
Enquanto a Suécia quer aumentar o treinamento com seus caças Gripens, a Força Aérea da África do Sul (South African Air Force – SAAF) vai ter que escolher entre o Gripen e o Hawk ainda este ano. Um dos dois terá de ser retirado da linha de operações por total falta de verbas. A SAAF sofreu um corte de 10% no seu orçamento para o período de 2016/17. O corte vem justo no momento em que a moeda local sofreu uma desvalorização de cerca de 30%.A redução atingiu em cheio a Força Aérea, pois na verdade o impacto financeiro é… Read more »
A ideia era legal no tempo da Guerra Fria, qndo o imageamento radar ou ir por satélite era algo demorado e difícil de obter, hoje basta uma imagem de um satélite e uns drones abelhudos e esse conceito vai pro brejo.
ScudB, Essa tática de dispersar aeronaves por rodovias, é resposta ao reconhecimento do tamanho poder militar que seu provável inimigo, URSS (agora Rússia), tem de destruir toda a Flygvapnet em horas, através de aeronaves especializadas e dezenas de tipos de mísseis de cruzeiro. . Sobre a insignificância da região, isso é um engano seu… A Suécia fica no flanco norte da Europa. Uma URSS ocupando a Suécia, a Europa teria que lutar uma guerra de duas frentes, leste e norte… A estratégia global das FAA é resistir e atritar com os russos, até que os aliados ocidentais venham em ajuda.… Read more »
Se nao me engano esse conceito é o Airbase 90 na Suécia. A filosofia é: “Agrupados nos pegam todos, espalhados e distribuidos podem até pegar, mas vai custar muito caro.” Quando não existia net li isso na RFA.
Bacana esse tipo de técnicas de reação rapida a combate ao inimigo mas fasso a seguinte pergunta já a Suécia usa essa tática de Airbase estamos em pleno século 21 onde satélites drone consegue ver o inimigo que está escondido A Rússia dispõe de satélite para localizar tais base agora como os secos consegue fazer esse tipo de tática um exemplo em 1990-1991 na guerra do golfo onde as forças americana conseguiu aniquilar todos radares de defesa ati-aéreo e desimar aviões de combate superior ao F-15 como os Mig-29 Mirage-F1 etc o EUA usando todo aparato de guerra eletrônica no… Read more »
Mauricio R. 7 de abril de 2016 at 23:51
Mas o custo, continua bem alto?
mas na matéria não está claro se estão levando os aviões para rodovias ou se apenas prestam apoio ao avião fora de suas bases. Isto é deixar as equipes de apoio treinadas para apenas com seis homens e dois veículos levar os mísseis, combustível e fazer a manutenção do avião. em qualquer lugar. Como seria essa dispersão na prática? durante um primeiro grande ataque todos os aviões levantariam voo para se esconder em rodovias? sobre o harrier falavam que podia se esconder por baixo de árvores. ou os g ripens iriam para bases secretas? por que só depois de um… Read more »
Alfredo, obrigado pela resposta. Diria o mesmo. Agora, mais que nunca, o Putin quer demonstrar força. E a Suécia, vizinha, se sente incomodada. Em 2007, meu antecessor no 2°/6 ° GAV, estava em visita de intercâmbio na Suécia, quando o Alerta foi acionado, pois TU-95 rumavam pra Suécia, escoltados por 4 SU-27. Como ele já estava a bordo do SAAB 340, acabou participando da missão, a contragosto dos suecos. E disseram que lá isso é constante. Quando uma Base vai ser atacada realiza-se a Decolagem Defensiva. Todos os meios disponíveis decolam pra locais predeterminados, a fim de evitar serem distribuídos… Read more »
Por que não combater, ao invés de se esconder? Porque nem todas as aeronaves estarão armadas e configuradas para o combate ar-ar.
Destruídos, não distribuídos.
Único modo da URSS ou a Rússia hoje destruir os aviões da Suécia assim em horas é com armas nucleares o que levaria uma “exchange” nuclear com os EUA, sem armas nucleares os ruussos podiam é usar seus mísseis de cruzeiro para destruir os radares no solo, denegrindo a capacidade ar-ar da Suecia, depois os sukhoi davam conta do resto. A Finlândia que na minha opinião foi criada pra ser uma buffer zone do império russo do império sueco, hoje é ao contrário. Afinlandia também opera seus hornet em autopistas, inclusive se discute um NORAD sueco-finlandes e a Finlândia acena… Read more »
As fotos são do “caramba” E se pintar o Gripen de Branco ele vira o “Abominável Caça das Neves” hhahahha
Muito prática esta ferramenta, “arbetslast”, na 7ª foto!
Pequenas coisa que podem fazer um processo ficar muito mais rápido de ser concluído.
Suécia, Suíça e Finlândia sabem que sua missão é ‘aguentar’ um ataque russo de 2 a 3 semanas. Seria o tempo de aliados chegarem. Até porque uma invasão russa a estes países significa que a situação já está crítica com outros países na Europa como Inglaterra, Alemanha e França.
em uma guerra moderna, nada há de mais manjado e indefensável que uma base aérea. Elas existem em períodos de paz, ou quando a capacidade ofensiva do oponente beira a nulidade.
Quando a FAB treina esse cenário ela imagina que tipo de agressão?
1- Nações que possuem PA dando cobertura a navios e/ou submarinos atacando com misseis de cruzeiro?
2- Ou uma hipotética zona de exclusão aérea criada e operada dentro do território brasileiro pelo inimigo?
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Situação hipotética cômica:
Piloto pousa seu caça na Av. Brasil (Rio de Janeiro), desce do jato e vai tomar um café no posto Ipiranga, quando volta seu avião já foi roubado e levado para o Paraguay.
Situação hipotética cômica 2:
Avião se prepara para decolar da linha vermelha (Rio de Janeiro), mas tem tantos buracos na pista que ele quebra e precisa acionar o seguro para ser rebocado.
Aqui no Brasil é assim…
O que me vem a cabeça enquanto aprecio essas lindas fotos:
1º: Foi uma excelente escolha.
2º: Da “frio” só de ver as fotos.
3º: O que é Eficiência, planejamento, doutrina….etc, o tal do “Estado da arte”
Eles faziam o mesmo dês de antes do Viggen, Gerações de aperfeiçoamento.
Sabem aquele caça venezuelano que teria sido visto sobrevoando em Porto Velho, pois bem, em uma demonstração de força ainda maior o presidente Pra lá de Maduro ordenou que seu piloto sobrevoasse o Rio de Janeiro, o coitado do piloto que nada conhecia por aqui passou por cima do morro do Alemão. O sistema de defesa anti-aéreo da favela foi imediatamente acionado, contando com o que há de mais moderno no arsenal da bandidagem, os traficantes rapidamente abateram o pobre venezuelano. Mas não preocupem com o piloto, ele foi visto pela última vez tomando cerveja gelada e participando de um… Read more »
no Brasil com as ruas esburacadas nao existe vantagem nenhuma em ter um caça minusculo.
Obrigado pelas respostas amigos Alfredo, Rinaldo e Augusto! Entendi perfeitamente o angulo. Agora vejamos de outra forma (mais pratica eu diria). Ataque russo da região escandinava só pode acontecer em caso : – conflito global com OTAN (como meio preventivo podem ser destruídas as bases e instalações sem entrar no territorio); – conflito global com OTAN (como retaliação apos ataque de território russo partido da Suécia , por exemplo). E em todos os casos vai ser feito sem precisar de aviação russa entrar no combate devido alcance das baterias russas.E com certeza nao vai sobrar muita coisa para decolar apos… Read more »
Lembro que o o segundo ETA já fez esses exercícios aqui na Paraíba. Não lembro se na BR-101 ou BR-230.
Uma diferença grande é que as rodovias nestes países já são projetadas de forma a haver inúmeros trechos aproveitáveis numa eventual guerra como pista de pouso.
Obviamente, são trechos bem mais caros. Têm de estar preparados para o choque de um avião pesando umas 12 toneladas pousando, nivelamento da pista, ser retinha, largura, área de manobra (mesmo que mínima), distância de instalações como postes perto da via…
Eu acho facinante esta estrategia de “dispersar” a frota durante conflitos. Acredito que é a melhor maneira de se defender uma grande area utilizando poucos recursos.
Eu lí sobre isso no plano de uso dos Harriers GR1 da RAF que me impressionaram muito na epoca e tinham planos muito semelhantes aos suecos guardadas as devidas diferenças das aeronaves..
“Único modo da URSS ou a Rússia hoje destruir os aviões da Suécia assim em horas é com armas nucleares o…”
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Até isso mudou, hoje bastam um enxame de drones suicidas, que poderiam ser lançados de um submarino, um navio pesqueiro ou mesmo de um voo comercial e está feita a bagaça.
O sucesso da missão poderá ser aferido a partir de fotos de satélites comerciais, vários dos quais tem resolução muito boa.
No sítio SistemasdeArmas há matérias interessantes para quem deseja ler sobre vulnerabilidade das bases aéreas, as operações de dispersão (inclusive a sueca dos anos 90), bem como a dispersão na FAB.
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Um rápido índice do se encontra por lá:
– Ataques as Bases Aéreas – 1
– Ataques as Bases Aéreas – 2
– Defesas Passivas
– Operações de Dispersão – 1
– Operações de Dispersão – 2
– Armas Especializadas
– Dispersão na FAB
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O Link da Dispersão na FAB:
http://sistemasdearmas.com.br/ca/pista07brasil.html
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Sds.,
Ivan.
esse site sistema de armas é muito interessante.
apesar de ter muito erro de português, falhas e até parecer bem desatualizado…
Mas traz um pouco de teoria e estratégias, o que é muito útil para todos nós leigos…
Boa matéria, mas contém alguns erros. Não me consta que o Brasil tenha 4.276 aeródromos homologados. Acho que é algo na metade disso. Atrás somente dos EUA? E o Canadá, a China?
Desconheço esses containers para munição e “combustível”?! Nunca os vi.
CINDACTA subterrâneo só têm um: o CINDACTA 2, em Bacacheri.
Nada como uma boa doutrina e um país comprometido com sua segurança !
No próprio SistemasdeArmas também há um artigo sobre como seria essa dispersão num cenário amazônico:
Este artigo, escrito a 14 anos, fazia uma comparação entre o Gripen e o Flanker na época do F-X1, então o Gripen analisado era o C/D, que tem uma autonomia bem menor que a projetada para o E/F.
http://sistemasdearmas.com.br/fx/fx06toa.html
O caboclo fez um mini Exame de Situação. Acho que o B767 não opera em pistas com largura inferior a 21 metros. O E190/195 não opera. Restrição de manual devido a desvios laterais em monomotor durante a decolagem . Resultados de ensaios em vôo.
ScudB, a defesa em toda Escandinávia é coisa seríssima, e o objetivo é mesmo segurar os russos. Basicamente, a ideia da dispersão e botar um máximo de caças no ar e não contar com as bases para um 2o round (porque esses seriam alvos primários). Sobre a prioridade ou não dos russos, sugiro dar uma olhada no que aconteceu na 2a GG por ali. Helsinque foi umas das poucas capitais europeias não invadidas e o pau comeu feio. A resistência finlandesa foi realmente heroica e contou com forte apoio sueco e… (essa parte o pessoal de lá não gosta de… Read more »
Mario Heredia 8 de abril de 2016 at 10:59 Mario aproveitei a vossa deixa para comentar um “causo” real: Num sábado em 1978 – só me recordo o ano, após as 12h, saímos (André – piloto recém “elevado” a instrutor no aeroclube de Jundiaí, Galdino – colega de faculdade e de trabalho e eu) do curso (3o. ano de Ciências Contábeis na Faculdade Paulo Eiró – Sto. Amaro – S.Paulo – Capital) e rumamos para Jundiaí, pois o Galdino nunca tinha voado e o André prometeu que iria “quebrar” essa lacuna. Fizemos uma vaquinha para a “gasolina” do avião (Bonanza… Read more »
Imagina se o extinto DAC soubesse disso… rsrsrsrs
Imagino que para praticar dispersão sejam necessárias estradas exemplares, não só para os caças mas para a equipe de ressuprimento chegar rápido ao ponto determinado, não ?
Cel.
Penso que nos dias de hoje, com as devidas “coberturas” radar ser mais arriscado essas “ousadias”;
O André recebeu uma proposta de uma gerencia financeira no Texas e no final do ano seguinte, mudou-se para o México.
Comprou um Cessna e ia trabalhar de “avião”, sobrevoando o Golfo do México diariamente. Pelo que sei , deixou de ser “instrutor”!
O curso de Ciências Contábeis foi influência direta de nosso conhecido Miglorância.
Abs
Sergio, antigamente voar era mais divertido. Hoje ficou muito chato. Não posso nem sair da cabine pra fazer xixi, pois o copila pode querer “se suicidar”.
o Brasil tem 1200 aeroporto e pistas de pouso cadastradas, a FAB já faz mas poderia fazer com os novos caças a dispersão imagine concentra tudo em anapolis e no minimo temerário um ataque suspresa e tchau grispens. penso eu que alem de dispersão deveria a Fab ter misseis antiaereos terra-ar comprar na alemanha seus proprios gerpard seus canhoes antiaereos, tem que proteger esses caças bem