Rafale na Índia: ‘Se não quer o Rafale, fabrique F-16 e forneça ao Paquistão’, teria dito autoridade francesa
Falando sob condição de anonimato ao jornal Business Standard, autoridade próxima às negociações teria indicado que compra indiana já não é mais importante para o futuro do caça e, ironizando, disse que se a Índia não quiser o Rafale poderia montar o F-16 e até fornecê-lo ao Paquistão
Reportagem publicada pelo jornal Business Standard, com data de 19 de março de 2016, revela uma possível irritação francesa com os rumos das negociações da venda do caça Dassault Rafale à Índia. A matéria assinada por Ajai Shukla tem como fonte uma autoridade sênior da França que estaria próxima às conversações entre indianos e franceses para o contrato de 36 caças Rafale, e que falou sob condição de anonimato.
A fonte afirmou, segundo o jornal: “Se algumas pessoas no Ministério da Defesa não querem permitir que o contrato do Rafale avance, que assim seja. Estamos atualmente fabricando-o para Egito e Qatar, e poderemos ter outro cliente na Malásia.”
A fonte também negou a ideia de que a aquisição indiana seria crítica para a Dassault Aviation, fabricante do caça, alcançar o chamado “break-even” (quando se paga os investimentos e as entradas passam a representar lucro) da aeronave. Segundo a autoridade, “o projeto do Rafale é comercialmente viável baseado nos números requeridos pelas Forças Armadas Francesas, ainda que não existisse uma única encomenda de exportação.”
O jornal, porém, destacou que cortes no orçamento militar francês levaram a uma redução da encomenda do Rafale, para as Forças Armadas Francesas, de 300 caças para apenas 180 contratados até o momento. Isso é considerado um número pequeno em comparação com o Eurofighter Typhoon, que tem 700 aviões encomendados, e com o caça F-16, que acumula mais de 4.500 aeronaves produzidas. O F-16, aliás, foi lembrado pela autoridade francesa em suas declarações ao Business Standard.
F-16, irritação e ironia – Uma certa irritação com ofertas repetidas de concorrentes, como o norte-americano F-16 Super Viper da Lockheed Martin, estariam refletidas nas declarações da autoridade contactada pelo jornal, com dose de ironia: “Se não quer o Rafale, siga em frente e fabrique o F-16 aqui. Você pode fabricá-lo na Índia e também fornecer ao Paquistão.” Vale lembrar que o vizinho Paquistão é rival de longa data da Índia, e uma de suas preocupações de defesa e motivações para reequipar a Força Aérea Indiana.
A declaração está no contexto do anúncio feito pelos EUA, no mês passado, de uma venda ao Paquistão de oito avançados caças F-16 Block 50/52 por 699 milhões de dólares, ao mesmo tempo em que um executivo da Lockheed Martin publicamente ofereceu “mudar a linha de produção (do F-16) dos Estados Unidos para a Índia.”
Segundo o jornal, as afirmações da autoridade francesa indicam que a França começa a assumir a possibilidade de que a Índia não compre o Rafale, em especial devido a grandes diferenças no quesito preço, além da insistência indiana em garantias legais sobre prazos de entrega, desempenho e disponibilidade. O Business Standard informou que o Comitê de Negociação do Rafale está trabalhando para diminuir a distância entre o preço que a França demanda e o que a Índia deseja pagar, respectivamente 12 bilhões e 9 bilhões de euros.
Uma comparação com submarinos – Ainda sobre a ironia contida na declaração da fonte envolvendo o F-16, a Índia e o Paquistão, o jornal teria em seguida lembrado à sua fonte que a própria França estaria fornecendo submarinos tanto à Índia quanto ao Paquistão, já que a DCNS francesa está construindo seis submarinos classe “Scorpene” em Mazagon, após ter vendido ao Paquistão três modelos Agosta-90B com sistema de propulsão independente da atmosfera. Nisso, a autoridade retrucou, segundo a reportagem: “Isso é diferente. O Paquistão está recebendo um submarino diferente do que estamos fornecendo à Índia.”
FOTOS: Força Aérea Francesa
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Lembrei do molusco,tentando dar mais um golpe nos brasileiros quando anunciou a compra dos rafale.
A Dassault praticamente abrindo o jogo oficialmente (mas vamos todos fingir que é vazamento de informação interna) sobre a difícil realidade da aceitação da grife de bacanas Rafale.
kkkkkkkkkkkkkkkkk
uma tirada interessante, mas isso pode acabar com as possibilidades de contrato. PODE.
E a retrucada dos submarinos é boa, muita hipocrisia…
Se houvese uma mudança no mandatario brasileiro, o BR e a FAB. poderiam pensar em correr atraz de trazer essa linha de montagem do F16 para ca… nao seria ma idea… pena q é sonho só
Sinceramente:
Que dê a maior m#rd@.
Caso abram outra concorrência, vou de torcida, Gripen E
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2ª hipótese, linha do F 16 com participação dos Israeli, ai sim !
Lucas,
.
Se alguém competente tomar o governo do Brasil em mãos (o que é extremamente difícil, a julgar pelos que almejam tal posição), o correto seria investir pesado no Gripen e posteriormente em um 5ª Geração. Este seria um sonho mais “racional”.
@lucas
Não existe chance do F16 por aqui. Além do mais, daqui a 10 anos os caças de 4,5 geração já estarão absoletos. Não tem justificativa para investir tanto nesses caças.
Se quiserem um caça de verdade comprem o F-16. Por outro lado, se o interesse for fazer caixa 2, desvio de investimento: comprem o Rafale ou Gripem, seguindo com utopias.
Lucas ,se alguém inteligente assumir o governo deveria comprar de prateleira alguns gripen’s C/D e investir com a Saab em um projeto de 5.5ª geração ,pode ter por base o FS 2020.
Corrigindo Gripen.
Não sei pra que tanto mi, mi, mi, descartem o L1 e chamem o L2 p/ conversar, e larguem os franceses falando c/ a própria mão.
Le Jaca não vale tanto trabalho e confusão.
É nessas horas que lembro o sr.Vader! A jaca não sai, se confirmar a possibilidade descrita no texto. . Pessoal aceite foi a melhor escolha para o país. O F16 block 50/52 ao meu ver era a melhor escolha no FX1 na época do FHC. O grande problema do Gripen NG foi a demora na decisão do FX2. A melhor aeronave custo benefício foi o pequeno grifo, todas aeronaves do short list cumpre o que foi proposto pela FAB, os de mais eliminado da final é muito caro pra nossa realidade operacional. Não é tão difícil de entender, já foi… Read more »
F-16 era lindo nas décadas de 80 e 90. Passou o tempo dele já.
Le Jaca pode não emplacar na Índia. Tá pior do que novela de BollyHood
Mas deve-se dizer que negociar com os indus não é fácil mesmo.
Um dos motivos que a Embraer recusou oferta de montar o KC-390 por lá à poucos meses atrás.
PS: A queda da aeronave Compair CA-9 Executive, nesta tarde, sobre uma residência em S.Paulo, vitimou o ex-CEO da Vale do Rio Doce, Roger Agnelli e toda a sua família.
Sds.
Leandro Costa, o f-16 sera eternamente lindo, sem dúvida um caça “fantástico”, tenho um amigo que é mecânico da FA Israelense, ele sempre criticou a manutenção do “Falcon”, segundo ele, o caça é muito delicado e devido a posição da entrada de ar do motor, os danos “FOD” são frequentes, este seria um dos motivos pela recusa da FAB em relação ao modelo.
Abraço.
Índia vai acabar fechando com mais Sukhoi’s ou Mig’s. SU-35 ou Mig-31 cairiam como uma luva.
Sim, lembro-me bem disso, Mauricio. Foi um dos fatores que apontavam na época de sua consideração como sendo ‘negativo’ visto que a possível utilização deles por parte da FAB poderia acontecer em bases aéreas remotas em ambientes hostis. O F-16 em si eu acho esteticamente bonito sim, claro que em seu estado ‘natural’ sem corcova de eletrônica adicional ou os horrorosos CFT’s. O F-16, o ‘caça elétrico’ foi revolucionário quando surgiu no final dos anos 70, mostrou-se ser flexível o suficiente para ir além de seu projeto original, de um caça diurno de superioridade aérea puro e passou à uma… Read more »
A questão do F-16 no Brasil não envolvia as bases remotas, a questão era que até hoje não é possível garantir a adequada limpeza de pistas como as de Anápolis, Canoas e Santa Cruz (Se verificarem os NOTAM dessas bases vão ter acesso à algumas informações de SBAN, SBCO e SBSC). Dessa forma, qualquer projeto que exigisse um incremento nos gastos de infraestrutura aeronáutica seria catastrófico para a FAB. Ainda mais, se essa vulnerabilidade fosse diretamente ligada à perda de motores de uma aeronave de quarta geração. Seria interessante se nos espelhássemos nos chilenos, que aparentemente conseguiram contornar a situação… Read more »
Ocidental sincero,
Mig 31? O único caça oriental mais caro de operar que o Rafale? Até a Rússia economiza os dela, porque apesar de fantástico tem a hora de vôo bem cara!
_Rj_….Pensei no Mig 35. Obrigado pela correção
https://youtu.be/lc3fKy8Apaw
O problema desse Mig-35 é que ele nunca fica pronto, a Sukhoi já colocou em operação o Su-35S, o Su-30SM, o Su-34 e nada desse Mig-35 começar a produção.
Em Tempo: Ao enumerar os itens que fazem a Força Aérea Chilena grande, omiti um ponto crucial, o armamento, um estoque de 100 AIM 120 e 200 Sidewinder 9 faz a diferença. Em resumo, reconheço no GRIPEN NG uma ótima opção, mas a aeronave por si só é apenas um aspecto do que faz uma aviação de combate poderosa. Uma força aérea precisa de um número de aviões que atenda suas hipóteses de emprego (não de meia dúzia de F-5 espalhados em 4 bases aéreas), precisa de aeronaves com performance que supere a de seus propensos inimigos, necessita de sistema… Read more »
Amigos, a única coisa correta na estratégia indiana é, justamente, não ficar a mercê de um único fornecedor, ou linha logístico-ideológica, afora isto todo o resto é uma bagunça. Aliás, nem isto eles sabem fazer direito. A Indonésia, que começou a usar esta linha de raciocínio, está conseguindo obter melhores resultados, justamente, por serem mais organizados.
–
Até mais!!! 😉
Em tempo 2: No tocante a datalink, uma Força Aérea de ponta também possui a integração com os sistemas de artilharia antiaérea. Ou seja o datalink tem que prover consciência situacional para pilotos, controladores de combate e para os operadores das artilharias de grande, média e baixa altitude.
“O problema desse Mig-35 é que ele nunca fica pronto, a…”
.
Lote de pré produção deve iniciar testes de voo em breve:
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(http://www.janes.com/article/58889/mig-35-pre-production-batch-to-start-flight-tests-soon)
Senhores uma dúvida,por que chamam o rafale de jaca?
Valeu Mauricio R.!
.
Já era hora.
O Hobbit valente, vulgo Gripen NG não vai melar, nem se trocar de governo acredito eu.
Se melar eu gostaria sim que fosse investido em F35 e não caças de 4 geração.
Basta de pensar sempre 1 passo atrás dos outros.
A Índia terminará por substituir estes Rafales por um novo lote de Su-30.
Mauricio R. 19 de março de 2016 at 21:14
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Verdade, vai pro B e ponto.
timuskukii 19 de março de 2016 at 19:04
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F 16 obsoletos ?
Block 60/62 serão SPHF por muito tempo, ainda mais dependendo na mão de quem e do TO. Cada ….. !
https://m.youtube.com/watch?v=tHNC4wrjofU
Pelo amor de Deus, de onde tiram isto. Tchê isto é o maior fake já lançado na internet.Já estiveste em uma base aérea no inicio da manha que cedie esquadrões de caça a jato F 5M e M 2000(a época deste) no dia em que se realizarão surtidas??? Todo o esquadrão faz varias linhas perpendiculares a pista procurando FOG, vai do soldado ao Ten Cel comandante, é praxe. Os cuidados com o F 16 seriam os mesmo que ós temos hoje com Mike. Eu estive em Iquique e vi a operação dos F 16 Chilenos lá que é o fim… Read more »
É isso aí, meu caro Juarez.
E a novela “Maria de La Jaca” continua. Já não dá pra saber o que é reprise e o que é capítulo inédito.
Parece que “de La Jaca” vai para o oriente médio e deixa o namorado indiano chupando o dedo com a conta de 2 anos do motel de 5 estrelas; este, por sua vez, engatará um romance com “La Viper americana” para esquecer La Jaca.
Aguardemos cenas dos próximos capítulos, que parecem reprises.
Essa estória do F16 ser suscetível a FOD é a maior balela. Vocês imaginam que uma força expedicionária como a USAF, que opera em todos os lugares e climas do planeta, teria como caça leve padrão um avião que só pudesse operar em pistas “lisinhas e limpinhas”?
É esse avião está em operação há 40 anos!!
Off topic,
O meu véio c você é judeu, sente só véio que dica bacana…
(Mas todos podem usar tbm.)
(É mais um pequeno jirimum de cultura internética. Digo, abobrinha cultural manu.)
http://www.coisasjudaicas.com/2014/09/amarre-um-tenis-como-um-judeu.html
Shalom!
Boa semana de outono novo a todos!
Negociar com Indiano não é facíl e não é para qualquer um. Tem que ter muita paciência.
COmo Wellington diz, a estratégia indiana no papel é excelente. Mas a execução é um lixo.
Uma coisa é certa, não importa o avião selecionado, os indianos sempre conseguem derrubá-lo. Rsrsrs
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Já caiu outro Heron indiano. Acho que este é o segundo, ou terceiro.
Iväny Junior 21 de março de 2016 at 0:07
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Bom tê-lo de volta.