‘Bandeirante’ será exposto em Bauru
Chegada do avião no fim da tarde de ontem ao pátio da prefeitura foi acompanhada por Flavio Guedes, cabo Lucio Barbosa (FAB), Etelvino Zacarias, Elias Galdino, Gabriel Silva e Mario Bevilacqua
“Aposentado” pela Força Aérea Brasileira (FAB), um avião Bandeirante se tornará monumento em praça pública da cidade. Primeiro modelo de médio porte fabricado pela Embraer, foi desenvolvido na década de 1960, sob a supervisão do engenheiro aeronáutico bauruense Ozires Silva, e ficará exposto na Praça da Assenag, na margem direita da avenida Dr. Mario Oliveira Mattosinhos, que liga a Rondon à Getúlio Vargas (próximo ao antigo Espaço Bauru).
A aeronave chegou em solo bauruense no fim da tarde de ontem, transportada do Rio de Janeiro por dois caminhões, e foi guardada no pátio do Departamento de Apoio Operacional (DAO) da Prefeitura.
O pedestal para o monumento já pode ser visto pela população e a expectativa é de que mecânicos da FAB possam dar início à montagem do avião ainda hoje, de acordo com o diretor da Secretaria de Obras, Etelvino Zacarias.
Ex-diretor do Aeroclube de Bauru, Mário Bevilacqua destaca a importância do modelo para o desenvolvimento aeronáutico brasileiro. “O Ozires chefiou o grupo que tocou um projeto que correspondia exatamente à necessidade do Brasil naquele momento e que não entrava em choque com o mercado mundial. Deu certo. Quando o Bandeirante decolou, a Embraer decolou”.
Bevilacqua relata que o avião recebido em Bauru servia, até pouco tempo atrás, à Base Aérea da FAB de Pirassununga. Junto com ele, outros 35 atingiram o teto de horas-voo recomendado.
“Desses, 20 estão sendo reconstruídos e 15 receberam baixa. Este é um deles. Havia o compromisso junto ao senhor Ozires de que o primeiro destes que não fosse mais utilizado viesse para a cidade”, pontua.
De acordo com o ex-diretor do Aeroclube, o avião que será exposto permanecente na Praça da Assenag pesa cerca de 3 mil quilos.
Pioneirismo
A criação do EMB-110 Bandeirante se deu em meio à política do governo brasileiro de fomento à expansão da indústria nacional, no final da década de 1960. O propósito do projeto era construir uma aeronave de médio porte, para uso civil e militar, que viesse a operar com baixo custo e fosse capaz de ligar regiões carentes de infraestrutura.A missão para desenvolver o avião, iniciada em 1965, foi confiada a Ozires Silva. O primeiro voo se deu em São José dos Campos, no dia 22 de outubro de 1968, antes mesmo de a Embraer ser criada, o que veio acontecer no ano seguinte, com o bauruense na presidência do órgão. A produção em série do modelo começou em 1971 e chegou ao fim em 1991. Durante o período, foram construídas 498 unidades, das quais 253 foram vendidas para o Brasil e 245 para outros países.
O Bauruense
Ozires Silva é oficial da Aeronáutica e engenheiro formado pelo ITA (Instituto Tecnológico de Aeronáutica). O bauruense não só coordenou a construção do Bandeirante, como foi fundador da Embraer, empresa estatal que presidiu até 1986.
Deixou o órgão para o desafio de administrar a Petrobras, onde atuou até 1989. Em 1990, assumiu o Ministério da Infraestrutura.
Ozires Silva retornou à Embraer em 1991, conduzindo o processo de privatização da empresa, concluído em 1994. Além dessas realizações, Ozires Silva também atuou como presidente da Varig por três anos (2000-2003) e criou, em 2003, a Pele Nova Biotecnologia – primeiro fruto da Academia Brasileira de Estudos Avançados, empresa focada em regeneração e engenharia tecidual.
FONTE/FOTO: JCNet
Primeira vez que vejo uma aeronave de transporte da FAB a ser espetado por esse Brasil.
So vinte sendo recontruidos? Bom esses seriam bons candidatos a irem para o EB nao?
Sim Gustavo, coloca los no padrão M e irem para o EB, mas aqui é Brasil. Nem bolo, nem torta …. passe fome.
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Off
2o. KC 390 montado, testes no solo, dentro de semanas testes no ar.
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Espero que tenham coragem de revelar o consumo em geral.
Nos sites americanos, e creio de língua inglesa em geral, quando falam deste avião, eles dizem que a palavra “Bandeirante” em português significa “Pioneer”, ou seja Pioneiro.
Quando o Cel Ozires se for, creio que a Embraer deveria preservar seu nome é claro, mas com um acréscimo: Fábrica de Aviões Ozires Silva.
Os americanos costumam cultuar seus antepassados, no Brasil costumamos esquecê-los ou no pior dos casos, desrespeitá-los.
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Segundo protótipo do KC-390 já está pronto ou esta foto é montagem?
http://www.defesaaereanaval.com.br/wp-content/uploads/KC390.jpg
Maria, da para ver nas fotos que as portas do trem de pouso dianteiro estão abertas diferentes…
A aeronave a direita esta com todas essas portas abertas, enquanto a da esquerda não.
O sensor no leme da aeronave a esquerda….
Não da para ver os prefixos, mas deve ser mesmo o segundo prototipo….
Pessoal, já tem matéria do Poder Aéreo com a foto divulgada hoje pela Embraer do segundo protótipo do KC-390. Peço que os comentários a respeito sejam feitos na nova matéria, deixando esta para o assunto do Bandeirante.
Maria do Carmo Lacoste 14 de março de 2016 at 12:18
Assino embaixo! Sou um fã da EMBRAER, e mais fã ainda de Ozire Silva! Quisera houvesse mais pessoas como ele neste país!
Primeira vez que comento aqui, mas dessa vez não daria pra deixar passar! Moro em Bauru, ontem (13/03) no período da tarde passei pelo local que o Bandeirante vai ficar exposto e o avião estava lá, sem as asas e ainda no solo. Muito bonito, vai ficar bem interessante e em uma região bastante valorizada da cidade!
Off …. URGENTE
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Rússia começa a se retirar amanhã da Syria.
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Acabou a grana ?
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Imprensa Israeli ao vivo ….. mandando ver.
Kkkk.
Mais um “lugar de memória” sendo construido pela FAB. É um trabalho de formiguinha que aos poucos vai se consolidando com estes “aviões espetados” e outras ações. Ah, parabéns à FAB por ter em seus quadros historiadores (mais especificamente uma historiadora) para pesquisar e divulgar sua própria história!
O exército bem que poderia espetar seus tanques pelo país. Os argentinos adoram fazer isso.
https://www.thevintagenews.com/2016/02/13/56306/
Há carros de combate do Exército em alguns lugares como monumentos, notadamente em entradas de quartéis.
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Recentemente, um desses monumentos deu origem a uma celeuma gigantesca em Porto Alegre.
http://g1.globo.com/rs/rio-grande-do-sul/noticia/2016/01/exercito-decide-retirar-tanque-de-praca-de-porto-alegre-por-depredacao.html
Olá.
Bom, na minha opinião, que tem de ir para o “espeto” é carne de churrasco. Aviões deveriam ser preservados em condições de voo (afinal de contas, são aviões e não estátuas). Se não se pode modernizar, preserve em condições de voo. Ou desmonte e recicle.
Para praças e entradas de bases aéreas, modelos de fibra de vidro. Não aparelhos “de verdade”.
SDS.
Por que os C-95M tem que ir pro EB? A FAB fica sem? Não seria melhor o Grand Caravan pra eles? É mais barato e leva a mesma capacidade de carga, além de operar em qualquer buraco.
essa do tanque foi triste heim! só mostra o nível cultural do brasileiro. E concordo com o Mauricio, alguns exemplares deveriam ser mantidos em condições de voo para exibições em portões abertos, a FAB ou uma organização com o apoio da mesma poderia até criar uma “esquadrilha histórica” com exemplares que fizeram parte da FAB,
Olá amigos estou debutando por aqui, aos poucos entendendo! Segue alguns comentários só para ser justo, sem qualquer intenção de sr soberbo, indelicado ou chato, mas como entusiasta e aviador da reserva seguem algumas observações aprendidas ao longo dos anos na FAB! Primeira observação quanto ao C-95 2187 que foi para Bauru, foi escrito que le serviu bor último a Base Aérea de Pirassununga “Correção em Pirassununga temos a AFA Academia da Fôrça Aérea e não uma Base Aérea” Uma Base Aérea tem outras características” Ok em outras linhas vi escrito algo sobre o Sr Ozires Silva, que realmente foi… Read more »
Erickson, boa tarde.
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Acho importante compartilhar informações sobre os nomes corretos.
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Procuramos utilizar, dentro de nossas limitações de conhecimento, as formas corretas em nossas próprias matérias, às vezes “traduzidas” em linguagem para o público leigo.
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Mas, nessa matéria em especial, vale ressaltar que é um mero “clipping” de reportagem da imprensa em geral, não se trata de texto do Poder Aéreo. Ainda assim, os editores do site (e, creio eu, também os leitores) agradecem a iniciativa.