Fotos: jatos Tu-160 russos interceptados por caças Rafale, Mirage 2000-5 e Typhoon
A Força Aérea Francesa divulgou no domingo, 20 de fevereiro, fotos de interceptação de dois jatos russos Tu-160 sobre o Canal da Mancha. As aeronaves francesas que participaram da missão, realizada em 17 de fevereiro, foram um caça Rafale do Esquadrão 1/91 Gascogne e um Mirage 2000-5, versão que equipa o Esquadrão 1/2 Cigognes.
Na manhã daquele dia, os jatos já haviam sido detectados pela Noruega, e às 14h50 voavam a oeste da Irlanda, penetrando o Canal da Mancha às 15h, quando foram acionados os jatos franceses, em coordenação com dois caças Eurofighter Typhoon da Força Aérea Real Britânica, um dos quais é visto na foto abaixo.
Os jatos russos foram escoltados em sua rota de saída do Canal da Mancha, após fazerem meia-volta ao Norte de Dieppe, sem terem penetrado nos espaços aéreos britânicos ou franceses.
O Esquadrão Gascogne opera o Rafale primordialmente em missões de ataque (incluindo a dissuasão nuclear) a partir da Base Aérea de St. Dizier, e o Esquadrão Cigognes emprega o Mirage 2000-5 primordialmente em missões de Defesa Aérea, a partir de Luxeuil. Porém, os jatos podem fazer parte do dispositivo de defesa aérea francesa (a chamada “permanência operacional – permanence opérationnelle”) tanto a partir de suas bases normais de operação quanto desdobrados em outras localidades. Para saber mais, clique nos links ao final da matéria.
Pode-se perceber nas fotos as configurações das aeronaves francesas que cumpriram o alerta de defesa aérea, chamando a atenção o fato do Rafale ser do modelo biposto (o que é de se esperar num esquadrão como o Gascogne, que realiza principalmente missões de ataque, levando em conta também que a maior parte dos jatos Rafale encomendados pela Força Aérea Francesa são do tipo biposto).
Ainda que as fotos não permitam muita ampliação (detalhes ampliados acima e abaixo), podemos ver que o Rafale está equipado com um tanque externo central e aparentemente quatro mísseis ar-ar MICA, identificando-se a versão com cabeça de busca por infravermelho no trilho da asa direita e a versão com cabeça de busca por radar no pilone sob a mesma asa.
Já o Mirage 2000-5 é visto aparentemente com uma partida completa de seis mísseis MICA, com quatro nos quatro pilones sob a fuselagem (podemos ver um pedaço da tubeira e das aletas do que está na estação direita traseira e a parte da cabeça de busca por radar e superfícies alares do míssil da estação dianteira direita), e dois nas estações subalares externas (onde usualmente se instala os modelos com cabeça de busca por infravermelho), além do que parece ser apenas um tanque externo central.
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Teste ?
Ou o outro lado piscou ?
Os russos sempre testando o tempo de reação das defesas da Otan. Alguém poderia me dizer por que os caças suecos nao teriam interceptado antes estes invasores do eixo do mal.
Paraná CWB, boa tarde. . Sugiro ler o texto com atenção, preferencialmente com um mapa por perto. . O texto diz que os aviões russos foram detectados pela Noruega (o que normalmente se dá sobre o Oceano), então provavelmente a rota em direção ao Canal da Mancha, que fica entre a Inglaterra e a França, foi pelo Mar da Noruega e Atlântico Norte, e não pelo Mar Báltico que banha a Suécia. . Além disso, se os aviões russos saíssem do Báltico em direção ao Atlântico Norte e Canal da Mancha, teriam que passar ou por espaço aéreo de outros… Read more »
Fernando “Nunão” De Martini – Parabéns bem explicado…
Tudo normal, os Russos entram passeiam e os outros vão ao lado acompanhando
Quase normal. A Força Aérea Turca saúda…
os russos voltaram ao patrulhamento mundial de antigamente.
Não sei exatamente as reais intenções.
talvez apenas mostrar que não estão dormindo, que são uma potência militar.
afinal de contas, não creio que tenham nada, de forma específica, contra os europeus.
essa coisa de testar a prontidão não sei.
afinal de contas um ou dois enormes bombardeiros devem ser fáceis de detectar…
muito embora por aquela região passem tantos aviões (ver no flight radar) que parecem mais um enxame de gafanhotos.
vai que são confundidos com aviões comerciais…
Olá, pessoal.
A região do estreito de Dover, do Canal da Mancha, pertencem aos mares territoriais do Reino Unido e da França, não? Ou seja, caso o Tu-160 estivesse passando naquela região, sem autorização, estaria violando o espaço aéreo, seja do RU ou da França, não?
Viu só como se faz, Turquia? =D
Roberto, que bom que você conseguiu a resposta. A redução para M0.8 estimada é significativa, embora eu ache bastante razoável dado o arrasto adicional.
.
Sobre a matéria anterior à qual você se refere, ela continua disponível na primeira página do blog ao menos para quem acessa de computador (mas não sei se você está acessando de computador, celular ou tablet, o que muda a configuração). Sugiro você copiar e colar também ali a resposta que obteve.
http://www.aereo.jor.br/2016/02/17/globaleye-da-saab-redefine-o-mercado-de-vigilancia-aerea/
Penso que não. Espaço aéreo ou mar territorial não pode ser fechado à livre passagem, então imagino que ficam estreitos corredores fora da delimitação de território… acho 🙂
passeio russo… um ataque real não acredito que usariam aviões …. submarinos a 50/100km da costa Britânica e misseis de cruzeiro…. e a caixa de pandora se abre.
É impressão minha ou, ao contrário do que acontecia antigamente quando esses aviões faziam essas interceptações armados apenas com um ou dois mísseis, a coisa tá ficando mais séria, já que os aviões estão decolando completamente armados?