O Gripen NG e os seus velhos e novos concorrentes
Uma comparação entre o caça sueco e alguns dos modelos que disputam o mercado de aviões de combate
Além da Suécia, o Gripen (que significa Grifo, ser mitológico com corpo de leão e asas de águia) foi adquirido por mais cinco países e tem atraído bastante atenção internacional com o desempenho elogiado pelos operadores e, nos últimos anos, pelas vitórias nas concorrências de caças na Suíça e no Brasil.
Mas como o “Grifo” se sai contra seus adversários em termos de desempenho e capacidades? O quadro abaixo mostra alguns dos aviões que a nova geração do Gripen vem enfrentando em concorrências internacionais e o texto a seguir o compara com as principais referências do mercado, de ontem e do futuro: o F-16 e o F-35.
O Grifo e a Víbora
O F-16 Fighting Falcon, apelidado de “Viper” (Víbora) se consolidou ao longo de décadas como a aeronave de combate padrão em mais de 26 países, com mais de 4.500 unidades produzidas desde os anos 1970. O F-16 é considerado o “benchmark” dos caças modernos, ou seja, o padrão a ser superado, e ainda possui muitas vantagens sobre vários caças maiores e mais sofisticados. É mais leve, mais manobrável, mais barato de operar e pode realizar uma grande gama de missões, como reconhecimento, apoio aéreo aproximado e superioridade aérea.
Porém o caça, cujo projeto é bem mais antigo que o do Gripen, já está mostrando sua idade. Apesar das significativas melhorias das versões mais recentes e das modernizações, o F-16 não consegue acompanhar todos os avanços de caças projetados anos mais tarde, como a redução significativa da RCS (seção reta-radar), pois está no limite de desenvolvimento de sua fuselagem.
O Gripen, por outro lado, que usou a performance do F-16 como base para seu projeto, já nasceu com uma RCS muito pequena, de cerca de 10% da encontrada no caça americano. Isso dá uma vantagem ao caça sueco, pois ele é capaz de detectar o F-16 com antecedência e, conforme as circunstâncias de um combate, disparar primeiro.
O Gripen e o F-16 têm dimensões externas muito similares, mas o peso é bem diferente: o F-16 é 50% mais pesado que o Gripen, que usa muito material composto. O primeiro pesa cerca de 9 toneladas vazio, enquanto o último pesa 6,8 toneladas vazio (versão C) e se espera que a nova geração pese entre 7,2 e 7,5 toneladas. O peso máximo de decolagem é de cerda de 20 toneladas para o F-16 e 14 toneladas para o Gripen C/D, sendo que o NG poderá decolar com 16,5 toneladas de peso máximo. O F-16, por sua vez, consegue levar 7.700kg de cargas externas, enquanto o Gripen C leva 5,3 toneladas, e o Gripen E deverá ser da classe de 7 toneladas de carga máxima externa –embora tanto no F-16 quanto no Gripen (e na grande maioria dos caças) a soma do peso do combustível máximo interno com o máximo de cargas externas ultrapasse o peso máximo de decolagem, o que leva à redução em um ou outro (por exemplo, carga máxima externa de 6 toneladas entre armas e tanques externos, combinada ao máximo de combustível interno no Gripen NG).
Embora mais pesado, o F-16 é equipado com um motor Pratt and Whitney mais poderoso, que produz 50% a mais de empuxo que o Volvo RM12 do Gripen C/D, o que dá uma vantagem na razão empuxo/peso para o F-16. Esta razão no Gripen C/D fica pouco abaixo de 1 e no F-16 é de 1.1. Essa vantagem dá ao F-16 maior aceleração e razão de subida. Porém, e apesar do peso maior do Gripen NG, a potência extra do GE F414 da nova versão diminui e quase equilibra essa diferença, lembrando que o peso do F-16 continua a subir com novas variantes e modernizações.
Um outro fator-chave de comparação entre o Gripen e o F-16 é a carga alar. Geralmente, o caça com menor carga alar pode fazer curvas mais fechadas (taxa de curva maior) com menor perda de energia que um caça com maior carga alar. A carga alar do Gripen fica em torno de 60lb/ft2, enquanto a do F-16 fica em torno de 88lb/ft2. Isso significa que, mesmo que o Gripen tenha uma relação peso-potência pior, ele precisa de menos energia para restaurar a velocidade depois de uma curva. No quadro abaixo pode-se observar que o Gripen tem as melhores taxas de curva instantânea e sustentada em comparação com os atuais caças. Observar que o avião na parte mais baixa do quadro é o F-35A, com as piores taxas.
As características de performance do Gripen indicam que, em geral, ele é mais leve, menor e mais ágil que o F-16, podendo fazer curvas mais fechadas que este. As tecnologias de radar e a aviônica da nova geração do Gripen são superiores, principalmente na guerra em redes, devido ao avançado data-link do caça sueco. Resumindo: o Gripen e o F-16 são muito similares em capacidade e desempenho, mas o F-16 é um projeto mais antigo. Os equipamentos da nova versão NG podem torná-lo um substituto convincente para o envelhecido F-16.
O Grifo e o F-35
O projeto do Lockheed F-35 Lightning II representa talvez a ameaça mais significativa para o sucesso de exportação do Gripen. O chamado “Joint Strike Fighter” (JSF) foi financiado por muitas das nações que buscam substituir seus caças F-16 atualmente em serviço.
Nesse caso, o Gripen tem a desvantagem de seu projeto inicial ser mais antigo que o do F-35, e o caça sueco, embora tenha uma pequena RCS, carece de verdadeiras capacidades furtivas. No entanto, ainda há uma boa esperança para as perspectivas de exportação do Gripen frente ao F-35, pois as derrapagens de custos do JSF estão fazendo muitas das nações que financiam o desenvolvimento da aeronave pensar duas vezes antes de comprar a plataforma. Sérias preocupações sobre o desempenho também foram levantadas. Além disso, o JSF é uma aeronave maior e mais pesada que o Gripen (seu peso vazio é duas vezes maior, proporção que se repete com peso máximo de decolagem), e seus custos operacionais são desconhecidos, enquanto o Gripen já provou ser um avião confiável e capaz.
O F-35 também voa mais limpo que o Gripen, pois tem duas baias internas de armas, que aumentam suas capacidades furtivas e aerodinâmicas. Esses compartimentos podem transportar cerca de 3.000 libras (cerca de 1.362kg) de munições no total. Já quando os cabides externos são utilizados, o JSF pode transportar cerca de 9 toneladas de armas.
O JSF utiliza um único motor Pratt and Whitney com pós-combustão, o mais potente motor de caça da atualidade, mas ainda assim só consegue voar a uma velocidade máxima de cerca de Mach 1.6. Sua razão empuxo/peso é de apenas 0,87 – significativamente pior que a do Gripen.
A carga alar do JSF é de 90lb/ft2 – consideravelmente maior que a do Gripen e também maior do que a do F-16, que se destina a substituir. Na verdade, esse fator de carga alar é maior que dos aviões de combate de quarta geração, incluindo o F-15, SU-27 e Mirage 2000. Isto significa que o F-35 é menos manobrável que o Gripen. O JSF tem um teto de serviço maior, mas seu raio de combate é só um pouco melhor que o do Gripen de nova geração.
Conclusão
O Gripen mantém vantagens na manobrabilidade e custos. É mais leve, com uma célula menor e os custos de produção e de operação são comprovadamente baixos.
Em última análise, o JSF foi concebido primariamente para missões de ataque e secundariamente para combate aéreo. O Gripen é um caça leve multimissão, otimizado para combate aéreo. Diferentes caças com diferentes propósitos.
Conforme a necessidade da maioria das forças aéreas, o Gripen pode cumprir a maioria das missões por um preço menor.
Artigo publicado originalmente na revista Forças de Defesa número 10, que foi às bancas no início de 2014 (os dados analisados no texto referem-se aos que eram de conhecimento à época)
Eu assino em baixo!!! Penso que o F-35 seria uma aeronave a ser usada apenas nos primeiros momentos de uma guerra “de grande intensidade”, para suprimir defesas anti-aéreas, estações de radar, destruir instalações militares importantes… etc… Substituir os F-16 pelos F-35 me parece, no mínimo, estranho. Quem será o dogfighter da USAF? Os F-15? O trunfo da furtividade poderá falhar. Neste caso, os F-35 ficarão em sérios apuros contra aviões como Gripen, Su-30/35, F-16…. etc. Já o Gripen, penso ser um caça extraordinário!! Só precisaria de um motor mais potente e maior capacidade de carga pra ficar perfeito. Se alguém… Read more »
Concordo absolutamente. Não é de hoje que o Gripen é considerado um dos melhores caças do mundo.
gostaria de agradecer aos editores do site pois finalmente minhas duvidas foram tiradas muito obrigado pela aula. e vamos de Gripin e super Tucano esta de ótimo tamanho para nosso orçamento
Enquanto isso na terra do “eu odeio ser brazuca”… Aiai… O sonho em ter o josta do f18 Hornet, que seja como vetor para nossa armada continua. Nesse caso a razão que se exploda…
Só os Vira-latas e as rafaletes acham que ele é ruim.
Enio Valcanova Castro 4 de fevereiro de 2016 at 19:54
”Enquanto isso na terra do “eu odeio ser brazuca”… Aiai…”
Que terras são essas?
A respeito do post , eu diria , o gripen da nova geração corre tantos riscos quanto o JSF.
Caro Tamandaré, eu sou leigo no assunto mas pelo o que já li sobre o tema a USAF visa substituir vários tipos de aeronaves pelo F-35. Por esse motivo ele é um avião multifunção, porém não se especializou em nenhuma missão específica. Por exemplo: ele irá substituir o A-10, e o F-16, que são aviões muito distintos, mas é incapaz de cumprir 100% as missões destinadas a essas unidades.
Muito boa a comparação. Felicito aos editores do site pela informação. Eu nào sabia que a Saab já tinha definido o peso máximo de decolagem (MTOW) do Gripen NG. Informação exclusiva do Poder Aéreo.
Pois é Sr. Gustavo Borges, foi o que pensei ter lido também em outros artigos a respeito, mas suspeito que há algo mais. O dogfight não pode ser ignorado, e se tem algo que DEFINITIVAMENTE o F-35 não faz é combater bem à curtas distâncias. Principalmente num cenário em que novos caças furtivos entrarão. A vantagem do F-35 talvez não dure mto tempo frente aos avanços russos e chineses. Sem contar que tudo tem falha, tal qual ocorreu com o F-117 abatido por um SAM na Bósnia! O combate WVR não pode ser ignorado! Nunca! 🙂
Forte abraço a todos!
Menos pessoal patrocinado pelo Gripen… Menos…
O gripem serve bem ao seu proposito, só acho que deveria usar uma turbina com melhor desempenho do que a Volvo RM12, no NG sera a mesma turbina ??
Muito interessante o artigo.
Mas acho que tem um viés enganoso.
Dá a entender que o gripen é o melhor caça do mundo.
Não é porque tem menor custo ou menor RCS do que o f-16 que é o caça mais poderoso do mundo.
Assim como o F 16 jamais conseguiu substituir o F 4 em alguns esquadrões da USAF.
Daqui 10 anos os EUA não utilizarão mais armas burras ar-sup.
As missões que o F-35 não dá conta de “imitar” do F-16 e A-10 são as relativas ao lançamento de armas burras.
Realmente agora eu entendo pq o chamam de pulguinha… mas fazer o que ? foi a melhor decisão.
não impõe medo, mas respeito.
Eu vejo potencial no projeto Gripen NG, mas ele só alcançará êxito se conseguir em nichos específicos do caça. Não adiante embarcar em qualquer concorrência, querendo enxertá-lo com um mundareu de coisas (mísseis, sistemas, etc…..), pois podem prejudicar seu projeto mais do que ajudar. Fazendo esforços desnecessários, gastando mais do que preciso.
É o que penso.
“Octávio Reis 4 de fevereiro de 2016 at 20:33 Muito boa a comparação. Felicito aos editores do site pela informação. Eu nào sabia que a Saab já tinha definido o peso máximo de decolagem (MTOW) do Gripen NG. Informação exclusiva do Poder Aéreo.” . Octávio, boa noite. Sejamos justos: não tem nada, mas nada mesmo de “informação exclusiva do Poder Aéreo” neste valor de 16,5t de MTOW do Gripen NG que está no artigo (que eu mesmo ajudei a escrever). . O artigo foi publicado originariamente na edição 10 da nossa revista Forças de Defesa (e destacamos isso ao final),… Read more »
Gustavo Borges 4 de fevereiro de 2016 at 20:21 “ele irá substituir o A-10, e o F-16, que são aviões muito distintos, mas é incapaz de cumprir 100% as missões destinadas a essas unidades.” . Explique essa afirmação por favor… Pq quando eu vejo uma comparação entre A10 e F-35, por exemplo, eu não penso que ele vá “metralhar” tanques a baixa altitude para prover CAS as tropas americanas. Penso que ele irá usar SDB’s e/ou misseis Grifin de grandes altitudes, porém, com altíssima precisão. Quando comparam com o F-16, não imagino o F-35 abatendo inimigos com a sua manobrabilidade… Read more »
“Marcelo Bastos 4 de fevereiro de 2016 at 21:42
O gripem serve bem ao seu proposito, só acho que deveria usar uma turbina com melhor desempenho do que a Volvo RM12, no NG sera a mesma turbina ??”
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Marcelo, boa noite.
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Acho que antes de comentar você passou batido na parte do artigo que informa qual é o motor do Gripen NG (informação que, de qualquer modo, é mais do que manjada).
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Não é o Volvo RM12.
“Space Jockey 4 de fevereiro de 2016 at 22:10 Realmente agora eu entendo pq o chamam de pulguinha…” . Space Jockey, boa noite. . Já vi muitos chamarem o Gripen, em qualquer de suas versões, de pulga, pulguinha e variações divertidas do tema. . Mas tem uma coisa que eu acho ainda mais engraçada nisso: boa parte desse pessoal que chama o Gripen E/F (ou NG, como queiram) de “pulguinha” costuma tecer grandes elogios à família Mirage 2000. . Independentemente dos motivos dos elogios ao Mirage 2000 muitas vezes serem por desgosto pelo Gripen, por rusgas nascidas à época do… Read more »
“Tamandaré 4 de fevereiro de 2016 at 19:37 , Se alguém puder me explicar qual a estratégia dos comandantes da USAF com relação a substtuir Vipers por JFS, por favor me explique pois eu ainda não entendi NADA!!! Saudações a todos!” O que você visa ao substituir um carro ? Apenas potência ? Ou tamanho ? Quanto maior melhor ? Um VW Up! 1.0 não seria melhor em te transportar pelos congestionamentos de SP (e depois de estacionar) do que uma Hilux gigantesca ? Conclusão transferida para o assunto do tópico: Um avião é bom ou ruim de acordo com… Read more »
Fernando “Nunão” De Martini, boa noite! Primeiramente obrigado pelo esclarecimento. Pelo que você afirmou, vocês tem consciência que o valor do MTOW do Grioen NG pode ser revisto para mais, ainda assim publicam um quadro comparativo com informações que podem ser inverídicas. Não seria o caso de vocês informarem isso no corpo do artigo? Passaria maior credibilidade. Da forma como está até pode enganar os leigos, mas qualquer pessoal o mínimo de informação a respeito do assunto percebe que existe uma certa forçação de barra no sentido de mostrar o Gripen como sendo a melhor opção do mercado. E talvez… Read more »
Octávio, aí quem está forçando a barra é você, com todo o respeito. . Está explícito no final do artigo que ele é da revista Forças de Defesa número 10, ou seja, é algo que foi publicado há algum tempo, como outros artigos da revista que estamos republicando desde o final do ano passado, coisa que qualquer leitor do Poder Aéreo já percebeu. Ou seja, republicar artigos importantes da revista é algo que não começou hoje, nem vai acabar amanhã. . Mas vá lá. Pelo bem dos que caíram de paraquedas hoje nos debates sobre defesa, aceito sua sugestão. Coloquei… Read more »
Fernando “Nunão” De Martini Mais uma vez obrigado por responder. Creio que quando você coloca a data em que o artigo foi originalmente publicado e as pessoas observam que essa informação é de 2014, muda um pouco o cenário. Se o site é sério, e eu assim entendo, então as informações precisam ser expostas com clareza. Novamente digo que seria ético e respeitoso com os leitores que vocês adcionassem no corpo do artigo uma observação informando que o MTOW do Gripen NG esté sujeito a alterações, com tendência de aumento, afinal você mesmo afirmou ter conhecimento disso. Trata-se de coerência… Read more »
Octávio, a informação sobre possível aumento do MTOW do Gripen não é oficial, é de bastidores. A única coisa oficial é o aumento do peso vazio, por ora. . O artigo de 2014 é baseado em dados oficiais e divulgados abertamente até a época de sua publicação, e não em dados de bastidores. Assim, não vou acatar esta sua sugestão de mudar o corpo do artigo para falar de eventual mudança de MTOW que ainda não é oficial, pois isso sim seria incoerente, mesmo porque não estamos mudando nem atualizando nada no caso dos outros artigos que republicamos. . De… Read more »
Muito difícil que os números referentes ao MTOW do Gripen NG sejam “revistos para mais”. O que deve acontecer não é o MTOW subir, mas ficar no valor de 16,5ton e o Peso Básico da Aeronave diminuir, num “regime” a que a aeronave deve ser submetido com o Critical Design Review, antes de se chegar ao modelo de produção em série.
Fernando “Nunão” De Martini,
Perfeitamente compreensível a sua atitude. Mais uma vez agradeço por você gentilmente responder os meus comentários.
Boa noite.
Boa noite para você também, Octávio Reis. . E, apenas para complementar e esclarecer a qualquer leitor desavisado que estranhe essa nossa discussão sobre MTOW oficial ou de bastidores, vale dizer que até o momento a própria Saab continua divulgando oficialmente o MTOW em 16,5t, tanto em seus materiais em inglês quanto em português, exatamente como está no infográfico comparativo do artigo, baseado em dados oficiais daquela época, e compilados por um concorrente da empresa (a diferença é o peso vazio, que a Saab começou a divulgar oficialmente como de 8t em meados de 2014, meses após a publicação original… Read more »
Nunão,
Fui eu que sugeri o texto do Gripen como alternativa ao F-35. Concordo que a ideia é uma viagem, o que eu achei interessante são as outras informações contidas no texto e saber o que mais ta circulando de opinião nos EUA.
Off topic
http://www.valor.com.br/empresas/4424654/desempenho-operacional-fraco-eleva-risco-de-calote-da-gol-diz-fitch
Penso igual ao Japa, está muito bom ……….. para ser ótimo tinha que ser o que a FAB queria ………..
http://www.aereo.jor.br/2013/12/28/nao-e-um-aviao-para-assustar-mas-impoe-respeito/
Muito boa a matéria explicando a comparação sobre os caças , para os que ficam torcendo contra o Gripen esta ai o motivo dele ser escolhido pela FAB , um caça bom e barato que vai atender perfeitamente a nossa força aérea , muitos questionam ou ficam no sonho de que o Brasil deveria comprar F35 como já vi aqui em comentários anteriores , nossa realidade é outra não podemos dar o luxo igual os EUA que podem comprar um caça para só superioridade aérea , um para ataque ao solo e tal . Só algumas coisas que não concordo… Read more »
Fernando “Nunão” De Martini 4 de fevereiro de 2016 at 22:58 . “Mas tem uma coisa que eu acho ainda mais engraçada nisso: boa parte desse pessoal que chama o Gripen E/F (ou NG, como queiram) de “pulguinha” costuma tecer grandes elogios à família Mirage 2000.” . Confesso que eu também era cético em relação ao Gripen NG, de tanto ouvir essa história de pulguinha.. Mas após “conhece-lo” através do mock-up por ocasião do último “portões abertos” da base aérea de Brasilia, minha opinião mudou, principalmente em relação ao tão criticado pequeno tamanho do caça. . Ele é do mesmo… Read more »
Bom se o Gripen NG, ve o F-16 primeiro, está ótimo, com AESA e Meteor,e com nossos E-99 modernizados, vai atirar primeiro, isso é BVR, isso importa, se com F-16 é assim, imagina com “grandões” F-15, Familia Sukhoi, MIG e outros,
Pra nós está ótimo, em nosso cenário,
Não gosto deste rotulo de que ele não tem impõem “medo”, o que é impor medo?
Ser grande e ser pesadão, carregado de armas?
Prefiro ele com RCS menor, AESA, Meteor, do que grandões parados no hangar mostrando músculos, tecnologia é o que importa, agora é seculo 21, seculo passado já foi,
RECADO DADO .
Bem, o comparativo com os americanos provou que teremos um caça igual ou superior, mas com os russos e demais do “lado negro”, como ele se sairia?
Hi-Lo. Justo.
O F-35 mais e mais está se mostrando como um sucessor não do F-16, do A-10 e muito menos do F-15C, mas sim do F-15E. Neste caso, é sem dúvida formidável, apesar de caro.
Acho válida uma composição de forças Hi-Lo, F-35 e NGs, mesmo para a USAF. Se os dados sobre carga alar forem de fato verdadeiros, o que é uma supresa pra mim, então o NG, quando bem armado, principalmente com mísseis BVR de ultima geração, seria um oponente formidável, no mínimo complementar, isto é, uma plataforma complementando as deficiencias da outra.
Bom ponto Felipe, acho que o que vai realmente inspirar medo é se ele for capaz de explodir alvos primeiro e se evadir. O resto é perfumaria.
Com certeza Renato,
Imagino ele vendo de longe, ou sendo guiado por nossos AEW, e fazendo o serviço, rapido, limpo e saindo fora, pra que algo que não podemos manter, eu se pudesse sonhar, queria um F-15 Silent Eagle, mais pra que, pra ficar no hangar, fazendo pose pra fotos?
Prefiro nosso Gripen NG, voando, com doutrina, pilotos com horas de voo, e manutenção adequada, do que avião parado sem voar.
Muito esclarecedora a matéria e muito obrigado por responder com ela ao pedido que fiz ontem!
Tirem-me umas dúvidas, por favor:
O que deu pra entender da matéria é que teremos o melhor vetor da América Latina, é isso?
Quantos Gripens NG são necessários para estarmos totalmente seguros, considerando que somos um país de dimensões continentais?
E quantos esquadrões com quantos Gripens e onde?
A FAB planeja um total de 108 caças Gripen NG:
http://www.aereo.jor.br/2014/11/18/forca-aerea-brasileira-vai-adquirir-um-total-de-108-cacas-gripen-ng/
“Negrão em 05/02/2016 as 12:56 Tirem-me umas dúvidas, por favor: O que deu pra entender da matéria é que teremos o melhor vetor da América Latina, é isso?” . Negrão, se o Gripen NG customizado para o Brasil realmente entregar o que promete, minha opinião é que será o melhor da América Latina, se levarmos em conta um equilíbrio de características (e não essa ou aquela vantagem pontual) frente aos outros dois modernos caças em operação aqui (Su-30 e F-16C/D). A própria distância temporal de introdução em relação aos dois outros (uns 10 anos ou mais) contribui para fazer muita… Read more »
O Brasil até poderá ter o “melhor vetor da AL” quando os Gripens chegarem, se chegarem, já que já existe discussão em torno de corrupção na sua licitação, como os jornais noticiam hoje. O problema é que serão 36. Dividimos isso por 5, dará 7 por base aérea, uma em cada região do país. Considerando que no mínimo 1/3 da frota estará sempre em manutenção, haverá se muito, 4 por região… uma força aérea respeitável, se o Brasil fosse Luxemburgo.
Esses 36 irão ficar, por alguns anos, concentrados na ALA 2, em Anápolis – GO. Esquadrões de Santa Cruz, Santa Maria, Canoas e Manaus vão ficar operando F-5 e A-1 até que seja feita a encomenda de um segundo lote, com 36 a 50 aeronaves. Não acredito em terceiro lote. E não houve corrupção alguma na escolha do Gripen. E nenhum oficial da FAB é investigado ou indiciado. Assim como a Saab, sequer é indiciada, mas sim testemunha da investigação e vítima do escritório de lobby M&M. O que se investiga é se esse escritório repassou para Lula e Lulinha… Read more »
Fábio Mayer 5 de fevereiro de 2016 at 13:50
Ok, mas qual frota da região tem muito mais do que isso de aeronaves de combate moderna?
O mundo mudou Fábio…
“Fábio Mayer em 05/02/2016 as 13:50 O problema é que serão 36. Dividimos isso por 5, dará 7 por base aérea, uma em cada região do país.” . Fábio, boa tarde. . Os 36 contratados serão provavelmente concentrados em Anápolis no início de sua vida operacional, talvez dividindo-se em seguida para uma outra base, substituindo assim parte da frota atual de caças F-5M. Então não faz sentido fazer essa divisão de 36 caças por 5 bases aéreas. . Para substituir outros caças F-5M e A-1 / A-1M que operam em esquadrões abrigados em outras bases, forçosamente será preciso adquirir novos… Read more »
E complementemos a informação: Os F-5 e A-1 já começaram a dar baixa, não há nenhum estudo de sua substituição, além dos 36 gripens. Vamos substituir 112 aeronaves (56 F-5 + 43 A-1 + 12 Mirages) por 36… não há tecnologia que compense esse número num país continental como o Brasil.
Fábio,
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Há estudos sim. Em diversas oportunidades a FAB informou que estuda a aquisição de outros lotes de Gripen para substituição integral da frota de F-5M e A-1 /A-1M. Isso está em diversas matérias do Poder Aéreo, sem falar em outros sites e revistas especializadas por aí. É só procurar.
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Se essas futuras aquisições vão sair, são outros 500, mas que há estudos para substituição, há.
Pois é Fernando, o problema é: quanto tempo vai demorar para se decidir por mais lotes? Vai demorar mais 16 anos? Nunca saiorá do papel? O risco é este: termos 36 caças em condições de vôo, tendo que cobrir todo o território nacional, porque os F-5 e A-1 não são eternos, pelo contrário..
Fábio, se eu tivesse bola de cristal eu te responderia, mas isso é futuro. Planejamento existe, como existiu em outras oportunidades, algumas vezes cumprido, muitas vezes não. . Com base na história, houve planejamentos cumpridos por parte da FAB, ao longo do tempo: implantação dos quatro CINDACTAs ao longo de umas tês décadas, reequipamento de esquadrões que voavam subsônicos com caças supersônicos, nos anos 70, substituição do AT-27 Tucano (versão de ataque) e do AT-26 Xavante (treinador a jato e ataque leve) pelo A-29 Super Tucano. . E houve planejamentos que não se cumpriram, como a aquisição do A-1, que… Read more »
Só essas 5 bases têm condição de nos defender?
Por que duas no Sul e só uma na Amazônia? P q nenhuma no Nordeste?
“Negrão em 05/02/2016 as 14:05 Só essas 5 bases têm condição de nos defender? Por que duas no Sul e só uma na Amazônia? P q nenhuma no Nordeste?” . Negrão, estas são as bases principais. . Cada vez mais (e não é de hoje), países buscam concentrar meios em menos bases por uma questão de racionalização, formando alas com mais de um esquadrão de caças de mesmo tipo (e já fizemos isso no passado quando o 1º GAVCA se dividia entre dois esquadrões em Santa Cruz – hoje é um só na prática – e com os dois esquadrões… Read more »
Por outro lado, eu acharia maravilhoso que, em o Brasil operando Gripens, os EUA também o adotassem. Teriamos a certeza de peças e aeronaves usadas de reposição por décadas, já que os EUA são um ótimo parceiro comercial e militar…
A FAB tem planejamento, Nunão, não o governo… e quem decide é o governo.
“Fábio Mayer em 05/02/2016 as 14:15
A FAB tem planejamento, Nunão, não o governo… e quem decide é o governo.”
.
Ué, e qual a novidade nisso? Você perguntou se havia estudos, eu respondi com a informação que já foi bastante divulgada, de que estudos existem. Daí até o governo decidir ou não concretizar os estudos / planos da FAB, é algo que só o futuro dirá.
A grande questão hoje não está nas capacidades do Gripen. É uma extraordinária aeronave, tal qual o Rafale e o F18, e até o F-16 que não estava concorrendo. A questão é que não há vontade política de dotar a FAB de capacidade de combate. Aliás, não há isso desde o fim do governo João Figueiredo, o que explica que as FFAA estão desaparecendo lentamente.
“Só os Vira-latas e as rafaletes acham que ele é ruim” sabe porque Mauro? é aquela coisa que tem mais de torcida do que razão, infelizmente.
Fábio Mayer 5 de fevereiro de 2016 at 14:17
“e até o F-16 que não estava concorrendo”
Só corrigindo: o F-16 estava SIM concorrendo ao FX2, mas foi descartado na primeira fase (RFI ou “request for information”) da disputa (junto com o Eurofighter Typhoon e o Sukhoi-35) por conta da ausência ou incompletude da transferência de tecnologia oferecida.
Fábio Mayer 5 de fevereiro de 2016 at 14:05 Fábio, para se escolher uma aeronave completamente nova, especialmente um caça ponta de lança de uma força aérea, naturalmente há uma série de implicações, estudos, testes, licitações etc,etc… É natural que se leve um bom tempo. (Não tanto quanto o FX, FX2..) . Mas a partir do momento que essa aeronave já foi selecionada e já é operada, por essa força aérea, acredito eu, que não havendo mais a necessidade de tantos trâmites para escolha, nada justificaria uma demora de 16 anos como vc menciona, para uma decisão de se adquirir… Read more »
Olá Nunão e demais foristas! . Até onde eu sabia, a intenção da FAB era prosseguir com a modernização dos A-1, e dividi-los em 2 esquadrões. Os F-5 restantes (as baixas da aeronaves iriam começar em 2017) + os 11 da Jordania modernizados, seriam alocados em outros 2 esquadrões. E os 36 Gripens formariam 2 esquadrões sediados em Anápolis (a principio em definitivo e seriam feitos desdobramentos em outras bases conforme necessidade). mas isto é baseado em reportagens, postagens e entrevistas de 2014/2015. . Vc, e os demais foristas, sabem se houve alguma mudança neste planos? De lá para cá… Read more »
Zorannn, boa tarde. . De diferente disso, só vi indicações aqui e ali, seja nos bastidores ou pinçada em algumas declarações de militares, da possibilidade de um terceiro esquadrão ser equipado com Gripen, retirados desse total de 36 após a fase de concentração em Anápolis em dois esquadrões (dos quais um seria o Jaguar e o outro poderia ser um dos três atualmente equipados com A-1, sobrando assim outros dois esquadrões de A-1 que você mesmo menciona). . Esse terceiro esquadrão poderia ser o 1ºGAVCA, mas isso dependeria de fatores que vão além da tradição do grupo, e passam principalmente… Read more »