Finalmente! Contrato do Rafale na Índia poderá ser assinado durante visita de Hollande
Presidente francês François Hollande foi convidado para participar das celebrações do ‘Republic Day’ na Índia, em 26 de janeiro, e responsáveis pela aquisição de 36 caças franceses Rafale estão correndo contra o tempo para que o contrato seja assinado na ocasião
Segundo reportagem publicada pelo jornal Financial Express nesta quarta-feira, 6 de janeiro, o ministro da Defesa da Índia Manohar Parrikar está bastante ocupado para finalizar os contornos do acordo para a compra de 36 caças franceses Dassault Rafale. O objetivo é ter o acordo governo a governo (modalidade em que está sendo negociada a compra) pronto para assinatura durante visita do presidente francês François Hollande à Índia, ao final deste mês. Hollande foi convidado para participar do ‘Republic Day’ indiano, celebrado em 26 de janeiro.
A reportagem credita a informação a fontes do Ministério da Defesa, que relataram o andamento de discussões sobre detalhes técnicos e contratuais do acordo intergovernamental, sendo que após a finalização desses pontos, começarão as negociações comerciais, consideradas as mais duras de todas. Estas abrangem tanto o preço unitário das aeronaves a serem fornecidas pela Dassault “de prateleira” (diretamente da linha de produção francesa, sem fabricação na Índia ou customizações mais extensas) quanto o custo ao longo do ciclo de vida.
Ainda segundo as fontes do jornal, essas conversas finais estão em estágio avançado, o governo indiano está satisfeito com seu andamento, e espera-se mais duas semanas de discussões antes da aprovação do Ministério da Defesa e do Ministério das Finanças da Índia. Cumprir esse prazo é crucial para que o acordo governo a governo seja assinado durante a visita de François Hollande à Índia. Um executivo senior (nome não revelado) ligado ao processo afirmou ao jornal: “Convidar o presidente francês como principal convidado no RD (Republic Day) e não completar a questão do Rafale não seria, certamente, apenas ineficiência, mas também má diplomacia.”
Pressões e divergências nos custos. Há um clima de certeza de que o acordo será completado e anunciado, e a pressão para completar as negociações também existiria no lado francês. Considera-se praticamente certo que o Governo da França estaria pressionando a Dassault para ser mais flexivel, segundo um funcionário ligado às conversações. Entre essas pressões, estão os custos: fontes indicam que os custos finais ficariam 2 a 3% superiores, ainda que o ministro Parrikar expressasse a esperança de que o preço unitário do Rafale caísse cerca de 25%. Ou seja, que o valor unitário do Rafale passasse de aproximadamente 105 milhões de euros para aproximadamente 75 milhões de euros.
Porém, o valor total do contrato para as 36 aeronaves, segundo fontes ouvidas pelo jornal, deverá ficar entre 7 a 9 bilhões. Isso incluiria toda a infraestrutura de apoio e manutenção relacionada à aquisição dos caças, o que elevaria o preço unitário médio para mais de 200 milhões (Rs 1,350 crore) por Rafale.
Segundo o rascunho do contrato, já finalizado, as entregas à Força Aérea Indiana começariam 36 meses após a sua assinatura, estendendo-se por sete anos para completar os 36 jatos.
Mais de nove meses de negociação para uma compra “de prateleira”. Passaram-se mais de nove meses desde que o primeiro ministro indiano, Narendra Modi, anunciou durante visita à França que a Índia compraria 36 caças Rafale num acordo governo a governo. Para o Financial Express, o ministro da Defesa Mahohar Parrikar terá que dar muitas explicações por não ter completado as negociações ao longo desse tempo.
Antes do anúncio do primeiro ministro sobre os acordos para adquirir 36 caças Rafale “de prateleira”, em abril do ano passado, as negociações com os franceses já se arrastavam há anos no programa original denominado MMRCA (avião de combate multitarefa de porte médio), concorrência internacional na qual o caça francês foi selecionado para negociações exclusivas em janeiro de 2012, vencendo o outro finalista Eurofighter Typhoon.
O programa à época previa 126 aeronaves, das quais 108 seriam produzidas na Índia, num processo gradual de nacionalização dos componentes e transferência de tecnologia, e apenas 18 fornecidas diretamente pelo fabricante francês. As negociações travaram por questões relacionadas à transferência de tecnologia, pelo alto preço total do contrato, e por divergências sobre as garantias de qualidade e prazos, para os jatos a serem produzidos pela estatal indiana HAL (Hindustan Aeronautics Limited), que os indianos desejavam que fossem assumidas pela contraparte francesa – além da Dassault, participam também as empresas francesas Thales (aviônica) e Safran (motores).
O impasse só foi resolvido com o cancelamento do malfadado programa MMRCA, mudando-se o foco para uma compra menor, “de prateleira”, que ainda assim só está chegando agora à fase de assinatura de contrato.
Documentos já entregues aos franceses. Um dia antes da reportagem do Financial Express, o jornal indiano Economic Times publicou matéria afirmando que a Índia entregou os documentos do acordo governo a governo à França na virada do ano.
O acordo, segundo fontes (não reveladas) do jornal, seguiria as mesmas linhas da compra de quase 60 caças Dassault Mirage 2000 feita na década de 1980, para a Força Aérea Indiana receber todos os caças da própria Dassault em condição “flyaway” (prontos para voar, outra forma de se designar caças “de prateleira”). O acordo de três décadas atrás incluía 49 jatos, entregues a partir de 1985, com outros 10 sendo adquiridos mais tarde.
Offsets e telefonema. Os 36 jatos Rafale do acordo governo a governo deverão equipar dois esquadrões da Força Aérea Indiana. Prevê-se, conforme a política de compras de defesa da Índia, um “offset” (compensações a serem investidas pelo vendedor) de 50%, porém estas trariam custos adicionais, uma questão que começou a travar as negociações para a compra.
As negociações só teriam destravado, segundo o Economic Times, depois de um telefonema dado por Modi a Hollande em setembro do ano passado, quando o primeiro-ministro indiano expressou que haveria dificuldade em concluir o acordo sem os offsets. Hollande concordou e o processo voltou a andar, tendo a Força Aérea Indiana finalmente aprovado o acordo em meados de dezembro. Assim, foi possível entregar aos franceses uma cópia do acordo governo a governo pelos canais diplomáticos na virada de 2015 para 2016.
Especula-se que os offsets incluam compartilhamento de tecnologia da Dassault, Safran e Thales com a Organização de Pesquisa e Desenvolvimento de Defesa da Índia (DRDO – Defence Research and Development Organisation) e, talvez, com a também estatal HAL e algumas companhias privadas. Isso seria necessário para a manutenção das aeronaves em voo ao longo de três a quatro décadas, quando muitas informações e atualizações tecnológicas serão necessárias para que a frota se mantenha operacional.
Dassault acena com entregas mais rápidas. Apesar do acordo prever que as entregas dos caças à Força Aérea Indiana comecem três anos após a assinatura do contrato, fontes da indústria francesa revelaram ao Economic Times que a Dassault planeja entregas mais rápidas, se necessário.
A Força Aérea Francesa estaria mais do que disposta a adiar o recebimento de seus próprios caças Rafale encomendados para que a Dassault atenda às vendas externas do caça. Isso porque em 2015, após vários anos de infrutíferas tentativas, as vendas do Rafale ao exterior finalmente deslancharam, com contratos assinados com Egito e Qatar (24 caças cada um).
A produção do Rafale vinha se mantendo numa cadência mínima de 11 jatos anuais (a capacidade da linha de montagem é bem maior que esta) para entregas à Força Aérea e à Marinha da França, e mesmo esse número vinha se mostrando elevado frente à necessidade de cortes nos gastos de defesa franceses. Assim, os contratos de exportação surgiram em boa hora tanto para o Ministério da Defesa francês quanto para a Dassault e seus parceiros.
FOTOS: Dassault e Força Aérea Francesa
NOTA DO EDITOR: veja nos links abaixo uma pequena parcela das inúmeras matérias publicadas pelo Poder Aéreo, a maioria a partir de fontes indianas e francesas, sobre as intermináveis negociações da compra do Rafale pela Índia, assim como outras relacionadas às vendas para Egito, Qatar e ao contrato de modernização dos caças Mirage 2000 indianos.
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Caraca, novela da Janete Clair, perde. E feio.
Quem ficou mal na fita depois dessa foram os executivos da HAL. Com a recusa dos franceses em se responsabilizar pelo que a HAL faria, se arriscando inclusive a correr o risco de perder uma encomenda espetacular, o governo indiano acabou preferindo comprar direto dos franceses do que confiar na indústria nacional.
Provavelmente reflexo dos programas do Su-30MKI e do Tejas que a HAL lidera.
Depois de 65 mi por aeronave MODERNIZADA no caso do mirage 2000 (e para um padrão já defasado), a dassault mais uma vez tira a corda do pescoço com a encomenda indiana.
Daqui a 2 anos ou menos tem mais. Quem será o próximo salvador da dassault? Ainda paira o risco de vermos “Lafale J-24” vendido baratinho pela Chengdu.
E a tal da ToT, HAL etc ….. foi tudo pro caco ?
Eu, o Lord Vader, o Juárez Martinez e o Oganza, mais a torcida do Itaquerão e da Toca do Urubu sabemos: Esse assunto ainda vai dar muita corda.
Basta ler o texto.
Caro Iväny Junior 6 de janeiro de 2016 at 12:55
Será que rolou “pixuleco” ?
“Ainda paira o risco de vermos “Lafale J-24” vendido baratinho pela Chengdu.”
Kkkk …. tô rindo a meia hora, não creio, o negócio da turma do 1,99 é com “os do outro lado da fronteira”, mas …… sempre mas ……
A última foto é emblemática. (rs)
Os franceses são complicados.
Tudo bem que se responsabilizar por avião fabricados pela TAL. Mas é tudo uma dificuldade. Por que o avião tão caro? Se vendem pouco baixem o preço…
Deem facilidade…
“…o governo indiano acabou preferindo comprar direto dos franceses do que confiar na indústria nacional.”
.
Algo semelhante ocorreu no Brasil, e se não fosse pelo parceiro externo, hoje não haveria aviação de caça na FAB.
A nossa “indústria nacional”, digamos assim deixou e mto; a desejar.
.
Qnto ao HAL Tejas, a responsabilidade não é somente da indústria, mas tb da DRDO responsável pelo projeto da aeronave e a obtenção das tecnologias necessárias, a força aérea e o ministério da defesa responsáveis pelos objetivos do projeto.
Juntando a Índia ao Qatar e Egito dá uns 84 caças para clientes externos. Demorou mas parece que a Dassault se arrumou pelos próximos anos. Vai ser interessante ver como o Rafale vai se comportar fora da França.
Talvez a compra dos su-35 tenha deixado os indianos agitados kkkkk, no mais o governo indiano atual é um gestor mil vezes melhor que os anteriores visto que a economia indiana continua crescendo e conseguiram reduzir a dívida interna
A compra da China *
E a estratégia do franceses foi bem acertada na minha opinião ganharam pelo cansaço sabiam que os indus precisavam do rafale por causa da China e que era só precionar que eles engoliam
Curiosidade: Por este preço camarada, porque os indianos não foram comprar F18? Notei que no acervo deles imperam aviões russos e franceses.
De todo modo, que bagunça lá, hein?
Ednardo de oliveira Ferreira 6 de janeiro de 2016 at 14:26
Conhece nossa salada de asas rotativas ?
Somos a Índia da AS em hélis.
So falta a Índia comprar caças sinopaquistaneses… rs.
Rafale impõe respeito. Será que os EUA liberariam f35?
De acordo com esse blog, os Sauditas estariam interessados em comprar 72 Rafales. Se a notícia for verdadeira, eles poderiam estar substituindo os Typhoon que ainda não foram entregues pelo caça frances.
http://defence-blog.com/news/saudi-arabia-wants-to-buy-72-rafale-multirole-fighter.html
PauloR os typhoon já forem entregues em 2011 48 ainda faltam 24 para ser entregues , se os Sauditas estiverem mesmo afim de comprar esses 72 rafales deve ser para substituir os f-15c que já vão passar do 30 anos se já não passaram
PauloR Isso é notícia plantada pela própria dassault (e todos os fabricantes fazem a bem da verdade). Porém a compra da Arábia Saudita tá resolvida faz tempo e eles já operam 72 Typhoons, já pagaram uma parte dos 50 tranche 3 restantes e pelos relatórios estão muito felizes com as capacidades do caça. O caso é que o Rafale talvez seja o melhor avião multi missão do mundo, porém, não é um caça ar-ar tão bom quanto o Typhoon nem um bombardeiro tão bom quanto um F/A-18, Su-34 e Tornado (o problema de todo multi missão); ao passo que vem… Read more »
Ivany a Dassault sempre pertenceu ao estado francês a sua privatização foi que bem a da vale , os franceses usaram seus fundos de pensão para comprar a maior parte das ações, então mesm o que a empresa chinesa compra-se a parte da Airbus oo acionista majoritário seria ainda o estado frances
PauloR, conforme dito pelo Iväny, notícia pra lá de duvidosa, seria estupidez dos sauditas irem atrás de mais um vetor eurocanard, da mesma categoria do Typhoon (por melhor que o Rafale seja).
Iväny, desculpe, mas o teu entendimento é bem distorcido da realidade. Ok que você não vai com a cara de nada que seja francês (talvez até contra o país), mas daí dizer que o Rafale seja mais caro do que o são F-35 e Typhoon……. putz!!!
Por favor, não me entenda mal, mas antipatia tem limite.
Até mais!!! 😉
Rafael
O dono atuante até meados da década de 70 era o próprio marcel dassault. É o caso de uma empresa privada que produz tecnologia de soberania nacional (depende da aprovação do estado para fornecer a outros países), porém, a compra de 46% de ações prioritárias dariam a este novo dono poder de ao menos ter acesso aos projetos.
Aí nasceria o “Lafale J-24” né?
Essa foi a jogada da DASA…
Wellington Essa “acusação” é uma falácia, uma vez que eu mesmo mencionei que o rafale provavelmente é o melhor caça multi-missão do mundo, além de que já elenquei alguns produtos como sendo entre os melhores de suas classes (FREMM, Mirage III, V e 2000, o Super Puma, o Rafale M como caça o melhor caça naval, etc.). Quem classifica a hora de vôo mais cara nesse caso é o periódico Jane’s e o preço de compra é tirado pelas ultimas aquisições do Egito e da própria Índia! É só fazer as contas. Agora que tem muita coisa que eu realmente… Read more »
Um unico ponto me pareçe ter sido decisivo para o governo indiano: a falacia no sentido de que seria vendida uma versão com capacdade de ataque nuclear. Muitos vão lembrar que isso ja foi materia aqui no Aereo. Eu duvido que a França concorde, principalmente agora com o teste na Coreia do Norte, de efetivamente vender algumas unidades dotadas com essa capacidade ( antes de que algum desavisado fale, lembrar que não se trata puramente de analisar a massa do artefato, mas sim um sistema de armas extremamente complexo, com avionica segura, carlinga com isolamento específico para as emissoes EM… Read more »
Caro Amigo Iväny Junior 6 de janeiro de 2016 at 17:19 Lembro-me bem do debate na época, muito bom inclusive para consulta sobre o tema. Rommelqe 6 de janeiro de 2016 at 22:07 Também é por ai colega, bem mencionado. Quanto aos vetores mencionados e suas qualidades e deficiências: SH, F 15 e F 16 em suas últimas versões e a mais Full, sou mais eles, é minha opinião. Dois Bi e um Mono, excelente relação custo x benefício e atende bol$os variados. Comprovados e aprovados em Guerras. Outra, o 0800 dos caras funcionam (rs). Nunca vou esquecer do Lord… Read more »
Muitos anos atrás a Arábia Saudita considerou sim a ideia de adquirir tanto ao Typhoon, quanto a “Le Jaca”, mas graças a uma certa inabilidade do “narigudo” do Sarkozy, isto não aconteceu.
A ver pra crer.
Mauricio R. 7 de janeiro de 2016 at 0:04
Verdade.
Carlos Alberto
É fato que o Rafale tem um preço absurdo, porém o F-15SE não é nenhuma pechincha… Praticamente 30 bilhões por 84 aeronaves (embora inclua modernização de outras 70 http://whitehouse.blogs.cnn.com/2011/12/29/u-s-to-sell-f-15-fighter-jets-to-saudis-worth-30-billion/), algo em torno de 357 milhões por unidade (sem esquecer a modernização das outras 70 células, que mesmo tirando 100 milhões pra cada 1 de modernização, ainda ficamos com assombrosos 257 milhões por unidade). Caça tá muito caro hoje em dia, rsrsrs.
Pra quem precisa de custo-benefício o negócio é partir para F-16A MLU, F-16CM, FA-50 e/ou Gripen.
Saudações.
Correção
Como o contrato total é de 29,4 bilhões de dólares, o custo de cada avião será 341,6 milhões! (tomando por base que cada 1 das 70 modernizações custará 100 milhões). É dinheiro!
Ah se eu descobrisse um poço de petróleo no quintal de casa… opa! Mas no brasil o governo te rouba se você achar. Não dá nem pra sonhar…
E por aí afora tem sub-editor fazendo festinha por causa dessa possível “compra” saudita… Aôôôôô caras: elogio em boca própria é vitupério sabiam? Vergonha alheia 1000X… 🙂 Mas eles não se contêm… Quanto à Índia, falar o que? Vão pagar por aeronave de prateleira quase o mesmo que pagariam pelo dobro de aeronaves com a tal “ToT Irrestrita francesa”… Negócio da China? Não: da… ÍNDIA! 😉 Aliás, andei estudando algumas coisas sobre a Índia e cheguei à conclusão que eles merecem mesmo os franceses e a Da$$ault. Se é que vocês me entendem… Não obstante, o Rafale vai continuar vendendo… Read more »
Ao que parece, por conta da Alemanha que pensa em fazer (ou já está fazendo) um embargo à venda de armamento à Arábia Saudita, parece que foi solicitado a Dassault informações/proposta sobre a possibilidade de compra para 72 Rafales. A se confirmar………
Iväny, estas informações/contas são baseados em quê? Valores totais de contrato (divido por unidade – a chamada conta de padaria)? Valores Flyway? Configuração básica? Armamentos inclusos ou por fora? São baseados em relatórios? Quais?
Você pode detalhar um pouco mais a forma de cálculo para você cravar a afirmação de que o Rafale é o mais caro de adquirir, manter e operar do que são Typhoon e F-35?! Desde já te agradeço.
Até mais!!! 😉
A compra do Rafale pode ser uma resposta política aos americanos. Eu não colocaria a possível venda como boato da fabricante visto que a situação no oriente médio esta pegando fogo e os americanos perderam a simpatia que antes tinham com os sunitas. Vejam que a AS pagou os Rafale do Egito e vem comprando vários equipamentos dos franceses, o Qatar também preferiu equipamento frances ao americano. Essa notícia carece de mais informação mas digo que nos bastidores franceses e sauditas devem estar trocando caricias.
O embargo alemão visaria aos carros de combate “Leopard II”.
Ademais os Typhoon sauditas s.m.j. foram vendidos via UK, e não Alemanha. Quanto ao custo/preço do Rafale, seu Wellington, pesquise no blog. Só de contas minhas deve haver uns 200 comentários. Aliás, o que temos acesso é o valor do contrato dividido por unidades, e isso vale para o Rafale, para o F-35, para o F/A-18E, para o Su-35, e todos os outros aviões do mundo. ESTE é o único meio da gente calcular o valor unitário das aeronaves. Como o Rafale finalmente – depois de 20 anos – já teve mais de uma venda concretizada, dá pra tirar uma… Read more »
É caro mas tá vendendo e quem compra esta levando o que há de melhor no mercado de 4º geração.
Wellington Como o Vader falou acima, o que a gente tem é apenas os relatórios superficiais de operação (os custos americanos a gente sabe, porque eles evidenciam eu seus relatórios anuais, coisa de fiscalizador de verdade). Afora a formação do valor do custo que é basicamente tudo que o avião consome (combustível, armamento, manutenção periódica e reparadora, etc.) dividido pelas horas que ele voou no ano. Então, o máximo que a gente sabe sobre esse custo está nessa tabelinha da Jane’s que depois de tanto burburinho no mundo (e ameaças de processo da dassault), eles tiraram do ar: http://i0.wp.com/www.stratpost.com/wp-content/uploads/2012/06/janes-600-x-331.jpg No… Read more »
PauloR Isso é verdade, provavelmente o melhor multi-missão, sendo que quem tá contando grana e vive em um T.O. quente é melhor 10 rafales (a 270 milhões cada) ou 100 F-16C recauchutados (27 milhões cada)? Afora que sabendo que se pegar um adversário com AWACS o investimento da suposta superioridade cai por terra (depois de explodir). Agora o Rafale M é o melhor caça naval justamente por causa disso. Em um NAe não dá pra ter um caça de defesa de frota, outro de ataque, outro de superioridade aérea. Tem que ser tudo em um só, mas até pra isso… Read more »
Ainda um pequeno adendo, pra não ficar cansativo, tem uma reportagem da TIME baseada nesse relatório de 2012 nos EUA.
http://nation.time.com/2013/04/02/costly-flight-hours/
Difícil entender esse gasto gigante sem incluir na equação as propinas certamente pagas, estão pagando muito mais caro do que vale, e ignorando alternativas tecnicamente equivalentes e mais baratas. Com o preço de 36 franceses daria para levar 36 F-18 e 36 F-16, ou uns 50 F-15. Sem falar nas opções russas…
Ivany, me impressionei com os custos de algumas das aeronaves que, ou achei seriam mais baratos, ou achei absurdamente caros. Seriam estas:
RQ-4B Global Hawk Drone — $49,089
HH-60G Pave Hawk Helicopter — $24,475
CV-22B Osprey Tilt-Rotor — $83,256
UH-1N Huey Helicopter — $13,634
Imagino que isto se deve a serem tecnologias recentes, pequenas frotas, uso em situações de alto atrito.
Ednardo
Também me impressionei com o Global Hawk, mas se justifica porque ele é um jatinho e usa o mesmo motor da família ERJ-145 da Embraer!
No caso do Osprey parece que tem ainda alguns custos do desenvolvimento sendo diluídos na hora de vôo.
Uma atenção especial ao Talon que deve ter custos parecidos com o f-5, e por isso o último é xodó por aqui.
Então Iväny toda a sua afirmação é baseada em informações superficiais, é isto?! O resto é suposição então?! Estou certo?! Da próxima vez, a título de sugestão, não afirme nada (principalmente nesta questão de custos), coloque algo como “eu acho”, “segundo minhas estimativas”, “ao que parece”, etc…. assim mostra que você não tem certeza e, baseado naquilo (superficial) que se tem acesso na internet, o teu entendimento é este ou aquele. Eu já li de um todo na blogosfera brasileira, gente afirmando que “com bases em relatórios franceses, ou alemães, ou estadunidenses, etc” acha-se o preço deste ou daquele, mas… Read more »
Wellington Primeiramente, a minha única torcida na questão é a favor do rafale e da dassault que são, respectivamente, os últimos representantes de uma filosofia de caças dentro de uma escola preestabelecida nos conceitos de Kurt Tank (o espólio de guerra). Segundo, a própria frança já estava estocando aviões novos como foi amplamente informado no mundo todo, e, alguns pilotos estavam completando horas de treinamento nos Pilatus (tem matéria aqui no aéreo sobre isso). Terceiro, como nenhuma outra nação (fora os EUA) publica DoD’s ou dados financeiros/técnicos regularmente, a única maneira de saber os custos dos aviões é pelas contas… Read more »
Ednardo e Ivany: creio que o alto custo unitario do Global hawk deve-se à quantidade enorme de sistemas envolvidos em seu controle de voo, isso sem dizer dos longos periodos “englobados globalmente ” pelas tripulações (em terra, naturalmente). Não me recordo agora, mas cada segundo de uso de enlace via satélite é uma “nota nas estrelas” , muito maior do que o custo, por exemplo, com combustivel….abs
Iväny, o que está valendo é o que diz (de boca) o Saito (notoriamente favorável ao Super Honet no FX-2, fez até campanha interna para tal) e o coronel da USAF (pra determinar que vale)?!
US$ 340 milhões flyway?!?!?! Putz!!! rsrsrs
O que é isto? “Time”, “torcida”, “tomando de 400”?!?!
Amigo, esquece, o debate é infrutífero.
Até mais!!! 😉
O que o comandante da aeronáutica falou vale mais que o que qualquer um aqui falou. Se ele era partidário do super lobby, porque então ganhou o Gripen? Quem utilizou o argumento de “torcida” foi você inicialmente, se negando a reconhecer que mesmo sem a nova encomenda do Kuwait no fim do ano passado, a linha do Typhoon estaria aberta até pós-2025 e que a do rafale FECHARIA (fecha) se as encomendas externas não se efetivarem, uma vez que a frança só quer absorver 7 ao ano, e o mínimo viável da linha é de 11 ao ano, o que… Read more »
Rommelqe
Mas o predator e o reaper também não precisam de enlace de dados via satélite? Daí minha presunção sobre a operação do turbofan (que é bem mais caro que a de um turbohélice, presente nos outros drones). Saudações.
Ivany,
Assim como nas aeronaves tripulada, teremos o conceito de VANT’s de diferentes desempenho. Haverá perfis Hi-Me-Lo.
Ednardo
Concordo. Nesse caso tendo por base que um Reaper tem hora de vôo de 4.762 dólares, o Global Hawk custa mais que 10x em operação que o primeiro, por uma performance levemente superior, porém, esse “levemente” pode ser a diferença entre uma missão cumprida e uma falha, em determinado T.O.