IAF aposenta jatos A-4 Skyhawk após 48 anos de serviço

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IAF A-4 Skyhawk

A Força Aérea de Israel dá adeus aos seus últimos A-4 Skyhawk, que serviram em cada campanha operacional conduzida desde a sua chegada no país há 48 anos

48 anos se passaram desde o que primeiro jato americano McDonnell Douglas A-4 Skyhawk desembarcou em Israel, com o aniversário sendo marcado por uma cerimônia de despedida oficial na base aérea de Hatzerim, no último domingo. A cerimônia contou com um sobrevoo e último voo oficial do jato veterano com a IAF.

Por Yoav Zitun

A Força Aérea se despede do “Ayit”, Águia em hebraico – o nome dado ao Skyhawk, com três oficiais generais da ativa: Comandante da Força Aérea Amir Eshel, chefe da Divisão de Pessoal Hagai Toplonski, e Chefe da Direção e Planeamento Amikam Norkin, pilotando três dos jatos – ao lado de outros pilotos da ativa.

“Pilotos do Ayit marcaram grandes eventos históricos na história do combate aéreo”, disse o comandante da Força Aérea Amir Eshel, “Muitas das realizações da força são o resultado da combinação entre o pequeno avião e a grandeza de seus pilotos.

“Concluindo um longo tempo de serviço, dependeu de especialistas com habilidades do mundo da alquimia. Os militares da Divisão Técnica de todas as classes e da Direcão de materiais, chegamos ao fim de uma era que é um exemplo de profissionalismo, determinação e devoção, uma fonte de força para toda a Força Aérea “, disse Eshel, e acrescentou que,”no caminho para este ponto nós perdemos muitas pessoas, tanto no ar e no solo. Sua memória não será esquecida.”

Eshel destacou que, “quando uma porta se fecha, outra porta se abre”, durante seu discurso. Ele estava se referindo diretamente à chegada antecipada do mais novo jato furtivo da IAF, o F-35, que está programado para pousar em Israel, em menos de um ano.

Pilotos veteranos e comandantes de esquadrão de várias gerações participaram da cerimônia. Os jatos pararam de voar missões operacionais há quase dois anos, e desde então ficaram limitados à formação de novos pilotos.

IAF A-4 Skyhawk - 2

De acordo com a Força Aérea, “a era Skyhawk em Israel foi inaugurada no dia 29 de dezembro de 1967, quando os primeiros quatro Skyhawks foram descarregados de um navio que chegou ao porto de Haifa e absorvido nos esquadrões “Valley” e “Flying Tiger”, estabelecidos especialmente para a chegada do novo avião.”

Os jatos Skyhawk levaram a era dos aviões americanos à IAF e estiveram entre os mais confiáveis da IAF e deixam atrás de si um legado de operações bem-sucedidas, pois tomaram parte em cada campanha israelense desde que entraram em serviço e até mesmo serviram como jatos de ataque primário da IAF no “Guerra de Atrito”.

“Durante a Guerra do Yom Kippur, as tripulações de Skyhawk realizaram cerca de 1.000 surtidas operacionais na frente sul. Cerca de metade dos aviões foi atingida durante o combate e seis membros da tripulação ejetaram de seu avião em território inimigo, e sete foram mortos”, de acordo com a Força Aérea.

FONTE: www.ynetnews.com / FOTOS: Shay Finkelman

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timuskukii

Veremos quando vão aposentar o Skyhawk por aqui, e trazer um caça superior. Disseram que o Gripen seria ideal para ser usado no porta-aviões São Paulo, mas disso eu não tenho certeza, e quem puder confirme isso pra mim. Mas como os investimentos em defesa foram sempre reduzidos, o melhor seria uma compra de outros caças usados, além de outros dois novos porta-aviões que a Marinha pediu.

Danilo José

Uma grande aeronave, queria eu que nossa MB mantivesse o mesmo pronto emprego que a IDF manteve seus A-4, no mais devem ter sido usados até o osso estiveram nas maiores batalhas daquele país e cumpriram bem o seu papel, defender o território a todo custo.

Clésio Luiz

Edward Heinemann, o pai dessa aeronave, teria dito sobre a concepção dela: pegar o melhor motor disponível, colocar um par de asas e esquecer do resto. O A-4A pesava apenas 3.800 kg.

franklin junior

Mentalidades e realidades diferentes.Enquanto lá se APOSENTA o “fusquinha” bom de briga. Cá se APRESENTA o “fusquinha” recauchutado.Lá TROCAM um 67 por um de ÚLTIMA GERAÇÃO. Cá COMPRAM um 67 e o transformam por um de ÚLTIMA DEGENERAÇÃO, “e assim por diante”… (datas são aproximadas).

Sergio Ricardo

Pelos cortes atuais não duvido que nos próximos anos os A-4 da IAF apareçam por aqui.

Cláudio quadros

É solução força aeria da Argentina até pampa3 ta pronto

Carlos Alberto Soares

Há um gancho na parte inferior posterior na 2ª foto ou estou enganado ?

Rafael M. F.

Good Job, Bantam! RTB!

Bom trabalho, galinho de briga!

Carlos Alberto Soares

Desconheço o nº de células que ainda podem estar ou se tornar operacionais após um MRO, mas não vou estranhar se algumas células vierem para um país hermano. O Macri já colocou os pingos nos “is” no caso Amia / Irã, tem um ministro que é Rabino e por ai vai ….

Bosco

Carlos,
Ele era de uso naval, daí o gancho. Os israelenses não quiserem mexer.

Airacobra

Sempre gostei dessa solução israelense para reduzir a assinatura IR do galinho, não tenho certeza se essa solução foi por causa do alto indice de perdas no yom kippur, mas foi uma solução altamente válida, não sei se alterou em algo o desempenho do bantam, mas se os israelenses o adotaram é porque realmente valeu a pena

Mauricio R.

As aeronaves tiveram o “jetpipe” alongado antes de 73, e foi uma verdadeira “mão na roda” pois reduzia drasticamente o “down time” das aeronaves avariadas, minimizando as perdas e mantendo a geração de surtidas.

Delfim

IAF faz o certo, compra 0Km e usa e aperfeiçoa até não dar mais.

Fernando

Oportunidade pra MB!

Carlos Alberto Soares

Fernando 17 de dezembro de 2015 at 8:56
Não, tem que maximizar o já possui e colocar todas as células admissíveis para o padrão M, liderança desse processo com participação da IAI.

Carlos Alberto Soares

Caro Bosco,
Obrigado.

Carlos Alberto Soares

Parte desses vetores vão para Argentina creio.

Carlos Alberto Soares

“Airacobra 17 de dezembro de 2015 at 0:59 Sempre gostei dessa solução israelense para reduzir a assinatura IR do galinho, não tenho certeza se essa solução foi por causa do alto indice de perdas no yom kippur, mas foi uma solução altamente válida, não sei se alterou em algo o desempenho do bantam, mas se os israelenses o adotaram é porque realmente valeu a pena Mauricio R. 17 de dezembro de 2015 at 1:16 As aeronaves tiveram o “jetpipe” alongado antes de 73, e foi uma verdadeira “mão na roda” pois reduzia drasticamente o “down time” das aeronaves avariadas, minimizando… Read more »

sergio peixoto

…oportunidade para a Marinha Brasileira…….

Mauricio R.

Por favor …. nossos vetores do VF 1 possuem essas características ??

Não.

Mauricio R.

“…oportunidade para a Marinha Brasileira…….”

Não sabia que a MB lidasse c/ ferro velho, além de seus navios. Afasta de mim esse cálice, não necessitamos de sucata alheia, p/ nada.

Mauricio R.

OFF TOPIC…

…mas nem tanto!!!

O A-4 do USMC no Vietnam, operando em uma base avançada:

(http://snafu-solomon.blogspot.com.br/2015/12/victor-brute-krulak-expeditionary.html)

Lamucci

Mauricio, perdoe-me o desconhecimento, mas por que o “‘jetpipe’ alongado” reduz o “down time” das aeronaves avariadas?

Renato Carvalho

A4 patinho feio da IAF..

Mauricio R.

Lamucci 17 de dezembro de 2015 at 12:37

Menos estrago p/ reparar, pois o míssil explodia mais afastado da fuselagem do avião.

Carlos Alberto Soares

sergio peixoto 17 de dezembro de 2015 at 10:59
Não.
As células da MB são da década de 80.
O que tem que fazer é elevar todas as células admissíveis ao padrão M, com mão Israeli fazendo parte ativa nesse MRO.
Dois esquadrões, um no BANSPA outo na BANT.
Armados com um ótimo míssil AR-MAR-SUP
Ai jogo para o Bosco que uma vez já tinha dado uma ótima configuração para esse propósito.
Lembrando que nessa função primordial anti navio, do RJ já temos escolta se necessário !

Lamucci

Ah! Agora entendi a modificação. Nada como a experiência em combate.

Obrigado, Mauricio.

Seal

O A-4 Kkyhawk é o unico jato que participou de todas as campanhas israelenses desde sua chegada em 67,carregando o piano em todas as batalhas,deixando um legado de operações bem sucedidas na IDF. É também o unico avião de ataque que consegui abater um MIG-17 sírio com um míssil anti-tanque na década de 70,durante invasão da IDF no sul do Líbano para combater terroristas e interceptar uma coluna de blindados inimigos. Descanso merecido agora.

Eremildo

.Adeus ao Galinho de Briga, veterano do Vietnan, Yon Kippur, Falklands e Golfo.

Hélio de araujo

Os aviões da marinha 12 estavam sendo reformados pele embraer e me parece que só um ficou pronto por falta de pagamento parou o FX da marinha .Alguém sabe como ficou esta situação?Se continua na embraer ou nao.

Mauricio R.

O upgrade foi suspenso devido ao contingenciamento da verba e algumas questões técnicas, a Embraer foi multada no âmbito do contrato devido a atraso e algumas questões técnicas pendentes.

Mauricio R.

“É também o único avião de ataque que consegui abater um MIG-17 sírio com um míssil anti-tanque na década de 70,durante…”

Reza a lenda que foram foguetes não guiados.

Seal

Mauricio R. 18 de dezembro de 2015 at 11:36 “É também o único avião de ataque que consegui abater um MIG-17 sírio com um míssil anti-tanque na década de 70,durante…” Reza a lenda que foram foguetes não guiados. Maurício, talvez interpretei errado falando mísseis, mas de qualquer forma fala-se em foguete anti-tanque. No dia 12 de maio de 1970, as forças da IDF invadiram o sul do Líbano, uma área conhecida como ‘Fatahland’, num ataque contra terroristas palestinos. 10 Jatos A-4 Skyhawks forneciam o apoio aéreo aproximado. O falecido Coronel Dotan da Força aérea Israelense ,também conhecido como “Mr. Skyhawk’,… Read more »

Bosco

Numa época em que os mísseis IR não tinham capacidade all-aspect e que se dirigiam ao bocal do motor o artifício de alongar esse bocal era uma contramedida eficaz já que reduzia ainda mais o ângulo em que era possível uma visão direta do núcleo da turbina. Hoje com os mísseis IR sendo all-aspect (sensíveis à temperatura do corpo do avião que emite na banda longa do infra-vermelho) já não surtiria o efeito desejado.

Seal

Caro Bosco, acho que no caso do Cel Dotan ele teve sorte, pq os mísseis de 1G/2Ger (não sei se essa tática servia para foguetes também), a aeronave lançadora tinha que enquadrar o seu alvo atrás da aeronave inimiga para efetuar o disparo, Já os mísseis de 3G em diante all-aspect, a aeronave pode disparar seu míssil por exemplo, para outro caça vindo de frente (qualquer quadrante). É o caso do nosso MAA-1B piranha (all-aspect), que falam que é superior ao R-73 russo mas inferior ao Pyton IV israelense. Não sei se vc sabe como anda o projeto deste míssil,… Read more »

Hélio de araujo

Obrigado Maurício R. 18/12/2015 11:33h.

Rinaldo Nery

Menos, Seal. O MAA1-B não é “all nada”. Infelizmente.

Bosco

Seal,
Não havia visto seu comentário.
Pelo que eu sei mesmo o MAA-1 é tido como sendo “all-aspect”, sendo de 3ªG. O MAA-1B seria de 4ªG (EHOBS) e o A-Darter de 5ªG (IIR).
Quanto ao MAA-1B até onde eu sei tenho que concordar com o Rinaldo. O MAA-1B “non ecziste”. rsrss
Um abraço.

Seal

Obrigado senhores: Cel Rinaldo Nery e Bosco. Este negócio de achar que a grama do vizinho é sempre mais verde. Não existe é incentivo , tanto da parte do governo como das próprias FAAs. Será que Mectron com a sua equipe de engenheiros são tão imcopetentes assim, à ponto de não conseguir transformar o MAA-1B em um míssil de 5G?. Mas não, preferem investir dinheiro e mão de obra em outro país no A-darter, que na época ainda estava em fase de fabricação, do que investir num míssil nacional de 4G que já existia o protótipo, um míssil entre o… Read more »

Iväny Junior

Seal

Soube que o piranha tem taxa de acerto em torno de 5%. Isso quando alinhado atrás do alvo, fazendo um disparo dogfighter.

Sobre o A-4, com a efetivação dos M-346 a tendência se concretizou. Marca o operador mais longínquo do skyhawke e o mais exitoso. As células poderiam servir à MB se o a-12 servisse como Navio Aeródromo.

Saudações a todos.

Gerson

Se eu fosse o Cmte da MB compra mais 12 celulas que ainda devem esta em bom estado, já que os israelenses deviam cuidar bem deles.

sergio r ferreira

Há possibilidade (mesmo que remota) de adquirirmos algumas células e modernizá-las, levando-se em conta a nossa atual situação financeira? será que temos condições de aprender um pouco mais com esses caças, principalmente na sua concepção? por favor expliquem-me pois sou adepto à engenharia reversa em alguns armamentos. Nossa engenharia tem condições? Obrigado.

ronaldo de souza gonçalves

Acho que A-4 foi um avião fantastico mas não dá mais gastar dinheiro com esses vetores vamos de gripen navalizados aproveitar a entrada da Fab e dá embraer é fazer um negocio bom. Isto de não ter dinheiro para defesa é um bláblá que a gente escuta direto. pensem que um grispen navalizado iria sobreviver a troca do São paulo ele só seria trocado lá para 2040.e poderia ser inclusive usado em bases terrestres inclusive na falta de um Porta avião. Isto de pegar uma plataforma muito velha e recheiar com eletronica já foi o tempo.