F-14 da IRIAF interceptam Tu-95 russo a caminho da Síria
Para a alegria de muitos aficionados em aviação de combate o Tomcat ainda está operacional. Um elemento (duas aeronaves) destes famosos caças foram filmados pelas tripulações dos bombardeiros russos Tu-95 que atacaram instalações do Estado Islâmico nesta semana. Os aviões pertenciam à IRIAF (Islamic Republic of Iran Air Force), segundo e último usuário de Tomcat.
A imagem acima, obtida a partir do vídeo, mostra um F-14 aparentemente sem armamento externo. Possivelmente o canhão interno Vulcan de 20mm esteja operacional. Há informações de que os iranianos teriam feito engenharia reversa nos mísseis AIM-54 Phoenix criando o Fakour-90.
Observem que, a 1:06 min do vídeo aparece um míssil sendo lançado de um bomb bay de Tu-96. Trata-se de um Kh-101. Muito raro ver vídeo de lançamento desse míssil.Mais raro ainda vê-lo em combate (foi a primeira vez).
Ele possui tanques conformais que aumentam o seu alcance.
Interessante é a forma como são acondicionados no lançador rotativo. O motor fica embutido no corpo do míssil. Momentos antes do lançamento ele desce para a posição de voo.
Interessante notar que os russos preferiram cruzar o espaço aéreo do Irã e do Iraque, via Mar Cáspio, do que o espaço aéreo da Turquia, via Mar Negro:
A propósito: Impressionante como a IRIAF consegue botar o Tomcat no ar com décadas de peças de reposição Made in China.
Edgar
Tenho certeza que a Turquia, mesmo que não fosse membro da OTAN, não deixaria um bombardeiro russo armado passar pelo seu espaço aéreo.
Como os iranianos conseguem manter os F-14 voando ?
Interceptados ou escoltados? Esses f14 e seus misseis fhoenix fizeram um estrago na força aerea iraquiana na decada de 80
Mas os Phoenix ainda estão operacionais? Pelo pouco que sei, a carga explosiva e o propelente possuem validade limitada, pois oxidam com o tempo.
Pois é, Poggio. Isso só prova como Obama deixou o Iraque fragilizado. Em tempos de Bush, acho que os russos teriam de dar a volta na Península Arábica e entrar na Síria pelo Mediterrâneo:
Mas estavam desarmados !
Não conseguiram integrar armamento de origem russa ?
A propósito, encontrei um site interessante com um mapa atualizado com parte do Teatro de Operações da região, mostrando as ocupações do ISIS, avisos de bombardeios, homens armados, etc:
http://isis.liveuamap.com/
Off-Topic:
http://www.independent.co.uk/news/business/news/supersonic-as2-son-of-concorde-jet-to-fly-london-to-new-york-in-three-hours-a6742076.html
THE STAR STILL LIVES!!!
O Edgard respondeu enquanto eu pensava e digitava sobre o assunto. Mas fazer peças de alta qualidade em baixa quantidade não é o contrário do que os chineses preferem fazer ?
Rafael, vc quis dizer “Star” do F-104 Starfighter ? E com a disposição de motores de um B-727 ??
Olha, se com este belo design o F-104 conseguiu marcar a história da aviação como um “fazedor de viúvas”… nem quero pensar numa aeronave civil assim.
os persians cats tem mig-29, mas não descartam o phantom e o f-14. Como conseguem peças, contrabando? E mante-los voando não sai nada barato tambem.
Delfim 20 de novembro de 2015 at 18:27
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Na verdade a fama é injusta. O F-104 foi concebido como interceptador e na Alemanha Ocidental foi usado como aeronave de ataque.
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Na Espanha o mesmo teve 17.000 horas de vôo sem perdas (http://www.aereo.jor.br/2009/12/13/fazedor-de-viuvas-para-um-zero-acidentes-para-outro/)
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E mesmo na Alemanha, após investigações posteriores, a taxa de acidentes caiu para valores que estavam entre os mais baixos da NATO.
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Esses dois posts do Aéreo explicam bem o que aconteceu:
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http://www.aereo.jor.br/2009/12/04/por-que-os-starfighter-alemaes-caiam-tanto/
http://www.aereo.jor.br/2009/12/04/fabricante-de-viuvas/
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Chega de off…
Delfim, pouca gente sabe, mas a Grumman construiu uma pequena “filial” dela mesma no Irã, antes da revolução de 1979.
Esse é um dos vários vídeos que se encontra no Youtube, produzidos pela própria Grumman:
https://www.youtube.com/watch?v=hfbz50gwsRM
Então fica bem claro que não foi por qualquer motivo que eles conseguiram manter bem a aeronave por tanto tempo. Lembre-se que após a chegada dos MiG-25 no Iraque, os EUA forneceram peças por debaixo dos panos para o Irã durante a Guerra Irã-Iraque.
Um dos motivos pelos quais o Irã mantém os F-14 funcionando é propaganda.
Pelo que sei os iranianos tem 14 f-14 voando , alem de ser um otimo caca eles nao estao em posiçao de descartar cacas ate pq nao tem de onde repor
Tem um livro da coleção aviões de combate dos anos 80 que o autor Mike Spik, comenta que um banco iraniano forneceu um empréstimo a Grummam, para “salvar” o programa do F-14 que havia extrapolado o orçamento inicial. foram fornecidos ao Irã um total de 79 Tomcats de 80 encomendados. o último F-14 destinado ao Irã chegou a estar pronto, mas devido a Revolução Iraniana não foi entregue. Não sei ao certo quantos F-14 estão operacionais naquela região, que com certeza devem ser poucos. Quando descobriu-se nos EUA, que estavam “desaparecendo” equipamentos dos estoques da US Navy, o governo ordenou… Read more »
Colegas, o termo interceptar, como foi usado na matéria, está certo? Sempre entendi interceptar no sentido de um caça se aproximando e mostrando os dentes para um caça inimigo, obrigando-o a se afastar. Não um encontro entre caças amigos…
Alguém opina?
É curioso observar a falta de avanço dos Russos, e também dos americanos, nos últimos anos. Explico. A maior parte desses caças russos foram projetados e fabricados há uns 40 anos… Quanto aos EUA, dois de seus principais caças em atividade foram projetados na década de 1970 (f15 e f16). Isto é, na guerra fria, desenvolviam novas armas, novos aviões e até satélites, com impressionante rapidez. Hoje em dia, com tanta tecnologia, inclusive computadores (na década de 1960, os computadores eram muito rudimentares…), não há salto tecnológico algum, com exceção de caças invisíveis, alguns mísseis com guiamento mais avançado, mas… Read more »
Guilherme Poggio 20 de novembro de 2015 at 17:24
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This is not the X101, an X-555 (Kh-555)!
quando se quer…se faz….
Rustam me desculpe encomoda-lo mas qual a diferenca entre o kh-101 eo kh-555? Procurei na internet e nao achei muita coisa so achei praticamente artigos do kh-55
Interceptação? Não seria escolta?
“…botar o Tomcat no ar com décadas de peças de reposição Made in China.” As peças de reposição são americanas, mesmo. Foram fornecidos ao Irã ainda nos tempos do Xá, o equivalente a 10 anos de operações em peças de reposição. E mais peças de reposição, inclusive p/ os mísseis “Phoenix”, foram fornecidas novamente durante o governo Reagan; o que foi exposto pelo escândalo Irã-Contras. O restante foi a canibalização do inventário existente, se houve “engenharia reversa” esta deve ser creditada aos esforços dos próprios iranianos, do que a alguma possível assistência chinesa. Cuja capacidade industrial a época, não ia… Read more »
E mais peças de reposição, inclusive p/ os mísseis “Phoenix”, foram fornecidas novamente durante o governo Reagan; o que foi exposto pelo escândalo Irã-Contras.
Essa é uma grande verdade e num dia desses eu junto toda a história aqui e monto um post.
Houve um escândalo também na década de 80 que envolvia marinheiros que trabalhavam no almoxarifado do porta-aviões USS Kitty Hawk e contrabandearam o equivalente a US$ 5 milhões em peças de F-14 para o Irã. Lembrando que com esse dinheiro a FAB comprava um F-5 usado naquela época.
Rafa,
O Kh-101 é stealth.
joseboscojr,
Repito vídeo x-555 c tanques de combustível conforme e não deve ser confundido com o básico x-55!
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I repeat video x-555 c conformal fuel tanks and not to be confused with the basic x-55!
x-101 does not have tanks, and it is different, here is a video x-101 (0-19)
http://www.youtube.com/watch?v=GXOTL42BNck
Temos também agora o Edgar, o mapento, Ivan com companhia !
F 14, um pouco de tudo que foi dito com certeza é verdade, mas verdade mesmo só em confronto aberto, ai são outros quinhões e aposto: vão cair como gotas de chuva, lógico depende do oponente (rs),
Rafael Tanto o Kh-555 como o Kh-101 são mísseis de cruzeiro da mesma família, cuja origem está no Kh-55. Como o Bosco já falou, a principal diferença está no fato do Kh-101 ser uma versão furtiva. Há outras diferenças também no sistema de guiagem e na ogiva. Até onde se sabe o Kh-555 só possui versão convencional e o Kh-101 possui versão convencional e nuclear (Kh-102). ______________ Eu fiz uma confusão aqui e o Rustam consertou. (Obrigado Rustam!). O míssil que aparece a 1:06 min do vídeo é um Kh-555 com tanques conformais para aumentar o alcance (foto abaixo). E… Read more »
Segundo o Military Balance, há cerca de 43 células de F-14 no Irã, mas não informa uma estimativa de quantos estariam operacionais. Convenhamos, deve ser um esforço enorme para aqueles fanáticos colocarem estas belas máquinas para voarem.
Carlos e Richard, foi interceptação e acompanhamento . Não precisa “mostrar os dentes”. Pode estar “banguelo”, como esse F-14.
Talvez seria melhor alguém ir conferir lá na Pérsia contemporânea quantos Toca Cat estão aptos, quais seu estado e se como fizeram para mantê-lo operacionais, o resto é imaginação.
Mas o que é importante neste episódio é que mais uma vez o Urso colocou as cartas na mesa, fazendo o Ocidente repensar sua estratégia na Síria, e por isso temos esta foto bem produzida de uma escolta de bombardeiro Russo por um caça Iraniano, mas será que isso aconteceu só uma vez ?
hamadjr
Não. Isso aconteceu todas as vezes que um avião russo entrou no espaço aéreo do Irã. Há relatos de acompanhamentos não só com Tomcat, mas também com F-4 Phantom II e MiG-29 da IRIAF.
Olhando o vídeo acima mais uma vez reparei num Phantom acompanhando um Tu-95 bem no momento em que o bombardeiro lança um Kh-555. (foto abaixo)
Interceptação?
Parece mais algo como:
‘F-14 da IRIAF escoltam
Tu-95 russo a caminho da Síria’.
Escolta, com certeza. Se o F4 esta proximo entao o missil foi lançado do espaço aereo do Iran ??
SpaceJockey 22 de novembro de 2015 at 14:12
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Não é um foguete, e dezenas de foguetes .Da com o Irã, como acontece com o Mar Mediterrâneo, perto Chipre
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Not a rocket, and dozens of rockets .Da with Iran, as with the Mediterranean Sea near Cyprus
Guilherme Poggio 21 de novembro de 2015 at 17:13
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Please, always at your service 🙂
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Por favor, sempre ao seu serviço 🙂
Congrats for your Knowledge, and sympathy, Rustam…
Thanks…
Edgar 20 de novembro de 2015 at 17:38
Sobre a Turquia, seu espaço aéreo e aviões de guerra Russos!
http://www1.folha.uol.com.br/mundo/2015/11/1710196-turquia-derruba-aviao-militar-perto-da-fronteira-com-a-siria.shtml
Entre as peças de reposição essenciais onde estaria a dificuldade em conseguir fabricá-las ? Uma vez que a engenharia reversa é usada em larga escala. Quais peças seriam essas e a complexidade em fazê-las ?