AMX com mísseis antinavio Exocet AM39
No mês em que o caça-bombardeiro ítalo-brasileiro AMX faz 30 anos, é bom relembrar o potencial que o avião teve no início. Na foto, um dos protótipos italianos faz um voo teste com dois mísseis antinavio francês AM39 Exocet.
O projeto do AMX previa a instalação de um radar multimodo SCP-01 Scipio, com capacidade ar-ar e ar-mar, mas o desenvolvimento do radar foi interrompido diversas vezes por falta de verbas. Somente agora, 30 anos depois, o avião está recebendo o radar SCP-01 feito pela Mectron na modernização para o padrão A-1M.
Na Guerra das Malvinas, a Argentina causou pesadas baixas à Marinha Real Britânica empregando o míssil Exocet AM39. Quando o conflito começou, os argentinos só tinham 5 ou 6 mísseis, conseguindo colocar a pique o destróier HMS Sheffield e o cargueiro Atlantic Conveyor. Se os franceses tivessem feito a entrega de 20 mísseis, os argentinos poderiam também ter atingido os navios-aeródromos ingleses, mudando o curso da guerra.
Voltando ao Brasil, agora que o AMX está finalmente recebendo o radar multimodo, a FAB vai finalmente comprar o Exocet AM39?
Altamente improvável. Essa função ficou com os P-3 que irão receber os Harpoons. Creio que nem vale a pena ter 2 mísseis com a mesma função no inventário. Quem sabe Gripen com RBS-15 no futuro? Ou com a versão lançada do ar do MAN-1 (praticamente um Exocet, creio eu).
Abraços
Já estamos pagando, bastante caro aliás, pela integração do Exocet na “Kombí”.
Em tese pelo menos.
No momento não necessitamos duplicar o esforço, até pq não há nem verba suficiente p/ o upgrade de tda a frota de A-1 da FAB.
Eu sou daqueles que acha que o MAN-1 deveria ter a participação da FAB. Precisamos concentrar esforços, especialmente em tempos de aperto orçamentário. Sou contrário à aquisição do Harpoon, não por causa de qualquer babaquice de ser anti-isto ou pró-aquilo, mas porque entendo que não podemos desperdiçar mais recursos com a importação de um armamento, que estamos fazendo um esforço em desenvolver. Conforme citado pelo Maurício, já estamos pagando, via a MB, integração do Exocet no projeto H-XBR, o caminho é mais ou menos por ai, trabalhar de forma conjunta, aprender o máximo que puder sobre tal empreitada de integração,… Read more »
Eu sou daqueles que acha que o MAN-1 deveria ter a participação da FAB. Precisamos concentrar esforços, especialmente em tempos de aperto orçamentário.
Wellington
O MinDef está aí para isso. Ele é que deveria tomar esse tipo de decisão baseado em critérios múltiplos que estão acima dos interesses da cada força.
Welli, Para integrar o MAN no P-3 primeiro teríamos que desenvolver uma versão lançado do ar (10 anos), depois, teríamos que integrá-lo ao P-3 (10 anos), depois teríamos que comprar um lote dos mísseis, (5 anos). Total: 25 anos. Até lá o P-3 já estaria aposentado e teria ficado todo esse tempo desdentado e os outros países já estariam usando torpedos fotônicos antinavios. Também leva tempo e dinheiro integrar pura e simplesmente o AM-39 ao P-3, que seria a opção lógica tendo em vista ser ele um míssil antinavio médio lançado do ar que já operamos. Chuto 10 anos. Outra… Read more »
Quanto aos prazos, dada a agilidade de nossas forças, creio que o amigo esta sendo otimista. Mas discordo quanto a aposentadoria precoce dos P-3 pois a FAB sabe pilotar aeronaves “vintage” como ninguém.
Pois então Bosco, o meu entendimento é que os Orions irão servir mais para reestabelecer a doutrina de combate ASW, do que serem uma aeronave efetiva para uso por mais de uma década. E para reestabelecer a doutrina de combate antissubmarino, o melhor caminho é a FAB investir o pouco recurso que tem, para aquisição de armamentos, em torpedos e não mísseis antinavios. Não vejo motivos mais investimentos nos Orions do que os que já fizemos, visto todos os problemas que ainda persistem e que não foram solucionados durante sua aquisição e modernização (e não adianta a FAB dizer que… Read more »
Sim Poggio, não há o que discordar, um MD mais forte e coeso se faz necessário, mas se por conta de uma mísera portaria sobre RH foi aquele bafafá, o que dirá ter que retirar das forças a possibilidade de definir o que comprar?! Precisamos sair do discurso retórico no MD e nas forças também. A coesão e integração de questões do tipo, em tempos nebulosos que estamos passando, se faz urgente, pois corremos o risco de retroceder nos avanços que tivemos até aqui. Precisamos de gente que pense acima das instituições e de questões corporativas, com disputas de egos.… Read more »
Meio Off Topic:
Argentina prepara navio-alvo para tiro de AM39. O míssil será disparado por um P-3B Orion.
http://segurancaedefesa2.provisorio.ws/ARA_Julio_Krause_Alvo.html
Vale citar que o FITS é da Airbus, que também é dona (majoritária) da MBDA (produtora do AM-39 Exocet).
Wellington,
Se a integração AM-39 é fácil aí devo concordar com você, mesmo porque as versões lançadas de heli e aviões é a mesma.
*instrumento de aprendizagem
Sea Skua, Exocet, Penguin, Harpoon, RBS-15(?), MAN-1(?), MCT-300(?)… parece a Força Aérea da Índia…
Meus amigos, a lanbança já está feita a muuuuito tempo e a julgar pelos projetos que estão na mesa, a lambança vai continuar e por muuuuito tempo ainda.
Ps.: foi uma completa miopia essa de pagar para aprender a reformar/fazer os motores de Exocet por aki… isso foi para atender certos interesses/incopetência de certos dinossauros.
Grande Abraço.
Correção: são as mesmas.
Eu sempre disse que as bases litorâneas da FAB deviam ser todas passadas para a Marinha, os P-3 serem da MB, e a maioria dos AMX serem modernizados para que FAB e MB tivessem comunalidade de plataformas. Os AMX da marinha deveriam ter Função de Interceptação aérea, utlizando AIM-9 e AIM-54, e Naval, utilizando misseis Exocet ou o Similar Nacional, ou qualquer outro do Tipo de missil anti-navio. A FAB deve se concentrar no espaço aéreo continental e fronteiras secas, com seus AEW inclusive. Mas as forças ficam com briguinhas e milindres entre si, de exclusividade disso e daquilo, e… Read more »
“Eu sempre disse que as bases litorâneas da FAB deviam ser todas passadas para a Marinha, os P-3 serem da MB, e a maioria dos AMX serem modernizados para que FAB e MB tivessem” . Não. A MB é, administrativamente, a mais caótica das três forças. Qualquer transferência de qualquer coisa que voe para a MB resultaria em diminuição de disponibilidade, horas de voo etc. . “NOTA: O AMX BRASILEIRO SÓ TEVE CAPACIDADE PRA LANÇAR QUALQUER TIPO DE MISSIL E BOMBAS GUIADAS SOMENTE APÓS A MODERNIZAÇÃO”. . O AMX brasileiro foi pensado para operar de acordo com a doutrina de… Read more »