Há 32 anos, a Embraer entregava o último AT-26 Xavante para a FAB

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ULTIMO XAVANTE FAB AT-26 4627 - VINAGRE - 01

Embraer  ULTIMO XAVANTE FAB AT-26 4627 - VINAGRE - 01

Por Mário Vinagre

o 182Mexendo em meus arquivos deparei-me com esta foto, tirada exatamente há 32 anos e 6 meses, em 25 de fevereiro de 1983. Na ocasião, a Embraer entregou à FAB º e último EMB-326GB Xavante produzido pela empresa, o AT-26 4627.

Na foto, da esquerda para a direita, engenheiro Ozires Silva, Diretor-Superintende da Embraer; Major Aviador Flávio de Carvalho Passos, do CTA, que fez o voo de aceitação; engenheiro Ozílio Carlos da Silva, Diretor Comercial da Embraer e, por fim, Major Aviador Ivan Manoel de Macedo, que era então Chefe da Comissão de Fiscalização e Recebimento (Confirem) da FAB na Embraer.

O Xavante permaneceu em produção na Embraer por 11 anos, de 1972 à 1983 e além do Brasil foi operado também pelas forças aéreas do Paraguai e do Togo. Em tempo: a maquete do Xavante nas mãos de Ozires foi entregue ao Major Passos.

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Marcos

Xavante é um belo avião.
Esse avião foi escolhido quando não tinha apadrinhamento, não tinha quás-quás-quás. Houve um processo licitatório, uma análise e ganhou quem tinha de ganhar.

Trovão Azul

Deu até saudades de ver uns deste fazendo pega no nos céus de Jaboatão-pe era demais os razantes e as monobras .

Marcos

Segundo Ozires, o pedido por parte da FAB dos Xavantes, mais os Bandeirantes, equivaleriam hoje em torno de US$ 3 bi.

Marcos

E trem de pouso a lá BF-109: recolhendo para fora.

Marcos

Vê-se que a aeronave da foto leva um tanque externo.
Pergunta: qual a utilidade daquele tip-tank?

Fernando "Nunão" De Martini

Respondendo ao Marcos (25/8 às 23h13): A mesma utilidade do tanque subalar, aumentar a quantidade de combustível transportado. Ambos se somam. Os tanques nas pontas das asas fazem isso com menos perda de desempenho que os subalares (prejudicando, porém, a velocidade dos rolamentos). Comentando o que escreveu Fabio Mayer (26/8 às 9h42): Na verdade o AT-26 Xavante entrou em operação na FAB uns 4 anos antes do F-5. Tanto que comentei a poucos dias que o 1GAVCA operou a aeronave (e estabeleceu sua doutrina na FAB) antes de receber o F-5. Deixou a operação antes por voar muito mais e… Read more »

Marcos

Padrão FAB: bota, macacão, bibico e bigode.

Airacobra

Indiscutivelmente a epoca que o Brasil mais cresceu, seja industrialmente, seja educacionalmente, seja em segurança, seja em obras importantes para o país (hidroelétricas, ponte rio-niteroi, na industria e etc), foi a epoca em que as forcas armada mais cresceram, quando houveram as aquisições relevantes que levaram às forças armadas a poderem aguentar esses ultimos 30 anos, e se tivessem ficado mais uns 10 anos no governo teríamos tambem o ozorio, mais amx, as prometidas 16 corvetas inhauma, o submarino nuclear tambem, o piranha teria saido mais cedo junto com o mar-1, e se brincar teríamos comprado o F-20 junto com… Read more »

claudio quadros

Verdade epoca pessava no futuro pena Brasil F 20 seria otima opcao ate hj

Garcia

O terceiro da esquerda para a direita não é o Horácio Forjaz?

Fábio Mayer

O engraçado é que estes aviões chegaram depois dos Forever 5 e saíram antes de operação.

Vieram em grandes quantidades e não foram substituídos nem pela metade de aeronaves, em número (não estou tratando de capacidades).

carvalho2008

Uma pergunta que já fiz em outros fóruns, e que vale como exercicio de equilibrio de equipamentos. Aquela história que nem sempre o mais avançado faz o melhor dependendo do teatro operacional. Se a Força Aerea Argentina, em um exercicio de realidade alternativa, contasse com o inventário da FAB ao contrario dos seus M-III, Dagger, A-4, nossos Xavantes poderiam ter feito diferença? Considerem que era uma maquina mach 0,8, 1,800 kg de carga externa, desenhado para requisitos de take off em 800 metros de pistas mal preparadas ou grama…. Valeria nesta realidade alternativa, alterar decisões que estivessem diretamente relacionadas as… Read more »

Rafael M. F.

Só sei, e o pessoal ex-FAB pode confirmar, que os Xavantes deram muita aporrinhação para o pessoal do 1º e do 14º, devido principalmente ao seu raio de curva.

Baibars

Off topic

Confere?

É a pindaíba
A Aeronáutica oficialmente se recusa a explicar a decisão de eliminar um dia útil na semana: agora, a carga horária da Força Aérea Brasileira é de segunda a quinta, de 8h às 17h. E a sexta-feira será eterna folga.

Coluna de Claudio Humberto

Wolfgangus Mozart

Pois é. Vejo esse guerreiro com certo ar de saudosismo e lamento profundamente que a falta de priorização das Forças tenha levado a FAB a aposenta lo sem sucessor.
Infelizmente, não poderemos nos deleitar com o M346, o YAK 130 ou o FA 50.
Resta aos aspirantes empenho para superar o GAP entre o AT29 e o Gripen.

Sds

SERGIO RICARDO

lembro-me dessa máquina dando rasantes acima de meu telhado, na época no bairro do Ibura-Recife-PE, pertinho do PAMA-RF. Que tempo bom aquele….

Marcos Antonio

Eu também lembro bem, eu era menino e quando ouvia o roncado das turbinas eu corria para fora de casa para ver
eles passarem dando rasantes dava para ver a cabeça
dos pilotas era emocionante eu morava na cidade de Itapipoca a 130 km de fortaleza era um show

Claudio Moreno

Durante muitos anos morei no bairro de Santana ZN da cidade de SP, muito próximo ao PAMA-SP. Por várias e várias vezes ouvi os sons emitidos pelos motores radiais dos P-16 Tracker, do som abafado dos C-115 Buffalo (ô saudade da bexiga) mas o que mais me dá saudades é lembrar da silueta do AT-26 cortando o céu sentido Base Aéria de Guarulhos, proveniente de SJC acredito. Eu nunca vi o AT-26 decolar ou pousar no Campo de Marte, sei lá se não tem pista para ele…mas se como gostaria de ter fotografado ele de perto.

CM

Claudio Moreno

Nunão, Galate… tenho muitas fotos de arquivo pessoal de meus tempos de cavalaria e outras já como civil. Todas tiradas com as velhas máquinas de filme, como posso enviar a vocês e ver o que se pode aproveitar?

CM

Alexandre Galante

CM, manda pra xandreg at gmail.com

carvalho2008

Opa! esqueci de escrever que o canario seria o das Malvinas em 1982…. ::::::::::::::::::::::::::::::::::::::::::::::::::::::::::::::::::::::::::::::::::::::: Uma pergunta que já fiz em outros fóruns, e que vale como exercicio de equilibrio de equipamentos. Aquela história que nem sempre o mais avançado faz o melhor dependendo do teatro operacional. Se a Força Aerea Argentina, em um exercicio de realidade alternativa a EPOCA DA GUERRA DAS MALVINAS, contasse com o inventário da FAB ao contrario dos seus M-III, Dagger, A-4, nossos Xavantes poderiam ter feito diferença? Considerem que era uma maquina mach 0,8, 1,800 kg de carga externa, desenhado para requisitos de take off… Read more »

Kid

Senhores eu tive a felicidade e a honra de participar desse evento
Kid 10445-A

carvalho2008

Nunão, Mas foram apenas 06 MB 339 deslocados para as ilhas. Esta é a questão, eles não dispunham de mais, ou eram os jatos de desempenho superior ou os Pucarás. O inventário total deles era de apenas 12 MB 339, sendo que seis deles foram para as ilhas, noutra base diversa das dos Pucarás. Destes 06, praticamente somente 2 ou 3 operaram. Destes 2 ou 3 não sei ao certo, um unico operacional no dia do desembarque ingles e este unico, colocou o HMS Argonaut fora de combate ( Historia do Ten Crippa). ocorreram reforços do Continente com mais 3… Read more »

Delfim

Qdo penso no Xavante me vejo criança de novo (sou de 1963).

Na primeira metade dos anos 70, teve Xavante, Mirage, F-5, C-130, Buffalo, Bandeirante… algum talvez tenha esquecido. A FAB nessa época talvez fosse mais poderosa que a atual, com os devidos descontos tecnológicos.

O que é mais formador de patriotismo que forças armadas modernas e operacionais ? Ainda mais a FAB… qual menino não sonhou em ser piloto ?

E não,não teve Xavante da Revell. Uma pena.

Fernando "Nunão" De Martini

Carvalho2008, Sei que foram poucos os MB339 deslocados para Port Stanley. Há uma boa matéria publicada aqui no Poder Aéreo sobre isso, de autoria do Poggio. Mas pensemos nessa quantidade muito maior de Xavante que você pretende para o cenário em Port Stanley. Certamente os Ingleses teriam uma preocupação a mais. Porém, a lógica diz que seriam muito mais provavelmente alvos para os Sea Harriers no ar e dos Vulcans no solo. Nas condições climaticas do conflito, lutar com Xavantes contra os Sea Harriers em meio às nuvens baixas, sem radar e sem mísseis, ou seja, contra jatos (mesmo sendo… Read more »

Franco Ferreira

Que belo debate os comentaristas e o Nunão desenvolveram neste post! O mesmo Nunão chegou até a escrever à uma hora da manhã de hoje! Mas não perdeu nem a elegância nem a competência.

Vou meter (se Deus quiser) o meu bedelho neste angu. Somente nas áreas que que conheci/vivi/assisti ou participei, e das quais ainda me lembro.

Parabéns aos comentaristas e editores.

Fernando "Nunão" De Martini

Franco, bom dia!
Escrevi naquela hora esperando o sono chegar depois de ver meu time fazer um outro sofrer em casa sua terceira eliminacao do ano, rsrsrs ( pronto, qualquer elegancia foi pras cucuias agora…)

Por favor, compartilhe com os leitores sua vivencia com o
Xavante na BASP!

Abraco!

Ps – desculpe-me pela falta de acentos no texto digitado do celular

carvalho2008

Perfeito Nunão, Você tem razão Nunão com relação a provável mudança de foco dos britânicos com relação ao esforço em tornar os aeródromos inoperantes. Também concordo que os embates ar-ar não mudariam de resultado. No entanto, considere o “efeito borboleta”, nas decisões e mudanças estratégicas que isto carrega. Na realidade alternativa , não existindo Pucarás e sim o inventário de 126 xavantes, 36 F-5 e 16 M-III, considerando então que o lastro de ataque estaria na forma do Xavante, haveria um fator motivador a mais para que o Comando Argentino repensasse a decisão de não prolongar as pistas dos aeródromos… Read more »

carvalho2008

Esqueci de mencionar que aliado a uma exploração das dificuldades de alcance, tempo de combate e velocidade dos harrier, um numero maior de aeronaves como os Xavantes forçariam uma dificuldade de a mais, pois apesar da inegavel superioridade dos Harrier, os Nae estavam no limite operacional de suas missões e seriam colocados em cheque caso muitas aeronaves inimigas estivessem presentes no TO quer seja no CAS ou atacando a frota. Seria muito dificil ter CAps suficientes ( como inclusive não foram sequer para a realidade dos ataques continentais). A verdade é que os sistemas antiaereos dos navios tiveram de trabalhar… Read more »

Fernando "Nunão" De Martini

Carvalho2008, O exercício “e se” que você propôs é interessantíssimo. Porém, acho que você está focando demais nas dificuldades que seriam impostas aos britânicos e pouco nas reações, principalmente as que viessem antes do total cerco às ilhas, que estes teriam conforme seus dados de inteligência mostrassem esse cenário – e o desdobramento de tantos aviões para Port Stanley não passaria despercebido pelos diversos canais aos quais a inteligência britânica recorria. Acho que a pista de Port Stanley, instalações do aeroporto e aeronaves posicionadas em tão grande número no local seriam inutilizados em boa parte por ataques seguidos de Sea… Read more »

carvalho2008

Mas não discordo disto…. Os aeroportos de Port Stanley e Goose Green teriam de ser largamente atacados, alvo primario…mas alvo primario eles já eram. As tentativas e numero de missões contra ele de fato seriam multiplicadas. No entanto, destruir alvos em terra ou pista é uma coisa, destruir toda a estrutura e leva-la ao pó é outra. Não é facil e não alteraria o curso de que com 126 avioes desta categoria no inventário, as reposições via continente ocorreriam consecutivamente. Não haveria a menor crise de consciencia de reporem 50% destes 48, em lotes de 4 ou 8, na medida… Read more »

carvalho2008

O Xavante é o avião que acho me sensibilizou a esta vida de entusiasta…. Quando criança, lá pelos idos de 78 ou 79, não lembro ao certo, morava em na parte alta do centro de Carapicuiba. Para quem sabe, Osasco, Carapicuiba, Barueri e Itapevi é zona militar com diversos quarteis, o Arsenal de guerra de São Paulo, havia o 4o. BIB, o 39, O GAE enfim… Então, tinha uma vista privilegiada, posição 12 horas a 3 km havia a Castelo Branco com o grande lago do porto de areia e rio Tiete no meio e as 02 horas, o GAE… Read more »

Franco Ferreira

Vou começar pelo Wikipedia (Aermacchi 326): “O Aermacchi MB-326 é uma aeronave monomotora a jato para o treinamento militar desenvolvida pela companhia italiana Aermacchi, tendo seu primeiro voo ocorrido em 10 de dezembro de 1957. Nesta época, vários modelos de caças supersônicos entravam em operação em todo mundo e a Aermacchi percebeu o potencial de mercado para uma aeronave de treinamento a jato para fazer a conversão operacional dos pilotos para os novos caças. Concorreu neste mercado com o Cessna T-37 e o BAC Jet Provost. Foram construídas no total 778 unidades do MB-326 para treze países. / Fabricado sob… Read more »

Rafael Oliveira

Além do debate, foi prazeroso ler as histórias do Carvalho e do Franco Ferreira.

Parabéns!

HIDERALDO

Eu vejo como as “vacas emagreceram”. Em 1983 eu morava em Rosário do Sul e TODO DIA passava xavante trovoando acima das nossas cabeças vindos de Santa Maria. As vezes era de manhã e de tarde…Em Santa Maria eles passavam de tres ou quatro de uma vez. Hoje meu filho estuda em Santa Maria e mora a dois Km da cabeceira da pista da base em Camobi, e as vezes passa três ou quatro DIAS sem ouvir SEQUER BARULHO DE TURBINA dos AMX… Que falta de grana para voar…

Marco

O primeiro jato a atacar a frota Inglesa de desembarque foi um MB339 da Marinha Argentina Tenente Owen Grippa, em voo de reconhecimento armado atacou uma fragata com foguetes de 5pol e canhoes de 30mm, dois pods, passou no meio dos navios Ingleses, nao foi interceptado, ao chegar ao aeroporto de Porto Argentino pediu que rearmassem com bombas duas aeronaves para novo ataque, foi impedido pois do continente seriam lancadas mais de 60 missoes de ataque naquele dia, com esquadrilhas de A4B (Marinha e FAA), C e Mirage V chegando a cada 5.minutos, eles poderiam atrapalhar essa coordenacao. Entao boa… Read more »