Portões Abertos AFA 2015: a chance de ver um caça histórico
Quem esteve presente ao evento “Portões Abertos” AFA 2015 teve a oportunidade de ver, tanto no ar como em solo, um caça sem igual. Trata-se do F-5EM matrícula FAB 4856.
Aqueles acompanham o blog do Poder Aéreo com regularidade sabem que este foi o primeiro F-5E construído no mundo (o projeto não teve protótipo) e está aqui no Brasil, totalmente operacional. Ainda na primeira quinzena deste mês fizemos um post comemorando os 43 anos do caça.
Não só isso! Este foi o primeiro F-5 modernizado pela Embraer entregue a um esquadrão de caça da FAB, o 1º/14º GAV “Pampa” (antes dele, um protótipo monoposto e um biposto do padrão modernizado voavam em testes, mas não em missões operacionais em esquadrão de caça). O avião foi entregue no dia 21 de setembro de 2005 e teremos também um post de comemoração dos dez anos de sua entrega, no mês que vem!
Tivemos a oportunidade de fotografar o 4856 em setembro de 2012, quando ele havia chegado ao PAMA-SP para manutenção nível parque. De volta à ativa o 4856 teve suas horas de célula “zeradas” para mais um ciclo operativo, e deve ser figura corriqueira nos céus do Brasil.
O Comando da Aeronáutica monitora de perto as horas de voo dos seus aviões. Nós apenas fazemos estimativas com base nas nossas observações e é possível dizer que ultimamente no Brasil os F-5 levam de três a cinco anos para retornarem ao parque de material.
Com base nessas observações nós imaginamos que o 4856 tenha passado pelo seu último grande ciclo de manutenção realizado em média a cada 1.200 horas de voo, e deva dar baixa por volta de 2017/2018. Afinal de contas, trata-se de um merecido descanso para uma aeronave tão única.
Esperamos que, após a sua baixa, o 4856 tenha preservação equivalente ao seu valor histórico (não ao relento, mas sim dentro de algum hangar de museu e muito bem tratado). Temos certeza de que, se não houver interesse no país, não será difícil encontrar um museu no exterior que não se interesse por ele.
“… não será difícil encontrar um museu no exterior que não se interesse por ele.”
You have to pry my hand open, from my cold, dead body.
Aeronave ímpar, que deverá ser preservada no Musal, obrigatoriamente! O mesmo museu abriga aeronaves bem menos emblemáticas para a Força. Imagino que sua preservação seja consenso no Comaer.
Há alguma ideia da disponibilidade para o vôo da frota de F-5 ? E qual é o percentual aceitável?
Merece entrar na galeria dos aviões de combate mais perfeitos já existente.
Isso comprova mais uma vez que, mesmo com todos os recursos sempre limitados, a FAB pelo menos é um exemplo de manutenção eficiente para muitas FAs do mundo inteiro.
O Musal te espera de braços abertos!!
Belo caça! Espero que ele seja “eterno” em nossas memórias e na história da FAB, mas, não como vetor de caça… Do jeito que a coisa anda em termos econômicos pela falta de dinheiro, não duvido que o projeto do Gripen E/F, acabe adiado ou tenha sua velocidade de implementação bastante reduzida…SDS.
Sinceramente a apresentação em vôo deixou a desejar.
Nem chegou a tomar distância para passar rápido nos rasantes da tarde. Geralmente ele some e reaparece surpreendendo todo mundo.
Passagens altas e lentas.
Fico imaginando um piloto retornando para onde tudo começou, tirando a Epcar, e se vendo ali no 1º ano como cadete sem ter ideia para qual aviação iria e agora está pilotando um F-5. Podem dizer o que quiser mas tenho quase certeza de que 99% dos cadetes entram querendo ir para a Caça.
F-5 e F-16 são os aviões clássicos mais bonitos em minha avaliação. Eles poderiam fabricar esses aviões para sempre. Só modificariam a tecnologia. O *design continuaria o mesmo. 🙂
Caro Alex Faulhaber
Tenho minhas dúvidas. Olhar a linha de voo da caça e ver só F-5 quarentão não anima tanto quanto olhar a linha de voo de alguns esquadrões de asas rotativas. Voar Black Hawk cheirando novo ainda não dá para desprezar.