Segundo informações de jornal norte-americano, o MD sueco Peter Hultqvist ofereceria o Gripen em encontro com seu homólogo indiano

caças Gripen suecos - foto Forças Armadas da Suécia

A Suécia quer exportar seus caças Saab Gripen para a Índia, aproveitando o fato do governo indiano do primeiro-ministro Narendra Modi “ter matado” um acordo de 11 bilhões de dólares com a fabricante francesa Dassault há dois meses.

O ministro da Defesa sueco Peter Hultqvist disse que iria citar o Gripen em uma reunião ocorrida na quarta-feira com o homólogo indiano, Manohar Parrikar. Ele também planeja se encontrar com executivos da estatal Hindustan Aeronautics Ltd., a maior empresa de defesa da Índia, durante uma visita de quatro dias.

“Queremos oferecer um produto de alta qualidade com um preço competitivo”, disse Hultqvist em uma entrevista em Nova Delhi. A Suécia está em busca de um negócio do tipo governo-a-governo, além de apoiar a política “Make in Índia” de Modi para impulsionar a produção doméstica, disse ele.

O colapso do acordo da Índia com a Dassault Aviation traz à tona novamente a questão da substituição da frota de caças MiG-21. Modi está trabalhando para o crescimento da indústria de defesa nacional da Índia e modernização das Forças Armadas para manter o ritmo com a crescente capacidade militar da China.

O Gripen perdeu para o Rafale da Dassault em 2007 uma proposta da Índia para a obtenção de 126 aviões. As conversações foram suspensas em parte porque a Índia buscou garantias de qualidade da Dassault para os 108 jatos que seriam construídos localmente pela Hindustan Aeronautics.

Gripen IN - imagem Saab - página da campanha do Gripen para a Índia

Modi, em seguida, optou pela  compra direta e mais rápida de 36 Rafale, deixando em aberto a possibilidade de um pedido separado para mais aeronaves. Além disso, Parrikar disse à mídia local em abril que a Índia estava querendo comprar “um caça leve monomotor” para substituir os MiG-21 que deverão ser aposentados em 2016.

Ulf Nilsson, chefe da divisão de aeronáutica da Saab, disse nesta semana que a fabricante sueca segue acompanhando de perto o desenrolar do caso na Índia.

A Saab não é a única a retomar suas esperanças após a desintegração do negócio com a Dassault. O Boeing F / A-18 Super Hornet, o Lockheed Martin F-16 Fighting Falcon, o MiG-35 da United Aircraft e o Eurofighter Typhoon também tomaram parte do processo inicial.

O interesses desses fabricantes na Índia reacendeu, segundo o especialista em defesa para a região Ásia-Pacífico do grupo IHS Jane’s, Jon Grevatt.

“Foi dada a luz verde para um monte de  empresas estrangeiras”, disse Grevatt. “Há um entendimento de que a Índia precisa de mais alguns aviões de caça.” O valor do negócio estaria na casa das “dezenas de bilhões de dólares”, disse Grevatt.

A Força Aérea da Índia tem atualmente 240 caças MiG em sua frota divididos por 25 esquadrões. Ele estima que são necessários pelo menos 45 esquadrões para repelir um ataque conjunto a partir do Paquistão e da China, de acordo com um relatório da comissão parlamentar indiana lançado em Dezembro de 2014.

Sitanshu Kar, um porta-voz do Ministério da Defesa, disse que não sabia se o assunto seria levantado na reunião na quarta-feira e nem quantos aviões a Índia compraria  em um novo acordo.

Hultqvist disse que a Saab tem exportado aviões Gripen para alguns países europeus, África do Sul e Tailândia. No ano passado ela assinou um contrato de 5,4 bilhões dólares com o Brasil por 36 Gripen que serão desenvolvidos e construídos em parceria com a indústria brasileira Embraer e suas subcontratadas.

“Temos uma enorme quantidade de experiência de transferência de tecnologia e também para desenvolver tecnologia”, disse Hultqvist.

Gripen IN - concepção artística - imagem Saab - site da campanha do Gripen para a Índia

FONTE: Chicago Tribune (tradução e edição do Poder Aéreo a partir do original em inglês)

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carvalho2008

E junto com este….irá o Sea Gripen tambem…….

Marcos

A melhor coisa que os indianos fariam seria abandonar em definitivo o Tejas e optar pelo Gripen.

Marcelo Pamplona

Ôh boca santa essa do Vader, hein?!

🙂

Sds.

Vader

Esse Tejas é a cruz da Força Aérea Indiana. Pense num AMX. Agora multiplique por 10 a dor de cabeça, os custos, o tempo, a incompetência e a roubalheira. A melhor coisa que a Índia faria seria cancelá-lo e entrar de cabeça no Gripen. Seria a decisão racional. Um país sério e que se guiasse por critérios racionais já teria feito isso há muito tempo. Mas lá na Índia, como cá no Brasil, racionalidade e política são coisas que inexistem. Aliás, lá é ainda pior que aqui: enquanto aqui a praga esquerdo-ufanista emporcalha o Estado e as instituições, impedindo que… Read more »

Oganza

O último vídeo da SAAB disse tudo:

– Seus aviões tem que preencher o céu e não os hangares.

A Jaca vai ser rainha no Egito e na Índia… gostaria muito de ver a disponibilidade daki uns 10 anos do Gripen Vs Jaca se rolasse essa compra por parte da Índia.

Mas enfim… só tempo dirá… ou talvez nem isso.

Grande abraço.

Victor Matheus

Boa noite!
Bem lembrada a frase caro Oganza. De cara pensei no Rafale neste momento do vídeo hahaha!
É melhor a Índia começar a correr atrás que ainda é tempo.
Abraços!

Iväny Junior

A índia deveria cancelar a compra das 36 jacas e comprar estas corujas de rapina suecas. O mercado oferece outra chance para os indianos não fazerem mais idiotices.

Mauricio Silva

Olá.

A Suécia é que se cuide, ou vai “fechar um acordo que não fecha”.
O que “matou” o Rafale indiano não foi o preço, mas sim as exigências (como exigir que a Dassault se responsabilizasse por eventuais defeitos ou falhas com os Rafales produzidos pela HAL).
Quanto ao Tejas, me parece que o aparelho está sendo construído na mesma doutrina de “concurrency” do F-35. É esperar para ver. Ou não.
SDS.

carvalho2008

É impossivel o Tejas alcançar seus objetivos de custos e comercialização . Ele foi um projeto de desenvolvimento tecnologico nacional, para a sua independencia, custe o que custar. Obvio, custa e muito. O problema é que além de custar muito ( o projeto previa desde airframe a eletronica, radar de bordo e motorização nacional), os desafios eram muito grandes e atrasaram demais o projeto de tal forma, que agora ele representa apenas um avião basico de 4a. geração, no piso da 4a. geração. Não tem mais espaço disponivel no airframe original para implementar novos componentes e sensores de bordo, design… Read more »

Mauricio R.

OFF TOPIC…

…mas nem tanto!!!

A 1ª venda internacional do JF-17:

“Citing client sensitivities, he declined to specify the customer and the number of aircraft it will obtain. Deliveries will start in 2017.”

“He says that sales for the JF-17, which is targeted for developing nations, have been held up by political turmoil in several Middle Eastern countries.”

(http://www.flightglobal.com/news/articles/PARIS-JF-17-wins-first-export-order-413480/)

Possivelmente, foi Myanmar:

“…such as an expected agreement from Myanmar to buy China’s FC-1 fighter, which is jointly produced with Pakistan as the JF-17, despite having Russian legacy equipment.”

(http://www.defensenews.com/story/defense/show-daily/paris-air-show/2015/06/14/china-military-aviation-russia-marketshare-pacific-south-china-sea-vietnam-india/71081608/)