Enquanto isso, Tejas Mark II ainda está 5 anos distante de combater pela Força Aérea Indiana

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LCA Tejas - foto Forca Aerea Indiana

Compra de 36 caças Rafale dá algum espaço de manobra para desenvolvimento dessa versão aprimorada do Tejas, enquanto incorporação de 40 exemplares do Mark I, que não cumpre os requisitos, permitirá uso do Tejas em treinamento

Segundo reportagem da NDTV publicada na sexta-feira (29/5), um oficial de alta patente da Força Aérea Indiana disse que ainda levará pelo menos cinco anos para que o novo modelo do caça Tejas desenvolvido localmente, denominado Mark II, possa ser utilizada em combate. Isso quando já se acumulam 32 anos de desenvolvimento desse jato de ataque leve, em sua atual versão Mark I.

E, para completar a má notícia, a Índia precisa dar baixa até 2022 em caças MiG-21 e MiG-27 que equipam nada menos que 14 esquadrões, para os quais havia esperança de que a produção do Tejas em grande quantidade permitiria reequipar.

O novo modelo Mark II deverá ser equipado com motores GE414 ao invés do GE404 instalado no Mark I, fornecendo maior potência à nova versão do jato indiano. Mas a alta fonte da NDTV disse que essa alteração vai requerer “grandes mudanças na estrutura, com acréscimo no comprimento do avião, reprojeto das entradas de ar e adição de lastro (peso) na seção de cauda da atual fuselagem para estabilizar a aeronave.”

LCA Tejas - foto 2 Forca Aerea Indiana

O Tejas Mark II também deverá receber um radar aprimorado para ter capacidade BVR (combate além do alcance visual), e a Força Aérea Indiana quer modelos com antena de varredura eletrônica ativa (AESA). Segundo a reportagem, a atual versão do Tejas não pode disparar mísseis em alvos além do alcance visual e não atende aos requisitos de combate da força. A alta patente que falou à NDTV informou também que “há ainda alguns problemas para resolver e a FOC (Final Operational Clearance – liberação final de operação) será adiada” – a FOC estava originariamente marcada para dezembro deste ano.

A alta fonte da NDTV também disse que a compra de 36 caças Rafale, suficientes para dois esquadrões, poderá dar à Força Aérea Indiana algum espaço de manobra enquanto o Tejas é aprimorado. Nos próximos anos, a força deverá incorporar cerca de 40 jatos Tejas Mark I, mas seu emprego será principalmente em treinamento, e o oficial disse a esse respeito: “Como vemos, é melhor esperar e ter um bom caça do que seguir com o Mark I em seu atual estágio de desenvolvimento.”

FOTOS: Força Aérea Indiana (em caráter meramente ilustrativo)

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Marcelo

5 anos para o Mark 2 estar combatendo? Com o histórico do Mark 1? É ruim hein?

Lyw

“Como vemos, é melhor esperar e ter um bom caça do que seguir com o Mark I em seu atual estágio de desenvolvimento.”

Esta frase resume o Tejas Mark 1.

Nick

Os indianos fariam um bem a si mesmos encerrando esse programa e partindo para um Gripen C/D licenciado.

[]’s

Iväny Junior

Cada um com seus “pobrema”.

carvalho2008

É por isto que o Gripen N/G e respectivo Sea Gripen continuam e persistem com a India na mira… De um lado, o Tejas não entregará a expectativa e o esforço de reprojeto irá impactar a continuidade de absorção de novas tecnologias… De outro, o Rafale quer do ponto de vista de custo ou repasse tecnologico se demonstrou igualmente inviavel, ao menos no modelo de negocio pretendido. Sobra quem correndo por fora?? Novas encomendas de MIG-29K??? Se os novos Nae pretendidos serão Catobar??? Não adianta, na categoria que era até então preenchida pelo MIG-21 e com reais possibilidades de exercicio… Read more »