Exercício BVR em Anápolis - caças F-5M - foto FAB

Exercício inclui técnicas utilizadas por unidades aéreas da OTAN e traz, como novidade nesta edição, a participação do jato de reconhecimento R-35

Cerca de 300 militares e 30 aeronaves de diferentes aviações da Força Aérea Brasileira estão envolvidos no exercício BVR realizado na Base Aérea de Anápolis (BAAN), em Goiás. O treinamento conjunto, que se encerra em 03 de junho, tem o objetivo de instruir as unidades de defesa aérea na doutrina de combate além do alcance visual (BVR, do inglês Beyond Visual Range), em situações onde os pilotos empregam mísseis de maior alcance que os mísseis infravermelhos usuais.

“As técnicas estão de acordo com as utilizadas atualmente pelas unidades aéreas que fazem parte da OTAN”, explica o coordenador do exercício Coronel Aviador Raimundo Nogueira Lopes Neto.

Exercício BVR em Anápolis - auditório BAAN - foto FAB

A cada edição, os coordenadores adicionam novos desafios, que tornam o cenário de conflito mais complexo, permitindo evolução e aprimoramento das técnicas treinadas pelas tripulações. Além disso, segundo o coordenador, é uma oportunidade de difundir e padronizar as doutrinas de combate mais modernas para todas as unidades aéreas da FAB. Serão treinadas missões de combate aéreo, controle e alarme em voo, reabastecimento em voo, escolta e defesa antiaérea.

Uma das novidades desta edição é o emprego da aeronave de reconhecimento R-35. Aeronaves de caça escoltam este avião, responsável por gerar informações de reconhecimento, respondendo aos fatores impostos por um possível cenário de crise. A área de instrução, onde os voos são realizados, também foi remodelada pelo Departamento de Controle do Espaço Aéreo (DECEA). “Foram feitos todos os arranjos para desviar do tráfego civil”, explica o coordenador.

Exercício BVR em Anápolis - R-35 - foto FAB

Controladores de tráfego aéreo, alocados no Primeiro Centro de Operações Militares (COPM 1) do Primeiro Centro Integrado de Defesa Aérea e Controle de Tráfego Aéreo (Cindacta 1), também participam do exercício. “Eles são integrantes fundamentais da missão”, destaca o coronel. Os profissionais assistem aos briefings e debriefings em conjunto com os pilotos, por meio de videoconferência, para testar a capacidade de enlace de comunicação com vídeo provida pelo Primeiro Grupo de Comunicações e Controle (1º GCC).

Antiaérea – Em 2014, o Segundo Grupo de Defesa Antiaérea (2º GDAAE) participou da BVR para realizar treinamentos do sistema IGLA. Neste ano, o Núcleo do Terceiro Grupo de Defesa Antiaérea (Nu3GDAAE) da BAAN terá a oportunidade de treinar com o 2º GDAAE. Considerando que Exército e Aeronáutica utilizam o sistema de míssies IGLA, os grupos de defesa antiaérea da FAB estarão participando juntamente com a Artilharia Antiaérea do Exército Brasileiro no Exercício Operacional BVR. Eles poderão treinar engajamentos com as aeronaves que participam da BVR.

Exercício BVR em Anápolis - antiaérea - foto FAB

Unidades aéreas – Realizada desde 2012, a BVR ocorre mais de uma vez ao ano. A Base Aérea de Anápolis é geralmente escolhida para sediar o exercício por dispor de pista exclusivamente para uso militar. Nesta edição participam as seguintes unidades: Primeiro Grupo de Aviação de Caça (1º GAVCA), Esquadrão Pampa (1º/14º GAV), Esquadrão Pacau (1º/4º GAV), Esquadrão Flecha (3º/3º GAV), Esquadrão Carcará (1º/6º GAV), Esquadrão Guardião (2º/6º GAV), Esquadrão Gordo (1º/1º GT) e Esquadrão Pelicano (2º/10º).

Exercício BVR em Anápolis - aviões A-29 - foto FAB

FONTE / FOTOS: FAB (Agência Força Aérea)

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Wellington Góes

Estou em Goiânia nos últimos dias, no sábado passado dei uma passada na BAAN, para ver o monumento com o F-103 espetado na frente da base (tirei umas fotos e publiquei na minha página no Facebook). Percebi às diversas passagens de F-5M, então está explicado o porque de tamanha movimentação em pleno sábado a tarde. Quanto à participação do sistema Igla da FAB, quanto do EB, acredito que também seria interessante a participação dos sistemas Gepard e RBS-70, aproveitando que é um exercício unicamente com forças nacionais, acredito que seria uma grande oportunidade para maior integração entre às forças. #ficaadica… Read more »

Rinaldo Nery

É uma pena que o F-2000 já tenha sido desativado e os GRIPENS ainda não terem chegado. O comabte dissimilar provia mais treinamento/ensinamentos ao exercício. Fundamental oportunidade para o treinamento/formação dos nossos COAM (Controladores de Operações Aérea Militares).